Bíblia Completa Pt - Índice com todos os livros.

Índice -Bíblia Completa Pt

Génesis

Génesis 1.

Génesis 2.

Génesis 3

Bíblia Completa - Com todos os livros.

Bíblia completa pT.: Mateus 22.

Mateus 22.

Capítulos
1  a 7
8  a  14
15  a  21
22  a  28      Marcos



1. Então Jesus, tomando a palavra, tornou a falar-lhes em parábolas, dizendo:
2. O reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho;
3. E enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas, e estes não quiseram vir.
4. Depois enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas.
5. Porém eles, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o seu tráfico;
6. E os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram.
7. E o rei, tendo notícia disto, encolerizou-se e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade.
8. Então diz aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos.
9. Ide pois às saídas dos caminhos, e convidai para as bodas a todos os que encontrardes.
10. E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial foi cheia de convidados.
11. E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com vestido de núpcias,
12. E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo vestido nupcial? E ele emudeceu.
13. Disse então o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o, e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.
14. Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.
15. Então, retirando-se os fariseus, consultaram entre si como o surpreenderiam nalguma palavra;
16. E enviaram-lhe os seus discípulos, com os herodianos, dizendo: Mestre, bem sabemos que és verdadeiro, e ensinas o caminho de Deus, segundo a verdade, e de ninguém se te dá, porque não olhas à aparência dos homens.
17. Diz-nos, pois, que te parece? É lícito pagar o tributo a César, ou não?
18. Jesus, porém, conhecendo a sua malícia, disse: Porque me experimentais, hipócritas?
19. Mostrai-me a moeda do tributo. E eles lhe apresentaram um dinheiro.
20. E ele diz-lhes: De quem é esta efígie e esta inscrição?
21. Dizem-lhe eles: De César. Então ele lhes diz: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.
22. E eles, ouvindo isto, maravilharam-se, e, deixando-o, se retiraram.
23. No mesmo dia chegaram junto dele os saduceus, que dizem não haver ressurreição, e o interrogaram,
24. Dizendo: Mestre, Moisés disse: Se morrer alguém, não tendo filhos, casará o seu irmão com a mulher dele, e suscitará descendência a seu irmão.
25. Ora houve entre nós sete irmãos; e o primeiro, tendo casado, morreu, e, não tendo descendência, deixou sua mulher a seu irmão.
26. Da mesma sorte o segundo, e o terceiro, até ao sétimo;
27. Por fim, depois de todos, morreu também a mulher.
28. Portanto, na ressurreição, de qual dos sete será a mulher, visto que todos a possuíram?
29. Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus;
30. Porque na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu.
31. E, acerca da ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou, dizendo:
32. Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Ora Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos.
33. E as turbas, ouvindo isto, ficaram maravilhadas da sua doutrina.
34. E os fariseus, ouvindo que ele fizera emudecer os saduceus, reuniram-se no mesmo lugar.
35. E um deles, doutor da lei, interrogou-o para o experimentar, dizendo:
36. Mestre, qual é o grande mandamento na lei?
37. E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
38. Este é o primeiro e grande mandamento.
39. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
40. Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas.
41. E, estando reunidos os fariseus, interrogou-os Jesus,
42. Dizendo: Que pensais vós do Cristo? De quem é filho? Eles disseram-lhe: De Davi.
43. Disse-lhes ele: Como é então que Davi, em espírito, lhe chama Senhor, dizendo:
44. Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés.
45. Se Davi pois lhe chama Senhor, como é seu filho?
46. E ninguém podia responder-lhe uma palavra: nem desde aquele dia ousou mais alguém interrogá-lo.

Capítulo 23.



