Bíblia Completa Pt - Índice com todos os livros.

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Bíblia Completa - Com todos os livros.

Bíblia completa pT.: Números 13

Números 13

Capítulos
1  a  6
7  a  12
13  a  18
19  a  24
25  a  30   
31  a  36    Deutero.



1. E falou o Senhor a Moisés, dizendo:
2. Envia homens que espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel; de cada tribo de seus pais enviareis um homem, sendo cada qual maioral entre eles.
3. E enviou-os Moisés do deserto de Parã, segundo o dito do Senhor; todos aqueles homens eram cabeças dos filhos de Israel.
4. E estes são os seus nomes: Da tribo de Rúben, Samua, filho de Zacur;
5. Da tribo de Simeão, Safate, filho de Hori;
6. Da tribo de Judá, Calebe, filho de Jefoné;
7. Da tribo de Issacar, Jigeal, filho de José;
8. Da tribo de Efraim, Oséias, filho de Num;
9. Da tribo de Benjamim, Palti, filho de Rafu;
10. Da tribo de Zebulom, Gadiel, filho de Sodi;
11. Da tribo de José, pela tribo de Manassés, Gadi, filho de Susi;
12. Da tribo de Dã, Amiel, filho de Gemali;
13. Da tribo de Aser, Setur, filho de Micael;
14. Da tribo de Naftali, Nabi, filho de Vofsi;
15. Da tribo de Gade, Geuel, filho de Maqui.
16. Estes são os nomes dos homens que Moisés enviou a espiar aquela terra; e a Oséias, filho de Num, Moisés chamou Josué.
17. Enviou-os, pois, Moisés a espiar a terra de Canaã e disse-lhes: Subi por aqui para a banda do sul e subi à montanha;
18. E vede que terra é, e o povo que nela habita; se é forte ou fraco; se pouco ou muito;
19. E qual é a terra em que habita, se boa ou má; e quais são as cidades em que habita, se em arraiais, se em fortalezas.
20. Também qual é a terra, se grossa ou magra; se nela há árvores ou não; e esforçai-vos e tomai do fruto da terra. E eram aqueles dias os dias das primícias das uvas.
21. Assim, subiram e espiaram a terra desde o deserto de Zim até Reobe, à entrada de Hamate.
22. E subiram para a banda do Sul e vieram até Hebrom; e estavam ali Aimã, Sesai, e Talmai, filhos de Anaque (Hebrom foi edificada sete anos antes de Zoã, no Egito).
23. Depois, vieram até ao vale de Escol e dali cortaram um ramo de vide com um cacho de uvas, o qual trouxeram dois homens sobre uma verga, como também romãs e figos.
24. Chamaram àquele lugar o vale de Escol, por causa do cacho que dali cortaram os filhos de Israel.
25. Depois, voltaram de espiar a terra, ao fim de quarenta dias.
26. E caminharam, e vieram a Moisés, e a Arão, e a toda a congregação dos filhos de Israel no deserto de Parã, a Cades, e, tornando, deram-lhes conta a eles e a toda a congregação; e mostraram-lhes o fruto da terra.
27. E contaram-lhe e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e, verdadeiramente, mana leite e mel, e este é o fruto.
28. O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades, fortes e mui grandes; e também ali vimos os filhos de Anaque.
29. Os amalequitas habitam na terra do Sul; e os heteus, e os jebuseus, e os amorreus habitam na montanha; e os cananeus habitam ao pé do mar e pela ribeira do Jordão.
30. Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Subamos animosamente e possuamo-la em herança; porque, certamente, prevaleceremos contra ela.
31. Porém os homens que com ele subiram disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós.
32. E infamaram a terra, que tinham espiado, perante os filhos de Israel, dizendo: A terra, pelo meio da qual passamos a espiar, é terra que consome os seus moradores; e todo o povo que vimos no meio dela são homens de grande estatura.
33. Também vimos ali gigantes, filhos de Anaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos e assim também éramos aos seus olhos.

Capítulo 14.



