1. Sucedeu, pois, que um dia disse Jónatas, filho de Saul, ao moço que lhe levava as armas: Vem, passemos à guarnição dos filisteus, que está lá daquela banda. Porém não o fez saber a seu pai.
2. E estava Saul na extremidade de Gibeá, debaixo da romeira que estava em Migrom; e o povo que havia com ele eram uns seiscentos homens.
3. E Aías, filho de Aitube, irmão de Icabó, filho de Finéias, filho de Eli, sacerdote do Senhor em Siló, trazia o éfode; porém o povo não sabia que Jónatas tinha ido.
4. E, nas passagens pelas quais Jónatas procurava passar à guarnição dos filisteus, desta banda havia uma penha aguda, e da outra banda, uma penha aguda; e era o nome de uma Bozez; e o nome da outra, Sené.
5. Uma penha para o norte estava defronte de Micmás, e a outra para o sul, defronte de Gibeá.
6. Disse, pois, Jónatas ao moço que lhe levava as armas: Vem, passemos à guarnição destes incircuncisos; porventura, operará o Senhor por nós, porque para com o Senhor nenhum impedimento há de livrar com muitos ou com poucos.
7. Então, o seu pajem de armas lhe disse: Faze tudo o que tens no coração; volta, eis-me aqui contigo, conforme o teu coração.
8. Disse, pois, Jónatas: Eis que passaremos àqueles homens e nos descobriremos a eles.
9. Se nos disserem assim: Parai até que cheguemos a vós; então, ficaremos no nosso lugar e não subiremos a eles.
10. Porém dizendo assim: Subi a nós; então, subiremos, pois o Senhor os tem entregado na nossa mão, e isso nos será por sinal.
11. Descobrindo-se ambos eles, pois, à guarnição dos filisteus, disseram os filisteus: Eis que já os hebreus saíram das cavernas em que se tinham escondido.
12. E os homens da guarnição responderam a Jónatas e ao seu pajem de armas e disseram: Subi a nós, e nós vo-lo ensinaremos. E disse Jónatas ao seu pajem de armas: Sobe atrás de mim, porque o Senhor os tem entregado na mão de Israel.
13. Então, subiu Jónatas com os pés e com as mãos, e o seu pajem de armas atrás dele; e caíram diante de Jónatas, e o seu pajem de armas os matava atrás dele.
14. E sucedeu esta primeira derrota, em que Jónatas e o seu pajem de armas feriram até uns vinte homens, quase no meio de uma jeira de terra que uma junta de bois podia lavrar.
15. E houve tremor no arraial, no campo e em todo o povo; também a mesma guarnição e os destruidores tremeram, e até a terra se alvoroçou, porquanto era tremor de Deus.
16. Olharam, pois, as sentinelas de Saul, em Gibeá de Benjamim, e eis que a multidão se derramava e fugia, batendo-se.
17. Disse, então, Saul ao povo que estava com ele: Ora, contai e vede quem é que saiu dentre nós. E contaram, e eis que nem Jónatas nem o seu pajem de armas estavam ali.
18. Então, Saul disse a Aías: Traze aqui a arca de Deus porque, naquele dia, estava a arca de Deus com os filhos de Israel.
19. E sucedeu que, estando Saul ainda falando com o sacerdote, o alvoroço que havia no arraial dos filisteus ia crescendo muito e se multiplicava, pelo que disse Saul ao sacerdote: Retira a tua mão.
20. Então, Saul e todo o povo que havia com ele se ajuntaram e vieram à peleja; e eis que a espada de um era contra o outro, e houve mui grande tumulto.
21. Também com os filisteus havia hebreus, como dantes, que subiram com eles ao arraial em redor; e também estes se ajuntaram com os israelitas que estavam com Saul e Jónatas.
22. Ouvindo, pois, todos os homens de Israel que se esconderam pela montanha de Efraim que os filisteus fugiam, eles também os perseguiram de perto na peleja.
23. Assim, livrou o Senhor a Israel naquele dia; e o arraial passou a Bete-Áven.
24. E estavam os homens de Israel já exaustos naquele dia, porquanto Saul conjurara o povo, dizendo: Maldito o homem que comer pão até à tarde, para que me vingue de meus inimigos. Pelo que todo o povo se absteve de provar pão.
25. E todo o povo chegou a um bosque; e havia mel na superfície do campo.
26. E, chegando o povo ao bosque, eis que havia um manancial de mel; porém ninguém chegou a mão à boca, porque o povo temia a conjuração.
27. Porém Jónatas não tinha ouvido quando seu pai conjurara o povo, e estendeu a ponta da vara que tinha na mão, e a molhou no favo de mel; e, tornando a mão à boca, aclararam-se os seus olhos.
28. Então, respondeu um do povo e disse: Solenemente, conjurou teu pai o povo, dizendo: Maldito o homem que comer hoje pão. Pelo que o povo desfalecia.
29. Então, disse Jónatas: Meu pai tem turbado a terra; ora, vede como se me aclararam os olhos por ter provado um pouco deste mel.
30. Quanto mais se o povo hoje livremente tivesse comido do despojo que achou de seus inimigos. Porém, agora, não foi tão grande o estrago dos filisteus.
31. Feriram, porém, aquele dia aos filisteus, desde Micmás até Aijalom; e o povo desfaleceu em extremo.
32. Então, o povo se lançou ao despojo, e tomaram ovelhas, e vacas, e bezerros e os degolaram no chão; e o povo os comeu com sangue.
33. E o anunciaram a Saul, dizendo: Eis que o povo peca contra o Senhor, comendo com sangue. E disse ele: Aleivosamente, procedestes; revolvei-me hoje uma grande pedra.
34. Disse mais Saul: Derramai-vos entre o povo e dizei-lhes: Trazei-me cada um o seu boi, e cada um a sua ovelha, e degolai-os aqui, e comei, e não pequeis contra o Senhor, comendo com sangue. Então, todo o povo trouxe de noite, cada um com a sua mão, o seu boi, e os degolaram ali.
35. Então, edificou Saul um altar ao Senhor; este foi o primeiro altar que edificou ao Senhor.
36. Depois, disse Saul: Desçamos, de noite, atrás dos filisteus, e despojemo-los, até que amanheça a luz, e não deixemos de resto um homem deles. E disseram: Tudo o que parecer bem aos teus olhos faze. Disse, porém, o sacerdote: Cheguemo-nos aqui a Deus.
37. Então, consultou Saul a Deus, dizendo: Descerei atrás dos filisteus? Entregá-los-ás na mão de Israel? Porém aquele dia lhe não respondeu.
38. Então, disse Saul: Chegai-vos para cá, todos os chefes do povo, e informai-vos, e vede em que se cometeu hoje este pecado.
39. Porque vive o Senhor, que salva a Israel, que, ainda que seja em meu filho Jónatas, certamente morrerá. E nenhum de todo o povo lhe respondeu.
40. Disse mais a todo o Israel: Vós estareis de uma banda, e eu e meu filho Jónatas estaremos da outra banda. Então, disse o povo a Saul: Faze o que parecer bem aos teus olhos.
41. Falou, pois, Saul ao Senhor, Deus de Israel: Mostra o inocente. Então, Jónatas e Saul foram tomados por sorte, e o povo saiu livre.
42. Então, disse Saul: Lançai a sorte entre mim e Jónatas, meu filho. E foi tomado Jónatas.
43. Disse, então, Saul a Jónatas: Declara-me o que tens feito. E Jónatas lho declarou e disse: Tão-somente provei um pouco de mel com a ponta da vara que tinha na mão; eis que devo morrer?
44. Então, disse Saul: Assim me faça Deus e outro tanto, que com certeza morrerás, Jónatas.
45. Porém o povo disse a Saul: Morrerá Jónatas, que efetuou tão grande salvação em Israel? Nunca tal suceda. Vive o Senhor, que não lhe há de cair no chão um só cabelo da sua cabeça! Pois com Deus fez isso, hoje. Assim, o povo livrou a Jónatas, para que não morresse.
46. E Saul deixou de seguir os filisteus, e os filisteus se foram ao seu lugar.
47. Então, tomou Saul o reino sobre Israel e pelejou contra todos os seus inimigos em redor: contra Moabe, e contra os filhos de Amom, e contra Edom, e contra os reis de Zobá, e contra os filisteus; e, para onde quer que se voltava, executava castigos.
48. E houve-se valorosamente, e feriu aos amalequitas, e libertou a Israel da mão dos que o saqueavam.
49. E os filhos de Saul eram Jónatas, e Isvi, e Malquisua; e os nomes de suas duas filhas eram estes: o nome da mais velha, Merabe, e o nome da mais nova, Mical.
50. E o nome da mulher de Saul, Ainoã, filha de Aimaás; e o nome do general do exército, Abner, filho de Ner, tio de Saul.
