1. No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2. Ele estava no princípio com Deus.
3. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens;
5. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6. Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
7. Este veio para testemunho, para que testificasse da luz; para que todos cressem por ele.
8. Não era ele a luz; mas para que testificasse da luz.
9. Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo o homem que vem ao mundo.
10. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
11. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
12. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no seu nome;
13. Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.
14. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade.
15. João testificou dele; e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: O que vem depois de mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.
16. E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça.
17. Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.
18. Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigénito, que está no seio do Pai, esse o fez conhecer.
19. E este é o testemunho de João quando os judeus mandaram de Jerusalém sacerdotes levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu?
20. E confessou, e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo.
21. E perguntaram-lhe: Então quê? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu profeta? E respondeu: Não.
22. Disseram-lhe pois: Quem és? Para que demos resposta àqueles que nos enviaram; que dizes de ti mesmo?
23. Disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías,
24. E os que tinham sido enviados eram dos fariseus;
25. E perguntaram-lhe, e disseram-lhe: Porque baptizas, pois, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?
26. João respondeu-lhes, dizendo: Eu baptizo com água; mas no meio de vós está um a quem vós não conheceis.
27. Este é aquele que vem após mim, que foi antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar a correia da alparca.
28. Estas coisas aconteceram em Betânia, da outra banda do Jordão, onde João estava baptizando.
29. No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
30. Este é aquele do qual eu disse: Após mim vem um varão que foi antes de mim; porque já era primeiro do que eu.
31. E eu não o conhecia; mas, para que ele fosse manifestado a Israel, vim eu, por isso, baptizando com água.
32. E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba, e repousar sobre ele.
33. E eu não o conhecia, mas o que me mandou a baptizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que baptiza com o Espírito Santo.
34. E eu vi, e tenho testificado que este é o Filho de Deus.
35. No dia seguinte João estava outra vez ali, e dois dos seus discípulos;
36. E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus.
37. E os dois discípulos ouviram-no dizer isto, e seguiram a Jesus.
38. E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que buscais? E eles disseram: Rabi, (que traduzido quer dizer Mestre) onde moras?
39. Ele lhes disse: Vinde, e vede. Foram e viram onde morava, e ficaram com ele aquele dia: e era já quase a hora décima.
40. Era André, irmão de Simão Pedro, um dos dois que ouviram aquilo de João, e o haviam seguido.
41. Este achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-lhe: Achámos o Messias (que, traduzido, é o Cristo).
42. E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).
43. No dia seguinte quis Jesus ir à Galileia; e achou a Filipe, e disse-lhe: Segue-me.
44. E Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro.
45. Filipe achou Nataniel, e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.
46. Disse-lhe Nataniel: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem, e vê.
47. Jesus viu Nataniel vir ter com ele, e disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo.
48. Disse-lhe Nataniel: Donde me conheces tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu, estando tu debaixo da figueira.
49. Nataniel respondeu, e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel.
50. Jesus respondeu, e disse-lhe: Porque te disse: Vi-te debaixo da figueira, crês? Coisas maiores do que estas verás.
51. E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho do homem.
Capítulo 2.
2. Ele estava no princípio com Deus.
3. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens;
5. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6. Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
7. Este veio para testemunho, para que testificasse da luz; para que todos cressem por ele.
8. Não era ele a luz; mas para que testificasse da luz.
9. Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo o homem que vem ao mundo.
10. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
11. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
12. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no seu nome;
13. Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.
14. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade.
15. João testificou dele; e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: O que vem depois de mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.
16. E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça.
17. Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.
18. Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigénito, que está no seio do Pai, esse o fez conhecer.
19. E este é o testemunho de João quando os judeus mandaram de Jerusalém sacerdotes levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu?
20. E confessou, e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo.
21. E perguntaram-lhe: Então quê? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu profeta? E respondeu: Não.
22. Disseram-lhe pois: Quem és? Para que demos resposta àqueles que nos enviaram; que dizes de ti mesmo?
23. Disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías,
24. E os que tinham sido enviados eram dos fariseus;
25. E perguntaram-lhe, e disseram-lhe: Porque baptizas, pois, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?
26. João respondeu-lhes, dizendo: Eu baptizo com água; mas no meio de vós está um a quem vós não conheceis.
27. Este é aquele que vem após mim, que foi antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar a correia da alparca.
28. Estas coisas aconteceram em Betânia, da outra banda do Jordão, onde João estava baptizando.
29. No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
30. Este é aquele do qual eu disse: Após mim vem um varão que foi antes de mim; porque já era primeiro do que eu.
31. E eu não o conhecia; mas, para que ele fosse manifestado a Israel, vim eu, por isso, baptizando com água.
32. E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba, e repousar sobre ele.
33. E eu não o conhecia, mas o que me mandou a baptizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que baptiza com o Espírito Santo.
34. E eu vi, e tenho testificado que este é o Filho de Deus.
35. No dia seguinte João estava outra vez ali, e dois dos seus discípulos;
36. E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus.
37. E os dois discípulos ouviram-no dizer isto, e seguiram a Jesus.
38. E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que buscais? E eles disseram: Rabi, (que traduzido quer dizer Mestre) onde moras?
39. Ele lhes disse: Vinde, e vede. Foram e viram onde morava, e ficaram com ele aquele dia: e era já quase a hora décima.
