1. Então alguns que tinham descido da Judeia ensinavam assim os irmãos: Se vos não circuncidares, conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos.
2. Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo e Barnabé, e alguns de entre eles, subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos anciãos sobre aquela questão.
3. E eles, sendo acompanhados pela igreja, passavam pela Fenícia e por Samaria, contando a conversão dos gentios; e davam grande alegria a todos os irmãos.
4. E, quando chegaram a Jerusalém, foram recebidos pela igreja e pelos apóstolos e anciãos, e lhes anunciaram quão grandes coisas Deus tinha feito com eles.
5. Alguns, porém, da seita dos fariseus, que tinham crido, se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés.
6. Congregaram-se pois os apóstolos e os anciãos para considerar este assunto.
7. E, havendo grande contenda, levantou-se Pedro e disse-lhes: Varões irmãos, bem sabeis que já há muito tempo Deus me elegeu de entre vós, para que os gentios ouvissem da minha boca a palavra do evangelho, e cressem.
8. E Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, dando-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós;
9. E não fez diferença alguma entre eles e nós, purificando os seus corações pela fé.
10. Agora, pois, porque tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós pudemos suportar?
11. Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também.
12. Então toda a multidão se calou, e escutava a Barnabé e a Paulo, que contavam quão grandes sinais e prodígios Deus havia feito por meio deles entre os gentios.
13. E, havendo-se eles calado, tomou Tiago a palavra, dizendo: Varões irmãos, ouvi-me:
14. Simão relatou como primeiramente Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome.
15. E com isto concordam as palavras dos profetas, como está escrito:
16. Depois disto voltarei, e reedificarei o tabernáculo de Davi que está caído, levantá-lo-ei das suas ruínas, e tornarei a edificá-lo.
17. Para que o resto dos homens busque ao Senhor, e todos os gentios, sobre os quais o meu nome é invocado, diz o Senhor, que faz todas estas coisas.
18. Que são conhecidas desde toda a eternidade.
19. Pelo que julgo que não se deve perturbar aqueles, de entre os gentios, que se convertem a Deus,
20. Mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do sangue.
21. Porque Moisés, desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue, e cada sábado é lido nas sinagogas.
22. Então pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja, eleger varões de entre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, varões distintos entre os irmãos.
23. E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os anciãos e os irmãos, aos irmãos de entre os gentios que estão em Antioquia, e Síria e Cilícia, saúde.
24. Porquanto ouvimos que alguns que saíram de entre nós vos perturbaram com palavras, e transtornaram as vossas almas, não lhes tendo nós dado mandamento,
25. Pareceu-nos bem, reunidos concordemente, eleger alguns varões, e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo,
26. Homens que já expuseram as suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
27. Enviamos portanto Judas e Silas, os quais de boca vos anunciarão também o mesmo.
28. Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo, e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:
29. Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada e da prostituição das quais coisas fazeis bem se vos guardardes. Bem vos vá.
30. Tendo-se eles então despedido, partiram para Antioquia, e, ajuntando a multidão, entregaram a carta.
31. E, quando a leram, alegraram-se pela exortação.
32. Depois Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras.
33. E, detendo-se ali algum tempo, os irmãos os deixaram voltar em paz para os apóstolos;
34. Mas pareceu bem a Silas ficar ali.
35. E Paulo e Barnabé ficaram em Antioquia, ensinando e pregando, com muitos outros, a palavra do Senhor.
36. E alguns dias depois disse Paulo a Barnabé: Tornemos a visitar nossos irmãos por todas as cidades em que já anunciámos a palavra do Senhor, para ver como estão.
37. E Barnabé aconselhava que tomassem consigo a João chamado Marcos.
38. Mas a Paulo parecia razoável que não tomassem consigo aquele que desde Panfília se tinha apartado deles e não os acompanhou naquela obra.
39. E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre.
40. E Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos irmãos à graça de Deus.
41. E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas.
Capítulo 16.
2. Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo e Barnabé, e alguns de entre eles, subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos anciãos sobre aquela questão.
3. E eles, sendo acompanhados pela igreja, passavam pela Fenícia e por Samaria, contando a conversão dos gentios; e davam grande alegria a todos os irmãos.
4. E, quando chegaram a Jerusalém, foram recebidos pela igreja e pelos apóstolos e anciãos, e lhes anunciaram quão grandes coisas Deus tinha feito com eles.
5. Alguns, porém, da seita dos fariseus, que tinham crido, se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés.
6. Congregaram-se pois os apóstolos e os anciãos para considerar este assunto.
7. E, havendo grande contenda, levantou-se Pedro e disse-lhes: Varões irmãos, bem sabeis que já há muito tempo Deus me elegeu de entre vós, para que os gentios ouvissem da minha boca a palavra do evangelho, e cressem.
8. E Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, dando-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós;
9. E não fez diferença alguma entre eles e nós, purificando os seus corações pela fé.
10. Agora, pois, porque tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós pudemos suportar?
11. Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também.
12. Então toda a multidão se calou, e escutava a Barnabé e a Paulo, que contavam quão grandes sinais e prodígios Deus havia feito por meio deles entre os gentios.
13. E, havendo-se eles calado, tomou Tiago a palavra, dizendo: Varões irmãos, ouvi-me:
14. Simão relatou como primeiramente Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome.
15. E com isto concordam as palavras dos profetas, como está escrito:
16. Depois disto voltarei, e reedificarei o tabernáculo de Davi que está caído, levantá-lo-ei das suas ruínas, e tornarei a edificá-lo.
17. Para que o resto dos homens busque ao Senhor, e todos os gentios, sobre os quais o meu nome é invocado, diz o Senhor, que faz todas estas coisas.
18. Que são conhecidas desde toda a eternidade.
19. Pelo que julgo que não se deve perturbar aqueles, de entre os gentios, que se convertem a Deus,
20. Mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do sangue.
21. Porque Moisés, desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue, e cada sábado é lido nas sinagogas.
22. Então pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja, eleger varões de entre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, varões distintos entre os irmãos.
23. E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os anciãos e os irmãos, aos irmãos de entre os gentios que estão em Antioquia, e Síria e Cilícia, saúde.
24. Porquanto ouvimos que alguns que saíram de entre nós vos perturbaram com palavras, e transtornaram as vossas almas, não lhes tendo nós dado mandamento,
25. Pareceu-nos bem, reunidos concordemente, eleger alguns varões, e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo,
26. Homens que já expuseram as suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
27. Enviamos portanto Judas e Silas, os quais de boca vos anunciarão também o mesmo.
28. Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo, e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:
29. Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada e da prostituição das quais coisas fazeis bem se vos guardardes. Bem vos vá.
30. Tendo-se eles então despedido, partiram para Antioquia, e, ajuntando a multidão, entregaram a carta.
31. E, quando a leram, alegraram-se pela exortação.
32. Depois Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras.
33. E, detendo-se ali algum tempo, os irmãos os deixaram voltar em paz para os apóstolos;
34. Mas pareceu bem a Silas ficar ali.
35. E Paulo e Barnabé ficaram em Antioquia, ensinando e pregando, com muitos outros, a palavra do Senhor.
36. E alguns dias depois disse Paulo a Barnabé: Tornemos a visitar nossos irmãos por todas as cidades em que já anunciámos a palavra do Senhor, para ver como estão.