1. Então, levantou-se toda a congregação, e alçaram a sua voz; e o povo chorou naquela mesma noite.
2. E todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhe disse: Ah! Se morrêramos na terra do Egito! Ou, ah! Se morrêramos neste deserto!
3. E por que nos traz o Senhor a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não nos seria melhor voltarmos ao Egito?
4. E diziam uns aos outros: Levantemos um capitão e voltemos ao Egito.
5. Então, Moisés e Arão caíram sobre os seus rostos perante todo o ajuntamento dos filhos de Israel.
6. E Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, dos que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes.
7. E falaram a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra muito boa.
8. Se o Senhor se agradar de nós, então, nos porá nesta terra e no-la dará, terra que mana leite e mel.
9. Tão-somente não sejais rebeldes contra o Senhor e não temais o povo desta terra, porquanto são eles nosso pão; retirou-se deles o seu amparo, e o Senhor é conosco; não os temais.
10. Então, disse toda a congregação que os apedrejassem; porém a glória do Senhor apareceu na tenda da congregação a todos os filhos de Israel
11. E disse o Senhor a Moisés: Até quando me provocará este povo? E até quando me não crerão por todos os sinais que fiz no meio deles?
12. Com pestilência o ferirei, e o rejeitarei, e farei de ti povo maior e mais forte do que este.
13. E disse Moisés ao Senhor: Assim, os egípcios o ouvirão; porquanto com a tua força fizeste subir este povo do meio deles.
14. E o dirão aos moradores desta terra, que ouviram que tu, ó Senhor, estás no meio deste povo, que face a face, ó Senhor, lhes apareces, que tua nuvem está sobre eles e que vais adiante deles numa coluna de nuvem de dia e numa coluna de fogo de noite.
15. E, se matares este povo como a um só homem, as nações, pois, que ouviram a tua fama, falarão, dizendo:
16. Porquanto o Senhor não podia pôr este povo na terra que lhes tinha jurado; por isso, os matou no deserto.
17. Agora, pois, rogo-te que a força do meu Senhor se engrandeça, como tens falado, dizendo:
18. O Senhor é longânimo e grande em beneficência, que perdoa a iniquidade e a transgressão, que o culpado não tem por inocente e visita a iniquidade dos pais sobre os filhos até à terceira e quarta geração.
19. Perdoa, pois, a iniquidade deste povo, segundo a grandeza da tua benignidade e como também perdoaste a este povo desde a terra do Egito até aqui.
20. E disse o Senhor: Conforme a tua palavra, lhe perdoei.
21. Porém, tão certamente como eu vivo e como a glória do Senhor encherá toda a terra,
22. Todos os homens que viram a minha glória e os meus sinais que fiz no Egito e no deserto, e me tentaram estas dez vezes, e não obedeceram à minha voz,
23. Não verão a terra de que a seus pais jurei, e até nenhum daqueles que me provocaram a verá.
24. Porém o meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito e perseverou em seguir-me, eu o levarei à terra em que entrou, e a sua semente a possuirá em herança.
25. Ora, os amalequitas e os cananeus habitam no vale; tornai-vos, amanhã, e caminhai para o deserto pelo caminho do mar Vermelho.
26. Depois, falou o Senhor a Moisés e a Arão, dizendo:
27. Até quando sofrerei esta má congregação, que murmura contra mim? Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel, com que murmuram contra mim.
28. Dize-lhes: Assim como eu vivo, diz o Senhor, que, como falastes aos meus ouvidos, assim farei a vós outros.
29. Neste deserto cairá o vosso cadáver, como também todos os que de vós foram contados segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, os que dentre vós contra mim murmurastes;
30. Não entrareis na terra, pela qual levantei a minha mão que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.
31. Mas os vossos filhos, de que dizeis: Por presa serão, meterei nela; e eles saberão da terra que vós desprezastes.
32. Porém, quanto a vós, o vosso cadáver cairá neste deserto.
33. E vossos filhos pastorearão neste deserto quarenta anos e levarão sobre si as vossas infidelidades, até que o vosso cadáver se consuma neste deserto.
34. Segundo o número dos dias em que espiastes esta terra, quarenta dias, cada dia representando um ano, levareis sobre vós as vossas iniquidades quarenta anos e conhecereis o meu afastamento.
35. Eu, o Senhor, falei. E assim farei a toda esta má congregação, que se levantou contra mim; neste deserto, se consumirão e aí falecerão.
36. E os homens que Moisés mandara a espiar a terra e que, voltando, fizeram murmurar toda a congregação contra ele, infamando a terra,
37. Aqueles mesmos homens, que infamaram a terra, morreram de praga perante o Senhor.
38. Mas Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, que eram dos homens que foram espiar a terra, ficaram com vida.
39. E falou Moisés estas palavras a todos os filhos de Israel; então, o povo se contristou muito.
40. E levantaram-se pela manhã de madrugada e subiram ao cume do monte, dizendo: Eis-nos aqui e subiremos ao lugar que o Senhor tem dito, porquanto havemos pecado.
41. Mas Moisés disse: Por que quebrantais o mandado do Senhor? Pois isso não prosperará.
42. Não subais, pois o Senhor não estará no meio de vós, para que não sejais feridos diante dos vossos inimigos.
43. Porque os amalequitas e os cananeus estão ali diante da vossa face, e caireis à espada; pois, porquanto vos desviastes do Senhor, o Senhor não será convosco.
44. Contudo, temerariamente, tentaram subir ao cume do monte; mas a arca do concerto do Senhor e Moisés não se apartaram do meio do arraial.
45. Então, desceram os amalequitas e os cananeus, que habitavam na montanha, e os feriram, derrotando-os até Horma.