1. Então falou Jesus à multidão, e aos seus discípulos,
2. Dizendo: Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus.
3. Observai e praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não praticam;
4. Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los;
5. E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largas filactérias, e alargam as franjas dos seus vestidos.
6. E amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas,
7. E as saudações nas praças, e o serem chamados, pelos homens - Rabi, Rabi.
8. Vós porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos.
9. E a ninguém na terra chameis vosso Pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus.
10. Nem vos chameis mestres, porque um só é vosso Mestre, que é o Cristo.
11. Porém o maior de entre vós será vosso servo.
12. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado.
13. Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.
14. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que devorais as casas das viúvas, sob pretexto de prolongadas orações; por isso sofrereis mais rigoroso juízo.
15. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.
16. Ai de vós, condutores cegos! Pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo esse é devedor.
17. Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro, ou o templo, que santifica o ouro?
18. E aquele que jurar pelo altar isto nada é; mas o que jurar pela oferta que está sobre o altar, esse é devedor.
19. Insensatos e cegos! Pois qual é maior: a oferta ou o altar, que santifica a oferta?
20. Portanto, o que jurar pelo altar jura por ele e por tudo o que sobre ele está;
21. E o que jurar pelo templo jura por ele e por aquele que nele habita;
22. E o que jurar pelo céu jura pelo trono de Deus e por aquele que está assentado nele.
23. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.
24. Condutores cegos! Que coais um mosquito e engolis um camelo.
25. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de iniquidade.
26. Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo.
27. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia.
28. Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.
29. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos,
30. E dizeis: Se, existíssemos no tempo de nossos pais, nunca nos associaríamos com eles para derramar o sangue dos profetas.
31. Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas.
32. Enchei vós pois a medida de vossos pais.
33. Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?
34. Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas; e a uns deles matareis e crucificareis; e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade;
35. Para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que mataste entre o santuário e o altar.
36. Em verdade vos digo que todas estas coisas hão-de vir sobre esta geração.
37. Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!
38. Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta;
39. Porque eu vos digo que desde agora me não vereis mais, até que digais: Bem-dito o que vem em nome do Senhor.

Capítulo 24.



1. E quando Jesus ia saindo do templo, aproximaram-se dele os seus discípulos para lhe mostrarem a estrutura do templo.
2. Jesus, porém lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.
3. E, estando assentado no monte das oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Diz-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?
4. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane;
5. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
6. E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim.
7. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terramotos, em vários lugares.
8. Mas todas estas coisas são o princípio de dores.
9. Então vos hão-de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome.
10. Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão.
11. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.
12. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.
13. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.
14. E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim.
15. Quando pois virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda;
16. Então, os que estiverem na Judeia, fujam para os montes;
17. E quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua casa,
18. E quem estiver no campo não volte atrás a buscar os seus vestidos.
19. Mas ai das grávidas e das que amamentam naqueles dias!
20. E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado;
21. Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há-de haver.
22. E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias.
23. Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito;
24. Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.
25. Eis que eu vo-lo tenho predito.
26. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis.
27. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem.
28. Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias.
29. E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas.
30. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.
31. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.
32. Aprendei pois esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão.
33. Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo às portas.
34. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.
35. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão-de passar.
36. Porém daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas unicamente meu Pai.
37. E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem.
38. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,
39. E não o perceberam, até que veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem.
40. Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro;
41. Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra.
42. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há-de vir o vosso Senhor;
43. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa.
44. Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há-de vir à hora em que não penseis
45. Quem é pois o servo fiel e prudente, que o Senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo?
46. Bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando vier, achar servindo assim.
47. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens.
48. Porém, se aquele mau servo disser consigo: O meu Senhor tarde virá;
49. E começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os temulentos,
50. Virá o Senhor daquele servo num dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe,
51. E separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes.

Capítulo 25.



1. Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas; saíram ao encontro do esposo,
2. E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas.
3. As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.
4. Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.
5. E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram.
6. Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.
7. Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas.
8. E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam.
9. Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós.
10. E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
11. E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos.
12. E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.
13. Vigiai pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há-de vir.
14. Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens;
15. E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe.
16. E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos.
17. Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois;
18. Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.
19. E muito tempo depois veio o Senhor daqueles servos, e fez contas com eles.
20. Então aproximou-se o que recebera cinco talentos, e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que granjeei com eles.
21. E o seu Senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor.
22. E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles granjeei outros dois talentos.
23. Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor.
24. Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste;
25. E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.
26. Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabes que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei;
27. Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros.
28. Tirai-lhe pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos.
29. Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado.
30. Lançai pois o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.
31. E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória;
32. E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas;
33. E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.
34. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, bem-ditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
35. Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
36. Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me.
37. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?
38. E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? Ou nu, e te vestimos?
39. E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?
40. E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
41. Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
42. Porque tive fome, e não me destes de comer, tive sede, e não me destes de beber.
43. Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.
44. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?
45. Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
46. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.

Capítulo 26.



1. E aconteceu que, quando Jesus concluiu todos estes discursos, disse aos seus discípulos:
2. Bem sabeis que daqui a dois dias é a Páscoa; e o Filho do homem será entregue para ser crucificado.
3. Depois os príncipes dos sacerdotes, e os escribas, e os anciãos do povo reuniram-se na sala do sumo sacerdote, o qual se chamava Caifaz,
4. E consultaram-se mutuamente para prenderem Jesus com dolo e o matarem.
5. Mas diziam: Não durante a festa, para que não haja alvoroço entre o povo.
6. E, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso,
7. Aproximou-se dele uma mulher com um vaso de alabastro, com unguento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando ele estava assentado à mesa.
8. E os seus discípulos, vendo isto, indignaram-se, dizendo: Porque é este desperdício?
9. Pois este unguento podia vender-se por grande preço, e dar-se o dinheiro aos pobres.
10. Jesus, porém, conhecendo isto, disse-lhes: Porque afligis esta mulher? pois praticou uma boa acção para comigo.
11. Porquanto sempre tendes convosco os pobres, mas a mim não me haveis de ter sempre.
12. Ora, derramando ela este unguento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu enterramento.
13. Em verdade vos digo que, onde quer que este Evangelho for pregado, em todo o mundo, também será referido o que ela fez, para memória sua.
14. Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes,
15. E disse: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata,
16. E desde então buscava oportunidade para o entregar.
17. E, no primeiro dia da festa dos pães asmos, chegaram os discípulos junto de Jesus, dizendo: Onde queres que façamos os preparativos para comeres a páscoa?
18. E ele disse: Ide à cidade a um certo homem, e dizei-lhe: O Mestre diz: O meu tempo está próximo; em tua casa celebrarei a páscoa com os meus discípulos.
19. E os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara, e prepararam a páscoa.
20. E, chegada a tarde, assentou-se à mesa com os doze.
21. E, comendo eles, disse: Em verdade vos digo que um de vós me há-de trair.
22. E eles, entristecendo-se muito, começaram cada um a dizer-lhe: Porventura sou eu, Senhor?
23. E ele, respondendo, disse: O que mete comigo a mão no prato, esse me há-de trair.