37. E Barnabé aconselhava que tomassem consigo a João chamado Marcos.
38. Mas a Paulo parecia razoável que não tomassem consigo aquele que desde Panfília se tinha apartado deles e não os acompanhou naquela obra.
39. E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre.
40. E Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos irmãos à graça de Deus.
41. E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas.
Capítulo 16.
1. E chegou a Derbe e Listra. E eis que estava ali um certo discípulo por nome Timóteo, filho de uma judia que era crente, mas de pai grego;
2. Do qual davam bom testemunho os irmãos que estavam em Listra e em Icónio.
3. Paulo quis que este fosse com ele e tomando-o o circuncidou, por causa dos judeus que estavam naqueles lugares; porque todos sabiam que seu pai era grego.
4. E, quando iam passando pelas cidades, lhes entregavam, para serem observados os decretos que haviam sido estabelecidos pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém.
5. De sorte que as igrejas eram confirmadas na fé, e cada dia cresciam em número.
6. E, passando pela Frigia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia.
7. E, quando chegaram a Mísia, intentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu.
8. E, tendo passado por Mísia, desceram a Tróade.
9. E Paulo teve de noite uma visão, em que se apresentou um varão da Macedónia, e lhe rogou, dizendo; Passa à Macedónia, e ajuda-nos.
10. E, logo depois desta visão, procurámos partir para a Macedónia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho.
11. E, navegando de Tróade, fomos correndo em caminho direito para a Samotrácia, e no dia seguinte para Nápoles ;
12. E dali para Filipos, que é a primeira cidade desta parte da Macedónia, e é uma colónia; e estivemos alguns dias nesta cidade.
13. E no dia de sábado saímos fora das portas, para a beira do rio, onde julgávamos ter lugar para oração; e, assentando-nos, falámos às mulheres que ali se juntaram.
14. E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia.
15. E, depois que foi baptizada, ela e a sua casa, nos rogou, dizendo: Se haveis julgado que eu seja fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e ficai ali. E nos constrangeu a isso.
16. E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores.
17. Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo.
18. E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se, e disse ao espírito. Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu.
19. E, vendo seus senhores que a esperança do seu lucro estava perdida, prenderam Paulo e Silas; e os levaram a praça, à presença dos magistrados.
20. E, apresentando-os aos magistrados, disseram: Estes homens, sendo judeus, perturbaram a nossa cidade,
21. E nos expõem costumes que nos não é lícito receber nem praticar, visto que somos romanos.
22. E a multidão se levantou unida contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes os vestidos, mandaram açoita-los com varas.
23. E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança.
24. O qual, tendo recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior, e lhes segurou os pés no tronco.
25. E, perto da meia noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam.
26. E de repente sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram as portas, e foram soltas as prisões de todos.
27. E, acordando o carcereiro, e vendo abertas as portas da prisão, tirou a espada, e quis matar-se, cuidando que os presos já tinham fugido.
28. Mas Paulo clamou com grande voz, dizendo: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos.
29. E, pedindo luz, saltou dentro, e, todo trémulo, se prostrou ante Paulo e Silas.
30. E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?
31. E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa.
32. E lhe pregavam a palavra do Senhor, e a todos os que estavam em sua casa.
33. E, tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os vergões; e logo foi baptizado, ele e todos os seus.
34. E, levando-os a sua casa, lhes pôs a mesa; e, na sua crença em Deus, alegrou-se com toda a sua casa.
35. E, sendo já dia, os magistrados mandaram quadrilheiros, dizendo: Soltai aqueles homens.
36. E o carcereiro anunciou a Paulo estas palavras, dizendo: Os magistrados mandaram que vos soltasse; agora pois saí, e ide em paz.
37. Mas Paulo replicou: Açoitaram-nos publicamente, e, sem sermos condenados, sendo homens romanos, nos lançaram na prisão, e agora encobertamente nos lançam fora? Não será assim; mas venham eles mesmos e tirem-nos para fora.
38. E os quadrilheiros foram dizer aos magistrados estas palavras; e eles temeram, ouvindo que eram romanos.
39. E, vindo, lhes dirigiram súplicas; e, tirando-os para fora, lhes pediram que saíssem da cidade.
40. E, saindo da prisão, entraram em casa de Lídia, e, vendo os irmãos, os confortaram, e depois partiram.
Capítulo 17.
2. Do qual davam bom testemunho os irmãos que estavam em Listra e em Icónio.
3. Paulo quis que este fosse com ele e tomando-o o circuncidou, por causa dos judeus que estavam naqueles lugares; porque todos sabiam que seu pai era grego.
4. E, quando iam passando pelas cidades, lhes entregavam, para serem observados os decretos que haviam sido estabelecidos pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém.
5. De sorte que as igrejas eram confirmadas na fé, e cada dia cresciam em número.
6. E, passando pela Frigia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia.
7. E, quando chegaram a Mísia, intentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu.
8. E, tendo passado por Mísia, desceram a Tróade.
9. E Paulo teve de noite uma visão, em que se apresentou um varão da Macedónia, e lhe rogou, dizendo; Passa à Macedónia, e ajuda-nos.
10. E, logo depois desta visão, procurámos partir para a Macedónia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho.
11. E, navegando de Tróade, fomos correndo em caminho direito para a Samotrácia, e no dia seguinte para Nápoles ;
12. E dali para Filipos, que é a primeira cidade desta parte da Macedónia, e é uma colónia; e estivemos alguns dias nesta cidade.
13. E no dia de sábado saímos fora das portas, para a beira do rio, onde julgávamos ter lugar para oração; e, assentando-nos, falámos às mulheres que ali se juntaram.
14. E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia.
15. E, depois que foi baptizada, ela e a sua casa, nos rogou, dizendo: Se haveis julgado que eu seja fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e ficai ali. E nos constrangeu a isso.
16. E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores.
17. Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo.
18. E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se, e disse ao espírito. Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu.
19. E, vendo seus senhores que a esperança do seu lucro estava perdida, prenderam Paulo e Silas; e os levaram a praça, à presença dos magistrados.
20. E, apresentando-os aos magistrados, disseram: Estes homens, sendo judeus, perturbaram a nossa cidade,
21. E nos expõem costumes que nos não é lícito receber nem praticar, visto que somos romanos.
22. E a multidão se levantou unida contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes os vestidos, mandaram açoita-los com varas.
23. E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança.
24. O qual, tendo recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior, e lhes segurou os pés no tronco.
25. E, perto da meia noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam.
26. E de repente sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram as portas, e foram soltas as prisões de todos.
27. E, acordando o carcereiro, e vendo abertas as portas da prisão, tirou a espada, e quis matar-se, cuidando que os presos já tinham fugido.
