1. E sucedeu que, depois de muitos dias, a palavra do Senhor veio a Elias no terceiro ano, dizendo: Vai e mostra-te a Acabe, porque darei chuva sobre a terra.
2. E foi Elias mostrar-se a Acabe; e a fome era extrema em Samaria.
3. E Acabe chamou a Obadias, o mordomo. (Obadias temia muito ao Senhor,
4. Porque sucedeu que, destruindo Jezabel os profetas do Senhor, Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em cinquenta os escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e água.)
5. E disse Acabe a Obadias: Vai pela terra a todas as fontes de água e a todos os rios; pode ser que achemos erva, para que em vida conservemos os cavalos e mulas e não estejamos privados dos animais.
6. E repartiram entre si a terra, para passarem por ela; Acabe foi à parte por um caminho, e Obadias também foi à parte por outro caminho.
7. Estando, pois, Obadias já em caminho, eis que Elias o encontrou; e, conhecendo-o ele, prostrou-se sobre o seu rosto e disse: És tu o meu senhor Elias?
8. E disse-lhe ele: Eu sou; vai e dize a teu senhor: Eis que aqui está Elias.
9. Porém ele disse: Em que pequei, para que entregues teu servo na mão de Acabe, para que me mate?
10. Vive o Senhor, teu Deus, que não houve nação nem reino aonde o meu senhor não mandasse em busca de ti; e dizendo eles: Aqui não está, então, ajuramentava os reinos e as nações, se eles te não tinham achado.
11. E, agora, dizes tu: Vai, dize a teu senhor: Eis que aqui está Elias.
12. E poderia ser que, apartando-me eu de ti, o Espírito do Senhor te tomasse, não sei para onde, e, vindo eu a dar as novas a Acabe, e não te achando ele, me mataria; porém eu, teu servo, temo ao Senhor desde a minha mocidade.
13. Porventura, não disseram a meu senhor o que fiz, quando Jezabel matava os profetas do Senhor, como escondi a cem homens dos profetas do Senhor, de cinquenta em cinquenta, numas covas, e os sustentei com pão e água?
14. E, agora, dizes tu: Vai e dize a teu senhor: Eis que aqui está Elias; ele me mataria.
15. E disse Elias: Vive o Senhor dos Exércitos, perante cuja face estou, que deveras hoje me mostrarei a ele.
16. Então, foi Obadias encontrar-se com Acabe e lho anunciou; e foi Acabe encontrar-se com Elias.
17. E sucedeu que, vendo Acabe a Elias, disse-lhe Acabe: És tu o perturbador de Israel?
18. Então, disse ele: Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor e seguistes os baalins.
19. Agora, pois, envia, ajunta a mim todo o Israel no monte Carmelo, como também os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas de Asera, que comem da mesa de Jezabel.
20. Então, enviou Acabe os mensageiros a todos os filhos de Israel e ajuntou os profetas no monte Carmelo.
21. Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o. Porém o povo lhe não respondeu nada.
22. Então, disse Elias ao povo: Só eu fiquei por profeta do Senhor, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta homens.
23. Dêem-se-nos, pois, dois bezerros, e eles escolham para si um dos bezerros, e o dividam em pedaços, e o ponham sobre a lenha, porém não lhe metam fogo, e eu prepararei o outro bezerro, e o porei sobre a lenha, e não lhe meterei fogo.
24. Então, invocai o nome do vosso deus, e eu invocarei o nome do Senhor; e há de ser que o deus que responder por fogo esse será Deus. E todo o povo respondeu e disse: É boa esta palavra.
25. E disse Elias aos profetas de Baal: Escolhei para vós um dos bezerros, e preparai-o primeiro, porque sois muitos, e invocai o nome do vosso deus, e não lhe metais fogo.
26. E tomaram o bezerro que lhes dera e o prepararam; e invocaram o nome de Baal, desde a manhã até ao meio-dia, dizendo: Ah! Baal, responde-nos! Porém nem havia voz, nem quem respondesse; e saltavam sobre o altar que se tinha feito.
27. E sucedeu que, ao meio-dia, Elias zombava deles e dizia: Clamai em altas vozes, porque ele é um deus; pode ser que esteja falando, ou que tenha alguma coisa que fazer, ou que intente alguma viagem; porventura, dorme e despertará.
28. E eles clamavam a grandes vozes e se retalhavam com facas e com lancetas, conforme o seu costume, até derramarem sangue sobre si.
29. E sucedeu que, passado o meio-dia, profetizaram eles, até que a oferta de manjares se oferecesse; porém não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma.
30. Então, Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; e reparou o altar do Senhor, que estava quebrado.
31. E Elias tomou doze pedras, conforme o número das tribos dos filhos de Jacó, ao qual veio a palavra do Senhor, dizendo: Israel será o teu nome.
32. E com aquelas pedras edificou o altar em nome do Senhor; depois, fez um rego em redor do altar, segundo a largura de duas medidas de semente.
33. Então, armou a lenha, e dividiu o bezerro em pedaços, e o pôs sobre a lenha,
34. E disse: Enchei de água quatro cântaros e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha. E disse: Fazei-o segunda vez; e o fizeram segunda vez. Disse ainda: Fazei-o terceira vez; e o fizeram terceira vez,
35. De maneira que a água corria ao redor do altar, e ainda até o rego encheu de água.
36. Sucedeu, pois, que, oferecendo-se a oferta de manjares, o profeta Elias se chegou e disse: Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme a tua palavra fiz todas estas coisas.
37. Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo conheça que tu, Senhor, és Deus e que tu fizeste tornar o seu coração para trás.
38. Então, caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.
39. O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!
40. E Elias lhes disse: Lançai mão dos profetas de Baal, que nenhum deles escape. E lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou.
41. Então, disse Elias a Acabe: Sobe, come e bebe, porque ruído há de uma abundante chuva.
42. E Acabe subiu a comer e a beber; mas Elias subiu ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra, e meteu o seu rosto entre os seus joelhos.
43. E disse ao seu moço: Sobe agora e olha para a banda do mar. E subiu, e olhou, e disse: Não há nada. Então, disse ele: Torna lá sete vezes.
44. E sucedeu que, à sétima vez, disse: Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar. Então, disse ele: Sobe e dize a Acabe: Aparelha o teu carro e desce, para que a chuva te não apanhe.
45. E sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento, e veio uma grande chuva; e Acabe subiu ao carro e foi para Jezreel.
46. E a mão do Senhor estava sobre Elias, o qual cingiu os lombos, e veio correndo perante Acabe, até à entrada de Jezreel.
Capítulo 19.
2. E foi Elias mostrar-se a Acabe; e a fome era extrema em Samaria.
3. E Acabe chamou a Obadias, o mordomo. (Obadias temia muito ao Senhor,
4. Porque sucedeu que, destruindo Jezabel os profetas do Senhor, Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em cinquenta os escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e água.)
5. E disse Acabe a Obadias: Vai pela terra a todas as fontes de água e a todos os rios; pode ser que achemos erva, para que em vida conservemos os cavalos e mulas e não estejamos privados dos animais.
6. E repartiram entre si a terra, para passarem por ela; Acabe foi à parte por um caminho, e Obadias também foi à parte por outro caminho.
7. Estando, pois, Obadias já em caminho, eis que Elias o encontrou; e, conhecendo-o ele, prostrou-se sobre o seu rosto e disse: És tu o meu senhor Elias?