24. Em verdade o Filho do homem vai, como acerca dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Bom seria para esse homem se não houvera nascido.
25. E, respondendo Judas, o que o traía, disse: Porventura sou eu, Rabi? Ele disse: Tu o disseste.
26. E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
27. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos;
28. Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.
29. E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele dia em que o beba de novo convosco no reino de meu Pai.
30. E, tendo cantado o hino, saíram para o monte das Oliveiras.
31. Então Jesus lhes disse: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão.
32. Mas, depois de eu ressuscitar, irei adiante de vós para a Galileia.
33. Mas Pedro, respondendo, disse-lhe: Ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei.
34. Disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, três vezes me negarás.
35. Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja mister morrer contigo, não te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo.
36. Então chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsemane, e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui enquanto eu vou além orar.
37. E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu; começou a entristecer-se e a angustiar-se muito.
38. Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui, e velai comigo.
39. E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.
40. E voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então nem uma hora pudeste velar comigo?
41. Vigiai e orai, para que não entreis em tentação: na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.
42. E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai Meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade.
43. E, voltando, achou-os outra vez adormecidos; porque os seus olhos estavam carregados.
44. E deixando-os de novo, foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras.
45. Então chegou junto dos seus discípulos, e disse-lhes: Dormi agora, e repousai; eis que é chegada a hora, e o Filho do homem será entregue nas mãos dos pecadores.
46. Levantai-vos, partamos; eis que é chegado o que me trai.
47. E, estando ele ainda a falar, eis que chegou Judas, um dos doze, e com ele grande multidão com espadas e varapaus, enviada pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos do povo.
48. E o que o traía tinha-lhes dado um sinal, dizendo: O que eu beijar é esse; prendei-o.
49. E logo, aproximando-se de Jesus, disse: Eu te saúdo Rabi. E beijou-o.
50. Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que vieste? Então, aproximando-se eles, lançaram mão de Jesus, e o prenderam.
51. E eis que um dos que estavam com Jesus, estendeu a mão, puxou da espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe uma orelha.
52. Então Jesus disse-lhe: Mete no seu lugar a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada à espada morrerão.
53. Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos?
54. Como pois se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça?
55. Então disse Jesus à multidão: Saístes, como para um salteador, com espadas e varapaus para me prender? Todos os dias me assentava junto de vós, ensinando no templo, e não me prendestes.
56. Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas. Então todos os discípulos, deixando-o, fugiram.
57. E, os que prenderam a Jesus, o conduziram a casa do sumo sacerdote Caifaz, onde os escribas e os anciãos estavam reunidos.
58. E Pedro o seguiu de longe até ao pátio do sumo sacerdote e, entrando, assentou-se entre os criados, para ver o fim.
59. Ora os príncipes dos sacerdotes, e os anciãos, e todo o conselho, buscavam falso testemunho contra Jesus, para poderem dar-lhe a morte,
60. E não o achavam, apesar de se apresentarem muitas testemunhas falsas; mas por fim chegaram duas,
61. E disseram: Este disse: Eu posso derribar o templo de Deus, e reedificá-lo em três dias.
62. E, levantando-se o sumo sacerdote, disse-lhe: Não respondes coisa alguma ao que estes depõem contra ti?
63. Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.
64. Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu.
65. Então o sumo sacerdote rasgou os seus vestidos, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes agora a sua blasfémia.
66. Que vos parece? E eles, respondendo, disseram: É réu de morte.
67. Então cuspiram-lhe no rosto e lhe davam punhadas, e outros o esbofeteavam,
68. Dizendo: Profetiza-nos, Cristo, quem é que te bateu?
69. Ora Pedro estava assentado fora, no pátio; e, aproximando-se dele uma criada, disse: Tu também estavas com Jesus, o galileu.
70. Mas ele negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes.
71. E, saindo para o vestíbulo, outra criada o viu, e disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o nazareno.
72. E ele negou outra vez com juramento: Não conheço tal homem.
73. E, daí a pouco, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente também tu és deles, pois a tua fala te denuncia.
74. Então começou ele a praguejar e a jurar, dizendo: Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou.
75. E lembrou-se Pedro das palavras de Jesus, que lhe dissera: Antes que o galo cante, três vezes me negarás. E, saindo dali, chorou amargamente.

Capítulo 27.