Capítulo 15.



1. Depois, falou o Senhor a Moisés, dizendo:
2. Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando entrardes na terra das vossas habitações, que eu vos hei de dar,
3. E ao Senhor fizerdes oferta queimada, holocausto, ou sacrifício para lhe cumprir um voto, ou em oferta voluntária, ou nas vossas solenidades, para ao Senhor fazer um cheiro suave de ovelhas ou vacas,
4. Então, aquele que oferecer a sua oferta ao Senhor, por oferta de manjares, oferecerá uma décima de flor de farinha misturada com a quarta parte de um him de azeite.
5. E de vinho para libação preparareis a quarta parte de um him, para holocausto ou para sacrifício por cordeiro;
6. E para cada carneiro prepararás uma oferta de manjares de duas décimas de flor de farinha, misturada com a terça parte de um him de azeite.
7. E de vinho para a libação oferecerás a terça parte de um him ao Senhor, em cheiro suave.
8. E, quando preparares novilho para holocausto ou sacrifício para cumprir um voto ou um sacrifício pacífico ao Senhor,
9. Com o novilho oferecerás uma oferta de manjares de três décimas de flor de farinha, misturada com a metade de um him de azeite,
10. E de vinho para a libação oferecerás a metade de um him, oferta queimada em cheiro suave ao Senhor.
11. Assim se fará com cada boi, ou com cada carneiro, ou com o gado miúdo dos cordeiros ou das cabras.
12. Segundo o número que oferecerdes, assim o fareis com cada um, segundo o número deles.
13. Todo o natural assim fará estas coisas, oferecendo oferta queimada em cheiro suave ao Senhor.
14. Quando também peregrinar convosco algum estrangeiro ou que estiver no meio de vós nas vossas gerações, e ele oferecer uma oferta queimada de cheiro suave ao Senhor, como vós fizerdes, assim fará ele.
15. Um mesmo estatuto haja para vós, ó congregação, e para o estrangeiro que entre vós peregrina, por estatuto perpétuo nas vossas gerações; como vós, assim será o peregrino perante o Senhor.
16. Uma mesma lei e um mesmo direito haverá para vós e para o estrangeiro que peregrina convosco.
17. Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
18. Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando entrardes na terra em que vos hei de meter,
19. Acontecerá que, quando comerdes do pão da terra, então, oferecereis ao Senhor oferta alçada.
20. Das primícias da vossa massa oferecereis um bolo em oferta alçada; como a oferta da eira, assim o oferecereis.
21. Das primícias das vossas massas dareis ao Senhor oferta alçada nas vossas gerações.
22. E, quando vierdes a errar e não fizerdes todos estes mandamentos, que o Senhor falou a Moisés,
23. Tudo quanto o Senhor vos tem mandado por mão de Moisés, desde o dia que o Senhor ordenou, e dali em diante, nas vossas gerações,
24. Será que, quando se fizer alguma coisa por erro, e for encoberto aos olhos da congregação, toda a congregação oferecerá um novilho para holocausto em cheiro suave ao Senhor, com a sua oferta de manjares e libação conforme o estatuto, e um bode, para expiação do pecado.
25. E o sacerdote fará propiciação por toda a congregação dos filhos de Israel, e lhes será perdoado; porquanto foi erro, e trouxeram a sua oferta, oferta queimada ao Senhor, e a sua expiação do pecado perante o Senhor, por causa do seu erro.
26. Será, pois, perdoado a toda a congregação dos filhos de Israel, e mais ao estrangeiro que peregrina no meio deles, porquanto por erro sobreveio a todo o povo.
27. E, se alguma alma pecar por erro, para expiação do pecado oferecerá uma cabra de um ano.
28. E o sacerdote fará expiação pela alma que pecar, quando pecar por erro, perante o Senhor, fazendo expiação por ela, e lhe será perdoado.
29. Para o natural dos filhos de Israel e para o estrangeiro que no meio deles peregrina, uma mesma lei vos será, para aquele que isso fizer por erro.
30. Mas a alma que fizer alguma coisa à mão levantada, quer seja dos naturais quer dos estrangeiros, injúria ao Senhor; e tal alma será extirpada do meio do seu povo,
31. Pois desprezou a palavra do Senhor e anulou o seu mandamento; totalmente será extirpada aquela alma, e a sua iniquidade será sobre ela.
32. Estando, pois, os filhos de Israel no deserto, acharam um homem apanhando lenha no dia de sábado.
33. E os que o acharam apanhando lenha o trouxeram a Moisés e a Arão, e a toda a congregação.
34. E o puseram em guarda; porquanto ainda não estava declarado o que se lhe devia fazer.
35. Disse, pois, o Senhor a Moisés: Certamente morrerá o tal homem; toda a congregação com pedras o apedrejará fora do arraial.
36. Então, toda a congregação o tirou para fora do arraial, e com pedras o apedrejaram, e morreu, como o Senhor ordenara a Moisés.
37. E falou o Senhor a Moisés, dizendo:
38. Fala aos filhos de Israel e dize-lhes que nas bordas das suas vestes façam franjas, pelas suas gerações; e nas franjas das bordas porão um cordão azul.
39. E nas franjas vos estará, para que o vejais, e vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor, e os façais; e não seguireis após o vosso coração, nem após os vossos olhos, após os quais andais adulterando.
40. Para que vos lembreis de todos os meus mandamentos, e os façais, e santos sejais a vosso Deus.
41. Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito, para vos ser por Deus; eu sou o Senhor, vosso Deus.

