1. E sucedeu que, tendo Samuel envelhecido, constituiu a seus filhos por juízes sobre Israel.
2. E era o nome do seu filho primogénito Joel, e o nome do seu segundo, Abias; e foram juízes em Berseba.
3. Porém seus filhos não andaram pelos caminhos dele; antes, se inclinaram à avareza, e tomaram presentes, e perverteram o juízo.
4. Então, todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá,
5. E disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações.
6. Porém essa palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos julgue. E Samuel orou ao Senhor.
7. E disse o Senhor a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te disser, pois não te tem rejeitado a ti; antes, a mim me tem rejeitado, para eu não reinar sobre ele.
8. Conforme todas as obras que fez desde o dia em que o tirei do Egito até ao dia de hoje, pois a mim me deixou, e a outros deuses serviu, assim também te fez a ti.
9. Agora, pois, ouve a sua voz, porém protesta-lhe solenemente e declara-lhe qual será o costume do rei que houver de reinar sobre ele.
10. E falou Samuel todas as palavras do Senhor ao povo, que lhe pedia um rei,
11. E disse: Este será o costume do rei que houver de reinar sobre vós: ele tomará os vossos filhos e os empregará para os seus carros e para seus cavaleiros, para que corram adiante dos seus carros;
12. E os porá por príncipes de milhares e por cinquentenários; e para que lavrem a sua lavoura, e seguem a sua sega, e façam as suas armas de guerra e os petrechos de seus carros.
13. E tomará as vossas filhas para perfumistas, cozinheiras e padeiras.
14. E tomará o melhor das vossas terras, e das vossas vinhas, e dos vossos olivais e os dará aos seus criados.
15. E as vossas sementes e as vossas vinhas dizimará, para dar aos seus eunucos e aos seus criados.
16. Também os vossos criados, e as vossas criadas, e os vossos melhores jovens, e os vossos jumentos tomará e os empregará no seu trabalho.
17. Dizimará o vosso rebanho, e vós lhe servireis de criados.
18. Então, naquele dia, clamareis por causa do vosso rei, que vós houverdes escolhido; mas o Senhor não vos ouvirá naquele dia.
19. Porém o povo não quis ouvir a voz de Samuel; e disseram: Não, mas haverá sobre nós um rei.
20. E nós também seremos como todas as outras nações; e o nosso rei nos julgará, e sairá adiante de nós, e fará as nossas guerras.
21. Ouvindo, pois, Samuel todas as palavras do povo, as falou perante os ouvidos do Senhor.
22. Então, o Senhor disse a Samuel: Dá ouvidos à sua voz, constitui-lhes rei. Então, Samuel disse aos filhos de Israel: Vá-se cada qual à sua cidade.
Capítulo 9.
2. E era o nome do seu filho primogénito Joel, e o nome do seu segundo, Abias; e foram juízes em Berseba.
3. Porém seus filhos não andaram pelos caminhos dele; antes, se inclinaram à avareza, e tomaram presentes, e perverteram o juízo.
4. Então, todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá,
5. E disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações.
6. Porém essa palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos julgue. E Samuel orou ao Senhor.
7. E disse o Senhor a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te disser, pois não te tem rejeitado a ti; antes, a mim me tem rejeitado, para eu não reinar sobre ele.
8. Conforme todas as obras que fez desde o dia em que o tirei do Egito até ao dia de hoje, pois a mim me deixou, e a outros deuses serviu, assim também te fez a ti.
9. Agora, pois, ouve a sua voz, porém protesta-lhe solenemente e declara-lhe qual será o costume do rei que houver de reinar sobre ele.
10. E falou Samuel todas as palavras do Senhor ao povo, que lhe pedia um rei,
11. E disse: Este será o costume do rei que houver de reinar sobre vós: ele tomará os vossos filhos e os empregará para os seus carros e para seus cavaleiros, para que corram adiante dos seus carros;
12. E os porá por príncipes de milhares e por cinquentenários; e para que lavrem a sua lavoura, e seguem a sua sega, e façam as suas armas de guerra e os petrechos de seus carros.
13. E tomará as vossas filhas para perfumistas, cozinheiras e padeiras.
14. E tomará o melhor das vossas terras, e das vossas vinhas, e dos vossos olivais e os dará aos seus criados.
15. E as vossas sementes e as vossas vinhas dizimará, para dar aos seus eunucos e aos seus criados.
16. Também os vossos criados, e as vossas criadas, e os vossos melhores jovens, e os vossos jumentos tomará e os empregará no seu trabalho.
17. Dizimará o vosso rebanho, e vós lhe servireis de criados.
18. Então, naquele dia, clamareis por causa do vosso rei, que vós houverdes escolhido; mas o Senhor não vos ouvirá naquele dia.
