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Bíblia completa pT.: Isaías 13.

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Isaías 13.

Capítulos
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7  a  12
13  a  18
19  a  24
25  a  30
31  a  36   Seguinte



1. Peso de Babilónia, que viu Isaías, filho de Amós.
2. Alçai uma bandeira sobre o monte elevado, levantai a voz para eles; acenai-lhes com a mão, para que entrem pelas portas dos nobres.
3. Eu dei ordens aos meus santificados; sim, já chamei os meus poderosos para executarem a minha ira, os que exultam com a minha majestade.
4. Já se ouve a gritaria da multidão sobre os montes, como a de muito povo; o som do rebuliço de reinos e de nações congregados. O Senhor dos Exércitos passa em revista o exército de guerra.
5. Já vem de uma terra remota, desde a extremidade do céu, o Senhor, e os instrumentos da sua indignação, para destruir toda aquela terra.
6. Clamai, pois, o dia do Senhor está perto; vem do Todo-Poderoso como assolação.
7. Portanto, todas as mãos se debilitarão, e o coração de todos os homens se desanimará.
8. E assombrar-se-ão, e apoderar-se-ão deles dores e ais, e se angustiarão, como a mulher com dores de parto; cada um se espantará do seu próximo; os seus rostos serão rostos flamejantes.
9. Eis que vem o dia do Senhor, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação, e dela destruir os pecadores.
10. Porque as estrelas dos céus e as suas constelações não darão a sua luz; o sol se escurecerá ao nascer, e a lua não resplandecerá com a sua luz.
11. E visitarei sobre o mundo a maldade, e sobre os ímpios a sua iniquidade; e farei cessar a arrogância dos atrevidos, e abaterei a soberba dos tiranos.
12. Farei que o homem seja mais precioso do que o ouro puro, e mais raro do que o ouro fino de Ófir.
13. Por isso farei estremecer os céus; e a terra se moverá do seu lugar, por causa do furor do Senhor dos Exércitos, e por causa do dia da sua ardente ira.
14. E cada um será como a corça que foge, e como a ovelha que ninguém recolhe; cada um voltará para o seu povo, e cada um fugirá para a sua terra.
15. Todo o que for achado será transpassado; e todo o que se unir a ele cairá à espada.
16. E suas crianças serão despedaçadas perante os seus olhos; as suas casas serão saqueadas, e as suas mulheres violadas.
17. Eis que eu despertarei contra eles os medos, que não farão caso da prata, nem tampouco desejarão ouro.
18. E os seus arcos despedaçarão os jovens, e não se compadecerão do fruto do ventre; os seus olhos não pouparão aos filhos.
19. E Babilónia, o ornamento dos reinos, a glória e a soberba dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou.
20. Nunca mais será habitada, nem nela morará alguém de geração em geração; nem o árabe armará ali a sua tenda, nem tampouco os pastores ali farão deitar os seus rebanhos.
21. Mas as feras do deserto repousarão ali, e as suas casas se encherão de horríveis animais; e ali habitarão os avestruzes, e os sátiros pularão ali.
22. E os animais selvagens das ilhas uivarão em suas casas vazias, como também os chacais nos seus palácios de prazer; pois bem perto já vem chegando o seu tempo, e os seus dias não se prolongarão.

Capítulo 14.




