1. E disseram os filhos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face nos é estreito.
2. Vamos, pois, até ao Jordão, e tomemos de lá, cada um de nós, uma viga, e façamo-nos ali um lugar, para habitar ali. E disse ele: Ide.
3. E disse um: Serve-te de ires com os teus servos. E disse: Eu irei.
4. E foi com eles; e, chegando eles ao Jordão, cortaram madeira.
5. E sucedeu que, derribando um deles uma viga, o ferro caiu na água; e clamou e disse: Ai! Meu senhor! Porque era emprestado.
6. E disse o homem de Deus: Onde caiu? E, mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e o lançou ali, e fez nadar o ferro.
7. E disse: Levanta-o. Então, ele estendeu a sua mão e o tomou.
8. E o rei da Síria fazia guerra a Israel; e consultou com os seus servos dizendo: Em tal e em tal lugar estará o meu acampamento.
9. Mas o homem de Deus enviou ao rei de Israel, dizendo: Guarda-te de passares por tal lugar; porque os siros desceram ali.
10. Pelo que o rei de Israel enviou àquele lugar, de que o homem de Deus lhe falara e de que o tinha avisado, e se guardou ali, não uma nem duas vezes.
11. Então, se turbou com este incidente o coração do rei da Síria, e chamou os seus servos, e lhes disse: Não me fareis saber quem dos nossos é pelo rei de Israel?
12. E disse um dos seus servos: Não, ó rei, meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que tu falas na tua câmara de dormir.
13. E ele disse: Vai e vê onde ele está, para que eu envie e mande trazê-lo. E fizeram-lhe saber, dizendo: Eis que está em Dotã.
14. Então, enviou para lá cavalos, e carros, e um grande exército, os quais vieram de noite e cercaram a cidade.
15. E o moço do homem de Deus se levantou mui cedo e saiu, e eis que um exército tinha cercado a cidade com cavalos e carros; então, o seu moço lhe disse: Ai! Meu senhor! Que faremos?
16. E ele disse: Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles.
17. E orou Eliseu e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.
18. E, como desceram a ele, Eliseu orou ao Senhor e disse: Fere, peço-te, esta gente de cegueira. E feriu-a de cegueira, conforme a palavra de Eliseu.
19. Então, Eliseu lhes disse: Não é este o caminho, nem é esta a cidade; segui-me, e guiar-vos-ei ao homem que buscais. E os guiou a Samaria.
20. E sucedeu que, chegando eles a Samaria, disse Eliseu: Ó Senhor, abre a estes os olhos para que vejam. O Senhor lhes abriu os olhos, para que vissem, e eis que estavam no meio de Samaria.
21. E, quando o rei de Israel os viu, disse a Eliseu: Feri-los-ei, feri-los-ei, meu pai?
22. Mas ele disse: Não os ferirás; feririas tu os que tomasses prisioneiros com a tua espada e com o teu arco? Põe-lhes diante pão e água, para que comam e bebam e se vão para seu senhor.
23. E apresentou-lhes um grande banquete, e comeram e beberam; e os despediu, e foram para seu senhor; e não entraram mais tropas de siros na terra de Israel.
24. E sucedeu, depois disso, que Ben-Hadade, rei da Síria, ajuntou todo o seu exército; e subiu e cercou a Samaria.
25. E houve grande fome em Samaria, porque eis que a cercaram, até que se vendeu uma cabeça de um jumento por oitenta peças de prata, e a quarta parte de um cabo de esterco de pombas, por cinco peças de prata.
26. E sucedeu que, passando o rei pelo muro, uma mulher lhe bradou, dizendo: Acode-me, ó rei, meu senhor.
27. E ele lhe disse: Se o Senhor te não acode, de onde te acudirei eu, da eira ou do lagar?
28. Disse-lhe mais o rei: Que tens? E disse ela: Esta mulher me disse: Dá cá o teu filho, para que hoje o comamos e amanhã comeremos o meu filho.
29. Cozemos, pois, o meu filho e o comemos; mas, dizendo-lhe eu ao outro dia: Dá cá o teu filho, para que o comamos, escondeu o seu filho.
30. E sucedeu que, ouvindo o rei as palavras desta mulher, rasgou as suas vestes e ia passando pelo muro; e o povo viu que trazia cilício por dentro, sobre a sua carne.
31. E disse: Assim me faça Deus e outro tanto, se a cabeça de Eliseu, filho de Safate, hoje ficar sobre ele.
32. Estava, então, Eliseu assentado em sua casa, e também os anciãos estavam assentados com ele. E enviou o rei um homem de diante de si; mas, antes que o mensageiro viesse a ele, disse ele aos anciãos: Vistes como o filho do homicida mandou tirar-me a cabeça? Olhai, quando vier o mensageiro, fechai-lhe a porta e empurrai-o para fora com a porta; porventura, não vem o ruído dos pés de seu senhor após ele?
33. E, estando ele ainda falando com eles, eis que o mensageiro descia a ele; e disse o rei: Eis que este mal vem do Senhor; que mais, pois, esperaria do Senhor?
Capítulo 7.
2. Vamos, pois, até ao Jordão, e tomemos de lá, cada um de nós, uma viga, e façamo-nos ali um lugar, para habitar ali. E disse ele: Ide.
3. E disse um: Serve-te de ires com os teus servos. E disse: Eu irei.
4. E foi com eles; e, chegando eles ao Jordão, cortaram madeira.
5. E sucedeu que, derribando um deles uma viga, o ferro caiu na água; e clamou e disse: Ai! Meu senhor! Porque era emprestado.
6. E disse o homem de Deus: Onde caiu? E, mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e o lançou ali, e fez nadar o ferro.
7. E disse: Levanta-o. Então, ele estendeu a sua mão e o tomou.
8. E o rei da Síria fazia guerra a Israel; e consultou com os seus servos dizendo: Em tal e em tal lugar estará o meu acampamento.
9. Mas o homem de Deus enviou ao rei de Israel, dizendo: Guarda-te de passares por tal lugar; porque os siros desceram ali.
10. Pelo que o rei de Israel enviou àquele lugar, de que o homem de Deus lhe falara e de que o tinha avisado, e se guardou ali, não uma nem duas vezes.
11. Então, se turbou com este incidente o coração do rei da Síria, e chamou os seus servos, e lhes disse: Não me fareis saber quem dos nossos é pelo rei de Israel?
12. E disse um dos seus servos: Não, ó rei, meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que tu falas na tua câmara de dormir.
13. E ele disse: Vai e vê onde ele está, para que eu envie e mande trazê-lo. E fizeram-lhe saber, dizendo: Eis que está em Dotã.
14. Então, enviou para lá cavalos, e carros, e um grande exército, os quais vieram de noite e cercaram a cidade.
15. E o moço do homem de Deus se levantou mui cedo e saiu, e eis que um exército tinha cercado a cidade com cavalos e carros; então, o seu moço lhe disse: Ai! Meu senhor! Que faremos?