19. Porém o povo não quis ouvir a voz de Samuel; e disseram: Não, mas haverá sobre nós um rei.
20. E nós também seremos como todas as outras nações; e o nosso rei nos julgará, e sairá adiante de nós, e fará as nossas guerras.
21. Ouvindo, pois, Samuel todas as palavras do povo, as falou perante os ouvidos do Senhor.
22. Então, o Senhor disse a Samuel: Dá ouvidos à sua voz, constitui-lhes rei. Então, Samuel disse aos filhos de Israel: Vá-se cada qual à sua cidade.
Capítulo 9.
1. E havia um homem de Benjamim, cujo nome era Quis, filho de Abiel, filho de Zeror, filho de Becorate, filho de Afias, filho de um homem de Benjamim, varão alentado em força.
2. Este tinha um filho, cujo nome era Saul, jovem e tão belo, que entre os filhos de Israel não havia outro homem mais belo do que ele; desde os ombros para cima, sobressaía a todo o povo.
3. E perderam-se as jumentas de Quis, pai de Saul; pelo que disse Quis a Saul, seu filho: Toma agora contigo um dos moços, e levanta-te, e vai a buscar as jumentas.
4. Passou, pois, pela montanha de Efraim e dali passou à terra de Salisa, porém não as acharam; depois, passaram à terra de Saalim, porém tampouco estavam ali; também passou à terra de Benjamim, porém tampouco as acharam.
5. Vindo eles, então, à terra de Zufe, Saul disse para o seu moço, com quem ele ia: Vem, e voltemos; para que, porventura, meu pai não deixe de inquietar-se pelas jumentas e se aflija por causa de nós.
6. Porém ele lhe disse: Eis que há nesta cidade um homem de Deus, e homem honrado é; tudo quanto diz sucede assim infalivelmente; vamo-nos agora lá; porventura, nos mostrará o caminho que devemos seguir.
7. Então, Saul disse ao seu moço: Eis, porém, se lá formos, que levaremos, então, àquele homem? Porque o pão de nossos alforjes se acabou, e presente nenhum temos que levar ao homem de Deus; que temos?
8. E o moço tornou a responder a Saul e disse: Eis que ainda se acha na minha mão um quarto de um siclo de prata, o qual darei ao homem de Deus, para que nos mostre o caminho.
9. Antigamente em Israel, indo qualquer consultar a Deus, dizia assim: Vinde, e vamos ao vidente; porque ao profeta de hoje antigamente se chamava vidente.
10. Então, disse Saul ao moço: Bem dizes; vem, pois, vamos. E foram-se à cidade onde estava o homem de Deus.
11. E, subindo eles pela subida da cidade, acharam umas moças que saíam a tirar água; e disseram-lhes: Está cá o vidente?
12. E elas lhes responderam e disseram: Sim, eis aqui o tens diante de ti; apressa-te, pois, porque hoje veio à cidade; porquanto o povo tem hoje sacrifício no alto.
13. Entrando vós na cidade, logo o achareis, antes que suba ao alto para comer; porque o povo não comerá até que ele venha, porque ele é o que abençoa o sacrifício, e depois comem os convidados; subi, pois, agora, que hoje o achareis.
14. Subiram, pois, à cidade; e, vindo eles no meio da cidade, eis que Samuel lhes saiu ao encontro, para subir ao alto.
15. Porque o Senhor o revelara aos ouvidos de Samuel, um dia antes que Saul viesse, dizendo:
16. Amanhã, a estas horas, te enviarei um homem da terra de Benjamim, o qual ungirás por capitão sobre o meu povo de Israel, e ele livrará o meu povo da mão dos filisteus; porque tenho olhado para o meu povo, porque o clamor chegou a mim.
17. E, quando Samuel viu a Saul, o Senhor lhe disse: Eis aqui o homem de quem já te tenho dito. Este dominará sobre o meu povo.
18. E Saul se chegou a Samuel no meio da porta e disse: Mostra-me, peço-te, onde está aqui a casa do vidente.
19. E Samuel respondeu a Saul e disse: Eu sou o vidente; sobe diante de mim ao alto; e comei hoje comigo; e pela manhã te despedirei e tudo quanto está no teu coração to declararei.
20. E, quanto às jumentas que há três dias se te perderam, não ocupes o teu coração com elas, porque já se acharam. E para quem é todo o desejo de Israel? Porventura, não é para ti e para toda a casa de teu pai?
21. Então, respondeu Saul e disse: Porventura, não sou eu filho de Benjamim, da menor das tribos de Israel? E a minha família, a menor de todas as famílias da tribo de Benjamim? Por que, pois, me falas com semelhantes palavras?