8. E disse-lhe ele: Eu sou; vai e dize a teu senhor: Eis que aqui está Elias.
9. Porém ele disse: Em que pequei, para que entregues teu servo na mão de Acabe, para que me mate?
10. Vive o Senhor, teu Deus, que não houve nação nem reino aonde o meu senhor não mandasse em busca de ti; e dizendo eles: Aqui não está, então, ajuramentava os reinos e as nações, se eles te não tinham achado.
11. E, agora, dizes tu: Vai, dize a teu senhor: Eis que aqui está Elias.
12. E poderia ser que, apartando-me eu de ti, o Espírito do Senhor te tomasse, não sei para onde, e, vindo eu a dar as novas a Acabe, e não te achando ele, me mataria; porém eu, teu servo, temo ao Senhor desde a minha mocidade.
13. Porventura, não disseram a meu senhor o que fiz, quando Jezabel matava os profetas do Senhor, como escondi a cem homens dos profetas do Senhor, de cinquenta em cinquenta, numas covas, e os sustentei com pão e água?
14. E, agora, dizes tu: Vai e dize a teu senhor: Eis que aqui está Elias; ele me mataria.
15. E disse Elias: Vive o Senhor dos Exércitos, perante cuja face estou, que deveras hoje me mostrarei a ele.
16. Então, foi Obadias encontrar-se com Acabe e lho anunciou; e foi Acabe encontrar-se com Elias.
17. E sucedeu que, vendo Acabe a Elias, disse-lhe Acabe: És tu o perturbador de Israel?
18. Então, disse ele: Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor e seguistes os baalins.
19. Agora, pois, envia, ajunta a mim todo o Israel no monte Carmelo, como também os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas de Asera, que comem da mesa de Jezabel.
20. Então, enviou Acabe os mensageiros a todos os filhos de Israel e ajuntou os profetas no monte Carmelo.
21. Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o. Porém o povo lhe não respondeu nada.
22. Então, disse Elias ao povo: Só eu fiquei por profeta do Senhor, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta homens.
23. Dêem-se-nos, pois, dois bezerros, e eles escolham para si um dos bezerros, e o dividam em pedaços, e o ponham sobre a lenha, porém não lhe metam fogo, e eu prepararei o outro bezerro, e o porei sobre a lenha, e não lhe meterei fogo.
24. Então, invocai o nome do vosso deus, e eu invocarei o nome do Senhor; e há de ser que o deus que responder por fogo esse será Deus. E todo o povo respondeu e disse: É boa esta palavra.
25. E disse Elias aos profetas de Baal: Escolhei para vós um dos bezerros, e preparai-o primeiro, porque sois muitos, e invocai o nome do vosso deus, e não lhe metais fogo.
26. E tomaram o bezerro que lhes dera e o prepararam; e invocaram o nome de Baal, desde a manhã até ao meio-dia, dizendo: Ah! Baal, responde-nos! Porém nem havia voz, nem quem respondesse; e saltavam sobre o altar que se tinha feito.
27. E sucedeu que, ao meio-dia, Elias zombava deles e dizia: Clamai em altas vozes, porque ele é um deus; pode ser que esteja falando, ou que tenha alguma coisa que fazer, ou que intente alguma viagem; porventura, dorme e despertará.
28. E eles clamavam a grandes vozes e se retalhavam com facas e com lancetas, conforme o seu costume, até derramarem sangue sobre si.
29. E sucedeu que, passado o meio-dia, profetizaram eles, até que a oferta de manjares se oferecesse; porém não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma.
30. Então, Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; e reparou o altar do Senhor, que estava quebrado.
31. E Elias tomou doze pedras, conforme o número das tribos dos filhos de Jacó, ao qual veio a palavra do Senhor, dizendo: Israel será o teu nome.
32. E com aquelas pedras edificou o altar em nome do Senhor; depois, fez um rego em redor do altar, segundo a largura de duas medidas de semente.
33. Então, armou a lenha, e dividiu o bezerro em pedaços, e o pôs sobre a lenha,
34. E disse: Enchei de água quatro cântaros e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha. E disse: Fazei-o segunda vez; e o fizeram segunda vez. Disse ainda: Fazei-o terceira vez; e o fizeram terceira vez,
35. De maneira que a água corria ao redor do altar, e ainda até o rego encheu de água.
36. Sucedeu, pois, que, oferecendo-se a oferta de manjares, o profeta Elias se chegou e disse: Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme a tua palavra fiz todas estas coisas.
37. Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo conheça que tu, Senhor, és Deus e que tu fizeste tornar o seu coração para trás.
38. Então, caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.
39. O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!
40. E Elias lhes disse: Lançai mão dos profetas de Baal, que nenhum deles escape. E lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou.
41. Então, disse Elias a Acabe: Sobe, come e bebe, porque ruído há de uma abundante chuva.
42. E Acabe subiu a comer e a beber; mas Elias subiu ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra, e meteu o seu rosto entre os seus joelhos.
43. E disse ao seu moço: Sobe agora e olha para a banda do mar. E subiu, e olhou, e disse: Não há nada. Então, disse ele: Torna lá sete vezes.
44. E sucedeu que, à sétima vez, disse: Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar. Então, disse ele: Sobe e dize a Acabe: Aparelha o teu carro e desce, para que a chuva te não apanhe.
45. E sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento, e veio uma grande chuva; e Acabe subiu ao carro e foi para Jezreel.
46. E a mão do Senhor estava sobre Elias, o qual cingiu os lombos, e veio correndo perante Acabe, até à entrada de Jezreel.
Capítulo 19.
1. E Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito e como totalmente matara todos os profetas à espada.
2. Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me façam os deuses e outro tanto, se decerto amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de um deles.
3. O que vendo ele, se levantou, e, para escapar com vida, se foi, e veio a Berseba, que é de Judá, e deixou ali o seu moço.
4. E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais.
5. E deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro; e eis que, então, um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come.
6. E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se.
7. E o anjo do Senhor tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque mui comprido te será o caminho.
8. Levantou-se, pois, e comeu, e bebeu, e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus.
9. E ali entrou numa caverna e passou ali a noite; e eis que a palavra do Senhor veio a ele e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?
10. E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e buscam a minha vida para ma tirarem.
11. E ele lhe disse: Sai para fora e põe-te neste monte perante a face do Senhor. E eis que passava o Senhor, como também um grande e forte vento, que fendia os montes e quebrava as penhas diante da face do Senhor; porém o Senhor não estava no vento; e, depois do vento, um terremoto; também o Senhor não estava no terremoto;
12. E, depois do terremoto, um fogo; porém também o Senhor não estava no fogo; e, depois do fogo, uma voz mansa e delicada.
13. E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias?
14. E ele disse: Eu tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e buscam a minha vida para ma tirarem.
15. E o Senhor lhe disse: Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de Damasco, vem e unge a Hazael rei sobre a Síria.
16. Também a Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei de Israel e também Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar.
17. E há de ser que o que escapar da espada de Hazael, matá-lo-á Jeú; e o que escapar da espada de Jeú, matá-lo-á Eliseu.
18. Também eu fiz ficar em Israel sete mil: todos os joelhos que se não dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou.
19. Partiu, pois, Elias dali e achou a Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele; e ele estava com a duodécima. Elias passou por ele e lançou a sua capa sobre ele.
20. Então, deixou ele os bois, e correu após Elias, e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe e, então, te seguirei. E ele lhe disse: Vai e volta; porque que te tenho eu feito?