16. E ele disse: Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles.
17. E orou Eliseu e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.
18. E, como desceram a ele, Eliseu orou ao Senhor e disse: Fere, peço-te, esta gente de cegueira. E feriu-a de cegueira, conforme a palavra de Eliseu.
19. Então, Eliseu lhes disse: Não é este o caminho, nem é esta a cidade; segui-me, e guiar-vos-ei ao homem que buscais. E os guiou a Samaria.
20. E sucedeu que, chegando eles a Samaria, disse Eliseu: Ó Senhor, abre a estes os olhos para que vejam. O Senhor lhes abriu os olhos, para que vissem, e eis que estavam no meio de Samaria.
21. E, quando o rei de Israel os viu, disse a Eliseu: Feri-los-ei, feri-los-ei, meu pai?
22. Mas ele disse: Não os ferirás; feririas tu os que tomasses prisioneiros com a tua espada e com o teu arco? Põe-lhes diante pão e água, para que comam e bebam e se vão para seu senhor.
23. E apresentou-lhes um grande banquete, e comeram e beberam; e os despediu, e foram para seu senhor; e não entraram mais tropas de siros na terra de Israel.
24. E sucedeu, depois disso, que Ben-Hadade, rei da Síria, ajuntou todo o seu exército; e subiu e cercou a Samaria.
25. E houve grande fome em Samaria, porque eis que a cercaram, até que se vendeu uma cabeça de um jumento por oitenta peças de prata, e a quarta parte de um cabo de esterco de pombas, por cinco peças de prata.
26. E sucedeu que, passando o rei pelo muro, uma mulher lhe bradou, dizendo: Acode-me, ó rei, meu senhor.
27. E ele lhe disse: Se o Senhor te não acode, de onde te acudirei eu, da eira ou do lagar?
28. Disse-lhe mais o rei: Que tens? E disse ela: Esta mulher me disse: Dá cá o teu filho, para que hoje o comamos e amanhã comeremos o meu filho.
29. Cozemos, pois, o meu filho e o comemos; mas, dizendo-lhe eu ao outro dia: Dá cá o teu filho, para que o comamos, escondeu o seu filho.
30. E sucedeu que, ouvindo o rei as palavras desta mulher, rasgou as suas vestes e ia passando pelo muro; e o povo viu que trazia cilício por dentro, sobre a sua carne.
31. E disse: Assim me faça Deus e outro tanto, se a cabeça de Eliseu, filho de Safate, hoje ficar sobre ele.
32. Estava, então, Eliseu assentado em sua casa, e também os anciãos estavam assentados com ele. E enviou o rei um homem de diante de si; mas, antes que o mensageiro viesse a ele, disse ele aos anciãos: Vistes como o filho do homicida mandou tirar-me a cabeça? Olhai, quando vier o mensageiro, fechai-lhe a porta e empurrai-o para fora com a porta; porventura, não vem o ruído dos pés de seu senhor após ele?
33. E, estando ele ainda falando com eles, eis que o mensageiro descia a ele; e disse o rei: Eis que este mal vem do Senhor; que mais, pois, esperaria do Senhor?
Capítulo 7.
1. Então, disse Eliseu: Ouvi a palavra do Senhor; assim diz o Senhor: Amanhã, quase a este tempo, uma medida de farinha haverá por um siclo, e duas medidas de cevada, por um siclo, à porta de Samaria.
2. Porém um capitão, em cuja mão o rei se encostava, respondeu ao homem de Deus e disse: Eis que, ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poder-se-ia fazer isso? E ele disse: Eis que o verás com os teus olhos, porém daí não comerás.
3. E quatro homens leprosos estavam à entrada da porta, os quais disseram uns aos outros: Para que estaremos nós aqui até morrermos?
4. Se dissermos: Entremos na cidade, há fome na cidade, e morreremos aí; e, se ficarmos aqui, também morreremos; vamos nós, pois, agora, e demos connosco no arraial dos siros; se nos deixarem viver, viveremos, e, se nos matarem, tão-somente morreremos.
5. E levantaram-se ao crepúsculo, para irem ao arraial dos siros; e, chegando à entrada do arraial dos siros, eis que não havia ali ninguém.
6. Porque o Senhor fizera ouvir no arraial dos siros ruído de carros e ruído de cavalos, como o ruído de um grande exército; de maneira que disseram uns aos outros: Eis que o rei de Israel alugou contra nós os reis dos heteus e os reis dos egípcios, para virem contra nós.
7. Pelo que se levantaram, e fugiram no crepúsculo, e deixaram as suas tendas, e os seus cavalos, e os seus jumentos, e o arraial como estava; e fugiram para salvarem a sua vida.
8. Chegando, pois, estes leprosos à entrada do arraial, entraram numa tenda, e comeram, e beberam, e tomaram dali prata, e ouro, e vestes, e foram, e os esconderam; então, voltaram, e entraram em outra tenda, e dali também tomaram alguma coisa, e a esconderam.
9. Então, disseram uns para os outros: Não fazemos bem; este dia é dia de boas-novas, e nos calamos; se esperarmos até à luz da manhã, algum mal nos sobrevirá; pelo que agora vamos e o anunciemos à casa do rei.
10. Vieram, pois, e bradaram aos porteiros da cidade, e lhes anunciaram, dizendo: Fomos ao arraial dos siros, e eis que lá não havia ninguém, nem voz de homem, porém, só cavalos atados, e jumentos atados, e as tendas como estavam dantes.
11. E chamaram os porteiros, e estes o anunciaram dentro da casa do rei.
12. E o rei se levantou de noite e disse aos seus servos: Agora, vos farei saber o que é que os siros nos fizeram; bem sabem eles que esfaimados estamos; pelo que saíram do arraial, a esconder-se pelo campo, dizendo: Quando saírem da cidade, então, os tomaremos vivos e entraremos na cidade.
13. Então, um dos seus servos respondeu e disse: Tomem-se, pois, cinco dos cavalos do resto que ficou aqui dentro, pois toda a multidão dos israelitas que ficaram aqui de resto terá a mesma sorte da multidão dos israelitas que já pereceram; enviemo-los e vejamos.
14. Tomaram, pois, dois cavalos de carro; e o rei os enviou após o exército dos siros, dizendo: Ide e vede.
15. E foram após eles até ao Jordão, e eis que todo o caminho estava cheio de vestes e de aviamentos, que os siros, apressando-se, lançaram fora; e voltaram os mensageiros e o anunciaram ao rei.
16. Então, saiu o povo e saqueou o arraial dos siros; e havia uma medida de farinha por um siclo, e duas medidas de cevada, por um siclo, conforme a palavra do Senhor.
17. E pusera o rei à porta o capitão em cuja mão se encostava; e o povo o atropelou na porta, e ele morreu, como falara o homem de Deus, o que falou quando o rei descera a ele.