40. Era André, irmão de Simão Pedro, um dos dois que ouviram aquilo de João, e o haviam seguido.
41. Este achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-lhe: Achámos o Messias (que, traduzido, é o Cristo).
42. E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).
43. No dia seguinte quis Jesus ir à Galileia; e achou a Filipe, e disse-lhe: Segue-me.
44. E Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro.
45. Filipe achou Nataniel, e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.
46. Disse-lhe Nataniel: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem, e vê.
47. Jesus viu Nataniel vir ter com ele, e disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo.
48. Disse-lhe Nataniel: Donde me conheces tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu, estando tu debaixo da figueira.
49. Nataniel respondeu, e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel.
50. Jesus respondeu, e disse-lhe: Porque te disse: Vi-te debaixo da figueira, crês? Coisas maiores do que estas verás.
51. E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho do homem.
Capítulo 2.
1. E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galileia: e estava ali a mãe de Jesus.
2. E foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas.
3. E, faltando o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho.
4. Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.
5. Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.
6. E estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam dois ou três almudes.
7. Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até cima.
8. E disse-lhes: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E levaram.
9. E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo donde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo,
10. E disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom, e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho.
11. Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galileia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.
12. Depois disto desceu a Cafarnaum, ele, e sua mãe, e seus irmãos, e seus discípulos, e ficaram ali não muitos dias.
13. E estava próxima a páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.
14. E achou no templo os que vendiam bois, e ovelhas, e pombos, e os cambiadores assentados.
15. E, tendo feito um azorrague de cordéis, lançou todos fora do templo, também os bois e ovelhas; e espalhou o dinheiro dos cambiadores, e derribou as mesas;
16. E disse aos que vendiam pombos: Tirai daqui estes, e não façais da casa de meu Pai casa de venda.
17. E os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me devorará.
18. Responderam pois os judeus, e disseram-lhe: Que sinal nos mostras para fazeres isto?
19. Jesus respondeu, e disse-lhes: Derrubai este templo, e em três dias o levantarei.
20. Disseram pois os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias?
21. Mas ele falava do templo do seu corpo.
22. Quando, pois, ressuscitou dos mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isto; e creram na Escritura, e na palavra que Jesus tinha dito.
23. E, estando ele em Jerusalém pela páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome.
24. Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia;
25. E não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem.
Capítulo 3.
2. E foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas.
3. E, faltando o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho.
4. Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.
5. Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.
6. E estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam dois ou três almudes.
7. Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até cima.
8. E disse-lhes: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E levaram.
9. E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo donde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo,
10. E disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom, e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho.
11. Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galileia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.
12. Depois disto desceu a Cafarnaum, ele, e sua mãe, e seus irmãos, e seus discípulos, e ficaram ali não muitos dias.
13. E estava próxima a páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.
14. E achou no templo os que vendiam bois, e ovelhas, e pombos, e os cambiadores assentados.
15. E, tendo feito um azorrague de cordéis, lançou todos fora do templo, também os bois e ovelhas; e espalhou o dinheiro dos cambiadores, e derribou as mesas;
16. E disse aos que vendiam pombos: Tirai daqui estes, e não façais da casa de meu Pai casa de venda.
17. E os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me devorará.
18. Responderam pois os judeus, e disseram-lhe: Que sinal nos mostras para fazeres isto?
19. Jesus respondeu, e disse-lhes: Derrubai este templo, e em três dias o levantarei.
20. Disseram pois os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias?
21. Mas ele falava do templo do seu corpo.
22. Quando, pois, ressuscitou dos mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isto; e creram na Escritura, e na palavra que Jesus tinha dito.
23. E, estando ele em Jerusalém pela páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome.
24. Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia;
25. E não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem.
Capítulo 3.
1. E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
2. Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus: porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
3. Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
4. Disse-lhe Nicodemos : Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?
5. Jesus respondeu: Na verdade, na verdade, te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
6. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
7. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
8. O vento assopra onde quer e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
9. Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso?
10. Jesus respondeu, e disse-lhe: Tu és mestre de Israel, e não sabes isto?
11. Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos; e testificamos o que vimos; e não aceitais o nosso testemunho.
12. Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?
13. Ora ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu.
14. E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado;
15. Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
16. Porque Deus amou o Mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
17. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
18. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado; porquanto não crê no nome do Unigénito Filho de Deus.
19. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.
20. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.
21. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.
22. Depois disto foi Jesus com os seus discípulos para a terra da Judeia; e estava ali com eles, e baptizava.
23. Ora João baptizava também em Enon, junto a Salim, porque havia ali muitas águas; e vinham ali, e eram baptizados.
24. Porque ainda João não tinha sido lançado na prisão.
25. Houve então uma questão entre os discípulos de João e um judeu acerca da purificação.
26. E foram ter com João, e disseram-lhe: Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tu deste testemunho, ei-lo baptizando, e todos vão ter com ele .
27. João respondeu, e disse: O homem não pode receber coisa alguma, se lhe não for dado do céu.
28. Vós mesmos me sois testemunhas de que disse: Eu não sou o Cristo, mas sou enviado adiante dele.
29. Aquele que tem a esposa é o esposo, mas o amigo do esposo, que lhe assiste e o ouve, alegra-se muito com a voz do esposo. Assim pois já este meu gozo está cumprido.
30. É necessário que ele cresça e que eu diminua.
31. Aquele que vem de cima é sobre todos: aquele que vem da terra é da terra e fala da terra. Aquele que vem do céu é sobre todos.
32. E aquilo que ele viu e ouviu isso testifica; e ninguém aceita o seu testemunho
33. Aquele que aceitou o seu testemunho, esse confirmou que Deus é verdadeiro.
34. Porque aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus; pois não lhe dá Deus o Espírito por medida.
35. O Pai ama o Filho, e todas as coisas entregou nas suas mãos.
36. Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida; mas a ira de Deus sobre ele permanece.