Capítulo 16.



1. E Corá, filho de Izar, filho de Coate, filho de Levi, tomou consigo a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe, e a Om, filho de Pelete, filhos de Rúben,
2. E levantaram-se perante Moisés com duzentos e cinquenta homens dos filhos de Israel, maiorais da congregação, chamados ao ajuntamento, varões de nome.
3. E se congregaram contra Moisés e contra Arão e lhes disseram: Demais é já; pois que toda a congregação é santa, todos eles são santos, e o Senhor está no meio deles; por que, pois, vos elevais sobre a congregação do Senhor?
4. Como Moisés isto ouviu, caiu sobre o seu rosto
5. E falou a Corá e a toda a sua congregação, dizendo: Amanhã pela manhã o Senhor fará saber quem é seu e quem o santo que ele fará chegar a si; e aquele a quem escolher fará chegar a si.
6. Fazei isto: Tomai vós incensários, Corá e toda a sua congregação;
7. E, pondo fogo neles amanhã, sobre eles deitai incenso perante o Senhor; e será que o homem a quem o Senhor escolher, este será o santo; baste-vos, filhos de Levi.
8. Disse mais Moisés a Corá: Ouvi, agora, filhos de Levi:
9. Porventura, pouco para vós é que o Deus de Israel vos separou da congregação de Israel para vos fazer chegar a si, a administrar o ministério do tabernáculo do Senhor e estar perante a congregação para ministrar-lhe;
10. E te fez chegar e todos os teus irmãos, os filhos de Levi, contigo; ainda também procurais o sacerdócio?
11. Pelo que tu e toda a tua congregação congregados estais contra o Senhor; e Arão, que é ele, que murmurais contra ele?
12. E Moisés enviou a chamar a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe; porém eles disseram: Não subiremos;
13. Porventura, pouco é que nos fizeste subir de uma terra que mana leite e mel, para nos matares neste deserto, senão que também totalmente te assenhoreias de nós?
14. Nem tampouco nos trouxeste a uma terra que mana leite e mel, nem nos deste campos e vinhas em herança; porventura, arrancarás os olhos a estes homens? Não subiremos.
15. Então, Moisés irou-se muito e disse ao Senhor: Não atentes para a sua oferta; nem um só jumento tomei deles nem a nenhum deles fiz mal.
16. Disse mais Moisés a Corá: Tu e toda a tua congregação, ponde-vos perante o Senhor, tu, e eles, e Arão, amanhã.
17. E tomai cada um o seu incensário e neles ponde incenso; e trazei cada um o seu incensário perante o Senhor, duzentos e cinquenta incensários; também tu e Arão, cada qual o seu incensário.
18. Tomaram, pois, cada qual o seu incensário, e neles puseram fogo, e neles deitaram incenso, e se puseram perante a porta da tenda da congregação com Moisés e Arão.
19. E Corá fez ajuntar contra eles toda a congregação à porta da tenda da congregação; então, a glória do Senhor apareceu a toda a congregação.
20. E falou o Senhor a Moisés e a Arão, dizendo:
21. Apartai-vos do meio desta congregação, e os consumirei como num momento.
22. Mas eles se prostraram sobre os seus rostos, e disseram: Ó Deus, Deus dos espíritos de toda carne, pecará um só homem, e indignar-te-ás tu tanto contra toda esta congregação?
23. E falou o Senhor a Moisés, dizendo:
24. Fala a toda esta congregação, dizendo: Levantai-vos do redor da habitação de Corá, Datã e Abirão.
25. Então, Moisés levantou-se e foi a Datã e a Abirão; e após ele foram os anciãos de Israel.