22. Porém Samuel tomou a Saul e ao seu moço e os levou à câmara; e deu-lhes lugar acima de todos os convidados, que eram uns trinta homens.
23. Então, disse Samuel ao cozinheiro: Dá cá a porção que te dei, de que te disse: Põe-na à parte contigo.
24. Levantou, pois, o cozinheiro a espádua com o que havia nela, e pô-la diante de Saul, e disse Samuel: Eis que isto é o sobejo; põe-no diante de ti e come, porque se guardou para ti para esta ocasião, dizendo eu: Tenho convidado o povo. Assim, comeu Saul aquele dia com Samuel.
25. Então, desceram do alto para a cidade; e falou com Saul sobre o eirado.
26. E se levantaram de madrugada; e sucedeu que, quase ao subir da alva, chamou Samuel a Saul ao eirado, dizendo: Levanta-te, e despedir-te-ei. Levantou-se Saul, e saíram para fora ambos, ele e Samuel.
27. E, descendo eles para a extremidade da cidade, Samuel disse a Saul: Dize ao moço que passe adiante de nós e passou; porém, tu, espera agora, e te farei ouvir a palavra de Deus.
Capítulo 10.
2. Este tinha um filho, cujo nome era Saul, jovem e tão belo, que entre os filhos de Israel não havia outro homem mais belo do que ele; desde os ombros para cima, sobressaía a todo o povo.
3. E perderam-se as jumentas de Quis, pai de Saul; pelo que disse Quis a Saul, seu filho: Toma agora contigo um dos moços, e levanta-te, e vai a buscar as jumentas.
4. Passou, pois, pela montanha de Efraim e dali passou à terra de Salisa, porém não as acharam; depois, passaram à terra de Saalim, porém tampouco estavam ali; também passou à terra de Benjamim, porém tampouco as acharam.
5. Vindo eles, então, à terra de Zufe, Saul disse para o seu moço, com quem ele ia: Vem, e voltemos; para que, porventura, meu pai não deixe de inquietar-se pelas jumentas e se aflija por causa de nós.
6. Porém ele lhe disse: Eis que há nesta cidade um homem de Deus, e homem honrado é; tudo quanto diz sucede assim infalivelmente; vamo-nos agora lá; porventura, nos mostrará o caminho que devemos seguir.
7. Então, Saul disse ao seu moço: Eis, porém, se lá formos, que levaremos, então, àquele homem? Porque o pão de nossos alforjes se acabou, e presente nenhum temos que levar ao homem de Deus; que temos?
8. E o moço tornou a responder a Saul e disse: Eis que ainda se acha na minha mão um quarto de um siclo de prata, o qual darei ao homem de Deus, para que nos mostre o caminho.
9. Antigamente em Israel, indo qualquer consultar a Deus, dizia assim: Vinde, e vamos ao vidente; porque ao profeta de hoje antigamente se chamava vidente.
10. Então, disse Saul ao moço: Bem dizes; vem, pois, vamos. E foram-se à cidade onde estava o homem de Deus.
11. E, subindo eles pela subida da cidade, acharam umas moças que saíam a tirar água; e disseram-lhes: Está cá o vidente?
12. E elas lhes responderam e disseram: Sim, eis aqui o tens diante de ti; apressa-te, pois, porque hoje veio à cidade; porquanto o povo tem hoje sacrifício no alto.
13. Entrando vós na cidade, logo o achareis, antes que suba ao alto para comer; porque o povo não comerá até que ele venha, porque ele é o que abençoa o sacrifício, e depois comem os convidados; subi, pois, agora, que hoje o achareis.
14. Subiram, pois, à cidade; e, vindo eles no meio da cidade, eis que Samuel lhes saiu ao encontro, para subir ao alto.
15. Porque o Senhor o revelara aos ouvidos de Samuel, um dia antes que Saul viesse, dizendo:
16. Amanhã, a estas horas, te enviarei um homem da terra de Benjamim, o qual ungirás por capitão sobre o meu povo de Israel, e ele livrará o meu povo da mão dos filisteus; porque tenho olhado para o meu povo, porque o clamor chegou a mim.
17. E, quando Samuel viu a Saul, o Senhor lhe disse: Eis aqui o homem de quem já te tenho dito. Este dominará sobre o meu povo.
18. E Saul se chegou a Samuel no meio da porta e disse: Mostra-me, peço-te, onde está aqui a casa do vidente.
19. E Samuel respondeu a Saul e disse: Eu sou o vidente; sobe diante de mim ao alto; e comei hoje comigo; e pela manhã te despedirei e tudo quanto está no teu coração to declararei.