1. E, chegando a manhã, todos os príncipes dos sacerdotes, e os anciãos do povo, formaram juntamente conselho contra Jesus, para o matarem;
2. E maniatando-o, o levaram e entregaram ao presidente Pôncio Pilatos.
3. Então Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos,
4. Dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo.
5. E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar.
6. E os príncipes dos sacerdotes, tomando as moedas de prata, disseram: Não é lícito metê-las no cofre das ofertas, porque são preço de sangue.
7. E, tendo, deliberado em conselho, compraram com elas o campo dum oleiro, para sepultura dos estrangeiros.
8. Por isso foi chamado aquele campo até ao dia de hoje, Campo de sangue.
9. Então se realizou o que vaticinara o profeta Jeremias: Tomaram as trinta moedas de prata, preço do que foi avaliado, que certos filhos de Israel avaliaram.
10. E deram-nas pelo campo do oleiro, segundo o que o Senhor determinou.
11. E foi Jesus apresentado ao presidente, e o presidente o interrogou, dizendo: És tu o rei dos Judeus? E disse-lhe Jesus: Tu o dizes.
12. E, sendo acusado pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu.
13. Disse-lhe então Pilatos: Não ouves quanto testificam contra ti?
14. E nem uma palavra lhe respondeu, de sorte que o presidente estava muito maravilhado.
15. Ora, por ocasião da festa, costumava o presidente soltar um preso, escolhendo o povo aquele que quisesse.
16. E tinham então um preso bem conhecido, chamado Barrabás.
17. Portanto, estando eles reunidos, disse-lhes Pilatos: Qual quereis que vos solte? Barrabás, ou Jesus, chamado Cristo?
18. Porque sabia que por inveja o haviam entregado.
19. E, estando ele assentado no tribunal, sua mulher mandou-lhe dizer: Não entres na questão desse justo, porque num sonho muito sofri por causa dele.
20. Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram à multidão que pedisse Barrabás e matasse Jesus.
21. E, respondendo o presidente, disse-lhes: Qual desses dois quereis vós que eu solte? E eles disseram: Barrabás.
22. Disse-lhes Pilatos: Que farei então de Jesus, chamado Cristo? Disseram-lhe todos: Seja crucificado.
23. O presidente, porém, disse: Mas que mal fez ele? E eles mais clamavam, dizendo: Seja crucificado.
24. Então Pilatos, vendo que nada aproveitava, antes o tumulto crescia, tomando água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: Estou inocente do sangue deste justo; considerai isso.
25. E, respondendo todo o povo, disse: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos.
26. Então soltou-lhes Barrabás, e, tendo mandado açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado.
27. E logo os soldados do presidente conduzindo Jesus à audiência, reuniram junto dele toda a coorte.
28. E despindo-o, o cobriram com uma capa de escarlata;
29. E, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça, e em sua mão direita uma cana; e, ajoelhando diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, Rei dos judeus.
30. E, cuspindo nele, tiraram-lhe a cana, e batiam-lhe com ela na cabeça.
31. E, depois de o haverem escarnecido, tiraram-lhe a capa, vestiram-lhe as suas vestes e o levaram para ser crucificado
32. E, quando saíam, encontraram um homem cireneu, chamado Simão, a quem constrangeram a levar a sua cruz.
33. E, chegando ao lugar chamado Gólgota, que se diz: Lugar da Caveira,
34. Deram-lhe a beber vinho misturado com fel; mas ele, provando-o, não quis beber.
35. E, havendo-o crucificado, repartiram os seus vestidos, lançando sortes, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta: Repartiram entre si os meus vestidos, e sobre a minha túnica lançaram sortes.
36. E, assentados, o guardavam ali.
37. E por cima da sua cabeça puseram escrita a sua acusação: Este é Jesus, o Rei dos Judeus.
38. E foram crucificados com ele dois salteadores, um à direita, e outro à esquerda.
39. E os que passavam blasfemavam dele, meneando as cabeças,
40. E dizendo: Tu, que destróis o templo, e em três dias o reedificas, salva-te a ti mesmo; se és Filho de Deus, desce da cruz.
41. E da mesma maneira também os príncipes dos sacerdotes, com os escribas, e anciãos, e fariseus, escarnecendo, diziam:
42. Salvou os outros, e a si mesmo não pode salvar-se. Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz, e creremos nele ;
43. Confiou em Deus; livre-o agora, se o ama; porque disse: Sou Filho de Deus.
44. E o mesmo lhe lançaram também em rosto os salteadores que com ele estavam crucificados.
45. E desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra, até à hora nona.
46. E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lama sabactani; isto é, Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?
47. E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Este chama por Elias.
48. E logo um deles, correndo, tomou uma esponja, e embebeu-a em vinagre, e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber.
49. Os outros, porém, diziam: Deixa, vejamos se Elias vem livrá-lo.
50. E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito.
51. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras,
52. E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados.
53. E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele entraram na cidade santa e apareceram a muitos.
54. E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terramoto, e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor, e disseram: verdadeiramente este era o Filho de Deus.
55. E estavam ali olhando de longe, muitas mulheres que tinham seguido Jesus desde a Galileia, para o servir,
56. Entre as quais estavam Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.
57. E vinda já a tarde, chegou um homem rico de Arimateia, por nome José, que também era discípulo de Jesus.
58. Este foi ter com Pilatos, e pediu-lhe o corpo de Jesus. Então Pilatos mandou que o corpo lhe fosse dado.
59. E José, tomando o corpo, envolveu-o num fino e limpo lençol.
60. E o pôs no seu sepulcro novo, que havia aberto em rocha, e, rodando uma grande pedra para a porta do sepulcro, foi-se.
61. E estavam ali Maria Madalena e a outra Maria, assentadas defronte do sepulcro.
62. E no dia seguinte, que é o dia da Preparação, reuniram-se os príncipes dos sacerdotes e os fariseus em casa de Pilatos,
63. Dizendo: Senhor, lembramo-nos de que aquele enganador, vivendo ainda, disse: Depois de três dias ressuscitarei.
64. Manda pois que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia não se dê o caso que os seus discípulos vão de noite e o furtem, e digam ao povo: Ressuscitou dos mortos; e assim o último erro será pior do que o primeiro.
65. Disse-lhes Pilatos: Tendes a guarda; ide, guardai-o como entenderdes.
66. E, indo eles, seguraram o sepulcro com a guarda, selando a pedra.