51. E Quis, pai de Saul, e Ner, pai de Abner, eram filhos de Abiel.
52. E houve uma forte guerra contra os filisteus, todos os dias de Saul; pelo que Saul, a todos os homens valentes e valorosos que via,os agregava a si.
Capítulo 15.
2. E estava Saul na extremidade de Gibeá, debaixo da romeira que estava em Migrom; e o povo que havia com ele eram uns seiscentos homens.
3. E Aías, filho de Aitube, irmão de Icabó, filho de Finéias, filho de Eli, sacerdote do Senhor em Siló, trazia o éfode; porém o povo não sabia que Jónatas tinha ido.
4. E, nas passagens pelas quais Jónatas procurava passar à guarnição dos filisteus, desta banda havia uma penha aguda, e da outra banda, uma penha aguda; e era o nome de uma Bozez; e o nome da outra, Sené.
5. Uma penha para o norte estava defronte de Micmás, e a outra para o sul, defronte de Gibeá.
6. Disse, pois, Jónatas ao moço que lhe levava as armas: Vem, passemos à guarnição destes incircuncisos; porventura, operará o Senhor por nós, porque para com o Senhor nenhum impedimento há de livrar com muitos ou com poucos.
7. Então, o seu pajem de armas lhe disse: Faze tudo o que tens no coração; volta, eis-me aqui contigo, conforme o teu coração.
8. Disse, pois, Jónatas: Eis que passaremos àqueles homens e nos descobriremos a eles.
9. Se nos disserem assim: Parai até que cheguemos a vós; então, ficaremos no nosso lugar e não subiremos a eles.
10. Porém dizendo assim: Subi a nós; então, subiremos, pois o Senhor os tem entregado na nossa mão, e isso nos será por sinal.
11. Descobrindo-se ambos eles, pois, à guarnição dos filisteus, disseram os filisteus: Eis que já os hebreus saíram das cavernas em que se tinham escondido.
12. E os homens da guarnição responderam a Jónatas e ao seu pajem de armas e disseram: Subi a nós, e nós vo-lo ensinaremos. E disse Jónatas ao seu pajem de armas: Sobe atrás de mim, porque o Senhor os tem entregado na mão de Israel.
13. Então, subiu Jónatas com os pés e com as mãos, e o seu pajem de armas atrás dele; e caíram diante de Jónatas, e o seu pajem de armas os matava atrás dele.
14. E sucedeu esta primeira derrota, em que Jónatas e o seu pajem de armas feriram até uns vinte homens, quase no meio de uma jeira de terra que uma junta de bois podia lavrar.
15. E houve tremor no arraial, no campo e em todo o povo; também a mesma guarnição e os destruidores tremeram, e até a terra se alvoroçou, porquanto era tremor de Deus.
16. Olharam, pois, as sentinelas de Saul, em Gibeá de Benjamim, e eis que a multidão se derramava e fugia, batendo-se.
17. Disse, então, Saul ao povo que estava com ele: Ora, contai e vede quem é que saiu dentre nós. E contaram, e eis que nem Jónatas nem o seu pajem de armas estavam ali.
18. Então, Saul disse a Aías: Traze aqui a arca de Deus porque, naquele dia, estava a arca de Deus com os filhos de Israel.
19. E sucedeu que, estando Saul ainda falando com o sacerdote, o alvoroço que havia no arraial dos filisteus ia crescendo muito e se multiplicava, pelo que disse Saul ao sacerdote: Retira a tua mão.
20. Então, Saul e todo o povo que havia com ele se ajuntaram e vieram à peleja; e eis que a espada de um era contra o outro, e houve mui grande tumulto.
21. Também com os filisteus havia hebreus, como dantes, que subiram com eles ao arraial em redor; e também estes se ajuntaram com os israelitas que estavam com Saul e Jónatas.
22. Ouvindo, pois, todos os homens de Israel que se esconderam pela montanha de Efraim que os filisteus fugiam, eles também os perseguiram de perto na peleja.
23. Assim, livrou o Senhor a Israel naquele dia; e o arraial passou a Bete-Áven.
24. E estavam os homens de Israel já exaustos naquele dia, porquanto Saul conjurara o povo, dizendo: Maldito o homem que comer pão até à tarde, para que me vingue de meus inimigos. Pelo que todo o povo se absteve de provar pão.
25. E todo o povo chegou a um bosque; e havia mel na superfície do campo.
26. E, chegando o povo ao bosque, eis que havia um manancial de mel; porém ninguém chegou a mão à boca, porque o povo temia a conjuração.
27. Porém Jónatas não tinha ouvido quando seu pai conjurara o povo, e estendeu a ponta da vara que tinha na mão, e a molhou no favo de mel; e, tornando a mão à boca, aclararam-se os seus olhos.
28. Então, respondeu um do povo e disse: Solenemente, conjurou teu pai o povo, dizendo: Maldito o homem que comer hoje pão. Pelo que o povo desfalecia.
29. Então, disse Jónatas: Meu pai tem turbado a terra; ora, vede como se me aclararam os olhos por ter provado um pouco deste mel.
30. Quanto mais se o povo hoje livremente tivesse comido do despojo que achou de seus inimigos. Porém, agora, não foi tão grande o estrago dos filisteus.
31. Feriram, porém, aquele dia aos filisteus, desde Micmás até Aijalom; e o povo desfaleceu em extremo.
32. Então, o povo se lançou ao despojo, e tomaram ovelhas, e vacas, e bezerros e os degolaram no chão; e o povo os comeu com sangue.
33. E o anunciaram a Saul, dizendo: Eis que o povo peca contra o Senhor, comendo com sangue. E disse ele: Aleivosamente, procedestes; revolvei-me hoje uma grande pedra.
34. Disse mais Saul: Derramai-vos entre o povo e dizei-lhes: Trazei-me cada um o seu boi, e cada um a sua ovelha, e degolai-os aqui, e comei, e não pequeis contra o Senhor, comendo com sangue. Então, todo o povo trouxe de noite, cada um com a sua mão, o seu boi, e os degolaram ali.
35. Então, edificou Saul um altar ao Senhor; este foi o primeiro altar que edificou ao Senhor.
36. Depois, disse Saul: Desçamos, de noite, atrás dos filisteus, e despojemo-los, até que amanheça a luz, e não deixemos de resto um homem deles. E disseram: Tudo o que parecer bem aos teus olhos faze. Disse, porém, o sacerdote: Cheguemo-nos aqui a Deus.
37. Então, consultou Saul a Deus, dizendo: Descerei atrás dos filisteus? Entregá-los-ás na mão de Israel? Porém aquele dia lhe não respondeu.
38. Então, disse Saul: Chegai-vos para cá, todos os chefes do povo, e informai-vos, e vede em que se cometeu hoje este pecado.
39. Porque vive o Senhor, que salva a Israel, que, ainda que seja em meu filho Jónatas, certamente morrerá. E nenhum de todo o povo lhe respondeu.
40. Disse mais a todo o Israel: Vós estareis de uma banda, e eu e meu filho Jónatas estaremos da outra banda. Então, disse o povo a Saul: Faze o que parecer bem aos teus olhos.
41. Falou, pois, Saul ao Senhor, Deus de Israel: Mostra o inocente. Então, Jónatas e Saul foram tomados por sorte, e o povo saiu livre.
42. Então, disse Saul: Lançai a sorte entre mim e Jónatas, meu filho. E foi tomado Jónatas.
43. Disse, então, Saul a Jónatas: Declara-me o que tens feito. E Jónatas lho declarou e disse: Tão-somente provei um pouco de mel com a ponta da vara que tinha na mão; eis que devo morrer?
44. Então, disse Saul: Assim me faça Deus e outro tanto, que com certeza morrerás, Jónatas.
45. Porém o povo disse a Saul: Morrerá Jónatas, que efetuou tão grande salvação em Israel? Nunca tal suceda. Vive o Senhor, que não lhe há de cair no chão um só cabelo da sua cabeça! Pois com Deus fez isso, hoje. Assim, o povo livrou a Jónatas, para que não morresse.
46. E Saul deixou de seguir os filisteus, e os filisteus se foram ao seu lugar.
47. Então, tomou Saul o reino sobre Israel e pelejou contra todos os seus inimigos em redor: contra Moabe, e contra os filhos de Amom, e contra Edom, e contra os reis de Zobá, e contra os filisteus; e, para onde quer que se voltava, executava castigos.
48. E houve-se valorosamente, e feriu aos amalequitas, e libertou a Israel da mão dos que o saqueavam.
49. E os filhos de Saul eram Jónatas, e Isvi, e Malquisua; e os nomes de suas duas filhas eram estes: o nome da mais velha, Merabe, e o nome da mais nova, Mical.