20. E, quanto às jumentas que há três dias se te perderam, não ocupes o teu coração com elas, porque já se acharam. E para quem é todo o desejo de Israel? Porventura, não é para ti e para toda a casa de teu pai?
21. Então, respondeu Saul e disse: Porventura, não sou eu filho de Benjamim, da menor das tribos de Israel? E a minha família, a menor de todas as famílias da tribo de Benjamim? Por que, pois, me falas com semelhantes palavras?
22. Porém Samuel tomou a Saul e ao seu moço e os levou à câmara; e deu-lhes lugar acima de todos os convidados, que eram uns trinta homens.
23. Então, disse Samuel ao cozinheiro: Dá cá a porção que te dei, de que te disse: Põe-na à parte contigo.
24. Levantou, pois, o cozinheiro a espádua com o que havia nela, e pô-la diante de Saul, e disse Samuel: Eis que isto é o sobejo; põe-no diante de ti e come, porque se guardou para ti para esta ocasião, dizendo eu: Tenho convidado o povo. Assim, comeu Saul aquele dia com Samuel.
25. Então, desceram do alto para a cidade; e falou com Saul sobre o eirado.
26. E se levantaram de madrugada; e sucedeu que, quase ao subir da alva, chamou Samuel a Saul ao eirado, dizendo: Levanta-te, e despedir-te-ei. Levantou-se Saul, e saíram para fora ambos, ele e Samuel.
27. E, descendo eles para a extremidade da cidade, Samuel disse a Saul: Dize ao moço que passe adiante de nós e passou; porém, tu, espera agora, e te farei ouvir a palavra de Deus.
Capítulo 10.
1. Então, tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e o beijou, e disse: Porventura, te não tem ungido o Senhor por capitão sobre a sua herdade?
2. Partindo-te hoje de mim, acharás dois homens junto ao sepulcro de Raquel, no termo de Benjamim, em Zelza, os quais te dirão: Acharam-se as jumentas que foste buscar, e eis que já o teu pai deixou o negócio das jumentas e anda aflito por causa de vós, dizendo: Que farei eu por meu filho?
3. E, quando dali passares mais adiante e chegares ao carvalho de Tabor, ali te encontrarão três homens, que vão subindo a Deus a Betel: um levando três cabritos, o outro, três bolos de pão, e o outro, um odre de vinho.
4. E te perguntarão como estás e te darão dois pães, que tomarás da sua mão.
5. Então, virás ao outeiro de Deus, onde está a guarnição dos filisteus; e há de ser que, entrando ali na cidade, encontrarás um rancho de profetas que descem do alto e trazem diante de si saltérios, e tambores, e flautas, e harpas; e profetizarão.
6. E o Espírito do Senhor se apoderará de ti, e profetizarás com eles e te mudarás em outro homem.
7. E há de ser que, quando estes sinais te vierem, faze o que achar a tua mão, porque Deus é contigo.
8. Tu, porém, descerás diante de mim a Gilgal, e eis que eu descerei a ti, para sacrificar holocaustos e para oferecer ofertas pacíficas; ali, sete dias esperarás, até que eu venha a ti e te declare o que hás de fazer.
9. Sucedeu, pois, que, virando ele as costas para partir de Samuel, Deus lhe mudou o coração em outro; e todos aqueles sinais aconteceram aquele mesmo dia.
10. E, chegando eles ao outeiro, eis que um rancho de profetas lhes saiu ao encontro; e o Espírito de Deus se apoderou dele, e profetizou no meio deles.
11. E aconteceu que, como todos os que dantes o conheciam viram que eis que com os profetas profetizava, então disse o povo, cada qual ao seu companheiro: Que é o que sucedeu ao filho de Quis? Está também Saul entre os profetas?
12. Então, um homem dali respondeu e disse: Pois quem é o pai deles? Pelo que se tornou em provérbio: Está também Saul entre os profetas?
13. E, acabando de profetizar, veio ao alto.
14. E disse-lhe o tio de Saul, a ele e ao seu moço: Aonde fostes? E disse ele: A buscar as jumentas e, vendo que não apareciam, viemos a Samuel.
15. Então, disse o tio de Saul: Declara-me, peço-te, que é o que vos disse Samuel?
16. E disse Saul a seu tio: Declarou-nos, na verdade, que as jumentas se acharam. Porém o negócio do reino, de que Samuel falara, lhe não declarou.
17. Convocou, pois, Samuel o povo ao Senhor, em Mispa,
18. E disse aos filhos de Israel: Assim disse o Senhor, Deus de Israel: Eu fiz subir a Israel do Egito e livrei-vos da mão dos egípcios e da mão de todos os reinos que vos oprimiam.