21. Voltou, pois, de atrás dele, e tomou uma junta de bois, e os matou, e, com os aparelhos dos bois, cozeu as carnes, e as deu ao povo, e comeram. Então, se levantou, e seguiu a Elias, e o servia.
Capítulo 20.
2. Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me façam os deuses e outro tanto, se decerto amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de um deles.
3. O que vendo ele, se levantou, e, para escapar com vida, se foi, e veio a Berseba, que é de Judá, e deixou ali o seu moço.
4. E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais.
5. E deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro; e eis que, então, um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come.
6. E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se.
7. E o anjo do Senhor tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque mui comprido te será o caminho.
8. Levantou-se, pois, e comeu, e bebeu, e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus.
9. E ali entrou numa caverna e passou ali a noite; e eis que a palavra do Senhor veio a ele e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?
10. E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e buscam a minha vida para ma tirarem.
11. E ele lhe disse: Sai para fora e põe-te neste monte perante a face do Senhor. E eis que passava o Senhor, como também um grande e forte vento, que fendia os montes e quebrava as penhas diante da face do Senhor; porém o Senhor não estava no vento; e, depois do vento, um terremoto; também o Senhor não estava no terremoto;
12. E, depois do terremoto, um fogo; porém também o Senhor não estava no fogo; e, depois do fogo, uma voz mansa e delicada.
13. E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias?
14. E ele disse: Eu tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e buscam a minha vida para ma tirarem.
15. E o Senhor lhe disse: Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de Damasco, vem e unge a Hazael rei sobre a Síria.
16. Também a Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei de Israel e também Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar.
17. E há de ser que o que escapar da espada de Hazael, matá-lo-á Jeú; e o que escapar da espada de Jeú, matá-lo-á Eliseu.
18. Também eu fiz ficar em Israel sete mil: todos os joelhos que se não dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou.
19. Partiu, pois, Elias dali e achou a Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele; e ele estava com a duodécima. Elias passou por ele e lançou a sua capa sobre ele.
20. Então, deixou ele os bois, e correu após Elias, e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe e, então, te seguirei. E ele lhe disse: Vai e volta; porque que te tenho eu feito?
21. Voltou, pois, de atrás dele, e tomou uma junta de bois, e os matou, e, com os aparelhos dos bois, cozeu as carnes, e as deu ao povo, e comeram. Então, se levantou, e seguiu a Elias, e o servia.
Capítulo 20.
1. E Ben-Hadade, rei da Síria, ajuntou todas as suas forças; e trinta e dois reis, e cavalos, e carros havia com ele; e subiu, e cercou a Samaria, e pelejou contra ela.
2. E enviou à cidade mensageiros, a Acabe, rei de Israel.
3. E disse-lhe: Assim diz Ben-Hadade: A tua prata e o teu ouro são meus; e tuas mulheres e os melhores de teus filhos são meus.
4. E respondeu o rei de Israel e disse: Conforme tua palavra, ó rei, meu senhor, teu sou eu, e tudo quanto tenho.
5. E tornaram a vir os mensageiros e disseram: Assim fala Ben-Hadade, dizendo: Ainda que eu te tenha mandado dizer: Tu me hás de dar a tua prata, e o teu ouro, e as tuas mulheres, e os teus filhos,
6. Todavia, amanhã a estas horas, enviarei os meus servos a ti, e esquadrinharão a tua casa e as casas dos teus servos; e há de ser que tudo o que for aprazível aos teus olhos o meterão nas suas mãos e o levarão.
7. Então, o rei de Israel chamou todos os anciãos da terra e disse: Notai agora e vede como este busca mal; pois enviara a mim por minhas mulheres, e por meus filhos, e pela minha prata, e pelo meu ouro, e não lho neguei.
8. E todos os anciãos e todo o povo lhe disseram: Não lhe dês ouvidos, nem consintas.
9. Pelo que disse aos mensageiros de Ben-Hadade: Dizei ao rei, meu senhor: Tudo o que primeiro mandaste pedir a teu servo farei, porém isto não posso fazer. E foram os mensageiros e lhe tornaram com esta resposta.
10. E Ben-Hadade enviou a ele e disse: Assim me façam os deuses e outro tanto, que o pó de Samaria não bastará para encher as mãos de todo o povo que me segue.
11. Porém o rei de Israel respondeu e disse: Dizei-lhe: Não se gabe quem se cinge como aquele que se descinge.
12. E sucedeu que, ouvindo ele esta palavra, estando bebendo ele e os reis nas tendas, disse aos seus servos: Ponde-vos em ordem contra a cidade.
13. E eis que um profeta se chegou a Acabe, rei de Israel, e lhe disse: Assim diz o Senhor: Viste toda esta grande multidão? Eis que hoje ta entregarei nas tuas mãos, para que saibas que eu sou o Senhor.
14. E disse Acabe: Por quem? E ele disse: Assim diz o Senhor: Pelos moços dos príncipes das províncias. E disse: Quem começará a peleja? E disse: Tu.
15. Então, contou os moços dos príncipes das províncias, e foram duzentos e trinta e dois; e depois deles contou todo o povo, todos os filhos de Israel, sete mil.
16. E saíram ao meio-dia. Ben-Hadade estava bebendo e embriagando-se nas tendas, ele e os reis, os trinta e dois reis, que o ajudavam.
17. E os moços dos príncipes das províncias saíram primeiro; Ben-Hadade enviou a alguns, que lhe deram avisos, dizendo: Saíram de Samaria uns homens.
18. E ele disse: Ainda que para paz saíssem, tomai-os vivos; e ainda que à peleja saíssem, vivos os tomai.
19. Saíram, pois, da cidade os moços dos príncipes das províncias, e o exército que os seguia.
20. E eles feriram cada um o seu homem; e os siros fugiram, e Israel os perseguiu; porém Ben-Hadade, rei da Síria, escapou a cavalo, com alguns cavaleiros.
21. E saiu o rei de Israel e feriu os cavalos e os carros; e feriu os siros com grande estrago.
22. Então, o profeta chegou-se ao rei de Israel e lhe disse: Vai, e esforça-te, e atenta, e olha o que hás de fazer; porque, no decurso de um ano, o rei da Síria subirá contra ti.
23. Porque os servos do rei da Síria lhe disseram: Seus deuses são deuses dos montes; por isso, foram mais fortes do que nós; mas pelejemos com eles em campo raso e por certo veremos se não somos mais fortes do que eles!
24. Faze, pois, isto: tira os reis, cada um do seu lugar, e põe capitães em seu lugar,
25. E numera outro exército, como o exército que caiu de ti, e cavalos como aqueles cavalos, e carros como aqueles carros; e pelejemos com eles em campo raso e veremos se não somos mais fortes do que eles! E deu ouvidos à sua voz e assim fez.
26. E sucedeu que, passado um ano, Ben-Hadade fez revista dos siros e subiu a Afeca, para pelejar contra Israel.
27. Também dos filhos de Israel se fez revista, e, providos de víveres, marcharam contra eles; e os filhos de Israel acamparam-se defronte deles, como dois pequenos rebanhos de cabras; mas os siros enchiam a terra.
28. E chegou o homem de Deus, e falou ao rei de Israel, e disse: Assim diz o Senhor: Porquanto os siros disseram: O Senhor é Deus dos montes e não Deus dos vales, toda esta grande multidão entregarei nas tuas mãos, para que saibas que eu sou o Senhor.
29. E sete dias estiveram estes acampados defronte dos outros; e sucedeu, ao sétimo dia, que a peleja começou, e os filhos de Israel feriram dos siros cem mil homens de pé, num dia.