Capítulo 4.
2. Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus: porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
3. Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
4. Disse-lhe Nicodemos : Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?
5. Jesus respondeu: Na verdade, na verdade, te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
6. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
7. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
8. O vento assopra onde quer e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
9. Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso?
10. Jesus respondeu, e disse-lhe: Tu és mestre de Israel, e não sabes isto?
11. Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos; e testificamos o que vimos; e não aceitais o nosso testemunho.
12. Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?
13. Ora ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu.
14. E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado;
15. Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
16. Porque Deus amou o Mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
17. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
18. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado; porquanto não crê no nome do Unigénito Filho de Deus.
19. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.
20. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.
21. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.
22. Depois disto foi Jesus com os seus discípulos para a terra da Judeia; e estava ali com eles, e baptizava.
23. Ora João baptizava também em Enon, junto a Salim, porque havia ali muitas águas; e vinham ali, e eram baptizados.
24. Porque ainda João não tinha sido lançado na prisão.
25. Houve então uma questão entre os discípulos de João e um judeu acerca da purificação.
26. E foram ter com João, e disseram-lhe: Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tu deste testemunho, ei-lo baptizando, e todos vão ter com ele .
27. João respondeu, e disse: O homem não pode receber coisa alguma, se lhe não for dado do céu.
28. Vós mesmos me sois testemunhas de que disse: Eu não sou o Cristo, mas sou enviado adiante dele.
29. Aquele que tem a esposa é o esposo, mas o amigo do esposo, que lhe assiste e o ouve, alegra-se muito com a voz do esposo. Assim pois já este meu gozo está cumprido.
30. É necessário que ele cresça e que eu diminua.
31. Aquele que vem de cima é sobre todos: aquele que vem da terra é da terra e fala da terra. Aquele que vem do céu é sobre todos.
32. E aquilo que ele viu e ouviu isso testifica; e ninguém aceita o seu testemunho
33. Aquele que aceitou o seu testemunho, esse confirmou que Deus é verdadeiro.
34. Porque aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus; pois não lhe dá Deus o Espírito por medida.
35. O Pai ama o Filho, e todas as coisas entregou nas suas mãos.
36. Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida; mas a ira de Deus sobre ele permanece.
Capítulo 4.
1. E quando o Senhor entendeu que os fariseus tinham ouvido que Jesus fazia e baptizava mais discípulos do que João
2. Ainda que Jesus mesmo não baptizava, mas os seus discípulos.
3. Deixou a Judeia, e foi outra vez para a Galileia.
4. E era-lhe necessário passar por Samaria.
5. Foi pois a uma cidade, de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacob tinha dado a seu filho José.
6. E estava ali a fonte de Jacó, Jesus, pois, cansado do caminho assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta.
7. Veio uma mulher de Samaria tirar água, disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
8. Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida.
9. Disse-lhe pois a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos).
10. Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
11. Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo: onde pois tens a água viva?
12. És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos e o seu gado?
13. Jesus , respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede;
14. Mas aquele, que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna:
15. Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la.
16. Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá.
17. A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido;
18. Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.
19. Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
20. Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
21. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.
22. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos, porque a salvação vem dos judeus.
23. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
24. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
25. A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo.
26. Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo.
27. E nisto vieram os seus discípulos, e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum lhe disse: Que perguntas? ou: Porque falas com ela?
28. Deixou pois a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens.
29. Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito: Porventura não é este o Cristo?
30. Saíram pois da cidade, e foram ter com ele.
31. E entretanto os seus discípulos lhe rogaram, dizendo: Rabi, come.
32. Porém ele lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis.
33. Então os discípulos diziam uns aos outros: Trouxe-lhe porventura alguém de comer?
34. Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra.
35. Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa
36. E o que ceifa recebe galardão, e ajunta fruto para a vida eterna; para que, assim o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem.
37. Porque nisto é verdadeiro o ditado, que um é o que semeia, e outro o que ceifa.
38. Eu vos enviei a ceifar onde vós não trabalhastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho.
39. E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito.
40. Indo pois ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias.
41. E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra.
42. E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo.
43. E dois dias depois partiu dali, e foi para a Galileia.
44. Porque Jesus mesmo testificou que um profeta não tem honra na sua própria pátria.
45. Chegando pois à Galileia, os galileus o receberam, vistas todas as coisas que fizera em Jerusalém no dia da festa; porque também eles tinham ido à festa.
46. Segunda vez foi Jesus a Caná da Galileia, onde da água fizera vinho. E havia ali um régulo, cujo filho estava enfermo em Cafarnaum.
47. Ouvindo este que Jesus vinha da Judeia para a Galileia, foi ter com ele, e rogou-lhe que descesse, e curasse o seu filho, porque já estava à morte.
48. Então Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e milagres, não crereis.
49. Disse-lhe o régulo: Senhor, desce, antes que meu filho morra.
50. Disse-lhe Jesus: Vai, o teu filho vive. E o homem creu na palavra que Jesus lhe disse, e foi-se.
51. E, descendo ele logo, saíram-lhe ao encontro os seus servos, e lhe anunciaram, dizendo: O teu filho vive.
52. Perguntou-lhes pois a que hora se achara melhor; e disseram-lhe: Ontem às sete horas a febre o deixou.
53. Entendeu pois o pai que era aquela hora a mesma em que Jesus lhe disse: O teu filho vive; e creu ele, e toda a sua casa.
54. Jesus fez este segundo milagre, quando ia da Judeia para a Galileia.
Capítulo 5.