19. Mas vós tendes rejeitado hoje a vosso Deus, que vos livrou de todos os vossos males e trabalhos, e lhe tendes dito: Põe um rei sobre nós. Agora, pois, ponde-vos perante o Senhor, pelas vossas tribos e pelos vossos milhares.
20. Fazendo, pois, chegar Samuel todas as tribos, tomou-se a tribo de Benjamim.
21. E, fazendo chegar a tribo de Benjamim pelas suas famílias, tomou-se a família de Matri; e dela se tomou Saul, filho de Quis; e o buscaram, porém não se achou.
22. Então, tornaram a perguntar ao Senhor se aquele homem ainda viria ali. E disse o Senhor: Eis que se escondeu entre a bagagem.
23. E correram e o tomaram dali. E pôs-se no meio do povo e era mais alto do que todo o povo, desde o ombro para cima.
24. Então, disse Samuel a todo o povo: Vedes já a quem o Senhor tem elegido? Pois em todo o povo não há nenhum semelhante a ele. Então, jubilou todo o povo, e disseram: Viva o rei!
25. E declarou Samuel ao povo o direito do reino, e escreveu-o num livro, e pô-lo perante o Senhor. Então, enviou Samuel a todo o povo, cada um para sua casa.
26. E foi também Saul para sua casa, a Gibeá; e foram com ele, do exército, aqueles cujo coração Deus tocara.
27. Mas os filhos de Belial disseram: É este o que nos há de livrar? E o desprezaram e não lhe trouxeram presentes. Porém ele se fez como surdo.
Capítulo 11.
2. Partindo-te hoje de mim, acharás dois homens junto ao sepulcro de Raquel, no termo de Benjamim, em Zelza, os quais te dirão: Acharam-se as jumentas que foste buscar, e eis que já o teu pai deixou o negócio das jumentas e anda aflito por causa de vós, dizendo: Que farei eu por meu filho?
3. E, quando dali passares mais adiante e chegares ao carvalho de Tabor, ali te encontrarão três homens, que vão subindo a Deus a Betel: um levando três cabritos, o outro, três bolos de pão, e o outro, um odre de vinho.
4. E te perguntarão como estás e te darão dois pães, que tomarás da sua mão.
5. Então, virás ao outeiro de Deus, onde está a guarnição dos filisteus; e há de ser que, entrando ali na cidade, encontrarás um rancho de profetas que descem do alto e trazem diante de si saltérios, e tambores, e flautas, e harpas; e profetizarão.
6. E o Espírito do Senhor se apoderará de ti, e profetizarás com eles e te mudarás em outro homem.
7. E há de ser que, quando estes sinais te vierem, faze o que achar a tua mão, porque Deus é contigo.
8. Tu, porém, descerás diante de mim a Gilgal, e eis que eu descerei a ti, para sacrificar holocaustos e para oferecer ofertas pacíficas; ali, sete dias esperarás, até que eu venha a ti e te declare o que hás de fazer.
9. Sucedeu, pois, que, virando ele as costas para partir de Samuel, Deus lhe mudou o coração em outro; e todos aqueles sinais aconteceram aquele mesmo dia.
10. E, chegando eles ao outeiro, eis que um rancho de profetas lhes saiu ao encontro; e o Espírito de Deus se apoderou dele, e profetizou no meio deles.
11. E aconteceu que, como todos os que dantes o conheciam viram que eis que com os profetas profetizava, então disse o povo, cada qual ao seu companheiro: Que é o que sucedeu ao filho de Quis? Está também Saul entre os profetas?
12. Então, um homem dali respondeu e disse: Pois quem é o pai deles? Pelo que se tornou em provérbio: Está também Saul entre os profetas?
13. E, acabando de profetizar, veio ao alto.
14. E disse-lhe o tio de Saul, a ele e ao seu moço: Aonde fostes? E disse ele: A buscar as jumentas e, vendo que não apareciam, viemos a Samuel.
15. Então, disse o tio de Saul: Declara-me, peço-te, que é o que vos disse Samuel?
16. E disse Saul a seu tio: Declarou-nos, na verdade, que as jumentas se acharam. Porém o negócio do reino, de que Samuel falara, lhe não declarou.
17. Convocou, pois, Samuel o povo ao Senhor, em Mispa,
18. E disse aos filhos de Israel: Assim disse o Senhor, Deus de Israel: Eu fiz subir a Israel do Egito e livrei-vos da mão dos egípcios e da mão de todos os reinos que vos oprimiam.
19. Mas vós tendes rejeitado hoje a vosso Deus, que vos livrou de todos os vossos males e trabalhos, e lhe tendes dito: Põe um rei sobre nós. Agora, pois, ponde-vos perante o Senhor, pelas vossas tribos e pelos vossos milhares.