18. Porque assim sucedeu como o homem de Deus falara ao rei, dizendo: Amanhã, quase a este tempo, haverá duas medidas de cevada por um siclo, e uma medida de farinha, por um siclo, à porta de Samaria.
19. E aquele capitão respondera ao homem de Deus e disse: Eis que, ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poder-se-ia isso fazer conforme essa palavra? E o homem de Deus dissera: Eis que o verás com os teus olhos, porém daí não comerás.
20. E assim lhe sucedeu, porque o povo o atropelou à porta, e ele morreu.
Capítulo 8.
2. Porém um capitão, em cuja mão o rei se encostava, respondeu ao homem de Deus e disse: Eis que, ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poder-se-ia fazer isso? E ele disse: Eis que o verás com os teus olhos, porém daí não comerás.
3. E quatro homens leprosos estavam à entrada da porta, os quais disseram uns aos outros: Para que estaremos nós aqui até morrermos?
4. Se dissermos: Entremos na cidade, há fome na cidade, e morreremos aí; e, se ficarmos aqui, também morreremos; vamos nós, pois, agora, e demos connosco no arraial dos siros; se nos deixarem viver, viveremos, e, se nos matarem, tão-somente morreremos.
5. E levantaram-se ao crepúsculo, para irem ao arraial dos siros; e, chegando à entrada do arraial dos siros, eis que não havia ali ninguém.
6. Porque o Senhor fizera ouvir no arraial dos siros ruído de carros e ruído de cavalos, como o ruído de um grande exército; de maneira que disseram uns aos outros: Eis que o rei de Israel alugou contra nós os reis dos heteus e os reis dos egípcios, para virem contra nós.
7. Pelo que se levantaram, e fugiram no crepúsculo, e deixaram as suas tendas, e os seus cavalos, e os seus jumentos, e o arraial como estava; e fugiram para salvarem a sua vida.
8. Chegando, pois, estes leprosos à entrada do arraial, entraram numa tenda, e comeram, e beberam, e tomaram dali prata, e ouro, e vestes, e foram, e os esconderam; então, voltaram, e entraram em outra tenda, e dali também tomaram alguma coisa, e a esconderam.
9. Então, disseram uns para os outros: Não fazemos bem; este dia é dia de boas-novas, e nos calamos; se esperarmos até à luz da manhã, algum mal nos sobrevirá; pelo que agora vamos e o anunciemos à casa do rei.
10. Vieram, pois, e bradaram aos porteiros da cidade, e lhes anunciaram, dizendo: Fomos ao arraial dos siros, e eis que lá não havia ninguém, nem voz de homem, porém, só cavalos atados, e jumentos atados, e as tendas como estavam dantes.
11. E chamaram os porteiros, e estes o anunciaram dentro da casa do rei.
12. E o rei se levantou de noite e disse aos seus servos: Agora, vos farei saber o que é que os siros nos fizeram; bem sabem eles que esfaimados estamos; pelo que saíram do arraial, a esconder-se pelo campo, dizendo: Quando saírem da cidade, então, os tomaremos vivos e entraremos na cidade.
13. Então, um dos seus servos respondeu e disse: Tomem-se, pois, cinco dos cavalos do resto que ficou aqui dentro, pois toda a multidão dos israelitas que ficaram aqui de resto terá a mesma sorte da multidão dos israelitas que já pereceram; enviemo-los e vejamos.
14. Tomaram, pois, dois cavalos de carro; e o rei os enviou após o exército dos siros, dizendo: Ide e vede.
15. E foram após eles até ao Jordão, e eis que todo o caminho estava cheio de vestes e de aviamentos, que os siros, apressando-se, lançaram fora; e voltaram os mensageiros e o anunciaram ao rei.
16. Então, saiu o povo e saqueou o arraial dos siros; e havia uma medida de farinha por um siclo, e duas medidas de cevada, por um siclo, conforme a palavra do Senhor.
17. E pusera o rei à porta o capitão em cuja mão se encostava; e o povo o atropelou na porta, e ele morreu, como falara o homem de Deus, o que falou quando o rei descera a ele.
18. Porque assim sucedeu como o homem de Deus falara ao rei, dizendo: Amanhã, quase a este tempo, haverá duas medidas de cevada por um siclo, e uma medida de farinha, por um siclo, à porta de Samaria.
19. E aquele capitão respondera ao homem de Deus e disse: Eis que, ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poder-se-ia isso fazer conforme essa palavra? E o homem de Deus dissera: Eis que o verás com os teus olhos, porém daí não comerás.
20. E assim lhe sucedeu, porque o povo o atropelou à porta, e ele morreu.
Capítulo 8.
1. E falou Eliseu àquela mulher cujo filho vivificara, dizendo: Levanta-te, e vai-te, tu e a tua família, e peregrina onde puderes peregrinar; porque o Senhor chamou a fome, a qual também virá à terra por sete anos.
2. E levantou-se a mulher e fez conforme a palavra do homem de Deus; porque foi ela com a sua família e peregrinou na terra dos filisteus sete anos.
3. E sucedeu que, ao cabo dos sete anos, a mulher voltou da terra dos filisteus e saiu a clamar ao rei pela sua casa e pelas suas terras.
4. Ora, o rei falava a Geazi, moço do homem de Deus, dizendo: Conta-me, peço-te, todas as grandes obras que Eliseu tem feito.
5. E sucedeu que, contando ele ao rei como vivificara a um morto, eis que a mulher cujo filho vivificara clamou ao rei pela sua casa e pelas suas terras; então, disse Geazi: Ó rei, meu senhor, esta é a mulher, e este o seu filho, a quem Eliseu vivificou.
6. E o rei perguntou à mulher, e ela lho contou; então, o rei lhe deu um eunuco, dizendo: Faze-lhe restituir tudo quanto era seu e todas as rendas das terras, desde o dia em que deixou a terra até agora.
7. Depois, veio Eliseu a Damasco, estando Ben-Hadade, rei da Síria, doente; e lho anunciaram, dizendo: O homem de Deus é chegado aqui.
8. Então, o rei disse a Hazael: Toma um presente na tua mão, e vai a encontrar-te com o homem de Deus, e pergunta por ele ao Senhor, dizendo: Hei de eu sarar desta doença?
9. Foi, pois, Hazael encontrar-se com ele e tomou um presente na sua mão, a saber, de tudo que era bom de Damasco, quarenta camelos carregados; e veio, e se pôs diante dele, e disse: Teu filho Ben-Hadade, rei da Síria, me enviou a ti, a dizer: Sararei eu desta doença?
10. E Eliseu lhe disse: Vai e dize-lhe: Certamente, não sararás. Porque o Senhor me tem mostrado que certamente morrerá.
11. E afirmou a sua vista e fitou os olhos nele, até se envergonhar; e chorou o homem de Deus.
12. Então, disse Hazael: Por que chora meu senhor? E ele disse: Porque sei o mal que hás de fazer aos filhos de Israel; porás fogo às suas fortalezas, e os seus jovens matarás à espada, e os seus meninos despedaçarás, e as suas pejadas fenderás.