2. Ainda que Jesus mesmo não baptizava, mas os seus discípulos.
3. Deixou a Judeia, e foi outra vez para a Galileia.
4. E era-lhe necessário passar por Samaria.
5. Foi pois a uma cidade, de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacob tinha dado a seu filho José.
6. E estava ali a fonte de Jacó, Jesus, pois, cansado do caminho assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta.
7. Veio uma mulher de Samaria tirar água, disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
8. Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida.
9. Disse-lhe pois a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos).
10. Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
11. Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo: onde pois tens a água viva?
12. És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos e o seu gado?
13. Jesus , respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede;
14. Mas aquele, que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna:
15. Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la.
16. Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá.
17. A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido;
18. Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.
19. Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
20. Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
21. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.
22. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos, porque a salvação vem dos judeus.
23. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
24. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
25. A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo.
26. Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo.
27. E nisto vieram os seus discípulos, e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum lhe disse: Que perguntas? ou: Porque falas com ela?
28. Deixou pois a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens.
29. Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito: Porventura não é este o Cristo?
30. Saíram pois da cidade, e foram ter com ele.
31. E entretanto os seus discípulos lhe rogaram, dizendo: Rabi, come.
32. Porém ele lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis.
33. Então os discípulos diziam uns aos outros: Trouxe-lhe porventura alguém de comer?
34. Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra.
35. Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa
36. E o que ceifa recebe galardão, e ajunta fruto para a vida eterna; para que, assim o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem.
37. Porque nisto é verdadeiro o ditado, que um é o que semeia, e outro o que ceifa.
38. Eu vos enviei a ceifar onde vós não trabalhastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho.
39. E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito.
40. Indo pois ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias.
41. E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra.
42. E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo.
43. E dois dias depois partiu dali, e foi para a Galileia.
44. Porque Jesus mesmo testificou que um profeta não tem honra na sua própria pátria.
45. Chegando pois à Galileia, os galileus o receberam, vistas todas as coisas que fizera em Jerusalém no dia da festa; porque também eles tinham ido à festa.
46. Segunda vez foi Jesus a Caná da Galileia, onde da água fizera vinho. E havia ali um régulo, cujo filho estava enfermo em Cafarnaum.
47. Ouvindo este que Jesus vinha da Judeia para a Galileia, foi ter com ele, e rogou-lhe que descesse, e curasse o seu filho, porque já estava à morte.
48. Então Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e milagres, não crereis.
49. Disse-lhe o régulo: Senhor, desce, antes que meu filho morra.
50. Disse-lhe Jesus: Vai, o teu filho vive. E o homem creu na palavra que Jesus lhe disse, e foi-se.
51. E, descendo ele logo, saíram-lhe ao encontro os seus servos, e lhe anunciaram, dizendo: O teu filho vive.
52. Perguntou-lhes pois a que hora se achara melhor; e disseram-lhe: Ontem às sete horas a febre o deixou.
53. Entendeu pois o pai que era aquela hora a mesma em que Jesus lhe disse: O teu filho vive; e creu ele, e toda a sua casa.
54. Jesus fez este segundo milagre, quando ia da Judeia para a Galileia.
Capítulo 5.
1. Depois disto havia uma festa entre os judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.
2. Ora em Jerusalém há, próximo à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres.
3. Nestes jazia grande multidão de enfermos: cegos, mancos e ressicados, esperando o movimento das águas.
4. Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque; e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse.
5. E estava ali um homem que havia trinta e oito anos, se achava enfermo.
6. E Jesus, vendo este deitado; e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são?
7. O enfermo respondeu-lhe: Senhor; não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me meta no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.
8. Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma a tua cama, e anda.
9. Logo aquele homem ficou são; e tomou a sua cama, e partiu. E aquele dia era sábado.
10. Então os judeus disseram àquele que tinha sido curado: É sábado, não te é lícito levar a cama.
11. Ele respondeu-lhes: Aquele que me curou, ele próprio disse: Toma a tua cama, e anda.
12. Perguntaram-lhe pois: Quem é o homem que te disse: Toma a tua cama, e anda?
13. E o que fora curado não sabia quem era; porque Jesus se havia retirado, em razão de naquele lugar haver grande multidão
14. Depois Jesus encontrou-o no templo, e disse-lhe: Eis que já estás são; não peques mais, para que te não suceda alguma coisa pior.
15. E aquele homem foi, e anunciou aos judeus que Jesus era o que o curara.
16. E por esta causa os judeus perseguiram a Jesus, e procuravam matá-lo; porque fazia estas coisas no sábado.
17. E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.
18. Por isso, pois os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.
19. Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho faz igualmente.
20. Porque o Pai ama o Filho, e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas para que vos maravilheis.
21. Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos e os vivifica, assim também o filho vivifica aquele que quer.
22. E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo;
23. Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou.
24. Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.
25. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão.
26. Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo.
27. E deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem.
28. Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.
29. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.
30. Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou.
31. Se eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro.
32. Há outro que testifica de mim, e sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro.
33. Vós mandastes a João, e ele deu testemunho da verdade.
34. Eu, porém, não recebo testemunho de homem; mas digo isto, para que vos salveis.
35. Ele era a candeia que ardia e alumiava; e vós quisestes alegrar-vos por um pouco de tempo com a sua luz.
36. Mas eu tenho maior testemunho do que o de João; porque as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que eu faço, testificam de mim, que o Pai me enviou.
37. E o Pai, que me enviou, ele mesmo testificou de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes o seu parecer;
38. E a sua palavra não permanece em vós, porque naquele que ele enviou não credes vós.
39. Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam.
40. E não quereis vir a mim para terdes vida.
41. Eu não recebo glória dos homens;
42. Mas bem vos conheço que não tendes em vós o amor de Deus.
43. Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis.
