1. Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus,
2. O qual antes havia prometido pelos seus profetas nas santas escrituras,
3. Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne,
4. Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos - Jesus Cristo, Nosso Senhor,
5. Pelo qual recebemos a graça e o apostolado, para a obediência da fé entre todas as gentes pelo seu nome,
6. Entre as quais sois também vós chamados para serdes de Jesus Cristo.
7. A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados santos: Graça e paz de Deus nosso pai, e do Senhor Jesus Cristo.
8. Primeiramente dou graças ao meu Deus por Jesus Cristo, acerca de vós todos, porque em todo o mundo é anunciada a vossa fé.
9. Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, me é testemunha de como incessantemente faço menção de vós,
10. Pedindo sempre em minhas orações que nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião de ir ter convosco.
11. Porque desejo ver-vos, para vos comunicar algum dom espiritual, a fim de que sejais confortados;
12. Isto é: para que juntamente convosco eu seja consolado pela fé mutua, assim vossa como minha.
13. Não quero porém, irmãos, que ignoreis que muitas vezes propus ir ter convosco (mas até agora tenho sido impedido) para também ter entre vós algum fruto, como também entre os demais gentios.
14. Eu, sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes.
15. E assim, quanto está em mim, estou pronto para também vos anunciar o evangelho, a vós que estais em Roma.
16. Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.
17. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.
18. Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça.
19. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
20. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;
21. Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
22. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.
23. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
24. Pelo que também Deus os entregou às concupiscências, de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si;
25. Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bem-dito eternamente. Amen.
26. Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza.
27. E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.
28. E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm;
29. Estando cheios de toda a iniquidade, prostituição, malícia, avareza, maldade, cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade;
30. Sendo murmuradores, detractores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães;
31. Néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia;
32. Os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem.
Capítulo 2.
2. O qual antes havia prometido pelos seus profetas nas santas escrituras,
3. Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne,
4. Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos - Jesus Cristo, Nosso Senhor,
5. Pelo qual recebemos a graça e o apostolado, para a obediência da fé entre todas as gentes pelo seu nome,
6. Entre as quais sois também vós chamados para serdes de Jesus Cristo.
7. A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados santos: Graça e paz de Deus nosso pai, e do Senhor Jesus Cristo.
8. Primeiramente dou graças ao meu Deus por Jesus Cristo, acerca de vós todos, porque em todo o mundo é anunciada a vossa fé.
9. Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, me é testemunha de como incessantemente faço menção de vós,
10. Pedindo sempre em minhas orações que nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião de ir ter convosco.
11. Porque desejo ver-vos, para vos comunicar algum dom espiritual, a fim de que sejais confortados;
12. Isto é: para que juntamente convosco eu seja consolado pela fé mutua, assim vossa como minha.
13. Não quero porém, irmãos, que ignoreis que muitas vezes propus ir ter convosco (mas até agora tenho sido impedido) para também ter entre vós algum fruto, como também entre os demais gentios.
14. Eu, sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes.
15. E assim, quanto está em mim, estou pronto para também vos anunciar o evangelho, a vós que estais em Roma.
16. Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.
17. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.
18. Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça.
19. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
20. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;
21. Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
22. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.
23. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
24. Pelo que também Deus os entregou às concupiscências, de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si;
25. Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bem-dito eternamente. Amen.
26. Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza.
27. E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.
28. E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm;
29. Estando cheios de toda a iniquidade, prostituição, malícia, avareza, maldade, cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade;
30. Sendo murmuradores, detractores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães;
31. Néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia;
32. Os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem.
Capítulo 2.
1. Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo.
2. E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem.
3. E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?
4. Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?
5. Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;
6. O qual recompensará cada um segundo as suas obras;
7. A saber: a vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, e honra e incorrupção;
8. Mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, e desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade;
9. Tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que obra o mal; primeiramente do judeu e também do grego;
10. Glória, porém, e honra e paz a qualquer que obra o bem; primeiramente ao judeu e também ao grego;
11. Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.
12. Porque todos os que sem lei pecaram sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram pela lei serão julgados.
13. Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus; mas os que praticam a lei hão-de ser justificados.
14. Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei;
15. Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os;
16. No dia em que Deus há-de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.
17. Eis que tu que tens por sobrenome judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus;
18. E sabes a sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído por lei;
19. E confias que és guia dos cegos, luz dos que estão em trevas,
20. Instruidor dos néscios, mestre de crianças, que tens a forma da ciência, e da verdade na lei;
21. Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas?
22. Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, cometes sacrilégio?
23. Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei?
24. Porque, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vós.
25. Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se tu guardares a lei; mas, se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão se torna em incircuncisão.
26. Se, pois, a incircuncisão guardar os preceitos da lei, porventura a incircuncisão não será reputada como circuncisão?
27. E a incircuncisão que por natureza o é, se cumpre a lei, não te julgará porventura a ti, que pela letra e circuncisão és transgressor da lei?
28. Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne.
29. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra: cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.
Capítulo 3.
2. E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem.
3. E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?
4. Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?
5. Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;
6. O qual recompensará cada um segundo as suas obras;
7. A saber: a vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, e honra e incorrupção;
8. Mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, e desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade;
9. Tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que obra o mal; primeiramente do judeu e também do grego;
10. Glória, porém, e honra e paz a qualquer que obra o bem; primeiramente ao judeu e também ao grego;
11. Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.
12. Porque todos os que sem lei pecaram sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram pela lei serão julgados.
13. Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus; mas os que praticam a lei hão-de ser justificados.
14. Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei;
15. Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os;
16. No dia em que Deus há-de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.
17. Eis que tu que tens por sobrenome judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus;
18. E sabes a sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído por lei;
19. E confias que és guia dos cegos, luz dos que estão em trevas,
20. Instruidor dos néscios, mestre de crianças, que tens a forma da ciência, e da verdade na lei;
21. Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas?
22. Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, cometes sacrilégio?
23. Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei?
24. Porque, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vós.
25. Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se tu guardares a lei; mas, se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão se torna em incircuncisão.
26. Se, pois, a incircuncisão guardar os preceitos da lei, porventura a incircuncisão não será reputada como circuncisão?
27. E a incircuncisão que por natureza o é, se cumpre a lei, não te julgará porventura a ti, que pela letra e circuncisão és transgressor da lei?
28. Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne.
29. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra: cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.
Capítulo 3.
1. Qual é logo a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão?
2. Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas,
3. Pois quê? Se alguns foram incrédulos, a sua incredulidade aniquilará a fidelidade de Deus?
4. De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras, e venças quando fores julgado.
5. E, se a nossa injustiça for causa da justiça de Deus, que diremos? Porventura será Deus injusto, trazendo ira sobre nós? (Falo como homem),
6. De maneira nenhuma; doutro modo, como julgará Deus o mundo?
7. Mas, se pela minha mentira abundou mais a verdade de Deus para glória sua, porque sou eu ainda julgado também como pecador?
8. E porque não dizemos como somos blasfemados, e como alguns dizem que dizemos: Façamos males, para que venham bens? A condenação desses é justa.
9. Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstrámos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado;
10. Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.
11. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus.
12. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.
13. A sua garganta é um sepulcro aberto: com as suas línguas tratam enganosamente, peçonha de áspides está debaixo de seus lábios;
14. Cuja boca está cheia de maldição e amargura.
15. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.
16. Em seus caminhos há destruição e miséria;
17. E não conheceram o caminho da paz.
18. Não há temor de Deus diante de seus olhos.
19. Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei, o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.
20. Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.
21. Mas agora se manifestou sem lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas;
22. Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença.
23. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.
24. Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus,
25. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;
26. Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.
27. Onde está logo a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não; mas pela lei da fé.
28. Concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei.
29. É porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente,
30. Se Deus é um só, que justifica pela fé a circuncisão, e por meio da fé a incircuncisão.
31. Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei.
Capítulo 4.
2. Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas,
3. Pois quê? Se alguns foram incrédulos, a sua incredulidade aniquilará a fidelidade de Deus?
4. De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras, e venças quando fores julgado.
5. E, se a nossa injustiça for causa da justiça de Deus, que diremos? Porventura será Deus injusto, trazendo ira sobre nós? (Falo como homem),
6. De maneira nenhuma; doutro modo, como julgará Deus o mundo?
7. Mas, se pela minha mentira abundou mais a verdade de Deus para glória sua, porque sou eu ainda julgado também como pecador?