30. E os restantes fugiram para Afeca, à cidade; e caiu o muro sobre vinte e sete mil homens que restaram. Ben-Hadade, porém, fugiu e veio à cidade, andando de câmara em câmara.
31. Então, lhe disseram os seus servos: Eis que já temos ouvido que os reis da casa de Israel são reis clementes; ponhamos, pois, panos de saco aos lombos e cordas às cabeças e saiamos ao rei de Israel; pode ser que guarde em vida a tua alma.
32. Então, cingiram panos de saco aos lombos e cordas às cabeças, e vieram ao rei de Israel, e disseram: Diz o teu servo Ben-Hadade: Deixa-me viver. E disse ele: Pois ainda vive? É meu irmão.
33. E aqueles homens tomaram isso por bom presságio, e apressaram-se em apanhar a sua palavra, e disseram: Teu irmão Ben-Hadade vive. E ele disse: Vinde, trazei-mo. Então, Ben-Hadade saiu a eles, e Acabe o fez subir ao carro.
34. E disse ele: As cidades que meu pai tomou de teu pai tas restituirei, e faze para ti ruas em Damasco, como meu pai as fez em Samaria. E eu, respondeu Acabe, te deixarei ir com esta aliança. E fez com ele aliança e o deixou ir.
35. Então, um dos homens dos filhos dos profetas disse ao seu companheiro, pela palavra do Senhor: Ora, fere-me. E o homem recusou feri-lo.
36. E ele lhe disse: Porque não obedeceste à voz do Senhor, eis que, em te apartando de mim, um leão te ferirá. E, como dele se apartou, um leão o encontrou e o feriu.
37. Depois, encontrou outro homem e disse-lhe: Ora, fere-me. E feriu-o aquele homem, ferindo-o e vulnerando-o.
38. Então, foi o profeta, e pôs-se perante o rei no caminho, e disfarçou-se com cinza sobre os seus olhos.
39. E sucedeu que, passando o rei, clamou ele ao rei e disse: Teu servo saiu ao meio da peleja, e eis que, desviando-se um homem, me trouxe outro homem e disse: Guarda-me este homem; se vier a faltar, será a tua vida em lugar da vida dele ou pagarás um talento de prata.
40. Sucedeu, pois, que, estando o teu servo ocupado de uma e de outra parte, entretanto, desapareceu. Então, o rei de Israel lhe disse: Esta é a tua sentença; tu mesmo a pronunciaste.
41. Então, ele se apressou, e tirou a cinza de sobre os seus olhos; e o rei de Israel reconheceu que era um dos profetas.
42. E disse-lhe: Assim diz o Senhor: Porquanto soltaste da mão o homem que eu havia posto para destruição, a tua vida será em lugar de sua vida, e o teu povo, em lugar do seu povo.
43. E foi-se o rei de Israel para sua casa, desgostoso e indignado, e veio a Samaria.
Capítulo 21.
2. E enviou à cidade mensageiros, a Acabe, rei de Israel.
3. E disse-lhe: Assim diz Ben-Hadade: A tua prata e o teu ouro são meus; e tuas mulheres e os melhores de teus filhos são meus.
4. E respondeu o rei de Israel e disse: Conforme tua palavra, ó rei, meu senhor, teu sou eu, e tudo quanto tenho.
5. E tornaram a vir os mensageiros e disseram: Assim fala Ben-Hadade, dizendo: Ainda que eu te tenha mandado dizer: Tu me hás de dar a tua prata, e o teu ouro, e as tuas mulheres, e os teus filhos,
6. Todavia, amanhã a estas horas, enviarei os meus servos a ti, e esquadrinharão a tua casa e as casas dos teus servos; e há de ser que tudo o que for aprazível aos teus olhos o meterão nas suas mãos e o levarão.
7. Então, o rei de Israel chamou todos os anciãos da terra e disse: Notai agora e vede como este busca mal; pois enviara a mim por minhas mulheres, e por meus filhos, e pela minha prata, e pelo meu ouro, e não lho neguei.
8. E todos os anciãos e todo o povo lhe disseram: Não lhe dês ouvidos, nem consintas.
9. Pelo que disse aos mensageiros de Ben-Hadade: Dizei ao rei, meu senhor: Tudo o que primeiro mandaste pedir a teu servo farei, porém isto não posso fazer. E foram os mensageiros e lhe tornaram com esta resposta.
10. E Ben-Hadade enviou a ele e disse: Assim me façam os deuses e outro tanto, que o pó de Samaria não bastará para encher as mãos de todo o povo que me segue.
11. Porém o rei de Israel respondeu e disse: Dizei-lhe: Não se gabe quem se cinge como aquele que se descinge.
12. E sucedeu que, ouvindo ele esta palavra, estando bebendo ele e os reis nas tendas, disse aos seus servos: Ponde-vos em ordem contra a cidade.
13. E eis que um profeta se chegou a Acabe, rei de Israel, e lhe disse: Assim diz o Senhor: Viste toda esta grande multidão? Eis que hoje ta entregarei nas tuas mãos, para que saibas que eu sou o Senhor.
14. E disse Acabe: Por quem? E ele disse: Assim diz o Senhor: Pelos moços dos príncipes das províncias. E disse: Quem começará a peleja? E disse: Tu.
15. Então, contou os moços dos príncipes das províncias, e foram duzentos e trinta e dois; e depois deles contou todo o povo, todos os filhos de Israel, sete mil.
16. E saíram ao meio-dia. Ben-Hadade estava bebendo e embriagando-se nas tendas, ele e os reis, os trinta e dois reis, que o ajudavam.
17. E os moços dos príncipes das províncias saíram primeiro; Ben-Hadade enviou a alguns, que lhe deram avisos, dizendo: Saíram de Samaria uns homens.
18. E ele disse: Ainda que para paz saíssem, tomai-os vivos; e ainda que à peleja saíssem, vivos os tomai.
19. Saíram, pois, da cidade os moços dos príncipes das províncias, e o exército que os seguia.
20. E eles feriram cada um o seu homem; e os siros fugiram, e Israel os perseguiu; porém Ben-Hadade, rei da Síria, escapou a cavalo, com alguns cavaleiros.
21. E saiu o rei de Israel e feriu os cavalos e os carros; e feriu os siros com grande estrago.
22. Então, o profeta chegou-se ao rei de Israel e lhe disse: Vai, e esforça-te, e atenta, e olha o que hás de fazer; porque, no decurso de um ano, o rei da Síria subirá contra ti.
23. Porque os servos do rei da Síria lhe disseram: Seus deuses são deuses dos montes; por isso, foram mais fortes do que nós; mas pelejemos com eles em campo raso e por certo veremos se não somos mais fortes do que eles!
24. Faze, pois, isto: tira os reis, cada um do seu lugar, e põe capitães em seu lugar,
25. E numera outro exército, como o exército que caiu de ti, e cavalos como aqueles cavalos, e carros como aqueles carros; e pelejemos com eles em campo raso e veremos se não somos mais fortes do que eles! E deu ouvidos à sua voz e assim fez.
26. E sucedeu que, passado um ano, Ben-Hadade fez revista dos siros e subiu a Afeca, para pelejar contra Israel.
27. Também dos filhos de Israel se fez revista, e, providos de víveres, marcharam contra eles; e os filhos de Israel acamparam-se defronte deles, como dois pequenos rebanhos de cabras; mas os siros enchiam a terra.