28. Mas Paulo clamou com grande voz, dizendo: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos.
29. E, pedindo luz, saltou dentro, e, todo trémulo, se prostrou ante Paulo e Silas.
30. E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?
31. E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa.
32. E lhe pregavam a palavra do Senhor, e a todos os que estavam em sua casa.
33. E, tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os vergões; e logo foi baptizado, ele e todos os seus.
34. E, levando-os a sua casa, lhes pôs a mesa; e, na sua crença em Deus, alegrou-se com toda a sua casa.
35. E, sendo já dia, os magistrados mandaram quadrilheiros, dizendo: Soltai aqueles homens.
36. E o carcereiro anunciou a Paulo estas palavras, dizendo: Os magistrados mandaram que vos soltasse; agora pois saí, e ide em paz.
37. Mas Paulo replicou: Açoitaram-nos publicamente, e, sem sermos condenados, sendo homens romanos, nos lançaram na prisão, e agora encobertamente nos lançam fora? Não será assim; mas venham eles mesmos e tirem-nos para fora.
38. E os quadrilheiros foram dizer aos magistrados estas palavras; e eles temeram, ouvindo que eram romanos.
39. E, vindo, lhes dirigiram súplicas; e, tirando-os para fora, lhes pediram que saíssem da cidade.
40. E, saindo da prisão, entraram em casa de Lídia, e, vendo os irmãos, os confortaram, e depois partiram.
Capítulo 17.
1. E passando por Anfipolis e Apolónia, chegaram a Tessalónica, onde havia uma sinagoga de judeus.
2. E Paulo, como tinha por costume, foi ter com eles; e por três sábados disputou com eles sobre as Escrituras,
3. Expondo e demonstrando que convinha que o Cristo padecesse e ressuscitasse dos mortos. E este Jesus, que vos anuncio, dizia ele, é o Cristo.
4. E alguns deles creram, e ajuntaram-se com Paulo e Silas; e também uma grande multidão de gregos religiosos, e não poucas mulheres principais.
5. Mas os judeus desobedientes, movidos de inveja, tomaram consigo alguns homens perversos, de entre os vadios, e, ajuntando o povo, alvoroçaram a cidade, e, assaltando a casa de Jasom, procuravam tira-los para junto do povo.
6. E, não os achando, trouxeram Jasom e alguns irmãos, à presença dos magistrados da cidade, clamando: Estes que têm alvoroçado o mundo, chegaram também aqui;
7. Os quais Jasom recolheu; e todos estes procedem contra os decretos de César, dizendo que há outro rei, Jesus.
8. E alvoroçaram a multidão e os principais da cidade, que ouviram estas coisas.
9. Tendo, porém, recebido satisfação de Jasom, e dos demais, os soltaram.
10. E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Beréia: e eles chegando lá, foram à sinagoga dos judeus.
11. Ora estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalónica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.
12. De sorte que creram muitos deles, e também mulheres gregas da classe nobre, e não poucos varões.
13. Mas, logo que os judeus de Tessalónica souberam que a palavra de Deus também era anunciada por Paulo em Beréia, foram lá, e excitaram as multidões.
14. No mesmo instante os irmãos mandaram a Paulo que fosse até ao mar, mas Silas e Timóteo ficaram ali.
15. E os que acompanhavam Paulo o levaram até Atenas, e, recebendo ordem para que Silas e Timóteo fossem ter com ele o mais depressa possível, partiram.
16. E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria.
17. De sorte que disputava na sinagoga com os judeus e religiosos, e todos os dias na praça com os que se apresentavam.
18. E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos. Porque lhes anunciava a Jesus e a ressurreição.
19. E, tomando-o, o levaram ao Areópago, dizendo: Poderemos nós saber que nova doutrina é essa de que falas?
20. Pois coisas estranhas nos trazes aos ouvidos; queremos pois saber o que vem a ser isto.
21. Pois todos os atenienses e estrangeiros residentes, de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir alguma novidade.
22. E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Varões atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos;
23. Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: Ao Deus desconhecido. Esse pois que vós honrais, é o que eu vos anuncio.
24. O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens;
25. Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas;
26. E de um só fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação;
27. Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;
28. Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração:
29. Sendo nós pois geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens.
30. Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam;
31. Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há-de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos.
32. E, como ouviram falar da ressurreição dos mortos, uns escarneciam, e outros diziam: Acerca disso te ouviremos outra vez.
33. E assim Paulo saiu do meio deles.
34. Todavia, chegando alguns varões a ele, creram: entre os quais foi Dionísio, areopagita, e uma mulher por nome Damaris, e com eles outros.
Capítulo 18.
2. E Paulo, como tinha por costume, foi ter com eles; e por três sábados disputou com eles sobre as Escrituras,
3. Expondo e demonstrando que convinha que o Cristo padecesse e ressuscitasse dos mortos. E este Jesus, que vos anuncio, dizia ele, é o Cristo.
4. E alguns deles creram, e ajuntaram-se com Paulo e Silas; e também uma grande multidão de gregos religiosos, e não poucas mulheres principais.
5. Mas os judeus desobedientes, movidos de inveja, tomaram consigo alguns homens perversos, de entre os vadios, e, ajuntando o povo, alvoroçaram a cidade, e, assaltando a casa de Jasom, procuravam tira-los para junto do povo.
6. E, não os achando, trouxeram Jasom e alguns irmãos, à presença dos magistrados da cidade, clamando: Estes que têm alvoroçado o mundo, chegaram também aqui;
7. Os quais Jasom recolheu; e todos estes procedem contra os decretos de César, dizendo que há outro rei, Jesus.
8. E alvoroçaram a multidão e os principais da cidade, que ouviram estas coisas.
9. Tendo, porém, recebido satisfação de Jasom, e dos demais, os soltaram.
10. E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Beréia: e eles chegando lá, foram à sinagoga dos judeus.
11. Ora estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalónica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.
12. De sorte que creram muitos deles, e também mulheres gregas da classe nobre, e não poucos varões.
13. Mas, logo que os judeus de Tessalónica souberam que a palavra de Deus também era anunciada por Paulo em Beréia, foram lá, e excitaram as multidões.
14. No mesmo instante os irmãos mandaram a Paulo que fosse até ao mar, mas Silas e Timóteo ficaram ali.
15. E os que acompanhavam Paulo o levaram até Atenas, e, recebendo ordem para que Silas e Timóteo fossem ter com ele o mais depressa possível, partiram.
16. E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria.
17. De sorte que disputava na sinagoga com os judeus e religiosos, e todos os dias na praça com os que se apresentavam.
18. E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos. Porque lhes anunciava a Jesus e a ressurreição.
19. E, tomando-o, o levaram ao Areópago, dizendo: Poderemos nós saber que nova doutrina é essa de que falas?
20. Pois coisas estranhas nos trazes aos ouvidos; queremos pois saber o que vem a ser isto.
21. Pois todos os atenienses e estrangeiros residentes, de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir alguma novidade.
22. E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Varões atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos;
23. Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: Ao Deus desconhecido. Esse pois que vós honrais, é o que eu vos anuncio.
