Bíblia Completa Pt - Índice com todos os livros.

Índice -Bíblia Completa Pt

Génesis

Génesis 1.

Génesis 2.

Génesis 3

Bíblia Completa - Com todos os livros.

Bíblia completa pT.: Mateus 1.

Mateus 1.

Capítulos
1  a 7
8  a  14
15  a  21
22  a  28     Marcos



1. Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.
2. Abraão gerou a Isaque; e Isaque gerou a Jacó; e Jacó gerou a Judas e a seus irmãos;
3. E Judas gerou de Tamar a Fares e a Zara; e Fares gerou a Esrom; e Esrom gerou a Aarão;
4. E Aarão gerou a Aminadab; e Aminadab gerou a Naasson; e Naasson gerou a Salmon;
5. E Salmon gerou de Raáb a Booz, e Booz gerou de Rut a Obed; e Obed gerou a Jessé;
6. E Jessé gerou ao rei Daví; e o rei Daví gerou a Salomão da que foi mulher de Urias;
7. E Salomão gerou a Roboão; e Roboão gerou a Abias; e Abias gerou a Asafe;
8. E Asafe gerou a Josafá; e Josafá gerou a Jorão; e Jorão gerou a Ozias;
9. E Ozias gerou a Joatão; e Joatão gerou a Acaz; e Acaz gerou a Ezequias;
10. E Ezequias gerou a Manassés; e Manassés gerou a Amon; e Amon gerou a Josias;
11. E Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos na deportação para a Babilónia.
12. E, depois da deportação para a Babilónia, Jeconias gerou a Salatiel; e Salatiel gerou a Zorobabel.
13. E Zorobabel gerou a Abiud; e Abiud gerou a Eliaquim; e Eliaquim gerou a Azor;
14. E Azor gerou a Sadoque; e Sadoque gerou a Aquim; e Aquim gerou a Eliud;
15. E Eliud gerou a Eleazar; e Eleazar gerou a Matan; e Matan gerou a Jacó;
16. E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus que se chama o Cristo.
17. De sorte que todas as gerações desde Abraão até Daví, são catorze gerações; e desde Daví até à deportação para a Babilónia, catorze gerações; e desde a deportação para a Babilónia até Cristo, catorze gerações;
18. Ora o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo.
19. Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente.
20. E, projectando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Daví, não temas receber a Maria tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo;
21. E dará à luz um filho e chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
22. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta que diz:
23. Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e chamá-lo-ão pelo nome de Emanuel, que traduzido é: Deus connosco.
24. E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher;
25. E não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogénito, e pôs-lhe por nome Jesus.

Capítulo 2.




1. E, tendo nascido Jesus, em Belém de Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém,
2. Dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no oriente e viemos a adorá-lo.
3. E o rei Herodes, ouvindo isto, perturbou-se, e toda Jerusalém com ele.
4. E, congregados todos os príncipes dos sacerdotes, e os escribas do povo, perguntou-lhes onde havia de nascer o Cristo.
5. E eles lhe disseram: Em Belém de Judeia; porque assim está escrito pelo profeta
6. E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há-de apascentar o meu povo de Israel.
7. Então Herodes, chamando secretamente os magos, inquiriu exactamente deles acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera.
8. E, enviando-os a Belém, disse: Ide, e perguntai diligentemente pelo menino, e, quando o achardes, participai-mo, para que também eu vá e o adore.
9. E, tendo eles ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela, que tinham visto no oriente, ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino.
10. E, vendo eles a estrela, alegraram-se muito com grande alegria.
11. E, entrando na casa acharam o menino com Maria sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, lhe ofertaram dádivas: ouro, incenso e mirra.
12. E, sendo por divina revelação avisados em sonhos para que não voltassem para junto de Herodes, partiram para a sua terra por outro caminho.
13. E, tendo-se eles retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos, dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egipto, e demora-te lá até que eu te diga: porque Herodes há-de procurar o menino para o matar.
14. E, levantando-se ele, tomou o menino e sua mãe de noite, e foi para o Egipto.
15. E esteve lá até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta que diz: Do Egipto chamei o meu Filho.
16. Então Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito, e mandou matar todos os meninos que havia em Belém, e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos.
17. Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias, que diz:
18. Em Ramá se ouviu uma voz, lamentação, choro e grande pranto: Raquel chorando os seus filhos, e não querendo ser consolada, porque já não existem.
19. Morto porém Herodes, eis que o anjo do Senhor apareceu num sonho a José no Egipto,
20. Dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e vai para a terra de Israel; porque já estão mortos os que procuravam a morte do menino.
21. Então ele se levantou, e tomou o menino e sua mãe, e foi para a terra de Israel.
22. E, ouvindo que Arquelau reinava na Judeia em lugar de Herodes, seu pai, receou ir para lá: mas avisado em sonhos por divina revelação, foi para as partes da Galileia.
23. E chegou, e habitou numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno.

Capítulo 3.