28. E chegou o homem de Deus, e falou ao rei de Israel, e disse: Assim diz o Senhor: Porquanto os siros disseram: O Senhor é Deus dos montes e não Deus dos vales, toda esta grande multidão entregarei nas tuas mãos, para que saibas que eu sou o Senhor.
29. E sete dias estiveram estes acampados defronte dos outros; e sucedeu, ao sétimo dia, que a peleja começou, e os filhos de Israel feriram dos siros cem mil homens de pé, num dia.
30. E os restantes fugiram para Afeca, à cidade; e caiu o muro sobre vinte e sete mil homens que restaram. Ben-Hadade, porém, fugiu e veio à cidade, andando de câmara em câmara.
31. Então, lhe disseram os seus servos: Eis que já temos ouvido que os reis da casa de Israel são reis clementes; ponhamos, pois, panos de saco aos lombos e cordas às cabeças e saiamos ao rei de Israel; pode ser que guarde em vida a tua alma.
32. Então, cingiram panos de saco aos lombos e cordas às cabeças, e vieram ao rei de Israel, e disseram: Diz o teu servo Ben-Hadade: Deixa-me viver. E disse ele: Pois ainda vive? É meu irmão.
33. E aqueles homens tomaram isso por bom presságio, e apressaram-se em apanhar a sua palavra, e disseram: Teu irmão Ben-Hadade vive. E ele disse: Vinde, trazei-mo. Então, Ben-Hadade saiu a eles, e Acabe o fez subir ao carro.
34. E disse ele: As cidades que meu pai tomou de teu pai tas restituirei, e faze para ti ruas em Damasco, como meu pai as fez em Samaria. E eu, respondeu Acabe, te deixarei ir com esta aliança. E fez com ele aliança e o deixou ir.
35. Então, um dos homens dos filhos dos profetas disse ao seu companheiro, pela palavra do Senhor: Ora, fere-me. E o homem recusou feri-lo.
36. E ele lhe disse: Porque não obedeceste à voz do Senhor, eis que, em te apartando de mim, um leão te ferirá. E, como dele se apartou, um leão o encontrou e o feriu.
37. Depois, encontrou outro homem e disse-lhe: Ora, fere-me. E feriu-o aquele homem, ferindo-o e vulnerando-o.
38. Então, foi o profeta, e pôs-se perante o rei no caminho, e disfarçou-se com cinza sobre os seus olhos.
39. E sucedeu que, passando o rei, clamou ele ao rei e disse: Teu servo saiu ao meio da peleja, e eis que, desviando-se um homem, me trouxe outro homem e disse: Guarda-me este homem; se vier a faltar, será a tua vida em lugar da vida dele ou pagarás um talento de prata.
40. Sucedeu, pois, que, estando o teu servo ocupado de uma e de outra parte, entretanto, desapareceu. Então, o rei de Israel lhe disse: Esta é a tua sentença; tu mesmo a pronunciaste.
41. Então, ele se apressou, e tirou a cinza de sobre os seus olhos; e o rei de Israel reconheceu que era um dos profetas.
42. E disse-lhe: Assim diz o Senhor: Porquanto soltaste da mão o homem que eu havia posto para destruição, a tua vida será em lugar de sua vida, e o teu povo, em lugar do seu povo.
43. E foi-se o rei de Israel para sua casa, desgostoso e indignado, e veio a Samaria.
Capítulo 21.
1. E sucedeu, depois destas coisas, tendo Nabote, o jezreelita, uma vinha que em Jezreel estava junto ao palácio de Acabe, rei de Samaria,
2. Que Acabe falou a Nabote, dizendo: Dá-me a tua vinha, para que me sirva de horta, pois está vizinha, ao pé da minha casa; e te darei por ela outra vinha melhor do que ela; ou, se parece bem aos teus olhos, dar-te-ei a sua valia em dinheiro.
3. Porém Nabote disse a Acabe: Guarde-me o Senhor de que eu te dê a herança de meus pais.
4. Então, Acabe veio desgostoso e indignado à sua casa, por causa da palavra que Nabote, o jezreelita, lhe falara, dizendo: Não te darei a herança de meus pais. E deitou-se na sua cama, e voltou o rosto, e não comeu pão.
5. Porém, vindo a ele Jezabel, sua mulher, lhe disse: Que há, que está tão desgostoso o teu espírito, e não comes pão?
6. E ele lhe disse: Porque falei a Nabote, o jezreelita, e lhe disse: Dá-me a tua vinha por dinheiro; ou, se te apraz, te darei outra vinha em seu lugar. Porém ele disse: Não te darei a minha vinha.
7. Então, Jezabel, sua mulher, lhe disse: Governas tu, agora, no reino de Israel? Levanta-te, come pão, e alegre-se o teu coração; eu te darei a vinha de Nabote, o jezreelita.
8. Então, escreveu cartas em nome de Acabe, e as selou com o seu sinete, e mandou as cartas aos anciãos e aos nobres que havia na sua cidade e habitavam com Nabote.
9. E escreveu nas cartas, dizendo: Apregoai um jejum e ponde Nabote acima do povo.
10. E ponde defronte dele dois homens, filhos de Belial, que testemunhem contra ele, dizendo: Blasfemaste contra Deus e contra o rei; e trazei-o fora e apedrejai-o para que morra.
11. E os homens da sua cidade, os anciãos e os nobres que habitavam na sua cidade fizeram como Jezabel lhes ordenara, conforme estava escrito nas cartas que lhes mandara.
12. Apregoaram um jejum e puseram Nabote acima do povo.
13. Então, vieram dois homens, filhos de Belial, e puseram-se defronte dele; e os homens, filhos de Belial, testemunharam contra ele, contra Nabote, perante o povo, dizendo: Nabote blasfemou contra Deus e contra o rei. E o levaram para fora da cidade e o apedrejaram com pedras, e morreu.
14. Então, enviaram a Jezabel, dizendo: Nabote foi apedrejado e morreu.
15. E sucedeu que, ouvindo Jezabel que já fora apedrejado Nabote e morrera, disse Jezabel a Acabe: Levanta-te e possui a vinha de Nabote, o jezreelita, a qual ele te recusou dar por dinheiro; porque Nabote não vive, mas é morto.
16. E sucedeu que, ouvindo Acabe que já Nabote era morto, Acabe se levantou, para descer para a vinha de Nabote, o jezreelita, para a possuir.
17. Então, veio a palavra do Senhor a Elias, o tisbita, dizendo:
18. Levanta-te, desce para encontrar-te com Acabe, rei de Israel, que está em Samaria; eis que está na vinha de Nabote, aonde tem descido para a possuir.
19. E falar-lhe-ás, dizendo: Assim diz o Senhor: Porventura, não mataste e tomaste a herança? Falar-lhe-ás mais, dizendo: Assim diz o Senhor: No lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabote, os cães lamberão o teu sangue, o teu mesmo.
20. E disse Acabe a Elias: Já me achaste, inimigo meu? E ele disse: Achei-te; porquanto já te vendeste para fazeres o que é mau aos olhos do Senhor.
21. Eis que trarei mal sobre ti, e arrancarei a tua posteridade, e arrancarei de Acabe a todo homem, como também o encerrado e o desamparado em Israel;
22. E farei a tua casa como a casa de Jeroboão, filho de Nebate, e como a casa de Baasa, filho de Aías, por causa da provocação com que me provocaste e fizeste pecar a Israel.