24. O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens;
25. Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas;
26. E de um só fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação;
27. Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;
28. Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração:
29. Sendo nós pois geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens.
30. Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam;
31. Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há-de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos.
32. E, como ouviram falar da ressurreição dos mortos, uns escarneciam, e outros diziam: Acerca disso te ouviremos outra vez.
33. E assim Paulo saiu do meio deles.
34. Todavia, chegando alguns varões a ele, creram: entre os quais foi Dionísio, areopagita, e uma mulher por nome Damaris, e com eles outros.
Capítulo 18.
1. E depois disto partiu Paulo de Atenas, e chegou a Corinto.
2. E, achando um certo judeu por nome Áquila, natural do Ponto, que havia pouco tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher (pois Cláudio tinha mandado que todos os judeus saíssem de Roma), se ajuntou com eles,
3. E, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas.
4. E todos os sábados disputava na sinagoga, e convencia a judeus e gregos.
5. E, quando Silas e Timóteo desceram da Macedónia, foi Paulo impulsionado pela palavra, testificando aos judeus que Jesus era o Cristo.
6. Mas resistindo e blasfemando eles, sacudiu os vestidos, e disse-lhes: O vosso sangue seja sobre a vossa, cabeça; eu estou limpo, e desde agora parto para os gentios.
7. E, saindo dali, entrou em casa de um homem chamado Tito Justo, que servia a Deus, e cuja casa estava junto da sinagoga.
8. E Crispo, principal da sinagoga, creu no Senhor com toda a sua casa; e muitos dos coríntios, ouvindo-o, creram e foram baptizados.
9. E disse o Senhor em visão a Paulo: Não temas, mas fala, e não te cales;
10. Porque eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade.
11. E ficou ali um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus.
12. Mas, sendo Gálio proconsul da Acaia, levantaram-se os judeus concordemente contra Paulo, e o levaram ao tribunal.
13. Dizendo: Este persuade os homens a servir a Deus contra a lei.
14. E, querendo Paulo abrir a boca, disse Gálio aos judeus: Se houvesse, ó judeus, algum agravo ou crime enorme, com razão vos sofreria,
15. Mas, se a questão é de palavras, e de nomes, e da lei que entre vós há, vede-o vós mesmos; porque eu não quero ser juiz dessas coisas.
16. E expulsou-os do tribunal.
17. Então todos agarraram Sóstenes, principal da sinagoga, e o feriram diante do tribunal; e a Gálio nada destas coisas o incomodava.
18. E Paulo, ficando ainda ali muitos dias, despediu-se dos irmãos e dali navegou para a Síria, e com ele Priscila e Áquila, tendo rapado a cabeça em Cencreia, porque tinha voto.
19. E chegou a Éfeso, e deixou-os ali; mas ele, entrando na sinagoga, disputava com os judeus.
20. E, rogando-lhe eles que ficasse por mais algum tempo, não conveio nisso.
21. Antes se despediu deles, dizendo: Querendo Deus, outra vez voltarei a vós. E partiu de Éfeso.
22. E, chegando a Cesaréia, subiu a Jerusalém, e, saudando a igreja, desceu a Antioquia.
23. E, estando ali algum tempo, partiu, passando sucessivamente pela província da Galácia e da Frígia, confirmando a todos os discípulos.
24. E chegou a Éfeso um certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, varão eloquente e poderoso nas Escrituras.
25. Este era instruído no Caminho do Senhor, e, fervoroso de espírito, falava e ensinava diligentemente as coisas do Senhor, conhecendo somente o baptismo de João.
26. Ele começou a falar ousadamente na sinagoga; e, quando o ouviram Priscila e Áquila, o levaram consigo, e lhe declararam mais pontualmente o Caminho de Deus.
27. Querendo ele passar à Acaia, o animaram os irmãos, e escreveram aos discípulos que o recebessem; o qual, tendo chegado, aproveitou muito aos que pela graça criam.
28. Porque com grande veemência convencia publicamente os judeus, mostrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo.
Capítulo 19.
2. E, achando um certo judeu por nome Áquila, natural do Ponto, que havia pouco tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher (pois Cláudio tinha mandado que todos os judeus saíssem de Roma), se ajuntou com eles,
3. E, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas.
4. E todos os sábados disputava na sinagoga, e convencia a judeus e gregos.
5. E, quando Silas e Timóteo desceram da Macedónia, foi Paulo impulsionado pela palavra, testificando aos judeus que Jesus era o Cristo.
6. Mas resistindo e blasfemando eles, sacudiu os vestidos, e disse-lhes: O vosso sangue seja sobre a vossa, cabeça; eu estou limpo, e desde agora parto para os gentios.
7. E, saindo dali, entrou em casa de um homem chamado Tito Justo, que servia a Deus, e cuja casa estava junto da sinagoga.
8. E Crispo, principal da sinagoga, creu no Senhor com toda a sua casa; e muitos dos coríntios, ouvindo-o, creram e foram baptizados.
9. E disse o Senhor em visão a Paulo: Não temas, mas fala, e não te cales;
10. Porque eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade.
11. E ficou ali um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus.
12. Mas, sendo Gálio proconsul da Acaia, levantaram-se os judeus concordemente contra Paulo, e o levaram ao tribunal.
13. Dizendo: Este persuade os homens a servir a Deus contra a lei.
14. E, querendo Paulo abrir a boca, disse Gálio aos judeus: Se houvesse, ó judeus, algum agravo ou crime enorme, com razão vos sofreria,
15. Mas, se a questão é de palavras, e de nomes, e da lei que entre vós há, vede-o vós mesmos; porque eu não quero ser juiz dessas coisas.
16. E expulsou-os do tribunal.
17. Então todos agarraram Sóstenes, principal da sinagoga, e o feriram diante do tribunal; e a Gálio nada destas coisas o incomodava.
18. E Paulo, ficando ainda ali muitos dias, despediu-se dos irmãos e dali navegou para a Síria, e com ele Priscila e Áquila, tendo rapado a cabeça em Cencreia, porque tinha voto.
19. E chegou a Éfeso, e deixou-os ali; mas ele, entrando na sinagoga, disputava com os judeus.
20. E, rogando-lhe eles que ficasse por mais algum tempo, não conveio nisso.
21. Antes se despediu deles, dizendo: Querendo Deus, outra vez voltarei a vós. E partiu de Éfeso.
22. E, chegando a Cesaréia, subiu a Jerusalém, e, saudando a igreja, desceu a Antioquia.
23. E, estando ali algum tempo, partiu, passando sucessivamente pela província da Galácia e da Frígia, confirmando a todos os discípulos.
24. E chegou a Éfeso um certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, varão eloquente e poderoso nas Escrituras.
25. Este era instruído no Caminho do Senhor, e, fervoroso de espírito, falava e ensinava diligentemente as coisas do Senhor, conhecendo somente o baptismo de João.
26. Ele começou a falar ousadamente na sinagoga; e, quando o ouviram Priscila e Áquila, o levaram consigo, e lhe declararam mais pontualmente o Caminho de Deus.