1. E naqueles dias apareceu João Baptista pregando no deserto da Judeia,
2. E dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.
3. Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que disse: Voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
4. E este João tinha o seu vestido de pêlos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre.
5. Então ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judeia, e toda a província adjacente ao Jordão;
6. E eram por ele baptizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.
7. E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu baptismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?
8. Produzi pois frutos dignos de arrependimento;
9. E não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.
10. E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo.
11. E eu, em verdade, vos baptizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos baptizará com o Espírito Santo, e com fogo.
12. Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará.
13. Então veio Jesus da Galileia ter com João, junto do Jordão, para ser baptizado por ele.
14. Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser baptizado por ti,e vens tu a mim?
15. Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu.
16. E, sendo Jesus baptizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.
17. E eis que uma voz dos céus, dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.


Capítulo 4.




1. Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
2. E, tendo jejuado quarenta dias, e quarenta noites, depois teve fome;
3. E chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.
4. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.
5. Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo,
6. E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito; e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra.
7. Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.
8. Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles.
9. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
10. Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus adorarás, e só a ele servirás.
11. Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram.
12. Jesus, porém, ouvindo que João estava preso, voltou para a Galileia;
13. E, deixando Nazaré, foi habitar em Capernaum, cidade marítima, nos confins de Zabulon e Naftali;
14. Para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías, que diz:
15. A terra de Zabulon, e a terra de Naftali, junto ao caminho do mar, além do Jordão, a Galileia das nações.
16. O povo, que estava assentado em trevas, viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou.
17. Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.
18. E Jesus, andando junto ao mar da Galileia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores;
19. E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.
20. Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no.
21. E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai Zebedeu, consertando as redes; e chamou-os;
22. Eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.
23. E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o Evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.
24. E a sua fama correu por toda a Síria, e traziam-lhe todos os que padeciam, acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos, e os paralíticos, e ele os curava.
25. E seguia-o uma grande multidão da Galileia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judeia, e de além do Jordão.

Capítulo 5.




1. E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos;
2. E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
3. Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
4. Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
5. Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
6. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
7. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
8. Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
9. Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
10. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
11. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.
12. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.
13. Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há-de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.
14. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
15. Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
16. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.
17. Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir.
18. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.
19. Qualquer pois que violar um destes mais pequenos mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.
20. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.
21. Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.
22. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.
23. Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
24. Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem e apresenta a tua oferta.
25. Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão.
26. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil.
27. Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.
28. Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.
29. Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.
30. E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.
31. Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, dê-lhe carta de desquite.
32. Eu, porém, vos digo, que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa da prostituição faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.
33. Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás teus juramentos ao Senhor.
34. Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis: nem pelo céu, porque é o trono de Deus;
35. Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei;
36. Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.
37. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não, porque o que passa disto é de procedência maligna.
38. Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente.
39. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;
40. E ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te o vestido, larga-lhe também a capa;
41. E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.
42. Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.
43. Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e aborrecerás o teu inimigo.
44. Eu, porém vos digo: Amai a vossos inimigos, bem-dizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem;
45. Para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.
46. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão havereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?
47. E, se saudares unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim?
48. Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.

Capítulo 6.




1. Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles: aliás não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.
2. Quando pois deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
3. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita;
4. Para que a tua esmola seja dada ocultamente: teu Pai, que vê em segredo, te recompensará publicamente.
5. E, quando orares, não sejas como os hipócritas: pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
6. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento, e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em oculto; e teu Pai que vê secretamente, te recompensará.
7. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos.
8. Não vos assemelheis pois a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.
9. Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
10. Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
11. O pão nosso de cada dia nos dá hoje;
12. E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
13. E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amem.
14. Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós;
15. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.
16. E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram os seus rostos, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
17. Porém tu, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto,
18. Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em oculto; e teu Pai, que vê em oculto, te recompensará.
19. Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
20. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
21. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
22. A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz;
23. Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!
24. Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há-de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamon.
25. Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento e o corpo mais do que o vestido?
26. Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
27. E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?
28. E, quanto ao vestido, porque andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem: não trabalham nem fiam;
29. E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
30. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?
31. Não andeis pois inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?
32. Porque todas estas coisas os gentios procuram. De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;
33. Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
34. Não vos inquieteis pois pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.

Capítulo 7.




1. Não julgueis, para que não sejais julgados.
2. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão-de medir a vós.
3. E porque reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?
4. Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho; estando uma trave no teu?
5. Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.
6. Não deis aos cães as coisas santas, nem deites aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés, e, voltando-se vos despedacem.
7. Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.
8. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca encontra; e, ao que bate, se abre.
9. E qual de entre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra?
10. E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente?
11. Se, vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhos pedirem?
12. Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.
13. Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;
14. E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.
15. Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.
16. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
17. Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus.
18. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons.
19. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.
20. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.
21. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
22. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizámos nós em teu nome? E em teu nome não expulsámos demónios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
23. E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.
24. Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;
25. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
26. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.
27. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.
28. E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso,a multidão se admirou da sua doutrina;
29. Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas.


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