13. E disse Hazael: Pois que é teu servo, que não é mais do que um cão, para fazer tão grande coisa? E disse Eliseu: O Senhor me tem mostrado que tu hás de ser rei da Síria.
14. Então, partiu de Eliseu e veio a seu senhor, o qual lhe disse: Que te disse Eliseu? E disse ele: Disse-me que certamente sararás.
15. E sucedeu, ao outro dia, que tomou um cobertor, e o molhou na água, e o estendeu sobre o seu rosto, e morreu. E Hazael reinou em seu lugar.
16. E, no ano quinto de Jorão, filho de Acabe, rei de Israel, reinando ainda Josafá em Judá, começou a reinar Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá.
17. Era ele da idade de trinta e dois anos quando começou a reinar e oito anos reinou em Jerusalém.
18. E andou no caminho dos reis de Israel, como também fizeram os da casa de Acabe, porque tinha por mulher a filha de Acabe, e fez o que era mal aos olhos do Senhor.
19. Porém o Senhor não quis destruir a Judá por amor de Davi, seu servo, como lhe tinha dito que lhe daria para sempre uma lâmpada a seus filhos.
20. Nos seus dias, se revoltaram os edomitas contra o mando de Judá e puseram sobre si um rei.
21. Pelo que Jeorão passou a Zair, e todos os carros com ele; e ele se levantou de noite e feriu os edomitas que estavam ao redor dele e os capitães dos carros; e o povo foi para as suas tendas.
22. Todavia, os edomitas ficaram revoltados contra o mando de Judá até ao dia de hoje; então, também se revoltou Libna no mesmo tempo.
23. O mais dos atos de Jeorão e tudo quanto fez, porventura, não estão escritos no livro das Crónicas dos Reis de Judá?
24. E Jeorão dormiu com seus pais e foi sepultado com seus pais na Cidade de Davi; e Acazias, seu filho, reinou em seu lugar.
25. No ano doze de Jorão filho de Acabe, rei de Israel, começou a reinar Acazias, filho de Jeorão, rei de Judá.
26. Era Acazias de vinte e dois anos de idade quando começou a reinar e reinou um ano em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Atalia, filha de Onri, rei de Israel.
27. E andou no caminho da casa de Acabe e fez mal aos olhos do Senhor, como a casa de Acabe, porque era genro da casa de Acabe.
28. E foi com Jorão, filho de Acabe, a Ramote-Gileade, à peleja contra Hazael, rei da Síria; e os siros feriram Jorão.
29. Então, voltou o rei Jorão para se curar em Jezreel das feridas que os siros lhe fizeram em Ramá, quando pelejou contra Hazael, rei da Síria; e desceu Acazias, filho de Jeorão, rei de Judá, para ver a Jorão, filho de Acabe, em Jezreel, porquanto estava doente.
Capítulo 9.
2. E levantou-se a mulher e fez conforme a palavra do homem de Deus; porque foi ela com a sua família e peregrinou na terra dos filisteus sete anos.
3. E sucedeu que, ao cabo dos sete anos, a mulher voltou da terra dos filisteus e saiu a clamar ao rei pela sua casa e pelas suas terras.
4. Ora, o rei falava a Geazi, moço do homem de Deus, dizendo: Conta-me, peço-te, todas as grandes obras que Eliseu tem feito.
5. E sucedeu que, contando ele ao rei como vivificara a um morto, eis que a mulher cujo filho vivificara clamou ao rei pela sua casa e pelas suas terras; então, disse Geazi: Ó rei, meu senhor, esta é a mulher, e este o seu filho, a quem Eliseu vivificou.
6. E o rei perguntou à mulher, e ela lho contou; então, o rei lhe deu um eunuco, dizendo: Faze-lhe restituir tudo quanto era seu e todas as rendas das terras, desde o dia em que deixou a terra até agora.
7. Depois, veio Eliseu a Damasco, estando Ben-Hadade, rei da Síria, doente; e lho anunciaram, dizendo: O homem de Deus é chegado aqui.
8. Então, o rei disse a Hazael: Toma um presente na tua mão, e vai a encontrar-te com o homem de Deus, e pergunta por ele ao Senhor, dizendo: Hei de eu sarar desta doença?
9. Foi, pois, Hazael encontrar-se com ele e tomou um presente na sua mão, a saber, de tudo que era bom de Damasco, quarenta camelos carregados; e veio, e se pôs diante dele, e disse: Teu filho Ben-Hadade, rei da Síria, me enviou a ti, a dizer: Sararei eu desta doença?
10. E Eliseu lhe disse: Vai e dize-lhe: Certamente, não sararás. Porque o Senhor me tem mostrado que certamente morrerá.
11. E afirmou a sua vista e fitou os olhos nele, até se envergonhar; e chorou o homem de Deus.
12. Então, disse Hazael: Por que chora meu senhor? E ele disse: Porque sei o mal que hás de fazer aos filhos de Israel; porás fogo às suas fortalezas, e os seus jovens matarás à espada, e os seus meninos despedaçarás, e as suas pejadas fenderás.
13. E disse Hazael: Pois que é teu servo, que não é mais do que um cão, para fazer tão grande coisa? E disse Eliseu: O Senhor me tem mostrado que tu hás de ser rei da Síria.
14. Então, partiu de Eliseu e veio a seu senhor, o qual lhe disse: Que te disse Eliseu? E disse ele: Disse-me que certamente sararás.
15. E sucedeu, ao outro dia, que tomou um cobertor, e o molhou na água, e o estendeu sobre o seu rosto, e morreu. E Hazael reinou em seu lugar.
16. E, no ano quinto de Jorão, filho de Acabe, rei de Israel, reinando ainda Josafá em Judá, começou a reinar Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá.
17. Era ele da idade de trinta e dois anos quando começou a reinar e oito anos reinou em Jerusalém.
18. E andou no caminho dos reis de Israel, como também fizeram os da casa de Acabe, porque tinha por mulher a filha de Acabe, e fez o que era mal aos olhos do Senhor.
19. Porém o Senhor não quis destruir a Judá por amor de Davi, seu servo, como lhe tinha dito que lhe daria para sempre uma lâmpada a seus filhos.
20. Nos seus dias, se revoltaram os edomitas contra o mando de Judá e puseram sobre si um rei.
21. Pelo que Jeorão passou a Zair, e todos os carros com ele; e ele se levantou de noite e feriu os edomitas que estavam ao redor dele e os capitães dos carros; e o povo foi para as suas tendas.
22. Todavia, os edomitas ficaram revoltados contra o mando de Judá até ao dia de hoje; então, também se revoltou Libna no mesmo tempo.
23. O mais dos atos de Jeorão e tudo quanto fez, porventura, não estão escritos no livro das Crónicas dos Reis de Judá?
24. E Jeorão dormiu com seus pais e foi sepultado com seus pais na Cidade de Davi; e Acazias, seu filho, reinou em seu lugar.