27. Querendo ele passar à Acaia, o animaram os irmãos, e escreveram aos discípulos que o recebessem; o qual, tendo chegado, aproveitou muito aos que pela graça criam.
28. Porque com grande veemência convencia publicamente os judeus, mostrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo.
Capítulo 19.
1. E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso; e, achando ali alguns discípulos,
2. Disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.
3. Perguntou-lhes então: Em que sois baptizados então? E eles disseram: o baptismo de João,
4. Mas Paulo disse: Certamente João baptizou com o baptismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.
5. E os que ouviram foram baptizados em nome do Senhor Jesus.
6. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam.
7. E estes eram, ao todo, uns doze varões.
8. E, entrando na sinagoga, falou ousadamente e por espaço de três meses, disputando e persuadindo-os acerca do reino de Deus.
9. Mas, como alguns deles se endurecessem e não obedecessem, falando mal do Caminho perante a multidão, retirou-se deles, e separou os discípulos, disputando todos os dias na escola de um certo Tirano.
10. E durou isto por espaço de dois anos; de tal maneira que todos os que habitavam na Ásia ouviram a palavra do Senhor Jesus, assim judeus como gregos.
11. E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias.
12. De sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam.
13. E alguns dos exorcistas judeus ambulantes tentavam invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus a quem Paulo prega.
14. E os que faziam isto eram sete filhos de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes.
15. Respondendo, porém, o espírito maligno, disse: Conheço a Jesus, e bem sei quem é Paulo; mas vós quem sois?
16. E, saltando neles o homem que tinha o espírito maligno, e assenhoreando-se de dois, pôde mais do que eles; de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa.
17. E foi isto notório a todos os que habitavam em Éfeso, tanto judeus como gregos; e caiu temor sobre todos eles, e o nome do Senhor Jesus era engrandecido.
18. E muitos dos que tinham crido vinham, confessando e publicando os seus feitos.
19. Também muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros, e os queimaram na presença de todos, e, feita a conta do seu preço, acharam que montava a cinquenta mil peças de prata.
20. Assim a palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia.
21. E, cumpridas estas coisas, Paulo propôs em espírito, ir a Jerusalém, passando pela Macedónia e pela Acaia, dizendo: Depois que houver estado ali importa-me ver também Roma.
22. E, enviando à Macedónia dois daqueles que o serviam, Timóteo e Erasto, ficou ele por algum tempo na Ásia.
23. E, naquele mesmo tempo, houve um não pequeno alvoroço acerca do Caminho.
24. Porque um certo ourives da prata, por nome Demétrio, que fazia de prata nichos de Diana, dava não pouco lucro aos artífices,
25. Aos quais, havendo-os ajuntado com os oficiais de obras semelhantes, disse: Varões, vós bem sabeis que deste ofício temos a nossa prosperidade;
26. E bem vedes e ouvis que não só em Éfeso, mas até quase em toda a Ásia, este Paulo tem convencido e afastado uma grande multidão, dizendo que não são deuses os que se fazem com as mãos.
27. E não somente há o perigo de que nossa profissão caia em descrédito, mas também de que o próprio templo da grande deusa Diana seja estimado em nada, vindo a majestade daquela que toda a Ásia e o mundo veneram a ser destruída.
28. E, ouvindo-o, encheram-se de ira, e clamaram, dizendo: Grande é a Diana dos efésios.
29. E encheu-se de confusão toda a cidade; e unânimes correram ao teatro, arrebatando a Gaio e a Aristarco, macedónios, companheiros de Paulo na viagem.
30. E, querendo Paulo apresentar-se ao povo, não lho permitiram os discípulos.
31. E também alguns dos principais da Ásia, que eram seus amigos, lhe rogaram que não se apresentasse no teatro.
32. Uns pois clamavam de uma maneira, outros doutra, porque o ajuntamento era confuso; e os mais deles não sabiam por que causa se tinham ajuntado.
33. Então tiraram Alexandre de entre a multidão, impelindo-o os judeus para diante; e Alexandre, acenando com a mão, queria dar razão disto ao povo.
34. Mas quando conheceram que era judeu, todos unanimemente levantaram a voz, clamando por espaço de quase duas horas: Grande é a Diana dos efésios.
35. Então o escrivão da cidade, tendo apaziguado a multidão, disse: Varões efésios, qual é o homem que não sabe que a cidade dos efésios é a guardadora do templo da grande deusa Diana, e da imagem que desceu de Júpiter ?
36. Ora, não podendo isto ser contraditado, convém que vos aplaqueis, nada façais temerariamente;
37. Porque estes homens que aqui trouxestes nem são sacrílegos nem blasfemam da vossa deusa.
38. Mas, se Demétrio e os artífices que estão com ele têm alguma coisa contra alguém, há audiências e há proconsules: que se acusem uns aos outros.
39. E, se alguma outra coisa demandais, averiguar-se-á em legítimo ajuntamento.
40. Na verdade até corremos perigo de que, por hoje, sejamos acusados de sedição, não havendo coisa alguma com que possamos justificar este concurso.
41. E, tendo dito isto, despediu o ajuntamento.
Capítulo 20.
2. Disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.
3. Perguntou-lhes então: Em que sois baptizados então? E eles disseram: o baptismo de João,
4. Mas Paulo disse: Certamente João baptizou com o baptismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.
5. E os que ouviram foram baptizados em nome do Senhor Jesus.
6. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam.
7. E estes eram, ao todo, uns doze varões.
8. E, entrando na sinagoga, falou ousadamente e por espaço de três meses, disputando e persuadindo-os acerca do reino de Deus.
9. Mas, como alguns deles se endurecessem e não obedecessem, falando mal do Caminho perante a multidão, retirou-se deles, e separou os discípulos, disputando todos os dias na escola de um certo Tirano.
10. E durou isto por espaço de dois anos; de tal maneira que todos os que habitavam na Ásia ouviram a palavra do Senhor Jesus, assim judeus como gregos.
11. E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias.
12. De sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam.
13. E alguns dos exorcistas judeus ambulantes tentavam invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus a quem Paulo prega.
14. E os que faziam isto eram sete filhos de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes.
15. Respondendo, porém, o espírito maligno, disse: Conheço a Jesus, e bem sei quem é Paulo; mas vós quem sois?
16. E, saltando neles o homem que tinha o espírito maligno, e assenhoreando-se de dois, pôde mais do que eles; de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa.
17. E foi isto notório a todos os que habitavam em Éfeso, tanto judeus como gregos; e caiu temor sobre todos eles, e o nome do Senhor Jesus era engrandecido.
18. E muitos dos que tinham crido vinham, confessando e publicando os seus feitos.
19. Também muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros, e os queimaram na presença de todos, e, feita a conta do seu preço, acharam que montava a cinquenta mil peças de prata.
20. Assim a palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia.
21. E, cumpridas estas coisas, Paulo propôs em espírito, ir a Jerusalém, passando pela Macedónia e pela Acaia, dizendo: Depois que houver estado ali importa-me ver também Roma.