44. Como podeis vós crer, recebendo honra uns dos outros, e não buscando a honra que vem só de Deus?
45. Não cuideis que eu vos hei-de acusar para com o Pai. Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais.
46. Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim escreveu ele.
47. Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?
Capítulo 6.
2. Ora em Jerusalém há, próximo à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres.
3. Nestes jazia grande multidão de enfermos: cegos, mancos e ressicados, esperando o movimento das águas.
4. Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque; e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse.
5. E estava ali um homem que havia trinta e oito anos, se achava enfermo.
6. E Jesus, vendo este deitado; e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são?
7. O enfermo respondeu-lhe: Senhor; não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me meta no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.
8. Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma a tua cama, e anda.
9. Logo aquele homem ficou são; e tomou a sua cama, e partiu. E aquele dia era sábado.
10. Então os judeus disseram àquele que tinha sido curado: É sábado, não te é lícito levar a cama.
11. Ele respondeu-lhes: Aquele que me curou, ele próprio disse: Toma a tua cama, e anda.
12. Perguntaram-lhe pois: Quem é o homem que te disse: Toma a tua cama, e anda?
13. E o que fora curado não sabia quem era; porque Jesus se havia retirado, em razão de naquele lugar haver grande multidão
14. Depois Jesus encontrou-o no templo, e disse-lhe: Eis que já estás são; não peques mais, para que te não suceda alguma coisa pior.
15. E aquele homem foi, e anunciou aos judeus que Jesus era o que o curara.
16. E por esta causa os judeus perseguiram a Jesus, e procuravam matá-lo; porque fazia estas coisas no sábado.
17. E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.
18. Por isso, pois os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.
19. Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho faz igualmente.
20. Porque o Pai ama o Filho, e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas para que vos maravilheis.
21. Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos e os vivifica, assim também o filho vivifica aquele que quer.
22. E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo;
23. Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou.
24. Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.
25. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão.
26. Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo.
27. E deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem.
28. Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.
29. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.
30. Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou.
31. Se eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro.
32. Há outro que testifica de mim, e sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro.
33. Vós mandastes a João, e ele deu testemunho da verdade.
34. Eu, porém, não recebo testemunho de homem; mas digo isto, para que vos salveis.
35. Ele era a candeia que ardia e alumiava; e vós quisestes alegrar-vos por um pouco de tempo com a sua luz.
36. Mas eu tenho maior testemunho do que o de João; porque as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que eu faço, testificam de mim, que o Pai me enviou.
37. E o Pai, que me enviou, ele mesmo testificou de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes o seu parecer;
38. E a sua palavra não permanece em vós, porque naquele que ele enviou não credes vós.
39. Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam.
40. E não quereis vir a mim para terdes vida.
41. Eu não recebo glória dos homens;
42. Mas bem vos conheço que não tendes em vós o amor de Deus.
43. Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis.
44. Como podeis vós crer, recebendo honra uns dos outros, e não buscando a honra que vem só de Deus?
45. Não cuideis que eu vos hei-de acusar para com o Pai. Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais.
46. Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim escreveu ele.
47. Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?
Capítulo 6.
1. Depois disto partiu Jesus para a outra banda do mar da Galileia, que é o de Tiberíades,
2. E grande multidão o seguia; porque via os sinais que operava sobre os enfermos.
3. E Jesus subiu ao monte, e assentou-se ali com os seus discípulos.
4. E a páscoa, a festa dos judeus, estava próxima.
5. Então Jesus, levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem?
6. Mas dizia isto para o experimentar; porque ele bem sabia o que havia de fazer.
7. Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco.
8. E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:
9. Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos: mas que é isto para tantos?
10. E disse Jesus: Mandai assentar os homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se pois os homens em número de quase cinco mil.
11. E Jesus tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, e os discípulos pelos que estavam assentados; e igualmente também dos peixes, quanto eles queriam.
12. E, quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.
13. Recolheram-nos pois, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido.
14. Vendo pois aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo.
15. Sabendo pois Jesus que haviam de vir arrebatá-lo, para o fazerem rei, tornou a retirar-se, ele só, para o monte.
16. E, quando veio a tarde, os seus discípulos desceram para o mar.
17. E, entrando no barco, passaram o mar em direcção a Cafarnaum; e era já escuro, e ainda Jesus não tinha chegado ao pé deles.
18. E o mar se levantou, porque um grande vento assoprava.
19. E, tendo navegado uns vinte e cinco ou trinta estádios, viram a Jesus, andando sobre o mar e aproximando-se do barco; e temeram.
20. Porém ele lhes disse: Sou eu, não temais.
21. Então eles de boa mente o receberam no barco; e logo o barco chegou à terra para onde iam.
22. No dia seguinte, a multidão, que estava da outra banda do mar, vendo que não havia ali mais do que um barquinho, e que Jesus não entrara com seus discípulos naquele barquinho mas que os seus discípulos tinham ido sós
23. (Contudo, outros barquinhos tinham chegado de Tiberíades, perto do lugar onde comeram o pão, havendo o Senhor dado graças);
24. Vendo pois a multidão que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, entraram eles também nos barcos, e foram a Cafarnaum, em busca de Jesus.
25. E, achando-o na outra banda do mar, disseram-lhe: Rabi, quando chegaste aqui?
26. Jesus respondeu-lhes, e disse: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes; mas porque comestes do pão e vos saciastes.
27. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou.
28. Disseram-lhe pois: Que faremos para executarmos as obras de Deus?
29. Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.