26. E falou à congregação, dizendo: Desviai-vos, peço-vos, das tendas destes ímpios homens e não toqueis nada do que é seu, para que, porventura, não pereçais em todos os seus pecados.
27. Levantaram-se, pois, do redor da habitação de Corá, Datã e Abirão. E Datã e Abirão saíram e se puseram à porta das suas tendas, juntamente com as suas mulheres, e seus filhos, e suas crianças.
28. Então, disse Moisés: Nisto conhecereis que o Senhor me enviou a fazer todos estes feitos, que de meu coração não procedem.
29. Se estes morrerem como morrem todos os homens e se forem visitados como se visitam todos os homens, então, o Senhor me não enviou.
30. Mas, se o Senhor criar alguma coisa nova, e a terra abrir a sua boca e os tragar com tudo o que é seu, e vivos descerem ao sepulcro, então, conhecereis que estes homens irritaram ao Senhor.
31. E aconteceu que, acabando ele de falar todas estas palavras, a terra que estava debaixo deles se fendeu.
32. E a terra abriu a sua boca e os tragou com as suas casas, como também a todos os homens que pertenciam a Corá e a toda a sua fazenda.
33. E eles e tudo o que era seu desceram vivos ao sepulcro, e a terra os cobriu, e pereceram do meio da congregação.
34. E todo o Israel, que estava ao redor deles, fugiu do clamor deles; porque diziam: Para que, porventura, também nos não trague a terra a nós.
35. Então, saiu fogo do Senhor e consumiu os duzentos e cinquenta homens que ofereciam o incenso.
36. E falou o Senhor a Moisés, dizendo:
37. Dize a Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, que tome os incensários do meio do incêndio e espalhe o fogo longe, porque santos são;
38. Quanto aos incensários daqueles que pecaram contra a sua alma, deles se façam folhas estendidas para cobertura do altar; porquanto os trouxeram perante o Senhor; pelo que santos são e serão por sinal aos filhos de Israel.
39. E Eleazar, o sacerdote, tomou os incensários de metal, que trouxeram aqueles que foram queimados, e os estenderam para cobertura do altar,
40. Por memorial para os filhos de Israel, para que nenhum estranho, que não for da semente de Arão, se chegue para acender incenso perante o Senhor; para que não seja como Corá e a sua congregação, como o Senhor lhe tinha dito pela boca de Moisés.
41. Mas, no dia seguinte, toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão, dizendo: Vós matastes o povo do Senhor.
42. E aconteceu que, ajuntando-se a congregação contra Moisés e Arão e virando-se para a tenda da congregação, eis que a nuvem a cobriu, e a glória do Senhor apareceu.
43. Vieram, pois, Moisés e Arão perante a tenda da congregação.
44. Então, falou o Senhor a Moisés, dizendo:
45. Levantai-vos do meio desta congregação, e a consumirei como num momento; então, se prostraram sobre o seu rosto,
46. E disse Moisés a Arão: Toma o teu incensário, e põe nele fogo do altar, e deita incenso sobre ele, e vai depressa à congregação, e faze expiação por eles; porque grande indignação saiu de diante do Senhor; já começou a praga.
47. E tomou-o Arão, como Moisés tinha falado, e correu ao meio da congregação; e eis que já a praga havia começado entre o povo; e deitou incenso nele e fez expiação pelo povo.
48. E estava em pé entre os mortos e os vivos; e cessou a praga.
49. E os que morreram daquela praga foram catorze mil e setecentos, fora os que morreram por causa de Corá.
50. E voltou Arão a Moisés à porta da tenda da congregação; e cessou a praga.