23. E também acerca de Jezabel falou o Senhor, dizendo: Os cães comerão Jezabel junto ao antemuro de Jezreel.
24. Aquele que de Acabe morrer na cidade, os cães o comerão, e o que morrer no campo, as aves do céu o comerão.
25. Porém ninguém fora como Acabe, que se vendera para fazer o que era mau aos olhos do Senhor, porque Jezabel, sua mulher, o incitava.
26. E fez grandes abominações, seguindo os ídolos, conforme tudo o que fizeram os amorreus, os quais o Senhor lançou fora da sua possessão, de diante dos filhos de Israel.
27. Sucedeu, pois, que Acabe, ouvindo estas palavras, rasgou as suas vestes, e cobriu a sua carne de pano de saco, e jejuou; e dormia em cima de sacos e andava mansamente.
28. Então, veio a palavra do Senhor a Elias, o tisbita, dizendo:
29. Não viste que Acabe se humilha perante mim? Porquanto, pois, se humilha perante mim, não trarei este mal nos seus dias, mas nos dias de seu filho trarei este mal sobre a sua casa.
Capítulo 22.
2. Que Acabe falou a Nabote, dizendo: Dá-me a tua vinha, para que me sirva de horta, pois está vizinha, ao pé da minha casa; e te darei por ela outra vinha melhor do que ela; ou, se parece bem aos teus olhos, dar-te-ei a sua valia em dinheiro.
3. Porém Nabote disse a Acabe: Guarde-me o Senhor de que eu te dê a herança de meus pais.
4. Então, Acabe veio desgostoso e indignado à sua casa, por causa da palavra que Nabote, o jezreelita, lhe falara, dizendo: Não te darei a herança de meus pais. E deitou-se na sua cama, e voltou o rosto, e não comeu pão.
5. Porém, vindo a ele Jezabel, sua mulher, lhe disse: Que há, que está tão desgostoso o teu espírito, e não comes pão?
6. E ele lhe disse: Porque falei a Nabote, o jezreelita, e lhe disse: Dá-me a tua vinha por dinheiro; ou, se te apraz, te darei outra vinha em seu lugar. Porém ele disse: Não te darei a minha vinha.
7. Então, Jezabel, sua mulher, lhe disse: Governas tu, agora, no reino de Israel? Levanta-te, come pão, e alegre-se o teu coração; eu te darei a vinha de Nabote, o jezreelita.
8. Então, escreveu cartas em nome de Acabe, e as selou com o seu sinete, e mandou as cartas aos anciãos e aos nobres que havia na sua cidade e habitavam com Nabote.
9. E escreveu nas cartas, dizendo: Apregoai um jejum e ponde Nabote acima do povo.
10. E ponde defronte dele dois homens, filhos de Belial, que testemunhem contra ele, dizendo: Blasfemaste contra Deus e contra o rei; e trazei-o fora e apedrejai-o para que morra.
11. E os homens da sua cidade, os anciãos e os nobres que habitavam na sua cidade fizeram como Jezabel lhes ordenara, conforme estava escrito nas cartas que lhes mandara.
12. Apregoaram um jejum e puseram Nabote acima do povo.
13. Então, vieram dois homens, filhos de Belial, e puseram-se defronte dele; e os homens, filhos de Belial, testemunharam contra ele, contra Nabote, perante o povo, dizendo: Nabote blasfemou contra Deus e contra o rei. E o levaram para fora da cidade e o apedrejaram com pedras, e morreu.
14. Então, enviaram a Jezabel, dizendo: Nabote foi apedrejado e morreu.
15. E sucedeu que, ouvindo Jezabel que já fora apedrejado Nabote e morrera, disse Jezabel a Acabe: Levanta-te e possui a vinha de Nabote, o jezreelita, a qual ele te recusou dar por dinheiro; porque Nabote não vive, mas é morto.
16. E sucedeu que, ouvindo Acabe que já Nabote era morto, Acabe se levantou, para descer para a vinha de Nabote, o jezreelita, para a possuir.
17. Então, veio a palavra do Senhor a Elias, o tisbita, dizendo:
18. Levanta-te, desce para encontrar-te com Acabe, rei de Israel, que está em Samaria; eis que está na vinha de Nabote, aonde tem descido para a possuir.
19. E falar-lhe-ás, dizendo: Assim diz o Senhor: Porventura, não mataste e tomaste a herança? Falar-lhe-ás mais, dizendo: Assim diz o Senhor: No lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabote, os cães lamberão o teu sangue, o teu mesmo.
20. E disse Acabe a Elias: Já me achaste, inimigo meu? E ele disse: Achei-te; porquanto já te vendeste para fazeres o que é mau aos olhos do Senhor.
21. Eis que trarei mal sobre ti, e arrancarei a tua posteridade, e arrancarei de Acabe a todo homem, como também o encerrado e o desamparado em Israel;
22. E farei a tua casa como a casa de Jeroboão, filho de Nebate, e como a casa de Baasa, filho de Aías, por causa da provocação com que me provocaste e fizeste pecar a Israel.
23. E também acerca de Jezabel falou o Senhor, dizendo: Os cães comerão Jezabel junto ao antemuro de Jezreel.
24. Aquele que de Acabe morrer na cidade, os cães o comerão, e o que morrer no campo, as aves do céu o comerão.
25. Porém ninguém fora como Acabe, que se vendera para fazer o que era mau aos olhos do Senhor, porque Jezabel, sua mulher, o incitava.
26. E fez grandes abominações, seguindo os ídolos, conforme tudo o que fizeram os amorreus, os quais o Senhor lançou fora da sua possessão, de diante dos filhos de Israel.
27. Sucedeu, pois, que Acabe, ouvindo estas palavras, rasgou as suas vestes, e cobriu a sua carne de pano de saco, e jejuou; e dormia em cima de sacos e andava mansamente.
28. Então, veio a palavra do Senhor a Elias, o tisbita, dizendo:
29. Não viste que Acabe se humilha perante mim? Porquanto, pois, se humilha perante mim, não trarei este mal nos seus dias, mas nos dias de seu filho trarei este mal sobre a sua casa.
Capítulo 22.
1. E estiveram quietos três anos, não havendo guerra entre a Síria e Israel.
2. Porém, no terceiro ano, sucedeu que Josafá, rei de Judá, desceu para o rei de Israel.
3. E o rei de Israel disse aos seus servos: Não sabeis vós que Ramote-Gileade é nossa, e nós estamos quietos, sem a tomar da mão do rei da Síria?
4. Então, disse a Josafá: Irás tu comigo à peleja a Ramote-Gileade? E disse Josafá ao rei de Israel: Serei como tu és, e o meu povo, como o teu povo, e os meus cavalos, como os teus cavalos.
5. Disse mais Josafá ao rei de Israel: Consulta, porém, primeiro hoje a palavra do Senhor.
6. Então, o rei de Israel ajuntou os profetas até quase quatrocentos homens e disse-lhes: Irei à peleja contra Ramote-Gileade ou deixarei de ir? E eles disseram: Sobe, porque o Senhor a entregará na mão do rei.
7. Disse, porém, Josafá: Não há aqui ainda algum profeta do Senhor, ao qual possamos consultar?
8. Então, disse o rei de Israel a Josafá: Ainda há um homem por quem podemos consultar ao Senhor; porém eu o aborreço, porque nunca profetiza de mim bem, mas só mal; este é Micaías, filho de Inlá. E disse Josafá: Não fale o rei assim.