50. E o nome da mulher de Saul, Ainoã, filha de Aimaás; e o nome do general do exército, Abner, filho de Ner, tio de Saul.
51. E Quis, pai de Saul, e Ner, pai de Abner, eram filhos de Abiel.
52. E houve uma forte guerra contra os filisteus, todos os dias de Saul; pelo que Saul, a todos os homens valentes e valorosos que via,os agregava a si.
Capítulo 15.
1. Então, disse Samuel a Saul: Enviou-me o Senhor a ungir-te rei sobre o seu povo, sobre Israel; ouve, pois, agora a voz das palavras do Senhor.
2. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eu me recordei do que fez Amaleque a Israel; como se lhe opôs no caminho, quando subia do Egito.
3. Vai, pois, agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas e desde os camelos até aos jumentos.
4. E Saul convocou o povo e os contou em Telaim: duzentos mil homens de pé e dez mil homens de Judá.
5. Chegando, pois, Saul à cidade de Amaleque, pôs emboscada no vale.
6. E disse Saul aos queneus: Ide-vos, retirai-vos e saí do meio dos amalequitas, para que vos não destrua juntamente com eles, porque vós usastes de misericórdia com todos os filhos de Israel, quando subiram do Egito. Assim, os queneus se retiraram do meio dos amalequitas.
7. Então, feriu Saul os amalequitas, desde Havilá até chegar a Sur, que está defronte do Egito.
8. E tomou vivo a Agague, rei dos amalequitas; porém a todo o povo destruiu a fio de espada.
9. E Saul e o povo perdoaram a Agague, e ao melhor das ovelhas e das vacas, e às da segunda sorte, e aos cordeiros, e ao melhor que havia e não os quiseram destruir totalmente; porém a toda coisa vil e desprezível destruíram totalmente.
10. Então, veio a palavra do Senhor a Samuel, dizendo:
11. Arrependo-me de haver posto a Saul como rei; porquanto deixou de me seguir e não executou as minhas palavras. Então, Samuel se contristou e toda a noite clamou ao Senhor.
12. E madrugou Samuel para encontrar a Saul pela manhã; e anunciou-se a Samuel, dizendo: Já chegou Saul ao Carmelo, e eis que levantou para si uma coluna. Então, fez volta, e passou, e desceu a Gilgal.
13. Veio, pois, Samuel a Saul; e Saul lhe disse: Bendito sejas tu do Senhor; executei a palavra do Senhor.
14. Então, disse Samuel: Que balido, pois, de ovelhas é este nos meus ouvidos, e o mugido de vacas que ouço?
15. E disse Saul: De Amaleque as trouxeram; porque o povo perdoou ao melhor das ovelhas e das vacas, para as oferecer ao Senhor, teu Deus; o resto, porém, temos destruído totalmente.
16. Então, disse Samuel a Saul: Espera, e te declararei o que o Senhor me disse esta noite. E ele disse-lhe: Fala.
17. E disse Samuel: Porventura, sendo tu pequeno aos teus olhos, não foste por cabeça das tribos de Israel? E o Senhor te ungiu rei sobre Israel.
18. E enviou-te o Senhor a este caminho e disse: Vai, e destrói totalmente a estes pecadores, os amalequitas, e peleja contra eles, até que os aniquiles.
19. Por que, pois, não deste ouvidos à voz do Senhor? Antes, voaste ao despojo e fizeste o que era mal aos olhos do Senhor.
20. Então, disse Saul a Samuel: Antes, dei ouvidos à voz do Senhor e caminhei no caminho pelo qual o Senhor me enviou; e trouxe a Agague, rei de Amaleque, e os amalequitas destruí totalmente;
21. Mas o povo tomou do despojo ovelhas e vacas, o melhor do interdito, para oferecer ao Senhor, teu Deus, em Gilgal.
22. Porém Samuel disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros.
23. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei.
24. Então, disse Saul a Samuel: Pequei, porquanto tenho traspassado o dito do Senhor e as tuas palavras; porque temi o povo e dei ouvidos à sua voz.
25. Agora, pois, te rogo, perdoa-me o meu pecado e volta comigo, para que adore o Senhor.
26. Porém Samuel disse a Saul: Não tornarei contigo; porquanto rejeitaste a palavra do Senhor, já te rejeitou o Senhor, para que não sejas rei sobre Israel.
27. E, virando-se Samuel para se ir, ele lhe pegou pela borda da capa e a rasgou.
28. Então, Samuel lhe disse: O Senhor tem rasgado de ti hoje o reino de Israel e o tem dado ao teu próximo, melhor do que tu.
29. E também aquele que é a Força de Israel não mente nem se arrepende; porquanto não é um homem, para que se arrependa.
30. Disse ele então: Pequei; honra-me, porém, agora diante dos anciãos do meu povo e diante de Israel; e volta comigo, para que adore o Senhor, teu Deus.
31. Então, Samuel se tornou atrás de Saul, e Saul adorou ao Senhor.
32. Então, disse Samuel: Trazei-me aqui Agague, rei dos amalequitas. E Agague veio a ele animosamente; e disse Agague: Na verdade, já passou a amargura da morte.
33. Disse, porém, Samuel: Assim como a tua espada desfilhou as mulheres, assim ficará desfilhada a tua mãe entre as mulheres. Então, Samuel despedaçou Agague perante o Senhor, em Gilgal.
34. Então, Samuel se foi a Ramá; e Saul subiu à sua casa, a Gibeá de Saul.
35. E nunca mais viu Samuel a Saul até ao dia da sua morte; porque Samuel teve dó de Saul. E o Senhor se arrependeu de que pusera a Saul rei sobre Israel.
Capítulo 16.
2. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eu me recordei do que fez Amaleque a Israel; como se lhe opôs no caminho, quando subia do Egito.
3. Vai, pois, agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas e desde os camelos até aos jumentos.
4. E Saul convocou o povo e os contou em Telaim: duzentos mil homens de pé e dez mil homens de Judá.
5. Chegando, pois, Saul à cidade de Amaleque, pôs emboscada no vale.
6. E disse Saul aos queneus: Ide-vos, retirai-vos e saí do meio dos amalequitas, para que vos não destrua juntamente com eles, porque vós usastes de misericórdia com todos os filhos de Israel, quando subiram do Egito. Assim, os queneus se retiraram do meio dos amalequitas.
7. Então, feriu Saul os amalequitas, desde Havilá até chegar a Sur, que está defronte do Egito.
8. E tomou vivo a Agague, rei dos amalequitas; porém a todo o povo destruiu a fio de espada.
9. E Saul e o povo perdoaram a Agague, e ao melhor das ovelhas e das vacas, e às da segunda sorte, e aos cordeiros, e ao melhor que havia e não os quiseram destruir totalmente; porém a toda coisa vil e desprezível destruíram totalmente.
10. Então, veio a palavra do Senhor a Samuel, dizendo:
11. Arrependo-me de haver posto a Saul como rei; porquanto deixou de me seguir e não executou as minhas palavras. Então, Samuel se contristou e toda a noite clamou ao Senhor.
12. E madrugou Samuel para encontrar a Saul pela manhã; e anunciou-se a Samuel, dizendo: Já chegou Saul ao Carmelo, e eis que levantou para si uma coluna. Então, fez volta, e passou, e desceu a Gilgal.
13. Veio, pois, Samuel a Saul; e Saul lhe disse: Bendito sejas tu do Senhor; executei a palavra do Senhor.
14. Então, disse Samuel: Que balido, pois, de ovelhas é este nos meus ouvidos, e o mugido de vacas que ouço?
15. E disse Saul: De Amaleque as trouxeram; porque o povo perdoou ao melhor das ovelhas e das vacas, para as oferecer ao Senhor, teu Deus; o resto, porém, temos destruído totalmente.
16. Então, disse Samuel a Saul: Espera, e te declararei o que o Senhor me disse esta noite. E ele disse-lhe: Fala.
17. E disse Samuel: Porventura, sendo tu pequeno aos teus olhos, não foste por cabeça das tribos de Israel? E o Senhor te ungiu rei sobre Israel.
18. E enviou-te o Senhor a este caminho e disse: Vai, e destrói totalmente a estes pecadores, os amalequitas, e peleja contra eles, até que os aniquiles.
19. Por que, pois, não deste ouvidos à voz do Senhor? Antes, voaste ao despojo e fizeste o que era mal aos olhos do Senhor.
20. Então, disse Saul a Samuel: Antes, dei ouvidos à voz do Senhor e caminhei no caminho pelo qual o Senhor me enviou; e trouxe a Agague, rei de Amaleque, e os amalequitas destruí totalmente;
21. Mas o povo tomou do despojo ovelhas e vacas, o melhor do interdito, para oferecer ao Senhor, teu Deus, em Gilgal.
22. Porém Samuel disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros.
23. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei.