1. Porque o Senhor se compadecerá de Jacó, e ainda escolherá a Israel e os porá na sua própria terra; e ajuntar-se-ão com eles os estrangeiros, e se achegarão à casa de Jacó.
2. E os povos os receberão, e os levarão aos seus lugares, e a casa de Israel os possuirá por servos, e por servas, na terra do Senhor; e cativarão aqueles que os cativaram, e dominarão sobre os seus opressores.
3. E acontecerá que no dia em que o Senhor vier a dar-te descanso do teu sofrimento, e do teu pavor, e da dura servidão com que te fizeram servir,
4. Então proferirás este provérbio contra o rei de Babilónia, e dirás: Como já cessou o opressor, como já cessou a cidade dourada!
5. Já quebrantou o Senhor o bastão dos ímpios e o cetro dos dominadores.
6. Aquele que feria aos povos com furor, com golpes incessantes, e que com ira dominava sobre as nações agora é perseguido, sem que alguém o possa impedir.
7. Já descansa, já está sossegada toda a terra; rompem cantando.
8. Até as faias se alegram sobre ti, e os cedros do Líbano, dizendo: Desde que tu caíste ninguém sobe contra nós para nos cortar.
9. O inferno desde o profundo se turbou por ti, para te sair ao encontro na tua vinda; despertou por ti os mortos, e todos os chefes da terra, e fez levantar dos seus tronos a todos os reis das nações.
10. Estes todos responderão, e te dirão: Tu também adoeceste como nós, e foste semelhante a nós.
11. Já foi derrubada na sepultura a tua soberba com o som das tuas violas; os vermes debaixo de ti se estenderão, e os bichos te cobrirão.
12. Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!
13. E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte.
14. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.
15. E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.
16. Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão, e dirão: É este o homem que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos?
17. Que punha o mundo como o deserto, e assolava as suas cidades? Que não abria a casa de seus cativos?
18. Todos os reis das nações, todos eles, jazem com honra, cada um na sua morada.
19. Porém tu és lançado da tua sepultura, como um renovo abominável, como as vestes dos que foram mortos atravessados à espada, como os que descem ao covil de pedras, como um cadáver pisado.
20. Com eles não te reunirás na sepultura; porque destruíste a tua terra e mataste o teu povo; a descendência dos malignos não será jamais nomeada.
21. Preparai a matança para os seus filhos por causa da maldade de seus pais, para que não se levantem, e nem possuam a terra, e encham a face do mundo de cidades.
22. Porque me levantarei contra eles, diz o Senhor dos Exércitos, e extirparei de Babilónia o nome, e os sobreviventes, o filho e o neto, diz o Senhor.
23. E farei dela uma possessão de ouriços e a lagoas de águas; e varrê-la-ei com vassoura de perdição, diz o Senhor dos Exércitos.
24. O Senhor dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efetuará.
25. Quebrantarei a Assíria na minha terra, e nas minhas montanhas a pisarei, para que o seu jugo se aparte deles e a sua carga se desvie dos seus ombros.
26. Este é o propósito que foi determinado sobre toda a terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações.
27. Porque o Senhor dos Exércitos o determinou; quem o invalidará? E a sua mão está estendida; quem pois a fará voltar atrás?
28. No ano em que morreu o rei Acaz, foi dada esta sentença.
29. Não te alegres, tu, toda a Filístia, por estar quebrada a vara que te feria; porque da raiz da cobra sairá um basilisco, e o seu fruto será uma serpente ardente, voadora.
30. E os primogénitos dos pobres serão apascentados, e os necessitados se deitarão seguros; porém farei morrer de fome a tua raiz, e ele matará os teus sobreviventes.
31. Dá uivos, ó porta, grita, ó cidade; tu, ó Filístia, estás toda derretida; porque do norte vem uma fumaça, e não haverá quem fique sozinho nas suas convocações.
32. Que se responderá, pois, aos mensageiros da nação? Que o Senhor fundou a Sião, para que os opressos do seu povo nela encontrem refúgio.

Capítulo 15.




1. Peso de Moabe. Certamente numa noite foi destruída Ar de Moabe, e foi desfeita; certamente numa noite foi destruída Quir de Moabe e foi desfeita.
2. Vai subindo a Bajite, e a Dibom, aos lugares altos, para chorar; por Nebo e por Medeba clamará Moabe; todas as cabeças ficarão calvas, e toda a barba será rapada.
3. Cingiram-se de sacos nas suas ruas; nos seus terraços e nas suas praças todos andam gritando, e choram abundantemente.
4. Assim Hesbom como Eleale, andam gritando; até Jaaz se ouve a sua voz; por isso os armados de Moabe clamam; a sua alma lhes será penosa.
5. O meu coração clama por causa de Moabe; os seus fugitivos foram até Zoar, como uma novilha de três anos; porque vão chorando pela subida de Luíte, porque no caminho de Horonaim levantam um lastimoso pranto.
6. Porque as águas de Ninrim serão pura assolação; porque já secou o feno, acabou a erva, e não há verdura alguma.
7. Por isso a abundância que ajuntaram, e o que guardaram, ao ribeiro dos salgueiros o levarão.
8. Porque o pranto rodeará aos limites de Moabe; até Eglaim chegará o seu clamor, e ainda até Beer-Elim chegará o seu lamento.
9. Porquanto as águas de Dimom estão cheias de sangue, porque ainda acrescentarei mais a Dimom; leões contra aqueles que escaparem de Moabe e contra o restante da terra.

Capítulo 16.