9. Então, o rei de Israel chamou um eunuco e disse: Traze-me depressa a Micaías, filho de Inlá.
10. E o rei de Israel e Josafá, rei de Judá, estavam assentados cada um no seu trono, vestidos de vestiduras reais, na praça, à entrada da porta de Samaria; e todos os profetas profetizavam na sua presença.
11. E Zedequias, filho de Quenaana, fez para si uns chifres de ferro e disse: Assim diz o Senhor: Com estes ferirás aos siros até de todo os consumir.
12. E todos os profetas profetizaram assim, dizendo: Sobe a Ramote-Gileade e prosperarás, porque o Senhor a entregará na mão do rei.
13. E o mensageiro que foi chamar a Micaías falou-lhe, dizendo: Vês aqui que as palavras dos profetas, a uma voz, predizem coisas boas para o rei; seja, pois, a tua palavra como a palavra de um deles, e fala bem.
14. Porém Micaías disse: Vive o Senhor, que o que o Senhor me disser isso falarei.
15. E, vindo ele ao rei, o rei lhe disse: Micaías, iremos a Ramote-Gileade à peleja ou deixaremos de ir? E ele lhe disse: Sobe e serás próspero, porque o Senhor a entregará na mão do rei.
16. E o rei lhe disse: Até quantas vezes te conjurarei, que me não fales senão a verdade em nome do Senhor?
17. Então, disse ele: Vi todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não têm pastor; e disse o Senhor: Estes não têm senhor; torne cada um em paz para sua casa.
18. Então, o rei de Israel disse a Josafá: Não te disse eu que ele nunca profetizará de mim bem, senão só mal?
19. Então, disse ele: Ouve, pois, a palavra do Senhor: Vi o Senhor assentado sobre o seu trono, e todo o exército do céu estava junto a ele, à sua mão direita e à sua esquerda.
20. E disse o Senhor: Quem induzirá Acabe, a que suba e caia em Ramote-Gileade? E um dizia desta maneira, e outro, de outra.
21. Então, saiu um espírito, e se apresentou diante do Senhor, e disse: Eu o induzirei. E o Senhor lhe disse: Com quê?
22. E disse ele: Eu sairei e serei um espírito da mentira na boca de todos os seus profetas. E ele disse: Tu o induzirás e ainda prevalecerás; sai e faze assim.
23. Agora, pois, eis que o Senhor pôs o espírito da mentira na boca de todos estes teus profetas, e o Senhor falou mal contra ti.
24. Então, Zedequias, filho de Quenaana, chegou, e feriu a Micaías no queixo, e disse: Por onde passou de mim o Espírito do Senhor para falar a ti?
25. E disse Micaías: Eis que o verás naquele mesmo dia, quando entrares de câmara em câmara, para te esconderes.
26. Então, disse o rei de Israel: Tomai a Micaías e tornai a trazê-lo a Amom, o chefe da cidade, e a Joás, filho do rei,
27. E direis: Assim diz o rei: Metei este homem na casa do cárcere e sustentai-o com o pão de angústia e com a água de amargura, até que eu venha em paz.
28. E disse Micaías: Se tu voltares em paz, o Senhor não tem falado por mim. Disse mais: Ouvi todos os povos!
29. Assim, o rei de Israel e Josafá, rei de Judá, subiram a Ramote-Gileade.
30. E disse o rei de Israel a Josafá: Eu me disfarçarei e entrarei na peleja; tu, porém, veste as tuas vestes. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel e entrou na peleja.
31. E o rei da Síria deu ordem aos chefes dos carros, que eram trinta e dois, dizendo: Não pelejareis nem contra pequeno nem contra grande, mas só contra o rei de Israel.
32. Sucedeu, pois, que, vendo os chefes dos carros Josafá, disseram eles: Certamente, este é o rei de Israel. E chegaram-se a ele, para pelejar com ele; porém Josafá gritou.
33. E sucedeu que, vendo os chefes dos carros que não era o rei de Israel, deixaram de segui-lo.
34. Então, um homem entesou o arco, na sua simplicidade, e feriu o rei de Israel por entre as fivelas e as couraças; então, ele disse ao seu carreteiro: Vira a tua mão e tira-me do exército, porque estou gravemente ferido.
35. E a peleja foi crescendo naquele dia, e o rei parou no carro defronte dos siros; porém ele morreu à tarde; e o sangue da ferida corria no fundo do carro.
36. E, depois do sol posto, passou um pregão pelo exército, dizendo: Cada um para a sua cidade, e cada um para a sua terra!
37. E morreu o rei, e o levaram a Samaria e sepultaram o rei em Samaria.
38. E, lavando-se o carro no tanque de Samaria, os cães lamberam o seu sangue ora, as prostitutas se lavavam ali, conforme a palavra que o Senhor tinha dito.
39. Quanto ao mais dos atos de Acabe, e a tudo quanto fez, e à casa de marfim que edificou, e a todas as cidades que edificou, porventura, não está escrito no Livro das Crónicas dos Reis de Israel?
40. Assim, dormiu Acabe com seus pais; e Acazias, seu filho, reinou em seu lugar.
41. E Josafá, filho de Asa, começou a reinar sobre Judá no quarto ano de Acabe, rei de Israel.
42. E era Josafá da idade de trinta e cinco anos quando começou a reinar; e vinte e cinco anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Azuba, filha de Sili.
43. E andou em todos os caminhos de Asa, seu pai, não se desviou deles, fazendo o que era reto aos olhos do Senhor.
44. Todavia, os altos não se tiraram; ainda o povo sacrificava e queimava incenso nos altos.
45. E Josafá esteve em paz com o rei de Israel.
46. Quanto ao mais dos atos de Josafá, e ao poder que mostrou, e como guerreou, porventura, não está escrito no Livro das Crónicas dos Reis de Judá?
47. Também desterrou da terra o resto dos rapazes escandalosos que ficaram nos dias de Asa, seu pai.
48. Então, não havia rei em Edom, porém um vice-rei.
49. E fez Josafá navios de Társis, para irem a Ofir por causa do ouro; porém não foram, porque os navios se quebraram em Eziom-Geber.
50. Então, Acazias, filho de Acabe, disse a Josafá: Vão os meus servos com os teus servos nos navios. Porém Josafá não quis.
51. E Josafá dormiu com seus pais e foi sepultado junto a seus pais, na Cidade de Davi, seu pai; e Jorão, seu filho, reinou em seu lugar.
52. E Acazias, filho de Acabe, começou a reinar em Samaria, no ano dezassete de Josafá, rei de Judá; e reinou dois anos sobre Israel.
53. E fez o que era mau aos olhos do Senhor; porque andou nos caminhos de seu pai, como também nos caminhos de sua mãe, e nos caminhos de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel.
54. E serviu a Baal, e se inclinou diante dele, e indignou ao Senhor, Deus de Israel, conforme tudo quanto fizera seu pai.
2. Porém, no terceiro ano, sucedeu que Josafá, rei de Judá, desceu para o rei de Israel.
3. E o rei de Israel disse aos seus servos: Não sabeis vós que Ramote-Gileade é nossa, e nós estamos quietos, sem a tomar da mão do rei da Síria?
4. Então, disse a Josafá: Irás tu comigo à peleja a Ramote-Gileade? E disse Josafá ao rei de Israel: Serei como tu és, e o meu povo, como o teu povo, e os meus cavalos, como os teus cavalos.