24. Então, disse Saul a Samuel: Pequei, porquanto tenho traspassado o dito do Senhor e as tuas palavras; porque temi o povo e dei ouvidos à sua voz.
25. Agora, pois, te rogo, perdoa-me o meu pecado e volta comigo, para que adore o Senhor.
26. Porém Samuel disse a Saul: Não tornarei contigo; porquanto rejeitaste a palavra do Senhor, já te rejeitou o Senhor, para que não sejas rei sobre Israel.
27. E, virando-se Samuel para se ir, ele lhe pegou pela borda da capa e a rasgou.
28. Então, Samuel lhe disse: O Senhor tem rasgado de ti hoje o reino de Israel e o tem dado ao teu próximo, melhor do que tu.
29. E também aquele que é a Força de Israel não mente nem se arrepende; porquanto não é um homem, para que se arrependa.
30. Disse ele então: Pequei; honra-me, porém, agora diante dos anciãos do meu povo e diante de Israel; e volta comigo, para que adore o Senhor, teu Deus.
31. Então, Samuel se tornou atrás de Saul, e Saul adorou ao Senhor.
32. Então, disse Samuel: Trazei-me aqui Agague, rei dos amalequitas. E Agague veio a ele animosamente; e disse Agague: Na verdade, já passou a amargura da morte.
33. Disse, porém, Samuel: Assim como a tua espada desfilhou as mulheres, assim ficará desfilhada a tua mãe entre as mulheres. Então, Samuel despedaçou Agague perante o Senhor, em Gilgal.
34. Então, Samuel se foi a Ramá; e Saul subiu à sua casa, a Gibeá de Saul.
35. E nunca mais viu Samuel a Saul até ao dia da sua morte; porque Samuel teve dó de Saul. E o Senhor se arrependeu de que pusera a Saul rei sobre Israel.
Capítulo 16.
1. Então, disse o Senhor a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche o teu vaso de azeite e vem; enviar-te-ei a Jessé, o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei.
2. Porém disse Samuel: Como irei eu? Pois, ouvindo-o Saul, me matará. Então, disse o Senhor: Toma uma bezerra das vacas em tuas mãos e dize: Vim para sacrificar ao Senhor.
3. E convidarás Jessé ao sacrifício; e eu te farei saber o que hás de fazer, e ungir-me-ás a quem eu te disser.
4. Fez, pois, Samuel o que dissera o Senhor e veio a Belém. Então, os anciãos da cidade saíram ao encontro, tremendo, e disseram: De paz é a tua vinda?
5. E disse ele: É de paz; vim sacrificar ao Senhor. Santificai-vos e vinde comigo ao sacrifício. E santificou ele a Jessé e os seus filhos e os convidou ao sacrifício.
6. E sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse: Certamente, está perante o Senhor o seu ungido.
7. Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.
8. Então, chamou Jessé a Abinadabe e o fez passar diante de Samuel, o qual disse: Nem a este tem escolhido o Senhor.
9. Então, Jessé fez passar a Samá, porém disse: Tampouco a este tem escolhido o Senhor.
10. Assim, fez passar Jessé os seus sete filhos diante de Samuel; porém Samuel disse a Jessé: O Senhor não tem escolhido estes.
11. Disse mais Samuel a Jessé: Acabaram-se os jovens? E disse: Ainda falta o menor, e eis que apascenta as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Envia e manda-o chamar, porquanto não nos assentaremos em roda da mesa até que ele venha aqui.
12. Então, mandou em busca dele e o trouxe e era ruivo, e formoso de semblante, e de boa presença. E disse o Senhor: Levanta-te e unge-o, porque este mesmo é.
13. Então, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos; e, desde aquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apoderou de Davi. Então, Samuel se levantou e se tornou a Ramá.
14. E o Espírito do Senhor se retirou de Saul, e o assombrava um espírito mau, da parte do Senhor.
15. Então, os criados de Saul lhe disseram: Eis que agora um espírito mau, da parte do Senhor, te assombra.
16. Diga, pois, nosso senhor a seus servos, que estão em tua presença, que busquem um homem que saiba tocar harpa; e será que, quando o espírito mau, da parte do Senhor, vier sobre ti, então, ele tocará com a sua mão, e te acharás melhor.
17. Então, disse Saul aos seus servos: Buscai-me, pois, um homem que toque bem e trazei-mo.
18. Então, respondeu um dos jovens e disse: Eis que tenho visto um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é valente, e animoso, e homem de guerra, e sisudo em palavras, e de gentil presença; o Senhor é com ele.
19. E Saul enviou mensageiros a Jessé, dizendo: Envia-me Davi, teu filho, o que está com as ovelhas.
20. Então, tomou Jessé um jumento carregado de pão, e um odre de vinho, e um cabrito e enviou-os a Saul pela mão de Davi, seu filho.
21. Assim, Davi veio a Saul, e esteve perante ele, e o amou muito; e foi seu pajem de armas.
22. Então, Saul mandou dizer a Jessé: Deixa estar Davi perante mim, pois achou graça a meus olhos.
23. E sucedia que, quando o espírito mau, da parte de Deus, vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa e a tocava com a sua mão; então, Saul sentia alívio e se achava melhor, e o espírito mau se retirava dele.
Capítulo 17.
2. Porém disse Samuel: Como irei eu? Pois, ouvindo-o Saul, me matará. Então, disse o Senhor: Toma uma bezerra das vacas em tuas mãos e dize: Vim para sacrificar ao Senhor.
3. E convidarás Jessé ao sacrifício; e eu te farei saber o que hás de fazer, e ungir-me-ás a quem eu te disser.
4. Fez, pois, Samuel o que dissera o Senhor e veio a Belém. Então, os anciãos da cidade saíram ao encontro, tremendo, e disseram: De paz é a tua vinda?
5. E disse ele: É de paz; vim sacrificar ao Senhor. Santificai-vos e vinde comigo ao sacrifício. E santificou ele a Jessé e os seus filhos e os convidou ao sacrifício.
6. E sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse: Certamente, está perante o Senhor o seu ungido.
7. Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.
8. Então, chamou Jessé a Abinadabe e o fez passar diante de Samuel, o qual disse: Nem a este tem escolhido o Senhor.
9. Então, Jessé fez passar a Samá, porém disse: Tampouco a este tem escolhido o Senhor.
10. Assim, fez passar Jessé os seus sete filhos diante de Samuel; porém Samuel disse a Jessé: O Senhor não tem escolhido estes.
11. Disse mais Samuel a Jessé: Acabaram-se os jovens? E disse: Ainda falta o menor, e eis que apascenta as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Envia e manda-o chamar, porquanto não nos assentaremos em roda da mesa até que ele venha aqui.
12. Então, mandou em busca dele e o trouxe e era ruivo, e formoso de semblante, e de boa presença. E disse o Senhor: Levanta-te e unge-o, porque este mesmo é.
13. Então, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos; e, desde aquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apoderou de Davi. Então, Samuel se levantou e se tornou a Ramá.
14. E o Espírito do Senhor se retirou de Saul, e o assombrava um espírito mau, da parte do Senhor.
15. Então, os criados de Saul lhe disseram: Eis que agora um espírito mau, da parte do Senhor, te assombra.
16. Diga, pois, nosso senhor a seus servos, que estão em tua presença, que busquem um homem que saiba tocar harpa; e será que, quando o espírito mau, da parte do Senhor, vier sobre ti, então, ele tocará com a sua mão, e te acharás melhor.
17. Então, disse Saul aos seus servos: Buscai-me, pois, um homem que toque bem e trazei-mo.
18. Então, respondeu um dos jovens e disse: Eis que tenho visto um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é valente, e animoso, e homem de guerra, e sisudo em palavras, e de gentil presença; o Senhor é com ele.
19. E Saul enviou mensageiros a Jessé, dizendo: Envia-me Davi, teu filho, o que está com as ovelhas.
20. Então, tomou Jessé um jumento carregado de pão, e um odre de vinho, e um cabrito e enviou-os a Saul pela mão de Davi, seu filho.
21. Assim, Davi veio a Saul, e esteve perante ele, e o amou muito; e foi seu pajem de armas.
22. Então, Saul mandou dizer a Jessé: Deixa estar Davi perante mim, pois achou graça a meus olhos.
23. E sucedia que, quando o espírito mau, da parte de Deus, vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa e a tocava com a sua mão; então, Saul sentia alívio e se achava melhor, e o espírito mau se retirava dele.
Capítulo 17.
1. E os filisteus ajuntaram os seus arraiais para a guerra, e congregaram-se em Socó, que está em Judá, e acamparam-se entre Socó e Azeca, no termo de Damim.
2. Porém Saul e os homens de Israel se ajuntaram, e acamparam no vale do Carvalho, e ordenaram a batalha contra os filisteus.