22. E, enviando à Macedónia dois daqueles que o serviam, Timóteo e Erasto, ficou ele por algum tempo na Ásia.
23. E, naquele mesmo tempo, houve um não pequeno alvoroço acerca do Caminho.
24. Porque um certo ourives da prata, por nome Demétrio, que fazia de prata nichos de Diana, dava não pouco lucro aos artífices,
25. Aos quais, havendo-os ajuntado com os oficiais de obras semelhantes, disse: Varões, vós bem sabeis que deste ofício temos a nossa prosperidade;
26. E bem vedes e ouvis que não só em Éfeso, mas até quase em toda a Ásia, este Paulo tem convencido e afastado uma grande multidão, dizendo que não são deuses os que se fazem com as mãos.
27. E não somente há o perigo de que nossa profissão caia em descrédito, mas também de que o próprio templo da grande deusa Diana seja estimado em nada, vindo a majestade daquela que toda a Ásia e o mundo veneram a ser destruída.
28. E, ouvindo-o, encheram-se de ira, e clamaram, dizendo: Grande é a Diana dos efésios.
29. E encheu-se de confusão toda a cidade; e unânimes correram ao teatro, arrebatando a Gaio e a Aristarco, macedónios, companheiros de Paulo na viagem.
30. E, querendo Paulo apresentar-se ao povo, não lho permitiram os discípulos.
31. E também alguns dos principais da Ásia, que eram seus amigos, lhe rogaram que não se apresentasse no teatro.
32. Uns pois clamavam de uma maneira, outros doutra, porque o ajuntamento era confuso; e os mais deles não sabiam por que causa se tinham ajuntado.
33. Então tiraram Alexandre de entre a multidão, impelindo-o os judeus para diante; e Alexandre, acenando com a mão, queria dar razão disto ao povo.
34. Mas quando conheceram que era judeu, todos unanimemente levantaram a voz, clamando por espaço de quase duas horas: Grande é a Diana dos efésios.
35. Então o escrivão da cidade, tendo apaziguado a multidão, disse: Varões efésios, qual é o homem que não sabe que a cidade dos efésios é a guardadora do templo da grande deusa Diana, e da imagem que desceu de Júpiter ?
36. Ora, não podendo isto ser contraditado, convém que vos aplaqueis, nada façais temerariamente;
37. Porque estes homens que aqui trouxestes nem são sacrílegos nem blasfemam da vossa deusa.
38. Mas, se Demétrio e os artífices que estão com ele têm alguma coisa contra alguém, há audiências e há proconsules: que se acusem uns aos outros.
39. E, se alguma outra coisa demandais, averiguar-se-á em legítimo ajuntamento.
40. Na verdade até corremos perigo de que, por hoje, sejamos acusados de sedição, não havendo coisa alguma com que possamos justificar este concurso.
41. E, tendo dito isto, despediu o ajuntamento.
Capítulo 20.
1. E depois que cessou o alvoroço, Paulo chamou a si os discípulos e, abraçando-os, saiu para a Macedónia,
2. E, havendo andado por aquelas terras, e exortando-os com muitas palavras, veio à Grécia.
3. E, passando ali três meses, e sendo-lhe pelos judeus postas ciladas, como tivesse de navegar para a Síria, determinou voltar pela Macedónia.
4. E acompanhou-o, até à Ásia, Sopater, de Beréia, e, dos de Tessalonica, Aristarco, e Segundo, e Gaio de Derbe, e Timóteo, e, dos da Ásia, Tíquico e Trófimo.
5. Estes, indo adiante, nos esperaram em Tróade.
6. E, depois dos dias dos pães asmos, navegámos de Filipos, e em cinco dias fomos ter com eles a Tróade, onde estivemos sete dias.
7. E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir no dia seguinte, falava com eles; e alargou a prática até à meia noite.
8. E havia muitas luzes no cenáculo onde estavam juntos.
9. E, estando um certo mancebo, por nome Eutico, assentado numa janela, caiu do terceiro andar, tomado de um sono profundo que lhe sobreveio durante o extenso discurso de Paulo, e foi levantado morto.
10. Paulo, porém, descendo, inclinou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: Não vos perturbeis, que a sua alma nele está.
11. E subindo, e partindo o pão, e comendo, ainda lhes falou largamente até à alvorada; e assim partiu.
12. E levaram vivo o mancebo, e ficaram não pouco consolados.
13. Nós, porém, subindo ao navio, navegámos até Assos, onde devíamos receber a Paulo, porque assim o ordenara, indo ele por terra.
14. E, logo que se ajuntou connosco em Assos, o recebemos, e fomos a Mitilene.
15. E, navegando dali, chegámos no dia seguinte defronte de Quio, e no outro aportámos a Samos, e, ficando em Trogílio, chegámos no dia seguinte a Mileto.
16. Porque já Paulo tinha determinado passar adiante de Éfeso, para não gastar tempo na Ásia. Apressava-se pois para estar, se lhe fosse possível, em Jerusalém no dia de Pentecostes.
17. E de Mileto mandou a Éfeso, a chamar os anciãos da igreja.
18. E, logo que chegaram junto dele, disse-lhes: Vós bem sabeis, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, como em todo esse tempo me portei no meio de vós,
19. Servindo ao Senhor com toda a humildade, e com muitas lágrimas e tentações, que pelas ciladas dos judeus me sobrevieram;
20. Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas,
21. Testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo.
22. E agora, eis que, ligado eu pelo espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que lá me há-de acontecer;
23. Senão o que o Espírito Santo de cidade em cidade me revela, dizendo que me esperam prisões e tribulações.
24. Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.
25. E agora, na verdade, sei que todos vós, por quem passei pregando o reino de Deus, não vereis mais o meu rosto.
26. Portanto, no dia de hoje, vos protesto que estou limpo do sangue de todos.
27. Porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus.
28. Olhai pois por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.
29. Porque eu sei isto, que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão ao rebanho;
30. E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si.
31. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós.
32. Agora pois, irmãos, encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça; a ele que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os santificados.
33. De ninguém cobicei a prata, nem o ouro, nem o vestido.
34. Vós mesmos sabeis que para o que me era necessário a mim, e aos que estão comigo, estas mãos me serviram.
35. Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.
36. E, havendo dito isto pôs-se de joelhos, e orou com todos eles.
37. E levantou-se um grande pranto entre todos, e, lançando-se ao pescoço de Paulo, o beijavam,
38. Entristecendo-se muito, principalmente pela palavra que dissera, que não veriam mais o seu rosto. E acompanharam-no até ao navio.
Capítulo 21.
2. E, havendo andado por aquelas terras, e exortando-os com muitas palavras, veio à Grécia.
3. E, passando ali três meses, e sendo-lhe pelos judeus postas ciladas, como tivesse de navegar para a Síria, determinou voltar pela Macedónia.
4. E acompanhou-o, até à Ásia, Sopater, de Beréia, e, dos de Tessalonica, Aristarco, e Segundo, e Gaio de Derbe, e Timóteo, e, dos da Ásia, Tíquico e Trófimo.