25. No ano doze de Jorão filho de Acabe, rei de Israel, começou a reinar Acazias, filho de Jeorão, rei de Judá.
26. Era Acazias de vinte e dois anos de idade quando começou a reinar e reinou um ano em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Atalia, filha de Onri, rei de Israel.
27. E andou no caminho da casa de Acabe e fez mal aos olhos do Senhor, como a casa de Acabe, porque era genro da casa de Acabe.
28. E foi com Jorão, filho de Acabe, a Ramote-Gileade, à peleja contra Hazael, rei da Síria; e os siros feriram Jorão.
29. Então, voltou o rei Jorão para se curar em Jezreel das feridas que os siros lhe fizeram em Ramá, quando pelejou contra Hazael, rei da Síria; e desceu Acazias, filho de Jeorão, rei de Judá, para ver a Jorão, filho de Acabe, em Jezreel, porquanto estava doente.
Capítulo 9.
1. Então, o profeta Eliseu chamou um dos filhos dos profetas e lhe disse: Cinge os teus lombos, e toma esta almotolia de azeite na tua mão, e vai-te a Ramote-Gileade.
2. E, chegando lá, vê onde está Jeú, filho de Josafá, filho de Ninsi; e entra, e faze que ele se levante do meio de seus irmãos, e leva-o à câmara interior.
3. E toma a almotolia de azeite, e derrama-o sobre a sua cabeça, e dize: Assim diz o Senhor: Ungi-te rei sobre Israel. Então, abre a porta, e foge, e não te detenhas.
4. Foi, pois, o rapaz, o jovem profeta, a Ramote-Gileade.
5. E, entrando ele, eis que os capitães do exército estavam assentados ali; e disse: Capitão, tenho uma palavra que te dizer. E disse Jeú. A qual de todos nós? E disse: A ti, capitão!
6. Então, se levantou, e entrou na casa, e derramou o azeite sobre a sua cabeça, e lhe disse: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Ungi-te rei sobre o povo do Senhor, sobre Israel.
7. E ferirás a casa de Acabe, teu senhor, para que eu vingue o sangue de meus servos, os profetas, e o sangue de todos os servos do Senhor da mão de Jezabel.
8. E toda a casa de Acabe perecerá; e destruirei de Acabe todo varão, tanto o encerrado como o livre em Israel.
9. Porque à casa de Acabe hei de fazer como à casa de Jeroboão, filho de Nebate, e como à casa de Baasa, filho de Aías.
10. E os cães comerão a Jezabel no pedaço de campo de Jezreel; não haverá quem a enterre. Então, abriu a porta e fugiu.
11. E, saindo Jeú aos servos de seu senhor, disseram-lhe: Vai tudo bem? Por que veio a ti este louco? E ele lhes disse: Bem conheceis o homem e o seu falar.
12. Mas eles disseram: É mentira; agora, faze-no-lo saber. E disse: Assim e assim me falou, dizendo: Assim diz o Senhor: Ungi-te rei sobre Israel.
13. Então, se apressaram, e tomou cada um a sua veste e a pôs debaixo dele, no mais alto degrau; e tocaram a buzina e disseram: Jeú reina.
14. Assim, Jeú, filho de Josafá, filho de Ninsi, conspirou contra Jorão. Tinha, porém, Jorão cercado a Ramote-Gileade, ele e todo o Israel, por causa de Hazael, rei da Síria.
15. Porém o rei Jorão voltou para se curar em Jezreel das feridas que os siros lhe fizeram, quando pelejou contra Hazael, rei da Síria. E disse Jeú: Se é da vossa vontade, ninguém saia da cidade, nem escape, para ir anunciar isso em Jezreel.
16. Então, Jeú subiu a um carro e foi-se a Jezreel, porque Jorão estava deitado ali; e também Acazias, rei de Judá, descera para ver a Jorão.
17. E o atalaia estava na torre de Jezreel, e viu a tropa de Jeú, que vinha, e disse: Vejo uma tropa. Então, disse Jorão: Toma um cavaleiro e envia-lho ao encontro; e diga: Há paz?
18. E o cavaleiro lhe foi ao encontro e disse: Assim diz o rei: Há paz? E disse Jeú: Que tens tu que fazer com a paz? Passa para trás de mim. E o atalaia o fez saber, dizendo: Chegou a eles o mensageiro, porém não volta.
19. Então, enviou outro cavaleiro; e, chegando este a eles, disse: Assim diz o rei: Há paz? E disse Jeú: Que tens tu que fazer com a paz? Passa para trás de mim.
20. E o atalaia o fez saber, dizendo: Também este chegou a eles, porém não volta; e o andar parece como o andar de Jeú, filho de Ninsi, porque anda furiosamente.
21. Então, disse Jorão: Aparelha o carro. E aparelharam o seu carro. E saiu Jorão, rei de Israel, e Acazias, rei de Judá, cada um em seu carro, e saíram ao encontro de Jeú, e o acharam no pedaço de campo de Nabote, o jezreelita.
22. E sucedeu que, vendo Jorão a Jeú, disse: Há paz, Jeú? E disse ele: Que paz, enquanto as prostituições da tua mãe Jezabel e as suas feitiçarias são tantas?
23. Então, Jorão voltou as mãos, e fugiu, e disse a Acazias: Traição há, Acazias.
24. Mas Jeú entesou o seu arco com toda a força e feriu a Jorão entre os braços, e a flecha lhe saiu pelo coração; e caiu no seu carro.
25. Então, Jeú disse a Bidcar, seu capitão: Toma-o, lança-o no pedaço do campo de Nabote, o jezreelita; pois, lembra-te de que, indo eu e tu juntos a cavalo após Acabe, seu pai, o Senhor pôs sobre ele esta carga, dizendo:
26. Por certo que, se eu não visse ontem à tarde o sangue de Nabote e o sangue de seus filhos, diz o Senhor, também não to pagaria neste pedaço de campo, diz o Senhor. Agora, pois, toma-o e lança-o neste pedaço de campo, conforme a palavra do Senhor.
27. O que vendo Acazias, rei de Judá, fugiu pelo caminho da casa do jardim, porém Jeú seguiu após ele e disse: Feri também a este no carro à subida de Gur, que está junto a Ibleão. E fugiu para Megido e morreu ali.
28. E seus servos o levaram num carro a Jerusalém e o sepultaram na sua sepultura, junto a seus pais, na Cidade de Davi.
29. E, no ano undécimo de Jorão, filho de Acabe, começou Acazias a reinar sobre Judá.
30. E Jeú veio a Jezreel, o que ouvindo Jezabel, se pintou em volta dos olhos, e enfeitou a sua cabeça, e olhou pela janela.