8. E porque não dizemos como somos blasfemados, e como alguns dizem que dizemos: Façamos males, para que venham bens? A condenação desses é justa.
9. Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstrámos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado;
10. Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.
11. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus.
12. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.
13. A sua garganta é um sepulcro aberto: com as suas línguas tratam enganosamente, peçonha de áspides está debaixo de seus lábios;
14. Cuja boca está cheia de maldição e amargura.
15. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.
16. Em seus caminhos há destruição e miséria;
17. E não conheceram o caminho da paz.
18. Não há temor de Deus diante de seus olhos.
19. Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei, o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.
20. Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.
21. Mas agora se manifestou sem lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas;
22. Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença.
23. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.
24. Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus,
25. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;
26. Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.
27. Onde está logo a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não; mas pela lei da fé.
28. Concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei.
29. É porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente,
30. Se Deus é um só, que justifica pela fé a circuncisão, e por meio da fé a incircuncisão.
31. Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei.
Capítulo 4.
1. Que diremos pois ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne?
2. Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus.
3. Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.
4. Ora àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida.
5. Mas àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça,
6. Assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça sem as obras, dizendo:
7. Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos.
8. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado.
9. Vem pois esta bem-aventurança sobre a circuncisão somente, ou também sobre a incircuncisão? Porque dizemos que a fé foi imputada como justiça a Abraão.
10. Como lhe foi pois imputada? Estando na circuncisão ou na incircuncisão? Não na circuncisão, mas na incircuncisão.
11. E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé quando estava na incircuncisão, para que fosse pai de todos os que crêem, estando eles também na incircuncisão; a fim de que também a justiça lhes seja imputada;
12. E fosse pai da circuncisão, daqueles que não somente são da circuncisão, mas que também andam nas pisadas daquela fé de nosso pai Abraão, que tivera na incircuncisão:
13. Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão, ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé.
14. Porque, se os que são da lei são herdeiros, logo a fé é vã e a promessa é aniquilada.
15. Porque a lei opera a ira. Porque onde não há lei também não há transgressão.
16. Porque é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da fé de Abraão, o qual é pai de todos nós,
17. (Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem.
18. O qual, em esperança, creu contra a esperança que seria feito pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência.
19. E não enfraqueceu na fé, nem atentou para o seu próprio corpo já amortecido, pois era já de quasi cem anos, nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara.
20. E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus;
21. E estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer.
22. Pelo que isso lhe foi também imputado como justiça.
23. Ora não só por causa dele está escrito, que lhe fosse tomado em conta,
24. Mas também por nós, a quem será tomado em conta; os que cremos naquele que dos mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor;
25. O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação.
2. Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus.
3. Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.
4. Ora àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida.
5. Mas àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça,
6. Assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça sem as obras, dizendo:
7. Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos.
8. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado.
9. Vem pois esta bem-aventurança sobre a circuncisão somente, ou também sobre a incircuncisão? Porque dizemos que a fé foi imputada como justiça a Abraão.
10. Como lhe foi pois imputada? Estando na circuncisão ou na incircuncisão? Não na circuncisão, mas na incircuncisão.
11. E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé quando estava na incircuncisão, para que fosse pai de todos os que crêem, estando eles também na incircuncisão; a fim de que também a justiça lhes seja imputada;
12. E fosse pai da circuncisão, daqueles que não somente são da circuncisão, mas que também andam nas pisadas daquela fé de nosso pai Abraão, que tivera na incircuncisão:
13. Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão, ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé.
14. Porque, se os que são da lei são herdeiros, logo a fé é vã e a promessa é aniquilada.
15. Porque a lei opera a ira. Porque onde não há lei também não há transgressão.
16. Porque é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da fé de Abraão, o qual é pai de todos nós,
17. (Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem.
18. O qual, em esperança, creu contra a esperança que seria feito pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência.
19. E não enfraqueceu na fé, nem atentou para o seu próprio corpo já amortecido, pois era já de quasi cem anos, nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara.
20. E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus;
21. E estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer.
22. Pelo que isso lhe foi também imputado como justiça.
23. Ora não só por causa dele está escrito, que lhe fosse tomado em conta,
24. Mas também por nós, a quem será tomado em conta; os que cremos naquele que dos mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor;
25. O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação.
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