3. E os filisteus estavam num monte da banda dalém, e os israelitas estavam no outro monte da banda daquém; e o vale estava entre eles.
4. Então, saiu do arraial dos filisteus um homem guerreiro, cujo nome era Golias, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo.
5. Trazia na cabeça um capacete de bronze e vestia uma couraça de escamas; e era o peso da couraça de cinco mil siclos de bronze.
6. E trazia grevas de bronze por cima de seus pés e um escudo de bronze entre os seus ombros.
7. E a haste da sua lança era como eixo de tecelão, e o ferro da sua lança, de seiscentos siclos de ferro; e diante dele ia o escudeiro.
8. E parou, e clamou às companhias de Israel, e disse-lhes: Para que saireis a ordenar a batalha? Não sou eu filisteu, e vós, servos de Saul? Escolhei dentre vós um homem que desça a mim.
9. Se ele puder pelejar comigo e me ferir, seremos vossos servos; porém, se eu o vencer e o ferir, então, sereis nossos servos e nos servireis.
10. Disse mais o filisteu: Hoje, desafio as companhias de Israel, dizendo: Dai-me um homem, para que ambos pelejemos.
11. Ouvindo, então, Saul e todo o Israel essas palavras do filisteu, espantaram-se e temeram muito.
12. E Davi era filho de um homem, efrateu, de Belém de Judá, cujo nome era Jessé, que tinha oito filhos; e, nos dias de Saul, era este homem já velho e adiantado na idade entre os homens.
13. Foram-se os três filhos mais velhos de Jessé e seguiram a Saul à guerra; e eram os nomes de seus três filhos, que foram à guerra, Eliabe, o primogénito, e o segundo, Abinadabe, e o terceiro, Samá.
14. E Davi era o menor; e os três maiores seguiram a Saul.
15. Davi, porém, ia e voltava de Saul, para apascentar as ovelhas de seu pai, em Belém.
16. Chegava-se, pois, o filisteu pela manhã e à tarde; e apresentou-se por quarenta dias.
17. E disse Jessé a Davi, seu filho: Toma, peço-te, para teus irmãos um efa deste grão tostado e estes dez pães e corre a levá-los ao arraial, a teus irmãos.
18. Porém estes dez queijos de leite leva ao chefe de mil; e visitarás teus irmãos, a ver se lhes vai bem; e tomarás o seu penhor.
19. E estavam Saul, e eles, e todos os homens de Israel no vale do Carvalho, pelejando com os filisteus.
20. Davi, então, se levantou pela manhã, bem cedo, e deixou as ovelhas a um guarda, e carregou-se, e partiu, como Jessé lhe ordenara; e chegou ao lugar dos carros, quando já o arraial saía em ordem de batalha, e, a gritos, chamavam à peleja.
21. E os israelitas e filisteus se puseram em ordem, fileira contra fileira.
22. E Davi deixou a carga que trouxera na mão do guarda da bagagem e correu à batalha; e, chegando, perguntou a seus irmãos se estavam bem.
23. E, estando ele ainda falando com eles, eis que vinha subindo do exército dos filisteus o homem guerreiro, cujo nome era Golias, o filisteu de Gate, e falou conforme aquelas palavras, e Davi as ouviu.
24. Porém todos os homens de Israel, vendo aquele homem, fugiam de diante dele, e temiam grandemente,
25. E diziam os homens de Israel: Vistes aquele homem que subiu? Pois subiu para afrontar a Israel. Há de ser, pois, que ao homem que o ferir o rei o enriquecerá de grandes riquezas, e lhe dará a sua filha, e fará isenta de impostos a casa de seu pai em Israel.
26. Então, falou Davi aos homens que estavam com ele, dizendo: Que farão àquele homem que ferir a este filisteu e tirar a afronta de sobre Israel? Quem é, pois, este incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?
27. E o povo lhe tornou a falar conforme aquela palavra, dizendo: Assim farão ao homem que o ferir.
28. E, ouvindo Eliabe, seu irmão mais velho, falar àqueles homens, acendeu-se a ira de Eliabe contra Davi, e disse: Por que desceste aqui? E a quem deixaste aquelas poucas ovelhas no deserto? Bem conheço a tua presunção e a maldade do teu coração, que desceste para ver a peleja.
29. Então, disse Davi: Que fiz eu agora? Porventura, não há razão para isso?
30. E desviou-se dele para outro e falou conforme aquela palavra; e o povo lhe tornou a responder conforme as primeiras palavras.
31. E, ouvidas as palavras que Davi havia falado, as anunciaram a Saul, e mandou em busca dele.
32. E Davi disse a Saul: Não desfaleça o coração de ninguém por causa dele; teu servo irá e pelejará contra este filisteu.
33. Porém Saul disse a Davi: Contra este filisteu não poderás ir para pelejar com ele; pois tu ainda és moço, e ele, homem de guerra desde a sua mocidade.
34. Então, disse Davi a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; e vinha um leão ou um urso e tomava uma ovelha do rebanho,
35. E eu saía após ele, e o feria, e a livrava da sua boca; e, levantando-se ele contra mim, lançava-lhe mão da barba, e o feria, e o matava.
36. Assim, feria o teu servo o leão como o urso; assim será este incircunciso filisteu como um deles; porquanto afrontou os exércitos do Deus vivo.
37. Disse mais Davi: O Senhor me livrou da mão do leão e da do urso; ele me livrará da mão deste filisteu. Então, disse Saul a Davi: Vai-te embora, e o Senhor seja contigo.
38. E Saul vestiu a Davi das suas vestes, e pôs-lhe sobre a cabeça um capacete de bronze, e o vestiu de uma couraça.
39. E Davi cingiu a espada sobre as suas vestes e começou a andar; porém nunca o havia experimentado; então, disse Davi a Saul: Não posso andar com isto, pois nunca o experimentei. E Davi tirou aquilo de sobre si.
40. E tomou o seu cajado na mão, e escolheu para si cinco seixos do ribeiro, e pô-los no alforje de pastor, que trazia, a saber, no surrão; e lançou mão da sua funda e foi-se chegando ao filisteu.
41. O filisteu também veio e se vinha chegando a Davi; e o que lhe levava o escudo ia diante dele.
42. E, olhando o filisteu e vendo a Davi, o desprezou, porquanto era jovem ruivo e de gentil aspecto.
43. Disse, pois, o filisteu a Davi: Sou eu algum cão, para tu vires a mim com paus? E o filisteu amaldiçoou a Davi, pelos seus deuses.
44. Disse mais o filisteu a Davi: Vem a mim, e darei a tua carne às aves do céu e às bestas do campo.
45. Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu vou a ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado.
46. Hoje mesmo o Senhor te entregará na minha mão; e ferir-te-ei, e te tirarei a cabeça, e os corpos do arraial dos filisteus darei hoje mesmo às aves do céu e às bestas da terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel.
47. E saberá toda esta congregação que o Senhor salva, não com espada, nem com lança; porque do Senhor é a guerra, e ele vos entregará na nossa mão.
48. E sucedeu que, levantando-se o filisteu e indo encontrar-se com Davi, apressou-se Davi e correu ao combate, a encontrar-se com o filisteu.
49. E Davi meteu a mão no alforje, e tomou dali uma pedra, e com a funda lha atirou, e feriu o filisteu na testa; e a pedra se lhe cravou na testa, e caiu sobre o seu rosto em terra.
50. Assim, Davi prevaleceu contra o filisteu, com uma funda e com uma pedra, e feriu o filisteu, e o matou sem que Davi tivesse uma espada na mão.
51. Pelo que correu Davi, e pôs-se em pé sobre o filisteu, e tomou a sua espada, e tirou-a da bainha; e o matou e lhe cortou com ela a cabeça; vendo, então, os filisteus que o seu campeão era morto, fugiram.
52. Então, os homens de Israel e Judá se levantaram, e jubilaram, e seguiram os filisteus, até chegar ao vale e até às portas de Ecrom; e caíram os feridos dos filisteus pelo caminho, de Saaraim até Gate e até Ecrom.
53. Então, voltaram os filhos de Israel de perseguirem os filisteus e despojaram os seus arraiais.
54. E Davi tomou a cabeça do filisteu e a trouxe a Jerusalém; porém pôs as armas dele na sua tenda.
55. Vendo, porém, Saul sair Davi a encontrar-se com o filisteu, disse a Abner, o chefe do exército: De quem é filho este jovem, Abner? E disse Abner: Vive a tua alma, ó rei, que o não sei.
56. Disse, então, o rei: Pergunta, pois, de quem é filho este jovem.
57. Voltando, pois, Davi de ferir o filisteu, Abner o tomou consigo e o trouxe à presença de Saul, trazendo ele na mão a cabeça do filisteu.