30. Disseram-lhe pois: Que sinal pois fazes tu, para que o vejamos, e creiamos em ti? Que operas tu?
31. Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer o pão do céu.
32. Disse-lhes pois Jesus: Na verdade, na verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.
33. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.
34. Disseram-lhe pois: Senhor, dá-nos sempre desse pão.
35. E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede.
36. Mas já vos disse que também vós me vistes, e contudo não credes.
37. Todo o que o Pai me dá virá a mim, e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.
38. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
39. E a vontade do Pai que me enviou é esta: que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia.
40. Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
41. Murmuravam pois dele os judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu.
42. E diziam: Não é este Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como pois diz ele: Desci do céu?
43. Respondeu pois Jesus e disse-lhes: Não murmureis entre vós.
44. Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer: e eu o ressuscitarei no último dia.
45. Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu vem a mim.
46. Não que alguém visse ao Pai, a não ser aquele que é de Deus: este tem visto ao Pai.
47. Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna,
48. Eu sou o pão da vida.
49. Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram.
50. Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra.
51. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre: e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.
52. Disputavam pois os judeus entre si, dizendo: Como nos pode dar este a sua carne a comer?
53. Jesus pois lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.
54. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.
55. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida.
56. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.
57. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim.
58. Este é o pão que desceu do céu: não é o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram: quem comer este pão viverá para sempre.
59. Ele disse estas coisas na sinagoga, ensinando em Cafarnaum.
60. Muitos pois dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?
61. Sabendo pois Jesus em si mesmo que os seus discípulos murmuravam disto, disse-lhes: Isto escandaliza-vos?
62. Que seria pois, se vísseis subir o Filho do homem para onde primeiro estava?
63. O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida.
64. Mas há alguns de vós que não crêem. Porque bem sabia Jesus, desde o princípio, quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de entregar.
65. E dizia: Por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se por meu Pai lhe não for concedido.
66. Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele.
67. Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos?
68. Respondeu-lhe pois Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.
69. E nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho de Deus.
70. Respondeu-lhe Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? e um de vós é um diabo.
71. E isto dizia ele de Judas Iscariotes, filho de Simão; porque este o havia de entregar, sendo um dos doze.
Capítulo 7.
2. E grande multidão o seguia; porque via os sinais que operava sobre os enfermos.
3. E Jesus subiu ao monte, e assentou-se ali com os seus discípulos.
4. E a páscoa, a festa dos judeus, estava próxima.
5. Então Jesus, levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem?
6. Mas dizia isto para o experimentar; porque ele bem sabia o que havia de fazer.
7. Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco.
8. E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:
9. Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos: mas que é isto para tantos?
10. E disse Jesus: Mandai assentar os homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se pois os homens em número de quase cinco mil.
11. E Jesus tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, e os discípulos pelos que estavam assentados; e igualmente também dos peixes, quanto eles queriam.
12. E, quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.
13. Recolheram-nos pois, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido.
14. Vendo pois aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo.
15. Sabendo pois Jesus que haviam de vir arrebatá-lo, para o fazerem rei, tornou a retirar-se, ele só, para o monte.
16. E, quando veio a tarde, os seus discípulos desceram para o mar.
17. E, entrando no barco, passaram o mar em direcção a Cafarnaum; e era já escuro, e ainda Jesus não tinha chegado ao pé deles.
18. E o mar se levantou, porque um grande vento assoprava.
19. E, tendo navegado uns vinte e cinco ou trinta estádios, viram a Jesus, andando sobre o mar e aproximando-se do barco; e temeram.
20. Porém ele lhes disse: Sou eu, não temais.
21. Então eles de boa mente o receberam no barco; e logo o barco chegou à terra para onde iam.
22. No dia seguinte, a multidão, que estava da outra banda do mar, vendo que não havia ali mais do que um barquinho, e que Jesus não entrara com seus discípulos naquele barquinho mas que os seus discípulos tinham ido sós
23. (Contudo, outros barquinhos tinham chegado de Tiberíades, perto do lugar onde comeram o pão, havendo o Senhor dado graças);
24. Vendo pois a multidão que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, entraram eles também nos barcos, e foram a Cafarnaum, em busca de Jesus.
25. E, achando-o na outra banda do mar, disseram-lhe: Rabi, quando chegaste aqui?
26. Jesus respondeu-lhes, e disse: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes; mas porque comestes do pão e vos saciastes.
27. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou.
28. Disseram-lhe pois: Que faremos para executarmos as obras de Deus?
29. Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.
30. Disseram-lhe pois: Que sinal pois fazes tu, para que o vejamos, e creiamos em ti? Que operas tu?
31. Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer o pão do céu.
32. Disse-lhes pois Jesus: Na verdade, na verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.
33. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.
34. Disseram-lhe pois: Senhor, dá-nos sempre desse pão.
35. E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede.
36. Mas já vos disse que também vós me vistes, e contudo não credes.
37. Todo o que o Pai me dá virá a mim, e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.
38. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
39. E a vontade do Pai que me enviou é esta: que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia.
40. Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
41. Murmuravam pois dele os judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu.
42. E diziam: Não é este Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como pois diz ele: Desci do céu?
43. Respondeu pois Jesus e disse-lhes: Não murmureis entre vós.
44. Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer: e eu o ressuscitarei no último dia.
45. Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu vem a mim.
46. Não que alguém visse ao Pai, a não ser aquele que é de Deus: este tem visto ao Pai.
47. Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna,
48. Eu sou o pão da vida.
49. Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram.
50. Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra.
51. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre: e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.
52. Disputavam pois os judeus entre si, dizendo: Como nos pode dar este a sua carne a comer?
53. Jesus pois lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.
54. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.
55. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida.
56. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.
57. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim.
58. Este é o pão que desceu do céu: não é o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram: quem comer este pão viverá para sempre.
59. Ele disse estas coisas na sinagoga, ensinando em Cafarnaum.
60. Muitos pois dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?
61. Sabendo pois Jesus em si mesmo que os seus discípulos murmuravam disto, disse-lhes: Isto escandaliza-vos?
62. Que seria pois, se vísseis subir o Filho do homem para onde primeiro estava?
63. O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida.
64. Mas há alguns de vós que não crêem. Porque bem sabia Jesus, desde o princípio, quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de entregar.
65. E dizia: Por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se por meu Pai lhe não for concedido.
66. Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele.
67. Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos?
68. Respondeu-lhe pois Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.
69. E nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho de Deus.
70. Respondeu-lhe Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? e um de vós é um diabo.
71. E isto dizia ele de Judas Iscariotes, filho de Simão; porque este o havia de entregar, sendo um dos doze.
Capítulo 7.
1. E depois disto Jesus andava pela Galileia, e já não queria andar pela Judeia, pois os judeus procuravam matá-lo.
2. E estava próxima a festa dos judeus, a dos tabernáculos.
3. Disseram-lhe pois seus irmãos: Sai daqui, e vai para a Judeia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes.
4. Porque não há ninguém que procure ser conhecido que faça coisa alguma em oculto. Se fazes estas coisas manifesta-te ao mundo.
5. Porque nem mesmo os seus irmãos criam nele.
6. Disse-lhes pois Jesus: Ainda não é chegado o meu tempo, mas o vosso tempo sempre está pronto.
7. O mundo não vos pode aborrecer, mas ele me aborrece a mim, porquanto dele testifico que as suas obras são más.
8. Subi vós a esta festa: eu não subo ainda a esta festa porque ainda o meu tempo não está cumprido.
9. E, havendo-lhes dito isto, ficou na Galileia.
10. Mas, quando seus irmãos tinham subido à festa, então subiu ele também não manifestamente, mas como em oculto.
11. Ora os judeus procuravam-no na festa e diziam: Onde está ele?
12. E havia grande murmuração entre a multidão a respeito dele. Diziam alguns: Ele é bom. E outros diziam: Não, antes engana o povo.
13. Todavia ninguém falava dele abertamente, por medo dos judeus.
14. Mas, no meio da festa, subiu Jesus ao templo, e ensinava.
15. E os judeus maravilhavam-se, dizendo: Como sabe este letras, não as tendo aprendido?
16. Jesus lhes respondeu, e disse: A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou.
17. Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo.
18. Quem fala de si mesmo busca a sua própria glória, mas o que busca a glória daquele que o enviou, esse é verdadeiro, e não há nele injustiça.
19. Não vos deu Moisés a lei? E nenhum de vós observa a lei. Porque procurais matar-me?
20. A multidão respondeu, e disse: Tens demónio; quem procura matar-te?
21. Respondeu Jesus e disse-lhes: Fiz uma só obra, e todos vos maravilhais.
22. Pelo motivo de que Moisés vos deu a circuncisão (não que fosse de Moisés; mas dos pais), no sábado circuncidais um homem.
23. Se o homem recebe a circuncisão no sábado, para que a lei de Moisés não seja quebrantada, indignais-vos contra mim, porque no sábado curei de todo um homem?
24. Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a recta justiça.
25. Então alguns dos de Jerusalém diziam: Não é este o que procuram matar?
26. E ei-lo aí está falando abertamente, e nada lhe dizem. Porventura sabem verdadeiramente os príncipes que este é o Cristo?
27. Todavia bem sabemos de onde este é; mas quando vier o Cristo, ninguém saberá donde ele é.
28. Clamava pois Jesus no templo, ensinando, e dizendo: Vós conheceis-me, e sabeis donde sou; e eu não vim de mim mesmo, mas aquele que me enviou é verdadeiro, o qual vós não conheceis.
29. Mas eu conheço-o, porque dele sou e ele me enviou.
30. Procuravam pois prendê-lo, mas ninguém lançou mão dele, porque ainda não era chegada a sua hora.
31. E muitos da multidão creram nele, e diziam: Quando o Cristo vier, fará ainda mais sinais do que os que este tem feito?
32. Os fariseus ouviram que a multidão murmurava dele estas coisas; e os fariseus e os principais dos sacerdotes mandaram servidores para o prenderem.
33. Disse-lhes pois Jesus: Ainda um pouco de tempo estou convosco, e depois vou para aquele que me enviou.
34. Vós me buscareis, e não me achareis; e onde eu estou vós não podeis vir.
35. Disseram pois os judeus uns para os outros: Para onde irá este, que o não acharemos? Irá porventura para os dispersos entre os gregos, e ensinará os gregos?
36. Que palavra é esta que disse: Buscar-me-eis, e não me achareis; e: Aonde eu estou vós não podeis ir?
37. E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba.
38. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre.
39. E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado.
40. Então muitos da multidão, ouvindo esta palavra diziam: Verdadeiramente este é o Profeta.
41. Outros diziam: Este é o Cristo; mas diziam outros: Vem pois o Cristo da Galileia?
42. Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de David, e de Belém, da aldeia donde era David?
43. Assim entre o povo havia dissensão por causa dele.
44. E alguns deles queriam prendê-lo, mas ninguém lançou mão dele.
45. E os servidores foram ter com os principais dos sacerdotes e fariseus; e, eles lhes perguntaram: Porque o não trouxestes?