20. Fazendo, pois, chegar Samuel todas as tribos, tomou-se a tribo de Benjamim.
21. E, fazendo chegar a tribo de Benjamim pelas suas famílias, tomou-se a família de Matri; e dela se tomou Saul, filho de Quis; e o buscaram, porém não se achou.
22. Então, tornaram a perguntar ao Senhor se aquele homem ainda viria ali. E disse o Senhor: Eis que se escondeu entre a bagagem.
23. E correram e o tomaram dali. E pôs-se no meio do povo e era mais alto do que todo o povo, desde o ombro para cima.
24. Então, disse Samuel a todo o povo: Vedes já a quem o Senhor tem elegido? Pois em todo o povo não há nenhum semelhante a ele. Então, jubilou todo o povo, e disseram: Viva o rei!
25. E declarou Samuel ao povo o direito do reino, e escreveu-o num livro, e pô-lo perante o Senhor. Então, enviou Samuel a todo o povo, cada um para sua casa.
26. E foi também Saul para sua casa, a Gibeá; e foram com ele, do exército, aqueles cujo coração Deus tocara.
27. Mas os filhos de Belial disseram: É este o que nos há de livrar? E o desprezaram e não lhe trouxeram presentes. Porém ele se fez como surdo.
Capítulo 11.
1. Então, subiu Naás, amonita, e sitiou a Jabes-Gileade; e disseram todos os homens de Jabes a Naás: Faze aliança conosco, e te serviremos.
2. Porém Naás, amonita, lhes disse: Com esta condição, farei aliança convosco: que a todos vos arranque o olho direito, e assim ponha esta afronta sobre todo o Israel.
3. Então, os anciãos de Jabes lhe disseram: Deixa-nos por sete dias, para que enviemos mensageiros por todos os termos de Israel e, não havendo ninguém que nos livre, então, sairemos a ti.
4. E, vindo os mensageiros a Gibeá de Saul, falaram estas palavras aos ouvidos do povo. Então, todo o povo levantou a sua voz e chorou.
5. E eis que Saul vinha do campo, atrás dos bois; e disse Saul: Que tem o povo, que chora? E contaram-lhe as palavras dos homens de Jabes.
6. Então, o Espírito de Deus se apoderou de Saul, ouvindo estas palavras, e acendeu-se em grande maneira a sua ira.
7. E tomou um par de bois, e cortou-os em pedaços, e os enviou a todos os termos de Israel pelas mãos dos mensageiros, dizendo: Qualquer que não sair atrás de Saul e atrás de Samuel, assim se fará aos seus bois. Então, caiu o temor do Senhor sobre o povo, e saíram como um só homem.
8. E contou-os em Bezeque; e houve, dos filhos de Israel, trezentos mil; e, dos homens de Judá, trinta mil.
9. Então, disseram aos mensageiros que vieram: Assim direis aos homens de Jabes-Gileade: Amanhã, em aquecendo o sol, vos virá livramento. Vindo, pois, os mensageiros, e, anunciando-o aos homens de Jabes, se alegraram.
10. E os homens de Jabes disseram: Amanhã, sairemos a vós; então, nos fareis conforme tudo o que parece bem aos vossos olhos.
11. E sucedeu que, ao outro dia, Saul pôs o povo em três companhias, e vieram ao meio do arraial pela vigília da manhã e feriram a Amom, até que o dia aqueceu. E sucedeu que os restantes se espalharam, que não ficaram dois deles juntos.
12. Então, disse o povo a Samuel: Quem é aquele que dizia que Saul não reinaria sobre nós? Dai cá aqueles homens, e os mataremos.
13. Porém Saul disse: Hoje, não morrerá nenhum, pois, hoje, tem feito o Senhor um livramento em Israel.
14. E disse Samuel ao povo: Vinde, vamos nós a Gilgal e renovemos ali o reino.
15. E todo o povo partiu para Gilgal, e levantaram ali rei a Saul perante o Senhor, em Gilgal, e ofereceram ali ofertas pacíficas perante o Senhor; e Saul se alegrou muito ali com todos os homens de Israel.
Capítulo 12.
2. Porém Naás, amonita, lhes disse: Com esta condição, farei aliança convosco: que a todos vos arranque o olho direito, e assim ponha esta afronta sobre todo o Israel.
3. Então, os anciãos de Jabes lhe disseram: Deixa-nos por sete dias, para que enviemos mensageiros por todos os termos de Israel e, não havendo ninguém que nos livre, então, sairemos a ti.
4. E, vindo os mensageiros a Gibeá de Saul, falaram estas palavras aos ouvidos do povo. Então, todo o povo levantou a sua voz e chorou.
5. E eis que Saul vinha do campo, atrás dos bois; e disse Saul: Que tem o povo, que chora? E contaram-lhe as palavras dos homens de Jabes.