58. E disse-lhe Saul: De quem és filho, jovem? E disse Davi: Filho de teu servo Jessé, belemita.
Capítulo 18.
2. Porém Saul e os homens de Israel se ajuntaram, e acamparam no vale do Carvalho, e ordenaram a batalha contra os filisteus.
3. E os filisteus estavam num monte da banda dalém, e os israelitas estavam no outro monte da banda daquém; e o vale estava entre eles.
4. Então, saiu do arraial dos filisteus um homem guerreiro, cujo nome era Golias, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo.
5. Trazia na cabeça um capacete de bronze e vestia uma couraça de escamas; e era o peso da couraça de cinco mil siclos de bronze.
6. E trazia grevas de bronze por cima de seus pés e um escudo de bronze entre os seus ombros.
7. E a haste da sua lança era como eixo de tecelão, e o ferro da sua lança, de seiscentos siclos de ferro; e diante dele ia o escudeiro.
8. E parou, e clamou às companhias de Israel, e disse-lhes: Para que saireis a ordenar a batalha? Não sou eu filisteu, e vós, servos de Saul? Escolhei dentre vós um homem que desça a mim.
9. Se ele puder pelejar comigo e me ferir, seremos vossos servos; porém, se eu o vencer e o ferir, então, sereis nossos servos e nos servireis.
10. Disse mais o filisteu: Hoje, desafio as companhias de Israel, dizendo: Dai-me um homem, para que ambos pelejemos.
11. Ouvindo, então, Saul e todo o Israel essas palavras do filisteu, espantaram-se e temeram muito.
12. E Davi era filho de um homem, efrateu, de Belém de Judá, cujo nome era Jessé, que tinha oito filhos; e, nos dias de Saul, era este homem já velho e adiantado na idade entre os homens.
13. Foram-se os três filhos mais velhos de Jessé e seguiram a Saul à guerra; e eram os nomes de seus três filhos, que foram à guerra, Eliabe, o primogénito, e o segundo, Abinadabe, e o terceiro, Samá.
14. E Davi era o menor; e os três maiores seguiram a Saul.
15. Davi, porém, ia e voltava de Saul, para apascentar as ovelhas de seu pai, em Belém.
16. Chegava-se, pois, o filisteu pela manhã e à tarde; e apresentou-se por quarenta dias.
17. E disse Jessé a Davi, seu filho: Toma, peço-te, para teus irmãos um efa deste grão tostado e estes dez pães e corre a levá-los ao arraial, a teus irmãos.
18. Porém estes dez queijos de leite leva ao chefe de mil; e visitarás teus irmãos, a ver se lhes vai bem; e tomarás o seu penhor.
19. E estavam Saul, e eles, e todos os homens de Israel no vale do Carvalho, pelejando com os filisteus.
20. Davi, então, se levantou pela manhã, bem cedo, e deixou as ovelhas a um guarda, e carregou-se, e partiu, como Jessé lhe ordenara; e chegou ao lugar dos carros, quando já o arraial saía em ordem de batalha, e, a gritos, chamavam à peleja.
21. E os israelitas e filisteus se puseram em ordem, fileira contra fileira.
22. E Davi deixou a carga que trouxera na mão do guarda da bagagem e correu à batalha; e, chegando, perguntou a seus irmãos se estavam bem.
23. E, estando ele ainda falando com eles, eis que vinha subindo do exército dos filisteus o homem guerreiro, cujo nome era Golias, o filisteu de Gate, e falou conforme aquelas palavras, e Davi as ouviu.
24. Porém todos os homens de Israel, vendo aquele homem, fugiam de diante dele, e temiam grandemente,
25. E diziam os homens de Israel: Vistes aquele homem que subiu? Pois subiu para afrontar a Israel. Há de ser, pois, que ao homem que o ferir o rei o enriquecerá de grandes riquezas, e lhe dará a sua filha, e fará isenta de impostos a casa de seu pai em Israel.
26. Então, falou Davi aos homens que estavam com ele, dizendo: Que farão àquele homem que ferir a este filisteu e tirar a afronta de sobre Israel? Quem é, pois, este incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?
27. E o povo lhe tornou a falar conforme aquela palavra, dizendo: Assim farão ao homem que o ferir.
28. E, ouvindo Eliabe, seu irmão mais velho, falar àqueles homens, acendeu-se a ira de Eliabe contra Davi, e disse: Por que desceste aqui? E a quem deixaste aquelas poucas ovelhas no deserto? Bem conheço a tua presunção e a maldade do teu coração, que desceste para ver a peleja.
29. Então, disse Davi: Que fiz eu agora? Porventura, não há razão para isso?
30. E desviou-se dele para outro e falou conforme aquela palavra; e o povo lhe tornou a responder conforme as primeiras palavras.
31. E, ouvidas as palavras que Davi havia falado, as anunciaram a Saul, e mandou em busca dele.
32. E Davi disse a Saul: Não desfaleça o coração de ninguém por causa dele; teu servo irá e pelejará contra este filisteu.
33. Porém Saul disse a Davi: Contra este filisteu não poderás ir para pelejar com ele; pois tu ainda és moço, e ele, homem de guerra desde a sua mocidade.
34. Então, disse Davi a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; e vinha um leão ou um urso e tomava uma ovelha do rebanho,
35. E eu saía após ele, e o feria, e a livrava da sua boca; e, levantando-se ele contra mim, lançava-lhe mão da barba, e o feria, e o matava.
36. Assim, feria o teu servo o leão como o urso; assim será este incircunciso filisteu como um deles; porquanto afrontou os exércitos do Deus vivo.
37. Disse mais Davi: O Senhor me livrou da mão do leão e da do urso; ele me livrará da mão deste filisteu. Então, disse Saul a Davi: Vai-te embora, e o Senhor seja contigo.
38. E Saul vestiu a Davi das suas vestes, e pôs-lhe sobre a cabeça um capacete de bronze, e o vestiu de uma couraça.
39. E Davi cingiu a espada sobre as suas vestes e começou a andar; porém nunca o havia experimentado; então, disse Davi a Saul: Não posso andar com isto, pois nunca o experimentei. E Davi tirou aquilo de sobre si.
40. E tomou o seu cajado na mão, e escolheu para si cinco seixos do ribeiro, e pô-los no alforje de pastor, que trazia, a saber, no surrão; e lançou mão da sua funda e foi-se chegando ao filisteu.
41. O filisteu também veio e se vinha chegando a Davi; e o que lhe levava o escudo ia diante dele.
42. E, olhando o filisteu e vendo a Davi, o desprezou, porquanto era jovem ruivo e de gentil aspecto.
43. Disse, pois, o filisteu a Davi: Sou eu algum cão, para tu vires a mim com paus? E o filisteu amaldiçoou a Davi, pelos seus deuses.
44. Disse mais o filisteu a Davi: Vem a mim, e darei a tua carne às aves do céu e às bestas do campo.
45. Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu vou a ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado.
46. Hoje mesmo o Senhor te entregará na minha mão; e ferir-te-ei, e te tirarei a cabeça, e os corpos do arraial dos filisteus darei hoje mesmo às aves do céu e às bestas da terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel.
47. E saberá toda esta congregação que o Senhor salva, não com espada, nem com lança; porque do Senhor é a guerra, e ele vos entregará na nossa mão.
48. E sucedeu que, levantando-se o filisteu e indo encontrar-se com Davi, apressou-se Davi e correu ao combate, a encontrar-se com o filisteu.
49. E Davi meteu a mão no alforje, e tomou dali uma pedra, e com a funda lha atirou, e feriu o filisteu na testa; e a pedra se lhe cravou na testa, e caiu sobre o seu rosto em terra.
50. Assim, Davi prevaleceu contra o filisteu, com uma funda e com uma pedra, e feriu o filisteu, e o matou sem que Davi tivesse uma espada na mão.
51. Pelo que correu Davi, e pôs-se em pé sobre o filisteu, e tomou a sua espada, e tirou-a da bainha; e o matou e lhe cortou com ela a cabeça; vendo, então, os filisteus que o seu campeão era morto, fugiram.
52. Então, os homens de Israel e Judá se levantaram, e jubilaram, e seguiram os filisteus, até chegar ao vale e até às portas de Ecrom; e caíram os feridos dos filisteus pelo caminho, de Saaraim até Gate e até Ecrom.
53. Então, voltaram os filhos de Israel de perseguirem os filisteus e despojaram os seus arraiais.
54. E Davi tomou a cabeça do filisteu e a trouxe a Jerusalém; porém pôs as armas dele na sua tenda.
55. Vendo, porém, Saul sair Davi a encontrar-se com o filisteu, disse a Abner, o chefe do exército: De quem é filho este jovem, Abner? E disse Abner: Vive a tua alma, ó rei, que o não sei.