46. Responderam os servidores: Nunca homem algum falou assim como este homem.
47. Responderam-lhe pois os fariseus: Também vós fostes enganados?
48. Creu nele porventura algum dos principais ou dos fariseus?
49. Mas esta multidão, que não sabe a lei, é maldita.
50. Nicodemos que era um deles (o que de noite fora ter com Jesus) disse-lhes:
51. Porventura condena a nossa lei um homem sem primeiro o ouvir e ter conhecimento do que faz?
52. Responderam eles, e disseram-lhe: És tu também da Galileia? Examina, e verás que da Galileia nenhum profeta surgiu.
53. E cada um foi para sua casa.
2. E estava próxima a festa dos judeus, a dos tabernáculos.
3. Disseram-lhe pois seus irmãos: Sai daqui, e vai para a Judeia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes.
4. Porque não há ninguém que procure ser conhecido que faça coisa alguma em oculto. Se fazes estas coisas manifesta-te ao mundo.
5. Porque nem mesmo os seus irmãos criam nele.
6. Disse-lhes pois Jesus: Ainda não é chegado o meu tempo, mas o vosso tempo sempre está pronto.
7. O mundo não vos pode aborrecer, mas ele me aborrece a mim, porquanto dele testifico que as suas obras são más.
8. Subi vós a esta festa: eu não subo ainda a esta festa porque ainda o meu tempo não está cumprido.
9. E, havendo-lhes dito isto, ficou na Galileia.
10. Mas, quando seus irmãos tinham subido à festa, então subiu ele também não manifestamente, mas como em oculto.
11. Ora os judeus procuravam-no na festa e diziam: Onde está ele?
12. E havia grande murmuração entre a multidão a respeito dele. Diziam alguns: Ele é bom. E outros diziam: Não, antes engana o povo.
13. Todavia ninguém falava dele abertamente, por medo dos judeus.
14. Mas, no meio da festa, subiu Jesus ao templo, e ensinava.
15. E os judeus maravilhavam-se, dizendo: Como sabe este letras, não as tendo aprendido?
16. Jesus lhes respondeu, e disse: A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou.
17. Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo.
18. Quem fala de si mesmo busca a sua própria glória, mas o que busca a glória daquele que o enviou, esse é verdadeiro, e não há nele injustiça.
19. Não vos deu Moisés a lei? E nenhum de vós observa a lei. Porque procurais matar-me?
20. A multidão respondeu, e disse: Tens demónio; quem procura matar-te?
21. Respondeu Jesus e disse-lhes: Fiz uma só obra, e todos vos maravilhais.
22. Pelo motivo de que Moisés vos deu a circuncisão (não que fosse de Moisés; mas dos pais), no sábado circuncidais um homem.
23. Se o homem recebe a circuncisão no sábado, para que a lei de Moisés não seja quebrantada, indignais-vos contra mim, porque no sábado curei de todo um homem?
24. Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a recta justiça.
25. Então alguns dos de Jerusalém diziam: Não é este o que procuram matar?
26. E ei-lo aí está falando abertamente, e nada lhe dizem. Porventura sabem verdadeiramente os príncipes que este é o Cristo?
27. Todavia bem sabemos de onde este é; mas quando vier o Cristo, ninguém saberá donde ele é.
28. Clamava pois Jesus no templo, ensinando, e dizendo: Vós conheceis-me, e sabeis donde sou; e eu não vim de mim mesmo, mas aquele que me enviou é verdadeiro, o qual vós não conheceis.
29. Mas eu conheço-o, porque dele sou e ele me enviou.
30. Procuravam pois prendê-lo, mas ninguém lançou mão dele, porque ainda não era chegada a sua hora.
31. E muitos da multidão creram nele, e diziam: Quando o Cristo vier, fará ainda mais sinais do que os que este tem feito?
32. Os fariseus ouviram que a multidão murmurava dele estas coisas; e os fariseus e os principais dos sacerdotes mandaram servidores para o prenderem.
33. Disse-lhes pois Jesus: Ainda um pouco de tempo estou convosco, e depois vou para aquele que me enviou.
34. Vós me buscareis, e não me achareis; e onde eu estou vós não podeis vir.
35. Disseram pois os judeus uns para os outros: Para onde irá este, que o não acharemos? Irá porventura para os dispersos entre os gregos, e ensinará os gregos?
36. Que palavra é esta que disse: Buscar-me-eis, e não me achareis; e: Aonde eu estou vós não podeis ir?
37. E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba.
38. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre.
39. E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado.
40. Então muitos da multidão, ouvindo esta palavra diziam: Verdadeiramente este é o Profeta.
41. Outros diziam: Este é o Cristo; mas diziam outros: Vem pois o Cristo da Galileia?
42. Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de David, e de Belém, da aldeia donde era David?
43. Assim entre o povo havia dissensão por causa dele.
44. E alguns deles queriam prendê-lo, mas ninguém lançou mão dele.
45. E os servidores foram ter com os principais dos sacerdotes e fariseus; e, eles lhes perguntaram: Porque o não trouxestes?
46. Responderam os servidores: Nunca homem algum falou assim como este homem.
47. Responderam-lhe pois os fariseus: Também vós fostes enganados?
48. Creu nele porventura algum dos principais ou dos fariseus?
49. Mas esta multidão, que não sabe a lei, é maldita.
50. Nicodemos que era um deles (o que de noite fora ter com Jesus) disse-lhes:
51. Porventura condena a nossa lei um homem sem primeiro o ouvir e ter conhecimento do que faz?
52. Responderam eles, e disseram-lhe: És tu também da Galileia? Examina, e verás que da Galileia nenhum profeta surgiu.
53. E cada um foi para sua casa.
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