Capítulo 28.



1. E, no fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro;
2. E eis que houvera um grande terramoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou removendo a pedra, e sentou-se sobre ela.
3. E o seu aspecto era como um relâmpago, e o seu vestido branco como neve.
4. E os guardas com medo dele, ficaram muito assombrados, e como mortos.
5. Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado.
6. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia.
7. Ide pois imediatamente, e dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dos mortos. E eis que ele vai adiante de vós para a Galileia; ali o vereis. Eis que eu vo-lo tenho dito.
8. E, saindo elas pressurosamente do sepulcro, com temor e grande alegria, correram a anunciá-lo aos seus discípulos.
9. E, indo elas, eis que Jesus lhes sai ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo. E elas, chegando, abraçaram os seus pés, e o adoraram.
10. Então Jesus disse-lhes: Não temais; ide dizer a meus irmãos que vão a Galileia, e lá me verão:
11. E, quando iam, eis que alguns da guarda, chegando à cidade, anunciaram aos príncipes dos sacerdotes, todas as coisas que haviam acontecido.
12. E, congregados eles com os anciãos, e tomando conselho entre si, deram muito dinheiro aos soldados, dizendo:
13. Dizei: Vieram de noite os seus discípulos, e, dormindo nós, o furtaram.
14. E, se isto chegar a ser ouvido pelo presidente, nós o persuadiremos, e vos poremos em segurança.
15. E eles recebendo o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. E foi divulgado este dito entre os judeus, até ao dia de hoje.
16. E os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha designado.
17. E, quando o viram o adoraram; mas alguns duvidaram.
18. E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
19. Portanto ide, ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai, e do filho e do Espírito Santo;
20. Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amem.

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