31. E, entrando Jeú pelas portas, disse ela: Teve paz Zinri, que matou a seu senhor?
32. E levantou ele o rosto para a janela e disse: Quem é comigo? Quem? E dois ou três eunucos olharam para ele.
33. Então, disse ele: Lançai-a de alto abaixo. E lançaram-na de alto abaixo; e foram salpicados com o seu sangue a parede e os cavalos, e Jeú a atropelou.
34. Entrando ele, pois, e havendo comido e bebido, disse: Olhai por aquela maldita e sepultai-a, porque é filha de rei.
35. E foram para a sepultar; porém não acharam dela senão somente a caveira, e os pés, e as palmas das mãos.
36. Então, voltaram e lho fizeram saber; e ele disse: Esta é a palavra do Senhor, a qual falou pelo ministério de Elias, o tisbita, seu servo, dizendo: No pedaço do campo de Jezreel, os cães comerão a carne de Jezabel.
37. E o cadáver de Jezabel será como esterco sobre o campo, no pedaço de Jezreel, que se não possa dizer: Esta é Jezabel.
Capítulo 10.
2. E, chegando lá, vê onde está Jeú, filho de Josafá, filho de Ninsi; e entra, e faze que ele se levante do meio de seus irmãos, e leva-o à câmara interior.
3. E toma a almotolia de azeite, e derrama-o sobre a sua cabeça, e dize: Assim diz o Senhor: Ungi-te rei sobre Israel. Então, abre a porta, e foge, e não te detenhas.
4. Foi, pois, o rapaz, o jovem profeta, a Ramote-Gileade.
5. E, entrando ele, eis que os capitães do exército estavam assentados ali; e disse: Capitão, tenho uma palavra que te dizer. E disse Jeú. A qual de todos nós? E disse: A ti, capitão!
6. Então, se levantou, e entrou na casa, e derramou o azeite sobre a sua cabeça, e lhe disse: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Ungi-te rei sobre o povo do Senhor, sobre Israel.
7. E ferirás a casa de Acabe, teu senhor, para que eu vingue o sangue de meus servos, os profetas, e o sangue de todos os servos do Senhor da mão de Jezabel.
8. E toda a casa de Acabe perecerá; e destruirei de Acabe todo varão, tanto o encerrado como o livre em Israel.
9. Porque à casa de Acabe hei de fazer como à casa de Jeroboão, filho de Nebate, e como à casa de Baasa, filho de Aías.
10. E os cães comerão a Jezabel no pedaço de campo de Jezreel; não haverá quem a enterre. Então, abriu a porta e fugiu.
11. E, saindo Jeú aos servos de seu senhor, disseram-lhe: Vai tudo bem? Por que veio a ti este louco? E ele lhes disse: Bem conheceis o homem e o seu falar.
12. Mas eles disseram: É mentira; agora, faze-no-lo saber. E disse: Assim e assim me falou, dizendo: Assim diz o Senhor: Ungi-te rei sobre Israel.
13. Então, se apressaram, e tomou cada um a sua veste e a pôs debaixo dele, no mais alto degrau; e tocaram a buzina e disseram: Jeú reina.
14. Assim, Jeú, filho de Josafá, filho de Ninsi, conspirou contra Jorão. Tinha, porém, Jorão cercado a Ramote-Gileade, ele e todo o Israel, por causa de Hazael, rei da Síria.
15. Porém o rei Jorão voltou para se curar em Jezreel das feridas que os siros lhe fizeram, quando pelejou contra Hazael, rei da Síria. E disse Jeú: Se é da vossa vontade, ninguém saia da cidade, nem escape, para ir anunciar isso em Jezreel.
16. Então, Jeú subiu a um carro e foi-se a Jezreel, porque Jorão estava deitado ali; e também Acazias, rei de Judá, descera para ver a Jorão.
17. E o atalaia estava na torre de Jezreel, e viu a tropa de Jeú, que vinha, e disse: Vejo uma tropa. Então, disse Jorão: Toma um cavaleiro e envia-lho ao encontro; e diga: Há paz?
18. E o cavaleiro lhe foi ao encontro e disse: Assim diz o rei: Há paz? E disse Jeú: Que tens tu que fazer com a paz? Passa para trás de mim. E o atalaia o fez saber, dizendo: Chegou a eles o mensageiro, porém não volta.
19. Então, enviou outro cavaleiro; e, chegando este a eles, disse: Assim diz o rei: Há paz? E disse Jeú: Que tens tu que fazer com a paz? Passa para trás de mim.
20. E o atalaia o fez saber, dizendo: Também este chegou a eles, porém não volta; e o andar parece como o andar de Jeú, filho de Ninsi, porque anda furiosamente.
21. Então, disse Jorão: Aparelha o carro. E aparelharam o seu carro. E saiu Jorão, rei de Israel, e Acazias, rei de Judá, cada um em seu carro, e saíram ao encontro de Jeú, e o acharam no pedaço de campo de Nabote, o jezreelita.
22. E sucedeu que, vendo Jorão a Jeú, disse: Há paz, Jeú? E disse ele: Que paz, enquanto as prostituições da tua mãe Jezabel e as suas feitiçarias são tantas?
23. Então, Jorão voltou as mãos, e fugiu, e disse a Acazias: Traição há, Acazias.
24. Mas Jeú entesou o seu arco com toda a força e feriu a Jorão entre os braços, e a flecha lhe saiu pelo coração; e caiu no seu carro.
25. Então, Jeú disse a Bidcar, seu capitão: Toma-o, lança-o no pedaço do campo de Nabote, o jezreelita; pois, lembra-te de que, indo eu e tu juntos a cavalo após Acabe, seu pai, o Senhor pôs sobre ele esta carga, dizendo:
26. Por certo que, se eu não visse ontem à tarde o sangue de Nabote e o sangue de seus filhos, diz o Senhor, também não to pagaria neste pedaço de campo, diz o Senhor. Agora, pois, toma-o e lança-o neste pedaço de campo, conforme a palavra do Senhor.
27. O que vendo Acazias, rei de Judá, fugiu pelo caminho da casa do jardim, porém Jeú seguiu após ele e disse: Feri também a este no carro à subida de Gur, que está junto a Ibleão. E fugiu para Megido e morreu ali.
28. E seus servos o levaram num carro a Jerusalém e o sepultaram na sua sepultura, junto a seus pais, na Cidade de Davi.
29. E, no ano undécimo de Jorão, filho de Acabe, começou Acazias a reinar sobre Judá.
30. E Jeú veio a Jezreel, o que ouvindo Jezabel, se pintou em volta dos olhos, e enfeitou a sua cabeça, e olhou pela janela.
31. E, entrando Jeú pelas portas, disse ela: Teve paz Zinri, que matou a seu senhor?
32. E levantou ele o rosto para a janela e disse: Quem é comigo? Quem? E dois ou três eunucos olharam para ele.
33. Então, disse ele: Lançai-a de alto abaixo. E lançaram-na de alto abaixo; e foram salpicados com o seu sangue a parede e os cavalos, e Jeú a atropelou.