5. Disse mais Josafá ao rei de Israel: Consulta, porém, primeiro hoje a palavra do Senhor.
6. Então, o rei de Israel ajuntou os profetas até quase quatrocentos homens e disse-lhes: Irei à peleja contra Ramote-Gileade ou deixarei de ir? E eles disseram: Sobe, porque o Senhor a entregará na mão do rei.
7. Disse, porém, Josafá: Não há aqui ainda algum profeta do Senhor, ao qual possamos consultar?
8. Então, disse o rei de Israel a Josafá: Ainda há um homem por quem podemos consultar ao Senhor; porém eu o aborreço, porque nunca profetiza de mim bem, mas só mal; este é Micaías, filho de Inlá. E disse Josafá: Não fale o rei assim.
9. Então, o rei de Israel chamou um eunuco e disse: Traze-me depressa a Micaías, filho de Inlá.
10. E o rei de Israel e Josafá, rei de Judá, estavam assentados cada um no seu trono, vestidos de vestiduras reais, na praça, à entrada da porta de Samaria; e todos os profetas profetizavam na sua presença.
11. E Zedequias, filho de Quenaana, fez para si uns chifres de ferro e disse: Assim diz o Senhor: Com estes ferirás aos siros até de todo os consumir.
12. E todos os profetas profetizaram assim, dizendo: Sobe a Ramote-Gileade e prosperarás, porque o Senhor a entregará na mão do rei.
13. E o mensageiro que foi chamar a Micaías falou-lhe, dizendo: Vês aqui que as palavras dos profetas, a uma voz, predizem coisas boas para o rei; seja, pois, a tua palavra como a palavra de um deles, e fala bem.
14. Porém Micaías disse: Vive o Senhor, que o que o Senhor me disser isso falarei.
15. E, vindo ele ao rei, o rei lhe disse: Micaías, iremos a Ramote-Gileade à peleja ou deixaremos de ir? E ele lhe disse: Sobe e serás próspero, porque o Senhor a entregará na mão do rei.
16. E o rei lhe disse: Até quantas vezes te conjurarei, que me não fales senão a verdade em nome do Senhor?
17. Então, disse ele: Vi todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não têm pastor; e disse o Senhor: Estes não têm senhor; torne cada um em paz para sua casa.
18. Então, o rei de Israel disse a Josafá: Não te disse eu que ele nunca profetizará de mim bem, senão só mal?
19. Então, disse ele: Ouve, pois, a palavra do Senhor: Vi o Senhor assentado sobre o seu trono, e todo o exército do céu estava junto a ele, à sua mão direita e à sua esquerda.
20. E disse o Senhor: Quem induzirá Acabe, a que suba e caia em Ramote-Gileade? E um dizia desta maneira, e outro, de outra.
21. Então, saiu um espírito, e se apresentou diante do Senhor, e disse: Eu o induzirei. E o Senhor lhe disse: Com quê?
22. E disse ele: Eu sairei e serei um espírito da mentira na boca de todos os seus profetas. E ele disse: Tu o induzirás e ainda prevalecerás; sai e faze assim.
23. Agora, pois, eis que o Senhor pôs o espírito da mentira na boca de todos estes teus profetas, e o Senhor falou mal contra ti.
24. Então, Zedequias, filho de Quenaana, chegou, e feriu a Micaías no queixo, e disse: Por onde passou de mim o Espírito do Senhor para falar a ti?
25. E disse Micaías: Eis que o verás naquele mesmo dia, quando entrares de câmara em câmara, para te esconderes.
26. Então, disse o rei de Israel: Tomai a Micaías e tornai a trazê-lo a Amom, o chefe da cidade, e a Joás, filho do rei,
27. E direis: Assim diz o rei: Metei este homem na casa do cárcere e sustentai-o com o pão de angústia e com a água de amargura, até que eu venha em paz.
28. E disse Micaías: Se tu voltares em paz, o Senhor não tem falado por mim. Disse mais: Ouvi todos os povos!
29. Assim, o rei de Israel e Josafá, rei de Judá, subiram a Ramote-Gileade.
30. E disse o rei de Israel a Josafá: Eu me disfarçarei e entrarei na peleja; tu, porém, veste as tuas vestes. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel e entrou na peleja.
31. E o rei da Síria deu ordem aos chefes dos carros, que eram trinta e dois, dizendo: Não pelejareis nem contra pequeno nem contra grande, mas só contra o rei de Israel.
32. Sucedeu, pois, que, vendo os chefes dos carros Josafá, disseram eles: Certamente, este é o rei de Israel. E chegaram-se a ele, para pelejar com ele; porém Josafá gritou.
33. E sucedeu que, vendo os chefes dos carros que não era o rei de Israel, deixaram de segui-lo.
34. Então, um homem entesou o arco, na sua simplicidade, e feriu o rei de Israel por entre as fivelas e as couraças; então, ele disse ao seu carreteiro: Vira a tua mão e tira-me do exército, porque estou gravemente ferido.
35. E a peleja foi crescendo naquele dia, e o rei parou no carro defronte dos siros; porém ele morreu à tarde; e o sangue da ferida corria no fundo do carro.
36. E, depois do sol posto, passou um pregão pelo exército, dizendo: Cada um para a sua cidade, e cada um para a sua terra!
37. E morreu o rei, e o levaram a Samaria e sepultaram o rei em Samaria.
38. E, lavando-se o carro no tanque de Samaria, os cães lamberam o seu sangue ora, as prostitutas se lavavam ali, conforme a palavra que o Senhor tinha dito.
39. Quanto ao mais dos atos de Acabe, e a tudo quanto fez, e à casa de marfim que edificou, e a todas as cidades que edificou, porventura, não está escrito no Livro das Crónicas dos Reis de Israel?
40. Assim, dormiu Acabe com seus pais; e Acazias, seu filho, reinou em seu lugar.
41. E Josafá, filho de Asa, começou a reinar sobre Judá no quarto ano de Acabe, rei de Israel.
42. E era Josafá da idade de trinta e cinco anos quando começou a reinar; e vinte e cinco anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Azuba, filha de Sili.
43. E andou em todos os caminhos de Asa, seu pai, não se desviou deles, fazendo o que era reto aos olhos do Senhor.
44. Todavia, os altos não se tiraram; ainda o povo sacrificava e queimava incenso nos altos.
45. E Josafá esteve em paz com o rei de Israel.
46. Quanto ao mais dos atos de Josafá, e ao poder que mostrou, e como guerreou, porventura, não está escrito no Livro das Crónicas dos Reis de Judá?
47. Também desterrou da terra o resto dos rapazes escandalosos que ficaram nos dias de Asa, seu pai.
48. Então, não havia rei em Edom, porém um vice-rei.
49. E fez Josafá navios de Társis, para irem a Ofir por causa do ouro; porém não foram, porque os navios se quebraram em Eziom-Geber.
50. Então, Acazias, filho de Acabe, disse a Josafá: Vão os meus servos com os teus servos nos navios. Porém Josafá não quis.
51. E Josafá dormiu com seus pais e foi sepultado junto a seus pais, na Cidade de Davi, seu pai; e Jorão, seu filho, reinou em seu lugar.
52. E Acazias, filho de Acabe, começou a reinar em Samaria, no ano dezassete de Josafá, rei de Judá; e reinou dois anos sobre Israel.
53. E fez o que era mau aos olhos do Senhor; porque andou nos caminhos de seu pai, como também nos caminhos de sua mãe, e nos caminhos de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel.
54. E serviu a Baal, e se inclinou diante dele, e indignou ao Senhor, Deus de Israel, conforme tudo quanto fizera seu pai.
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