5. Estes, indo adiante, nos esperaram em Tróade.
6. E, depois dos dias dos pães asmos, navegámos de Filipos, e em cinco dias fomos ter com eles a Tróade, onde estivemos sete dias.
7. E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir no dia seguinte, falava com eles; e alargou a prática até à meia noite.
8. E havia muitas luzes no cenáculo onde estavam juntos.
9. E, estando um certo mancebo, por nome Eutico, assentado numa janela, caiu do terceiro andar, tomado de um sono profundo que lhe sobreveio durante o extenso discurso de Paulo, e foi levantado morto.
10. Paulo, porém, descendo, inclinou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: Não vos perturbeis, que a sua alma nele está.
11. E subindo, e partindo o pão, e comendo, ainda lhes falou largamente até à alvorada; e assim partiu.
12. E levaram vivo o mancebo, e ficaram não pouco consolados.
13. Nós, porém, subindo ao navio, navegámos até Assos, onde devíamos receber a Paulo, porque assim o ordenara, indo ele por terra.
14. E, logo que se ajuntou connosco em Assos, o recebemos, e fomos a Mitilene.
15. E, navegando dali, chegámos no dia seguinte defronte de Quio, e no outro aportámos a Samos, e, ficando em Trogílio, chegámos no dia seguinte a Mileto.
16. Porque já Paulo tinha determinado passar adiante de Éfeso, para não gastar tempo na Ásia. Apressava-se pois para estar, se lhe fosse possível, em Jerusalém no dia de Pentecostes.
17. E de Mileto mandou a Éfeso, a chamar os anciãos da igreja.
18. E, logo que chegaram junto dele, disse-lhes: Vós bem sabeis, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, como em todo esse tempo me portei no meio de vós,
19. Servindo ao Senhor com toda a humildade, e com muitas lágrimas e tentações, que pelas ciladas dos judeus me sobrevieram;
20. Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas,
21. Testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo.
22. E agora, eis que, ligado eu pelo espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que lá me há-de acontecer;
23. Senão o que o Espírito Santo de cidade em cidade me revela, dizendo que me esperam prisões e tribulações.
24. Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.
25. E agora, na verdade, sei que todos vós, por quem passei pregando o reino de Deus, não vereis mais o meu rosto.
26. Portanto, no dia de hoje, vos protesto que estou limpo do sangue de todos.
27. Porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus.
28. Olhai pois por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.
29. Porque eu sei isto, que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão ao rebanho;
30. E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si.
31. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós.
32. Agora pois, irmãos, encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça; a ele que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os santificados.
33. De ninguém cobicei a prata, nem o ouro, nem o vestido.
34. Vós mesmos sabeis que para o que me era necessário a mim, e aos que estão comigo, estas mãos me serviram.
35. Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.
36. E, havendo dito isto pôs-se de joelhos, e orou com todos eles.
37. E levantou-se um grande pranto entre todos, e, lançando-se ao pescoço de Paulo, o beijavam,
38. Entristecendo-se muito, principalmente pela palavra que dissera, que não veriam mais o seu rosto. E acompanharam-no até ao navio.
Capítulo 21.
1. E aconteceu que, separando-nos deles, navegámos e fomos correndo caminho direito, e chegámos a Cós, e no dia seguinte a Rodes, de onde passámos a Pátara.
2. E, achando um navio, que ia para a Fenícia, embarcámos nele, e partimos.
3. E, indo já à vista de Chipre, deixando-a à esquerda, navegámos para a Síria e chegámos a Tiro; porque o navio havia de ser descarregado ali.
4. E, achando discípulos, ficámos ali sete dias; os quais pelo Espírito diziam a Paulo que não subisse a Jerusalém.
5. E, havendo passado ali aqueles dias, saímos, e seguimos nosso caminho, acompanhando-nos todos, com suas mulheres e filhos, até fora da cidade; e, postos de joelhos na praia, orámos.
6. E, saudando-nos uns aos outros, subimos ao navio; eles voltaram para suas casas.
7. E nós, concluída a navegação de Tiro, viemos a Ptolemaida; e havendo saudado os irmãos, ficámos com eles um dia.
8. E no dia seguinte, partindo dali Paulo, e nós que com ele estávamos, chegámos a Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficámos com ele.
9. E tinha este quatro filhas donzelas, que profetizavam.
10. E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judeia um profeta, por nome Ágabo;
11. E, vindo ter connosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus em Jerusalém o varão de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios.
12. E, ouvindo nós isto, rogámo-lhe, tanto nós como os que eram daquele lugar, que não subisse a Jerusalém.
13. Mas Paulo respondeu: Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto, não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus.
14. E, como não podíamos convencê-lo, nos aquietámos, dizendo: Faça-se a vontade do Senhor.
15. E depois daqueles dias, havendo feito os nossos preparativos, subimos a Jerusalém.
16. E foram também connosco alguns discípulos de Cesaréia, levando consigo um certo Mnasom, chíprio, discípulo antigo, com quem havíamos de hospedar-nos.
17. E, logo que chegámos a Jerusalém, os irmãos nos receberam de muito boa vontade.
18. E no dia seguinte Paulo entrou connosco em casa de Tiago, e todos os anciãos vieram ali.
19. E, havendo-os saudado, contou-lhes por miúdo o que por seu ministério Deus fizera entre os gentios.
20. E, ouvindo-o eles, glorificaram ao Senhor, e disseram-lhe: Bem vês, irmão, quantos milhares de judeus há que crêem, e todos são zeladores da lei.
21. E já acerca de ti foram informados de que ensinas todos os judeus que estão entre os gentios a apartarem-se de Moisés, dizendo que não devem circuncidar seus filhos, nem andar segundo o costume da lei.
22. Que faremos pois? Em todo o caso é necessário que a multidão se ajunte; porque terão ouvido que já és vindo.
23. Faz pois isto que te dizemos: Temos quatro varões que fizeram voto.
24. Toma estes contigo, e santifica-te com eles, e faz por eles os gastos para que rapem a cabeça, e todos ficarão sabendo que nada há daquilo de que foram informados acerca de ti, mas que também tu mesmo andas guardando a lei.
25. Todavia, quanto aos que crêem dos gentios, já nós havemos escrito, e achado por bem, que nada disto observem; mas que só se guardem do que se sacrifica aos ídolos, e do sangue, e do sufocado e da prostituição.
26. Então Paulo, tomando consigo aqueles varões, entrou no dia seguinte no templo, já santificado com eles, anunciando serem já cumpridos os dias da purificação; e ficou ali até se oferecer por cada um deles a oferta.
27. E quando os sete dias estavam quase a terminar, os judeus da Ásia, vendo-o no templo, alvoroçaram todo o povo e lançaram mão dele,
28. Clamando: Varões israelitas, acudi: este é o homem que por todas as partes ensina a todos, contra o povo e contra a lei, e contra este lugar; e, demais disto, introduziu também no templo os gregos, e profanou este santo lugar.