6. Então, o Espírito de Deus se apoderou de Saul, ouvindo estas palavras, e acendeu-se em grande maneira a sua ira.
7. E tomou um par de bois, e cortou-os em pedaços, e os enviou a todos os termos de Israel pelas mãos dos mensageiros, dizendo: Qualquer que não sair atrás de Saul e atrás de Samuel, assim se fará aos seus bois. Então, caiu o temor do Senhor sobre o povo, e saíram como um só homem.
8. E contou-os em Bezeque; e houve, dos filhos de Israel, trezentos mil; e, dos homens de Judá, trinta mil.
9. Então, disseram aos mensageiros que vieram: Assim direis aos homens de Jabes-Gileade: Amanhã, em aquecendo o sol, vos virá livramento. Vindo, pois, os mensageiros, e, anunciando-o aos homens de Jabes, se alegraram.
10. E os homens de Jabes disseram: Amanhã, sairemos a vós; então, nos fareis conforme tudo o que parece bem aos vossos olhos.
11. E sucedeu que, ao outro dia, Saul pôs o povo em três companhias, e vieram ao meio do arraial pela vigília da manhã e feriram a Amom, até que o dia aqueceu. E sucedeu que os restantes se espalharam, que não ficaram dois deles juntos.
12. Então, disse o povo a Samuel: Quem é aquele que dizia que Saul não reinaria sobre nós? Dai cá aqueles homens, e os mataremos.
13. Porém Saul disse: Hoje, não morrerá nenhum, pois, hoje, tem feito o Senhor um livramento em Israel.
14. E disse Samuel ao povo: Vinde, vamos nós a Gilgal e renovemos ali o reino.
15. E todo o povo partiu para Gilgal, e levantaram ali rei a Saul perante o Senhor, em Gilgal, e ofereceram ali ofertas pacíficas perante o Senhor; e Saul se alegrou muito ali com todos os homens de Israel.
Capítulo 12.
1. Então, disse Samuel a todo o Israel: Eis que ouvi a vossa voz em tudo quanto me dissestes e pus sobre vós um rei.
2. Agora, pois, eis que o rei vai diante de vós; e já envelheci e encaneci, e eis que meus filhos estão convosco; e eu tenho andado diante de vós desde a minha mocidade até ao dia de hoje.
3. Eis-me aqui, testificai contra mim perante o Senhor e perante o seu ungido: a quem tomei o boi? A quem tomei o jumento? A quem defraudei? A quem tenho oprimido e de cuja mão tenho tomado presente e com ele encobri os meus olhos? E vo-lo restituirei.
4. Então, disseram: Em nada nos defraudaste, nem nos oprimiste, nem tomaste coisa alguma da mão de ninguém.
5. E ele lhes disse: O Senhor seja testemunha contra vós, e o seu ungido seja hoje testemunha de que nada tendes achado na minha mão. E disse o povo: Seja testemunha.
6. Então, disse Samuel ao povo: O Senhor é o que escolheu a Moisés e a Arão e tirou vossos pais da terra do Egito.
7. Agora, pois, ponde-vos aqui em pé, e contenderei convosco perante o Senhor, sobre todas as justiças do Senhor, que fez a vós e a vossos pais.
8. Havendo entrado Jacó no Egito, vossos pais clamaram ao Senhor, e o Senhor enviou a Moisés e Arão, que tiraram a vossos pais do Egito e os fizeram habitar neste lugar.
9. Porém esqueceram-se do Senhor, seu Deus; então, os entregou na mão de Sísera, cabeça do exército de Hazor, e na mão dos filisteus, e na mão do rei dos moabitas, que pelejaram contra eles.
10. E clamaram ao Senhor e disseram: Pecamos, pois deixamos o Senhor e servimos aos baalins e astarotes; agora, pois, livra-nos da mão de nossos inimigos, e te serviremos.
11. E o Senhor enviou a Jerubaal, e a Bedã, e a Jefté, e a Samuel; e livrou-vos da mão de vossos inimigos em redor, e habitastes seguros.
12. E, vendo vós que Naás, rei dos filhos de Amom, vinha contra vós, me dissestes: Não, mas reinará sobre nós um rei; sendo, porém, o Senhor, vosso Deus, o vosso Rei.
13. Agora, pois, vedes aí o rei que elegestes e que pedistes; e eis que o Senhor tem posto sobre vós um rei.
14. Se temerdes ao Senhor, e o servirdes, e derdes ouvidos à sua voz, e não fordes rebeldes ao dito do Senhor, assim vós, como o rei que reina sobre vós, seguireis o Senhor, vosso Deus.