34. Entrando ele, pois, e havendo comido e bebido, disse: Olhai por aquela maldita e sepultai-a, porque é filha de rei.
35. E foram para a sepultar; porém não acharam dela senão somente a caveira, e os pés, e as palmas das mãos.
36. Então, voltaram e lho fizeram saber; e ele disse: Esta é a palavra do Senhor, a qual falou pelo ministério de Elias, o tisbita, seu servo, dizendo: No pedaço do campo de Jezreel, os cães comerão a carne de Jezabel.
37. E o cadáver de Jezabel será como esterco sobre o campo, no pedaço de Jezreel, que se não possa dizer: Esta é Jezabel.
Capítulo 10.
1. E Acabe tinha setenta filhos em Samaria; e Jeú escreveu cartas e as enviou a Samaria, aos chefes de Jezreel, aos anciãos e aos aios dos filhos de Acabe, dizendo:
2. Logo, em chegando a vós esta carta, pois estão convosco os filhos de vosso senhor, como também os carros, e os cavalos, e a cidade fortalecida, e as armas,
3. Olhai pelo melhor e mais recto dos filhos de vosso senhor, o qual ponde sobre o trono de seu pai, e pelejai pela casa de vosso senhor.
4. Porém eles temeram muitíssimo e disseram: Eis que dois reis não puderam parar diante dele; como, pois, poderemos nós resistir-lhe?
5. Então, o que tinha cargo da casa, e o que tinha cargo da cidade, e os anciãos, e os aios enviaram a Jeú, dizendo: Teus servos somos e tudo quanto nos disseres faremos; a ninguém poremos rei; faze o que for bom aos teus olhos.
6. Então, segunda vez, lhes escreveu outra carta, dizendo: Se sois meus e ouvirdes a minha voz, tomai as cabeças dos homens, filhos de vosso senhor, e amanhã a este tempo vinde a mim, a Jezreel (e os filhos do rei, setenta homens, estavam com os grandes da cidade, que os mantinham).
7. Sucedeu, pois, que, chegada a eles a carta, tomaram os filhos do rei, e os mataram, setenta homens, e puseram as suas cabeças nuns cestos, e lhas mandaram a Jezreel.
8. E um mensageiro veio e lhe anunciou dizendo: Trouxeram as cabeças dos filhos do rei. E ele disse: Ponde-as em dois montões à entrada da porta, até amanhã.
9. E sucedeu que, pela manhã, saindo ele, parou e disse a todo o povo: Vós sois justos; eis que eu conspirei contra o meu senhor e o matei; mas quem feriu todos estes?
10. Sabei, pois, agora que, da palavra do Senhor, que o Senhor falou contra a casa de Acabe, nada cairá em terra, porque o Senhor tem feito o que falou pelo ministério de seu servo Elias.
11. Também Jeú feriu todos os restantes da casa de Acabe, em Jezreel, como também todos os seus grandes, e os seus conhecidos, e os seus sacerdotes, até que nenhum lhe deixou ficar de resto.
12. Então, se levantou, e partiu, e foi a Samaria. E, estando no caminho, em Bete-Equede dos pastores,
13. Jeú achou os irmãos de Acazias, rei de Judá, e disse: Quem sois vós? E eles disseram: Os irmãos de Acazias somos; e descemos a saudar os filhos do rei e os filhos da rainha.
14. Então, disse ele: Apanhai-os vivos. E eles os apanharam vivos e os mataram junto ao poço de Bete-Equede, quarenta e dois homens; e a nenhum deles deixou de resto.
15. E, partindo dali, encontrou a Jonadabe, filho de Recabe, que lhe vinha ao encontro, o qual saudou e lhe disse: Reto é o teu coração, como o meu coração é com o teu coração? E disse Jonadabe: É. Então, se é, dá-me a mão. E deu-lhe a mão e fê-lo subir consigo ao carro.
16. E disse: Vai comigo e verás o meu zelo para com o Senhor. E o puseram no seu carro.
17. E, chegando a Samaria, feriu todos os que ficaram de Acabe em Samaria, até que os destruiu, conforme a palavra que o Senhor dissera a Elias.
18. E ajuntou Jeú a todo o povo e disse-lhe: Acabe serviu pouco a Baal; Jeú, porém, muito o servirá.
19. Pelo que chamai-me, agora, todos os profetas de Baal, todos os seus servos e todos os seus sacerdotes; não falte nenhum, porque tenho um grande sacrifício a fazer a Baal; todo aquele que faltar não viverá. Porém Jeú fazia isso com astúcia, para destruir os servos de Baal.
20. Disse mais Jeú: Consagrai a Baal uma assembléia solene. E a apregoaram.
21. Também Jeú enviou por todo o Israel; e vieram todos os servos de Baal, e nenhum homem deles ficou que não viesse; e entraram na casa de Baal, e encheu-se a casa de Baal, de um lado ao outro.
22. Então, disse ao que tinha o cargo das vestimentas. Tira as vestimentas para todos os servos de Baal. E ele lhes tirou para fora as vestimentas.
23. E entrou Jeú com Jonadabe, filho de Recabe, na casa de Baal, e disse aos servos de Baal: Examinai e vede bem que, porventura, nenhum dos servos do Senhor aqui haja convosco, senão somente os servos de Baal.
24. E, entrando eles a fazerem sacrifícios e holocaustos, Jeú preparou da parte de fora oitenta homens e disse-lhes: Se escapar algum dos homens que eu entregar em vossas mãos, a vossa vida será pela vida dele.
25. E sucedeu que, acabando de fazer o holocausto, disse Jeú aos da sua guarda e aos capitães: Entrai, feri-os, não escape nenhum. E os feriram a fio de espada; e os da guarda e os capitães os lançaram fora, e se foram à cidade da casa de Baal.
26. E tiraram as estátuas da casa de Baal, e as queimaram.
27. Também quebraram a estátua de Baal, e derrubaram a casa de Baal, e fizeram dela latrinas, até ao dia de hoje.
28. E, assim, Jeú destruiu a Baal de Israel.
29. Porém não se apartou Jeú de seguir os pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel, a saber, dos bezerros de ouro, que estavam em Betel e em Dã.
30. Pelo que disse o SENHOR a Jeú: Porquanto bem fizeste em realizar o que é reto aos meus olhos e, conforme tudo quanto eu tinha no meu coração, fizeste à casa de Acabe, teus filhos até à quarta geração se assentarão no trono de Israel.
31. Mas Jeú não teve cuidado de andar com todo o seu coração na lei do Senhor, Deus de Israel, nem se apartou dos pecados de Jeroboão, que fez pecar a Israel.
32. Naqueles dias, começou o Senhor a diminuir os termos de Israel porque Hazael os feriu em todas as fronteiras de Israel,
33. Desde o Jordão para o nascente do sol, e toda a terra de Gileade, e os gaditas, e os rubenitas, e os manassitas, desde Aroer, que está junto ao ribeiro de Arnom, a saber, Gileade e Basã.