29. Porque tinham visto com ele na cidade a Trófimo, de Éfeso, o qual pensavam que Paulo introduzira no templo.
30. E alvoroçou-se toda a cidade, e houve grande concurso de povo; e, pegando de Paulo, o arrastaram para fora do templo, e logo as portas se fecharam.
31. E, procurando eles matá-lo, chegou ao tribuno da coorte o aviso de que Jerusalém estava toda em confusão.
32. O qual, tomando logo consigo soldados e centuriões, correu para eles. E, quando viram o tribuno e os soldados, cessaram de ferir a Paulo.
33. Então, aproximando-se o tribuno, o prendeu e mandou atar com duas cadeias, e lhe perguntou quem era e o que tinha feito.
34. E na multidão uns clamavam duma maneira, outros doutra; mas, como nada podia saber ao certo, por causa do alvoroço, mandou conduzi-lo para a fortaleza.
35. E sucedeu que, chegando às escadas, os soldados tiveram de lhe pegar por causa da violência da multidão.
36. Porque a multidão do povo o seguia, clamando: Mata-o!
37. E, quando iam a introduzir Paulo na fortaleza, disse Paulo ao tribuno: É-me permitido dizer-te alguma coisa? E ele disse: Sabes o grego?
38. Não és tu porventura aquele egípcio que antes destes dias fez uma sedição e levou ao deserto quatro mil salteadores?
39. Mas Paulo lhe disse: Na verdade que sou um homem judeu, cidadão de Tarso, cidade não pouco célebre na Cilícia; rogo-te, porém, que me permitas falar ao povo.
40. E, havendo-lhe permitido, Paulo, pondo-se em pé nas escadas, fez sinal com a mão ao povo; e, feito grande silêncio, falou-lhe em língua hebraica, dizendo:
2. E, achando um navio, que ia para a Fenícia, embarcámos nele, e partimos.
3. E, indo já à vista de Chipre, deixando-a à esquerda, navegámos para a Síria e chegámos a Tiro; porque o navio havia de ser descarregado ali.
4. E, achando discípulos, ficámos ali sete dias; os quais pelo Espírito diziam a Paulo que não subisse a Jerusalém.
5. E, havendo passado ali aqueles dias, saímos, e seguimos nosso caminho, acompanhando-nos todos, com suas mulheres e filhos, até fora da cidade; e, postos de joelhos na praia, orámos.
6. E, saudando-nos uns aos outros, subimos ao navio; eles voltaram para suas casas.
7. E nós, concluída a navegação de Tiro, viemos a Ptolemaida; e havendo saudado os irmãos, ficámos com eles um dia.
8. E no dia seguinte, partindo dali Paulo, e nós que com ele estávamos, chegámos a Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficámos com ele.
9. E tinha este quatro filhas donzelas, que profetizavam.
10. E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judeia um profeta, por nome Ágabo;
11. E, vindo ter connosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus em Jerusalém o varão de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios.
12. E, ouvindo nós isto, rogámo-lhe, tanto nós como os que eram daquele lugar, que não subisse a Jerusalém.
13. Mas Paulo respondeu: Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto, não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus.
14. E, como não podíamos convencê-lo, nos aquietámos, dizendo: Faça-se a vontade do Senhor.
15. E depois daqueles dias, havendo feito os nossos preparativos, subimos a Jerusalém.
16. E foram também connosco alguns discípulos de Cesaréia, levando consigo um certo Mnasom, chíprio, discípulo antigo, com quem havíamos de hospedar-nos.
17. E, logo que chegámos a Jerusalém, os irmãos nos receberam de muito boa vontade.
18. E no dia seguinte Paulo entrou connosco em casa de Tiago, e todos os anciãos vieram ali.
19. E, havendo-os saudado, contou-lhes por miúdo o que por seu ministério Deus fizera entre os gentios.
20. E, ouvindo-o eles, glorificaram ao Senhor, e disseram-lhe: Bem vês, irmão, quantos milhares de judeus há que crêem, e todos são zeladores da lei.
21. E já acerca de ti foram informados de que ensinas todos os judeus que estão entre os gentios a apartarem-se de Moisés, dizendo que não devem circuncidar seus filhos, nem andar segundo o costume da lei.
22. Que faremos pois? Em todo o caso é necessário que a multidão se ajunte; porque terão ouvido que já és vindo.
23. Faz pois isto que te dizemos: Temos quatro varões que fizeram voto.
24. Toma estes contigo, e santifica-te com eles, e faz por eles os gastos para que rapem a cabeça, e todos ficarão sabendo que nada há daquilo de que foram informados acerca de ti, mas que também tu mesmo andas guardando a lei.
25. Todavia, quanto aos que crêem dos gentios, já nós havemos escrito, e achado por bem, que nada disto observem; mas que só se guardem do que se sacrifica aos ídolos, e do sangue, e do sufocado e da prostituição.
26. Então Paulo, tomando consigo aqueles varões, entrou no dia seguinte no templo, já santificado com eles, anunciando serem já cumpridos os dias da purificação; e ficou ali até se oferecer por cada um deles a oferta.
27. E quando os sete dias estavam quase a terminar, os judeus da Ásia, vendo-o no templo, alvoroçaram todo o povo e lançaram mão dele,
28. Clamando: Varões israelitas, acudi: este é o homem que por todas as partes ensina a todos, contra o povo e contra a lei, e contra este lugar; e, demais disto, introduziu também no templo os gregos, e profanou este santo lugar.
29. Porque tinham visto com ele na cidade a Trófimo, de Éfeso, o qual pensavam que Paulo introduzira no templo.
30. E alvoroçou-se toda a cidade, e houve grande concurso de povo; e, pegando de Paulo, o arrastaram para fora do templo, e logo as portas se fecharam.
31. E, procurando eles matá-lo, chegou ao tribuno da coorte o aviso de que Jerusalém estava toda em confusão.
32. O qual, tomando logo consigo soldados e centuriões, correu para eles. E, quando viram o tribuno e os soldados, cessaram de ferir a Paulo.
33. Então, aproximando-se o tribuno, o prendeu e mandou atar com duas cadeias, e lhe perguntou quem era e o que tinha feito.
34. E na multidão uns clamavam duma maneira, outros doutra; mas, como nada podia saber ao certo, por causa do alvoroço, mandou conduzi-lo para a fortaleza.
35. E sucedeu que, chegando às escadas, os soldados tiveram de lhe pegar por causa da violência da multidão.
36. Porque a multidão do povo o seguia, clamando: Mata-o!
37. E, quando iam a introduzir Paulo na fortaleza, disse Paulo ao tribuno: É-me permitido dizer-te alguma coisa? E ele disse: Sabes o grego?
38. Não és tu porventura aquele egípcio que antes destes dias fez uma sedição e levou ao deserto quatro mil salteadores?
39. Mas Paulo lhe disse: Na verdade que sou um homem judeu, cidadão de Tarso, cidade não pouco célebre na Cilícia; rogo-te, porém, que me permitas falar ao povo.
40. E, havendo-lhe permitido, Paulo, pondo-se em pé nas escadas, fez sinal com a mão ao povo; e, feito grande silêncio, falou-lhe em língua hebraica, dizendo:
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