Capítulo 17.



1. Então, falou o Senhor a Moisés, dizendo:
2. Fala aos filhos de Israel e toma deles uma vara para cada casa paterna de todos os seus príncipes, segundo as casas de seus pais, doze varas; e escreverás o nome de cada um sobre a sua vara.
3. Porém o nome de Arão escreverás sobre a vara de Levi; porque cada cabeça da casa de seus pais terá uma vara.
4. E as porás na tenda da congregação, perante o Testemunho, onde eu virei a vós.
5. E será que a vara do homem que eu tiver escolhido florescerá; assim, farei cessar as murmurações dos filhos de Israel contra mim, com que murmuram contra vós.
6. Falou, pois, Moisés aos filhos de Israel; e todos os seus maiorais deram-lhe, cada um, uma vara, para cada maioral uma vara, segundo as casas de seus pais, doze varas; e a vara de Arão estava entre as suas varas.
7. E Moisés pôs estas varas perante o Senhor na tenda do Testemunho
8. Sucedeu, pois, que no dia seguinte Moisés entrou na tenda do Testemunho, e eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; porque produzira flores, e brotara renovos, e dera amêndoas.
9. Então, Moisés trouxe todas as varas de diante do Senhor a todos os filhos de Israel; e eles o viram e tomaram cada um a sua vara.
10. Então, o Senhor disse a Moisés: Torna a pôr a vara de Arão perante o Testemunho, para que se guarde por sinal para os filhos rebeldes; assim, farás acabar as suas murmurações contra mim, e não morrerão.
11. E Moisés fez assim; como lhe ordenara o Senhor, assim fez.
12. Então, falaram os filhos de Israel a Moisés, dizendo: Eis aqui, nós expiramos, perecemos, nós perecemos todos.
13. Todo aquele que se aproximar do tabernáculo do Senhor, morrerá; seremos, pois, todos consumidos?

Capítulo 18.