1. Enviai o cordeiro ao governador da terra, desde Sela, no deserto, até ao monte da filha de Sião.
2. De outro modo sucederá que serão as filhas de Moabe junto aos vaus de Arnom como o pássaro vagueante, lançado fora do ninho.
3. Toma conselho, executa juízo, põe a tua sombra no pino do meio-dia como a noite; esconde os desterrados, e não descubras os fugitivos.
4. Habitem contigo os meus desterrados, ó Moabe; serve-lhes de refúgio perante a face do destruidor; porque o homem violento terá fim; a destruição é desfeita, e os opressores são consumidos sobre a terra.
5. Porque o trono se firmará em benignidade, e sobre ele no tabernáculo de Davi se assentará em verdade um que julgue, e busque o juízo, e se apresse a fazer justiça.
6. Ouvimos da soberba de Moabe, que é soberbíssimo; da sua altivez, da sua soberba, e do seu furor; porém, as suas mentiras não serão firmes.
7. Portanto Moabe clamará por Moabe; todos clamarão; gemereis pelos fundamentos de Quir-Haresete, pois certamente já estão abatidos.
8. Porque os campos de Hesbom enfraqueceram, e a vinha de Sibma; os senhores dos gentios quebraram as suas melhores plantas que haviam chegado a Jazer e vagueiam no deserto; os seus rebentos se estenderam e passaram além do mar.
9. Por isso prantearei, com o pranto de Jazer, a vinha de Sibma; regar-te-ei com as minhas lágrimas, ó Hesbom e Eleale; porque o júbilo dos teus frutos de verão e da tua sega desapareceu.
10. E fugiu a alegria e o regozijo do campo fértil, e nas vinhas não se canta, nem há júbilo algum; já não se pisarão as uvas nos lagares. Eu fiz cessar o júbilo.
11. Por isso o meu íntimo vibra por Moabe como harpa, e o meu interior por Quir-Heres.
12. E será que, quando virem Moabe cansado nos altos, então entrará no seu santuário a orar, porém não prevalecerá.
13. Esta é a palavra que o Senhor falou contra Moabe desde aquele tempo.
14. Porém agora falou o Senhor, dizendo: Dentro de três anos tais como os anos de jornaleiros, será envilecida a gloria de Moabe, com toda a sua grande multidão; e o restante será pouco, pequeno e impotente.

Capítulo 17.




1. Peso de Damasco. Eis que Damasco será tirada, e já não será cidade, antes será um montão de ruínas.
2. As cidades de Aroer serão abandonadas; hão de ser para os rebanhos que se deitarão sem que alguém os espante.
3. E a fortaleza de Efraim cessará, como também o reino de Damasco e o restante da Síria; serão como a glória dos filhos de Israel, diz o Senhor dos Exércitos.
4. E naquele dia será diminuída a glória de Jacó, e a gordura da sua carne ficará emagrecida.
5. Porque será como o segador que colhe a cana do trigo e com o seu braço sega as espigas; e será também como o que colhe espigas no vale de Refaim.
6. Porém ainda ficarão nele alguns rabiscos, como no sacudir da oliveira: duas ou três azeitonas na mais alta ponta dos ramos, e quatro ou cinco nos seus ramos mais frutíferos, diz o Senhor Deus de Israel.
7. Naquele dia atentará o homem para o seu Criador, e os seus olhos olharão para o Santo de Israel.
8. E não atentará para os altares, obra das suas mãos, nem olhará para o que fizeram seus dedos, nem para os bosques, nem para as imagens.
9. Naquele dia as suas cidades fortificadas serão como lugares abandonados, no bosque ou sobre o cume das montanhas, os quais foram abandonados ante os filhos de Israel; e haverá assolação.
10. Porque te esqueceste do Deus da tua salvação, e não te lembraste da rocha da tua fortaleza, portanto farás plantações formosas, e assentarás nelas sarmentos estranhos.
11. E no dia em que as plantares as farás crescer, e pela manhã farás que a tua semente brote; mas a colheita voará no dia da angústia e das dores insofríveis.
12. Ai do bramido dos grandes povos que bramam como bramam os mares, e do rugido das nações que rugem como rugem as impetuosas águas.
13. Rugirão as nações, como rugem as muitas águas, mas Deus as repreenderá e elas fugirão para longe; e serão afugentadas como a pragana dos montes diante do vento, e como o que rola levado pelo tufão.
14. Ao anoitecer eis que há pavor, mas antes que amanheça já não existe; esta é a parte daqueles que nos despojam, e a sorte daqueles que nos saqueiam.

Capítulo 18.




1. Ai da terra que ensombreia com as suas asas, que está além dos rios da Etiópia.
2. Que envia embaixadores por mar em navios de junco sobre as águas, dizendo: Ide, mensageiros velozes, a um povo de elevada estatura e de pele lisa; a um povo terrível desde o seu princípio; a uma nação forte e esmagadora, cuja terra os rios dividem.
3. Vós, todos os habitantes do mundo, e vós os moradores da terra, quando se arvorar a bandeira nos montes, o vereis; e quando se tocar a trombeta, o ouvireis.
4. Porque assim me disse o Senhor: Estarei quieto, olhando desde a minha morada, como o ardor do sol resplandecente depois da chuva, como a nuvem do orvalho no calor da sega.
5. Porque antes da sega, quando já o fruto está perfeito e, passada a flor, as uvas verdes amadurecerem, então, com foice podará os sarmentos e tirará os ramos e os lançará fora.
6. Serão deixados juntos às aves dos montes e aos animais da terra; e sobre eles veranearão as aves de rapina, e todos os animais da terra invernarão sobre eles.
7. Naquele tempo trará um presente ao Senhor dos Exércitos um povo de elevada estatura e de pele lisa, e um povo terrível desde o seu princípio; uma nação forte e esmagadora, cuja terra os rios dividem; ao lugar do nome do Senhor dos Exércitos, ao monte Sião.


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