56. Disse, então, o rei: Pergunta, pois, de quem é filho este jovem.
57. Voltando, pois, Davi de ferir o filisteu, Abner o tomou consigo e o trouxe à presença de Saul, trazendo ele na mão a cabeça do filisteu.
58. E disse-lhe Saul: De quem és filho, jovem? E disse Davi: Filho de teu servo Jessé, belemita.
Capítulo 18.
1. E Sucedeu que, acabando ele de falar com Saul, a alma de Jónatas se ligou com a alma de Davi; e Jónatas o amou como à sua própria alma.
2. E Saul, naquele dia, o tomou e não lhe permitiu que tornasse para casa de seu pai.
3. E Jónatas e Davi fizeram aliança; porque Jónatas o amava como à sua própria alma.
4. E Jónatas se despojou da capa que trazia sobre si e a deu a Davi, como também as suas vestes, até a sua espada, e o seu arco, e o seu cinto.
5. E saía Davi aonde quer que Saul o enviava e conduzia-se com prudência; e Saul o pôs sobre a gente de guerra, e era aceito aos olhos de todo o povo e até aos olhos dos servos de Saul.
6. Sucedeu, porém, que, vindo eles, quando Davi voltava de ferir os filisteus, as mulheres de todas as cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul, cantando e em danças, com adufes, com alegria e com instrumentos de música.
7. E as mulheres, tangendo, respondiam umas às outras e diziam: Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares.
8. Então, Saul se indignou muito, e aquela palavra pareceu mal aos seus olhos; e disse: Dez milhares deram a Davi, e a mim somente milhares; na verdade, que lhe falta, senão só o reino?
9. E, desde aquele dia em diante, Saul tinha Davi em suspeita.
10. E aconteceu, ao outro dia, que o mau espírito, da parte de Deus, se apoderou de Saul, e profetizava no meio da casa; e Davi tangia a harpa com a sua mão, como de dia em dia; Saul, porém, tinha na mão uma lança.
11. E Saul atirou com a lança, dizendo: Encravarei a Davi na parede. Porém Davi se desviou dele por duas vezes
12. E temia Saul a Davi, porque o Senhor era com ele e se tinha retirado de Saul.
13. Pelo que Saul o desviou de si e o pôs por chefe de mil; e saía e entrava diante do povo.
14. E Davi se conduzia com prudência em todos os seus caminhos, e o Senhor era com ele.
15. Vendo, então, Saul que tão prudentemente se conduzia, tinha receio dele.
16. Porém todo o Israel e Judá amavam Davi, porquanto saía e entrava diante deles.
17. Pelo que Saul disse a Davi: Eis que Merabe, minha filha mais velha, te darei por mulher; sê-me somente filho valoroso e guerreia as guerras do Senhor (Porque Saul dizia consigo: Não seja contra ele a minha mão, mas, sim, a dos filisteus.).
18. Mas Davi disse a Saul: Quem sou eu, e qual é a minha vida e a família de meu pai em Israel, para vir a ser genro do rei?
19. Sucedeu, porém, que ao tempo que Merabe, filha de Saul, devia ser dada a Davi, ela foi dada por mulher a Adriel, meolatita.
20. Mas Mical, a outra filha de Saul, amava a Davi; o que, sendo anunciado a Saul, pareceu isso bom aos seus olhos.
21. E Saul disse: Eu lha darei, para que lhe sirva de laço e para que a mão dos filisteus venha a ser contra ele. Pelo que Saul disse a Davi: Com a outra serás hoje meu genro.
22. E Saul deu ordem aos seus servos: Falai em segredo a Davi, dizendo: Eis que o rei te está mui afeiçoado, e todos os seus servos te amam; agora, pois, consente em ser genro do rei.
23. E os servos de Saul falaram todas essas palavras aos ouvidos de Davi. Então, disse Davi: Parece-vos pouco aos vossos olhos ser genro do rei, sendo eu homem pobre e desprezível?
24. E os servos de Saul lhe anunciaram isso, dizendo: Foram tais as palavras que falou Davi.
25. Então, disse Saul: Assim direis a Davi: O rei não tem necessidade de dote, senão de cem prepúcios de filisteus, para se tomar vingança dos inimigos do rei. Porquanto Saul tentava fazer cair a Davi pela mão dos filisteus.
26. E anunciaram os seus servos essas palavras a Davi, e esse negócio pareceu bem aos olhos de Davi, de que fosse genro do rei; porém ainda os dias se não haviam cumprido.
27. Então, Davi se levantou e partiu ele com os seus homens, e feriram dentre os filisteus duzentos homens; e Davi trouxe os seus prepúcios, e os entregaram todos ao rei, para que fosse genro do rei; então, Saul lhe deu por mulher a sua filha.
28. E viu Saul e notou que o Senhor era com Davi; e Mical, filha de Saul, o amava.
29. Então, Saul temeu muito mais a Davi e Saul foi todos os seus dias inimigo de Davi.
30. E, saindo os príncipes dos filisteus para a batalha, sucedeu que Davi se conduziu mais prudentemente do que todos os servos de Saul; portanto, o seu nome era mui estimado.
Capítulo 19.
2. E Saul, naquele dia, o tomou e não lhe permitiu que tornasse para casa de seu pai.
3. E Jónatas e Davi fizeram aliança; porque Jónatas o amava como à sua própria alma.
4. E Jónatas se despojou da capa que trazia sobre si e a deu a Davi, como também as suas vestes, até a sua espada, e o seu arco, e o seu cinto.
5. E saía Davi aonde quer que Saul o enviava e conduzia-se com prudência; e Saul o pôs sobre a gente de guerra, e era aceito aos olhos de todo o povo e até aos olhos dos servos de Saul.
6. Sucedeu, porém, que, vindo eles, quando Davi voltava de ferir os filisteus, as mulheres de todas as cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul, cantando e em danças, com adufes, com alegria e com instrumentos de música.
7. E as mulheres, tangendo, respondiam umas às outras e diziam: Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares.
8. Então, Saul se indignou muito, e aquela palavra pareceu mal aos seus olhos; e disse: Dez milhares deram a Davi, e a mim somente milhares; na verdade, que lhe falta, senão só o reino?
9. E, desde aquele dia em diante, Saul tinha Davi em suspeita.
10. E aconteceu, ao outro dia, que o mau espírito, da parte de Deus, se apoderou de Saul, e profetizava no meio da casa; e Davi tangia a harpa com a sua mão, como de dia em dia; Saul, porém, tinha na mão uma lança.
11. E Saul atirou com a lança, dizendo: Encravarei a Davi na parede. Porém Davi se desviou dele por duas vezes
12. E temia Saul a Davi, porque o Senhor era com ele e se tinha retirado de Saul.
13. Pelo que Saul o desviou de si e o pôs por chefe de mil; e saía e entrava diante do povo.
14. E Davi se conduzia com prudência em todos os seus caminhos, e o Senhor era com ele.
15. Vendo, então, Saul que tão prudentemente se conduzia, tinha receio dele.
16. Porém todo o Israel e Judá amavam Davi, porquanto saía e entrava diante deles.
17. Pelo que Saul disse a Davi: Eis que Merabe, minha filha mais velha, te darei por mulher; sê-me somente filho valoroso e guerreia as guerras do Senhor (Porque Saul dizia consigo: Não seja contra ele a minha mão, mas, sim, a dos filisteus.).
18. Mas Davi disse a Saul: Quem sou eu, e qual é a minha vida e a família de meu pai em Israel, para vir a ser genro do rei?
19. Sucedeu, porém, que ao tempo que Merabe, filha de Saul, devia ser dada a Davi, ela foi dada por mulher a Adriel, meolatita.
20. Mas Mical, a outra filha de Saul, amava a Davi; o que, sendo anunciado a Saul, pareceu isso bom aos seus olhos.
21. E Saul disse: Eu lha darei, para que lhe sirva de laço e para que a mão dos filisteus venha a ser contra ele. Pelo que Saul disse a Davi: Com a outra serás hoje meu genro.
22. E Saul deu ordem aos seus servos: Falai em segredo a Davi, dizendo: Eis que o rei te está mui afeiçoado, e todos os seus servos te amam; agora, pois, consente em ser genro do rei.
23. E os servos de Saul falaram todas essas palavras aos ouvidos de Davi. Então, disse Davi: Parece-vos pouco aos vossos olhos ser genro do rei, sendo eu homem pobre e desprezível?
24. E os servos de Saul lhe anunciaram isso, dizendo: Foram tais as palavras que falou Davi.
25. Então, disse Saul: Assim direis a Davi: O rei não tem necessidade de dote, senão de cem prepúcios de filisteus, para se tomar vingança dos inimigos do rei. Porquanto Saul tentava fazer cair a Davi pela mão dos filisteus.