1. Então, disse o Senhor a Arão: Tu, e teus filhos, e a casa de teu pai contigo, levareis sobre vós a iniquidade do santuário; e tu e teus filhos contigo levareis sobre vós a iniquidade do vosso sacerdócio.
2. E também farás chegar contigo a teus irmãos, a tribo de Levi, a tribo de teu pai, para que se ajuntem a ti e te sirvam; mas tu e teus filhos contigo estareis perante a tenda do Testemunho.
3. E eles farão a tua guarda, a guarda de toda a tenda; mas não se chegarão aos utensílios do santuário e ao altar, para que não morram, tanto eles como vós.
4. Mas se ajuntarão a ti e farão a guarda da tenda da congregação em todo o ministério da tenda; e o estranho não se chegará a vós.
5. Vós, pois, fareis a guarda do santuário e a guarda do altar, para que não haja outra vez furor sobre os filhos de Israel.
6. E eu, eis que tenho tomado vossos irmãos, os levitas, do meio dos filhos de Israel; a vós são dados em dádiva pelo Senhor, para administrar o ministério da tenda da congregação.
7. Mas tu e teus filhos contigo guardareis o vosso sacerdócio em todo o negócio do altar, e no que estiver dentro do véu, isto administrareis; eu vos tenho dado o vosso sacerdócio em dádiva ministerial, e o estranho que se chegar morrerá
8. Disse mais o Senhor a Arão: E eu, eis que te tenho dado a guarda das minhas ofertas alçadas, com todas as coisas santas dos filhos de Israel; por causa da unção as tenho dado a ti e a teus filhos por estatuto perpétuo.
9. Isto terás das coisas santíssimas do fogo: todas as suas ofertas, com todas as suas ofertas de manjares, e com todas as suas expiações do pecado, e com todas as suas expiações da culpa, que me restituírem; elas serão coisas santíssimas para ti e para teus filhos.
10. No lugar santíssimo o comerás; todo varão o comerá; santidade será para ti.
11. Também isto será teu: a oferta alçada dos seus dons com todas as ofertas movidas dos filhos de Israel; a ti, a teus filhos, e a tuas filhas contigo, as tenho dado por estatuto perpétuo; todo o que estiver limpo na tua casa as comerá.
12. Todo o melhor do azeite e todo o melhor do mosto e do grão, as suas primícias que derem ao Senhor, as tenho dado a ti.
13. Os primeiros frutos de tudo que houver na terra, que trouxerem ao Senhor, serão teus; todo o que estiver limpo na tua casa os comerá.
14. Toda coisa consagrada em Israel será tua.
15. Tudo o que abrir a madre, de toda a carne que trouxerem ao Senhor, tanto de homens como de animais, será teu; porém os primogénitos dos homens resgatarás; também os primogénitos dos animais imundos resgatarás.
16. Os que, pois, deles se houverem de resgatar resgatarás, da idade de um mês, segundo a tua avaliação, por cinco siclos de dinheiro, segundo o siclo do santuário, que é de vinte geras.
17. Mas o primogénito de vaca, ou primogénito de ovelha, ou primogénito de cabra não resgatarás; santos são; o seu sangue espargirás sobre o altar, e a sua gordura queimarás em oferta queimada de cheiro suave ao Senhor.
18. E a carne deles será tua, assim como será teu o peito do movimento e o ombro direito.
19. Todas as ofertas alçadas das santidades, que os filhos de Israel oferecerem ao Senhor, tenho dado a ti, e a teus filhos, e a tuas filhas contigo, por estatuto perpétuo; concerto perpétuo de sal perante o Senhor é, para ti e para a tua semente contigo.
20. Disse também o Senhor a Arão: Na sua terra possessão nenhuma terás, e no meio deles nenhuma parte terás; eu sou a tua parte e a tua herança no meio dos filhos de Israel.
21. E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo seu ministério que exercem, o ministério da tenda da congregação.
22. E nunca mais os filhos de Israel se chegarão à tenda da congregação, para que não levem sobre si o pecado e morram.
23. Mas os levitas administrarão o ministério da tenda da congregação e eles levarão sobre si a sua iniquidade; pelas vossas gerações estatuto perpétuo será; e no meio dos filhos de Israel nenhuma herança herdarão.
24. Porque os dízimos dos filhos de Israel, que oferecerem ao Senhor em oferta alçada, tenho dado por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de Israel nenhuma herança herdareis.
25. E falou o Senhor a Moisés, dizendo:
26. Também falarás aos levitas e dir-lhes-ás: Quando receberdes os dízimos dos filhos de Israel, que eu deles vos tenho dado em vossa herança, deles oferecereis uma oferta alçada ao Senhor: o dízimo dos dízimos.
27. E contar-se-vos-á a vossa oferta alçada como grão da eira e como plenitude do lagar.
28. Assim também oferecereis ao Senhor uma oferta alçada de todos os vossos dízimos, que receberdes dos filhos de Israel, e deles dareis a oferta alçada do Senhor a Arão, o sacerdote.
29. De todos os vossos dons oferecereis toda oferta alçada do Senhor; do melhor deles, a sua santa parte.
30. Dir-lhes-ás, pois: Quando oferecerdes o melhor deles, como novidade da eira e como novidade do lagar, se contará aos levitas.
31. E o comereis em todo lugar, vós e a vossa casa, porque vosso galardão é pelo vosso ministério na tenda da congregação.
32. Pelo que não levareis sobre vós o pecado, quando deles oferecerdes o melhor; e não profanareis as coisas santas dos filhos de Israel, para que não morrais.

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