34. Ora, o mais dos atos de Jeú e tudo quanto fez, e todo o seu poder, porventura, não estão escritos no livro das crónicas dos Reis de Israel?
35. E Jeú dormiu com seus pais, e o sepultaram em Samaria; e Jeoacaz, seu filho, reinou em seu lugar.
36. E os dias que Jeú reinou sobre Israel em Samaria foram vinte e oito anos.
2. Logo, em chegando a vós esta carta, pois estão convosco os filhos de vosso senhor, como também os carros, e os cavalos, e a cidade fortalecida, e as armas,
3. Olhai pelo melhor e mais recto dos filhos de vosso senhor, o qual ponde sobre o trono de seu pai, e pelejai pela casa de vosso senhor.
4. Porém eles temeram muitíssimo e disseram: Eis que dois reis não puderam parar diante dele; como, pois, poderemos nós resistir-lhe?
5. Então, o que tinha cargo da casa, e o que tinha cargo da cidade, e os anciãos, e os aios enviaram a Jeú, dizendo: Teus servos somos e tudo quanto nos disseres faremos; a ninguém poremos rei; faze o que for bom aos teus olhos.
6. Então, segunda vez, lhes escreveu outra carta, dizendo: Se sois meus e ouvirdes a minha voz, tomai as cabeças dos homens, filhos de vosso senhor, e amanhã a este tempo vinde a mim, a Jezreel (e os filhos do rei, setenta homens, estavam com os grandes da cidade, que os mantinham).
7. Sucedeu, pois, que, chegada a eles a carta, tomaram os filhos do rei, e os mataram, setenta homens, e puseram as suas cabeças nuns cestos, e lhas mandaram a Jezreel.
8. E um mensageiro veio e lhe anunciou dizendo: Trouxeram as cabeças dos filhos do rei. E ele disse: Ponde-as em dois montões à entrada da porta, até amanhã.
9. E sucedeu que, pela manhã, saindo ele, parou e disse a todo o povo: Vós sois justos; eis que eu conspirei contra o meu senhor e o matei; mas quem feriu todos estes?
10. Sabei, pois, agora que, da palavra do Senhor, que o Senhor falou contra a casa de Acabe, nada cairá em terra, porque o Senhor tem feito o que falou pelo ministério de seu servo Elias.
11. Também Jeú feriu todos os restantes da casa de Acabe, em Jezreel, como também todos os seus grandes, e os seus conhecidos, e os seus sacerdotes, até que nenhum lhe deixou ficar de resto.
12. Então, se levantou, e partiu, e foi a Samaria. E, estando no caminho, em Bete-Equede dos pastores,
13. Jeú achou os irmãos de Acazias, rei de Judá, e disse: Quem sois vós? E eles disseram: Os irmãos de Acazias somos; e descemos a saudar os filhos do rei e os filhos da rainha.
14. Então, disse ele: Apanhai-os vivos. E eles os apanharam vivos e os mataram junto ao poço de Bete-Equede, quarenta e dois homens; e a nenhum deles deixou de resto.
15. E, partindo dali, encontrou a Jonadabe, filho de Recabe, que lhe vinha ao encontro, o qual saudou e lhe disse: Reto é o teu coração, como o meu coração é com o teu coração? E disse Jonadabe: É. Então, se é, dá-me a mão. E deu-lhe a mão e fê-lo subir consigo ao carro.
16. E disse: Vai comigo e verás o meu zelo para com o Senhor. E o puseram no seu carro.
17. E, chegando a Samaria, feriu todos os que ficaram de Acabe em Samaria, até que os destruiu, conforme a palavra que o Senhor dissera a Elias.
18. E ajuntou Jeú a todo o povo e disse-lhe: Acabe serviu pouco a Baal; Jeú, porém, muito o servirá.
19. Pelo que chamai-me, agora, todos os profetas de Baal, todos os seus servos e todos os seus sacerdotes; não falte nenhum, porque tenho um grande sacrifício a fazer a Baal; todo aquele que faltar não viverá. Porém Jeú fazia isso com astúcia, para destruir os servos de Baal.
20. Disse mais Jeú: Consagrai a Baal uma assembléia solene. E a apregoaram.
21. Também Jeú enviou por todo o Israel; e vieram todos os servos de Baal, e nenhum homem deles ficou que não viesse; e entraram na casa de Baal, e encheu-se a casa de Baal, de um lado ao outro.
22. Então, disse ao que tinha o cargo das vestimentas. Tira as vestimentas para todos os servos de Baal. E ele lhes tirou para fora as vestimentas.
23. E entrou Jeú com Jonadabe, filho de Recabe, na casa de Baal, e disse aos servos de Baal: Examinai e vede bem que, porventura, nenhum dos servos do Senhor aqui haja convosco, senão somente os servos de Baal.
24. E, entrando eles a fazerem sacrifícios e holocaustos, Jeú preparou da parte de fora oitenta homens e disse-lhes: Se escapar algum dos homens que eu entregar em vossas mãos, a vossa vida será pela vida dele.
25. E sucedeu que, acabando de fazer o holocausto, disse Jeú aos da sua guarda e aos capitães: Entrai, feri-os, não escape nenhum. E os feriram a fio de espada; e os da guarda e os capitães os lançaram fora, e se foram à cidade da casa de Baal.
26. E tiraram as estátuas da casa de Baal, e as queimaram.
27. Também quebraram a estátua de Baal, e derrubaram a casa de Baal, e fizeram dela latrinas, até ao dia de hoje.
28. E, assim, Jeú destruiu a Baal de Israel.
29. Porém não se apartou Jeú de seguir os pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel, a saber, dos bezerros de ouro, que estavam em Betel e em Dã.
30. Pelo que disse o SENHOR a Jeú: Porquanto bem fizeste em realizar o que é reto aos meus olhos e, conforme tudo quanto eu tinha no meu coração, fizeste à casa de Acabe, teus filhos até à quarta geração se assentarão no trono de Israel.
31. Mas Jeú não teve cuidado de andar com todo o seu coração na lei do Senhor, Deus de Israel, nem se apartou dos pecados de Jeroboão, que fez pecar a Israel.
32. Naqueles dias, começou o Senhor a diminuir os termos de Israel porque Hazael os feriu em todas as fronteiras de Israel,
33. Desde o Jordão para o nascente do sol, e toda a terra de Gileade, e os gaditas, e os rubenitas, e os manassitas, desde Aroer, que está junto ao ribeiro de Arnom, a saber, Gileade e Basã.
34. Ora, o mais dos atos de Jeú e tudo quanto fez, e todo o seu poder, porventura, não estão escritos no livro das crónicas dos Reis de Israel?
35. E Jeú dormiu com seus pais, e o sepultaram em Samaria; e Jeoacaz, seu filho, reinou em seu lugar.
36. E os dias que Jeú reinou sobre Israel em Samaria foram vinte e oito anos.
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