26. E anunciaram os seus servos essas palavras a Davi, e esse negócio pareceu bem aos olhos de Davi, de que fosse genro do rei; porém ainda os dias se não haviam cumprido.
27. Então, Davi se levantou e partiu ele com os seus homens, e feriram dentre os filisteus duzentos homens; e Davi trouxe os seus prepúcios, e os entregaram todos ao rei, para que fosse genro do rei; então, Saul lhe deu por mulher a sua filha.
28. E viu Saul e notou que o Senhor era com Davi; e Mical, filha de Saul, o amava.
29. Então, Saul temeu muito mais a Davi e Saul foi todos os seus dias inimigo de Davi.
30. E, saindo os príncipes dos filisteus para a batalha, sucedeu que Davi se conduziu mais prudentemente do que todos os servos de Saul; portanto, o seu nome era mui estimado.
Capítulo 19.
1. E falou Saul a Jónatas, seu filho, e a todos os seus servos para que matassem Davi. Porém Jónatas, filho de Saul, estava mui afeiçoado a Davi.
2. E Jónatas o anunciou a Davi, dizendo: Meu pai, Saul, procura matar-te; pelo que, agora, guarda-te, pela manhã, e fica-te num lugar oculto, e esconde-te.
3. E sairei eu e estarei à mão de meu pai no campo em que estiveres; e eu falarei de ti a meu pai, e verei o que houver, e to anunciarei.
4. Então, Jónatas falou bem de Davi a Saul, seu pai, e disse-lhe: Não peque o rei contra seu servo Davi, porque ele não pecou contra ti, e porque os seus feitos te são mui bons.
5. Porque pôs a sua alma na mão e feriu aos filisteus, e fez o Senhor um grande livramento a todo o Israel; tu mesmo o viste e te alegraste; por que, pois, pecarias contra sangue inocente, matando Davi sem causa?
6. E Saul deu ouvidos à voz de Jónatas e jurou Saul: Vive o Senhor, que não morrerá.
7. E Jónatas chamou a Davi, e contou-lhe todas estas palavras, e Jónatas levou Davi a Saul; e esteve perante ele como dantes.
8. E tornou a haver guerra; e saiu Davi, e pelejou contra os filisteus, e feriu-os de grande ferida; e fugiram diante dele.
9. Porém o espírito mau, da parte do Senhor, se tornou sobre Saul, estando ele assentado em sua casa e tendo na mão a sua lança, e tangendo Davi com a mão o instrumento de música.
10. E procurava Saul encravar a Davi na parede, porém ele se desviou de diante de Saul, o qual feriu com a lança a parede; então, fugiu Davi e escapou naquela mesma noite.
11. Porém Saul mandou mensageiros à casa de Davi, que o guardassem e o matassem pela manhã; do que Mical, sua mulher, avisou a Davi, dizendo: Se não salvares a tua vida esta noite, amanhã te matarão.
12. Então, Mical desceu a Davi por uma janela; e ele se foi, e fugiu, e escapou.
13. E Mical tomou uma estátua, e a deitou na cama, e pôs-lhe à cabeceira uma pele de cabra, e a cobriu com uma coberta.
14. E, mandando Saul mensageiros que trouxessem a Davi, ela disse: Está doente.
15. Então, Saul mandou mensageiros que vissem Davi, dizendo: Trazei-mo mesmo na cama, para que o mate.
16. Vindo, pois, os mensageiros, eis que estava a estátua na cama, e a pele de cabra, à sua cabeceira.
17. Então, disse Saul a Mical: Por que assim me enganaste e deixaste ir e escapar o meu inimigo? E disse Mical a Saul: Porque ele me disse: Deixa-me ir, por que hei de eu matar-te?
18. Assim, Davi fugiu, e escapou, e veio a Samuel, a Ramá, e lhe participou tudo quanto Saul lhe fizera; e foram, ele e Samuel, e ficaram em Naiote.
19. E o anunciaram a Saul, dizendo: Eis que Davi está em Naiote, em Ramá.
20. Então, enviou Saul mensageiros para trazerem a Davi, os quais viram uma congregação de profetas profetizando, onde estava Samuel, que presidia sobre eles; e o Espírito de Deus veio sobre os mensageiros de Saul, e também eles profetizaram.
21. E, avisado disso Saul, enviou outros mensageiros, e também estes profetizaram; então, enviou Saul ainda uns terceiros mensageiros, os quais também profetizaram.
22. Então, foi também ele mesmo a Ramá e chegou ao poço grande que estava em Seco; e, perguntando, disse: Onde estão Samuel e Davi? E disseram-lhe: Eis que estão em Naiote, em Ramá.
23. Então, foi para Naiote, em Ramá; e o mesmo Espírito de Deus veio sobre ele, e ia profetizando, até chegar a Naiote, em Ramá.
24. E ele também despiu as suas vestes, e ele também profetizou diante de Samuel, e esteve nu por terra todo aquele dia e toda aquela noite; pelo que se diz: Está também Saul entre os profetas?
2. E Jónatas o anunciou a Davi, dizendo: Meu pai, Saul, procura matar-te; pelo que, agora, guarda-te, pela manhã, e fica-te num lugar oculto, e esconde-te.
3. E sairei eu e estarei à mão de meu pai no campo em que estiveres; e eu falarei de ti a meu pai, e verei o que houver, e to anunciarei.
4. Então, Jónatas falou bem de Davi a Saul, seu pai, e disse-lhe: Não peque o rei contra seu servo Davi, porque ele não pecou contra ti, e porque os seus feitos te são mui bons.
5. Porque pôs a sua alma na mão e feriu aos filisteus, e fez o Senhor um grande livramento a todo o Israel; tu mesmo o viste e te alegraste; por que, pois, pecarias contra sangue inocente, matando Davi sem causa?
6. E Saul deu ouvidos à voz de Jónatas e jurou Saul: Vive o Senhor, que não morrerá.
7. E Jónatas chamou a Davi, e contou-lhe todas estas palavras, e Jónatas levou Davi a Saul; e esteve perante ele como dantes.
8. E tornou a haver guerra; e saiu Davi, e pelejou contra os filisteus, e feriu-os de grande ferida; e fugiram diante dele.
9. Porém o espírito mau, da parte do Senhor, se tornou sobre Saul, estando ele assentado em sua casa e tendo na mão a sua lança, e tangendo Davi com a mão o instrumento de música.
10. E procurava Saul encravar a Davi na parede, porém ele se desviou de diante de Saul, o qual feriu com a lança a parede; então, fugiu Davi e escapou naquela mesma noite.
11. Porém Saul mandou mensageiros à casa de Davi, que o guardassem e o matassem pela manhã; do que Mical, sua mulher, avisou a Davi, dizendo: Se não salvares a tua vida esta noite, amanhã te matarão.
12. Então, Mical desceu a Davi por uma janela; e ele se foi, e fugiu, e escapou.
13. E Mical tomou uma estátua, e a deitou na cama, e pôs-lhe à cabeceira uma pele de cabra, e a cobriu com uma coberta.
14. E, mandando Saul mensageiros que trouxessem a Davi, ela disse: Está doente.
15. Então, Saul mandou mensageiros que vissem Davi, dizendo: Trazei-mo mesmo na cama, para que o mate.
16. Vindo, pois, os mensageiros, eis que estava a estátua na cama, e a pele de cabra, à sua cabeceira.
17. Então, disse Saul a Mical: Por que assim me enganaste e deixaste ir e escapar o meu inimigo? E disse Mical a Saul: Porque ele me disse: Deixa-me ir, por que hei de eu matar-te?
18. Assim, Davi fugiu, e escapou, e veio a Samuel, a Ramá, e lhe participou tudo quanto Saul lhe fizera; e foram, ele e Samuel, e ficaram em Naiote.
19. E o anunciaram a Saul, dizendo: Eis que Davi está em Naiote, em Ramá.
20. Então, enviou Saul mensageiros para trazerem a Davi, os quais viram uma congregação de profetas profetizando, onde estava Samuel, que presidia sobre eles; e o Espírito de Deus veio sobre os mensageiros de Saul, e também eles profetizaram.
21. E, avisado disso Saul, enviou outros mensageiros, e também estes profetizaram; então, enviou Saul ainda uns terceiros mensageiros, os quais também profetizaram.
22. Então, foi também ele mesmo a Ramá e chegou ao poço grande que estava em Seco; e, perguntando, disse: Onde estão Samuel e Davi? E disseram-lhe: Eis que estão em Naiote, em Ramá.
23. Então, foi para Naiote, em Ramá; e o mesmo Espírito de Deus veio sobre ele, e ia profetizando, até chegar a Naiote, em Ramá.
24. E ele também despiu as suas vestes, e ele também profetizou diante de Samuel, e esteve nu por terra todo aquele dia e toda aquela noite; pelo que se diz: Está também Saul entre os profetas?
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