15. Mas, se não derdes ouvidos à voz do Senhor, mas, antes, fordes rebeldes ao dito do Senhor, a mão do Senhor será contra vós, como era contra vossos pais.
16. Ponde-vos também, agora, aqui e vede esta grande coisa que o Senhor vai fazer diante dos vossos olhos.
17. Não é, hoje, a sega dos trigos? Clamarei, pois, ao Senhor, e dará trovões e chuva; e sabereis e vereis que é grande a vossa maldade, que tendes feito perante o Senhor, pedindo para vós um rei.
18. Então, invocou Samuel ao Senhor, e o Senhor deu trovões e chuva naquele dia; pelo que todo o povo temeu em grande maneira ao Senhor e a Samuel.
19. E todo o povo disse a Samuel: Roga pelos teus servos ao Senhor, teu Deus, para que não venhamos a morrer; porque a todos os nossos pecados temos acrescentado este mal, de pedirmos para nós um rei.
20. Então, disse Samuel ao povo: Não temais; vós tendes cometido todo este mal; porém não vos desvieis de seguir ao Senhor, mas servi ao Senhor com todo o vosso coração.
21. E não vos desvieis; pois seguiríeis as vaidades, que nada aproveitam e tampouco vos livrarão, porque vaidades são.
22. Pois o Senhor não desamparará o seu povo, por causa do seu grande nome, porque aprouve ao Senhor fazer-vos o seu povo.
23. E, quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós; antes, vos ensinarei o caminho bom e direito.
24. Tão-somente temei ao Senhor e servi-o fielmente com todo o vosso coração, porque vede quão grandiosas coisas vos fez.
25. Porém, se perseverardes em fazer o mal, perecereis, assim vós como o vosso rei.
Capítulo 13.
2. Agora, pois, eis que o rei vai diante de vós; e já envelheci e encaneci, e eis que meus filhos estão convosco; e eu tenho andado diante de vós desde a minha mocidade até ao dia de hoje.
3. Eis-me aqui, testificai contra mim perante o Senhor e perante o seu ungido: a quem tomei o boi? A quem tomei o jumento? A quem defraudei? A quem tenho oprimido e de cuja mão tenho tomado presente e com ele encobri os meus olhos? E vo-lo restituirei.
4. Então, disseram: Em nada nos defraudaste, nem nos oprimiste, nem tomaste coisa alguma da mão de ninguém.
5. E ele lhes disse: O Senhor seja testemunha contra vós, e o seu ungido seja hoje testemunha de que nada tendes achado na minha mão. E disse o povo: Seja testemunha.
6. Então, disse Samuel ao povo: O Senhor é o que escolheu a Moisés e a Arão e tirou vossos pais da terra do Egito.
7. Agora, pois, ponde-vos aqui em pé, e contenderei convosco perante o Senhor, sobre todas as justiças do Senhor, que fez a vós e a vossos pais.
8. Havendo entrado Jacó no Egito, vossos pais clamaram ao Senhor, e o Senhor enviou a Moisés e Arão, que tiraram a vossos pais do Egito e os fizeram habitar neste lugar.
9. Porém esqueceram-se do Senhor, seu Deus; então, os entregou na mão de Sísera, cabeça do exército de Hazor, e na mão dos filisteus, e na mão do rei dos moabitas, que pelejaram contra eles.
10. E clamaram ao Senhor e disseram: Pecamos, pois deixamos o Senhor e servimos aos baalins e astarotes; agora, pois, livra-nos da mão de nossos inimigos, e te serviremos.
11. E o Senhor enviou a Jerubaal, e a Bedã, e a Jefté, e a Samuel; e livrou-vos da mão de vossos inimigos em redor, e habitastes seguros.
12. E, vendo vós que Naás, rei dos filhos de Amom, vinha contra vós, me dissestes: Não, mas reinará sobre nós um rei; sendo, porém, o Senhor, vosso Deus, o vosso Rei.
13. Agora, pois, vedes aí o rei que elegestes e que pedistes; e eis que o Senhor tem posto sobre vós um rei.
14. Se temerdes ao Senhor, e o servirdes, e derdes ouvidos à sua voz, e não fordes rebeldes ao dito do Senhor, assim vós, como o rei que reina sobre vós, seguireis o Senhor, vosso Deus.
15. Mas, se não derdes ouvidos à voz do Senhor, mas, antes, fordes rebeldes ao dito do Senhor, a mão do Senhor será contra vós, como era contra vossos pais.
16. Ponde-vos também, agora, aqui e vede esta grande coisa que o Senhor vai fazer diante dos vossos olhos.
17. Não é, hoje, a sega dos trigos? Clamarei, pois, ao Senhor, e dará trovões e chuva; e sabereis e vereis que é grande a vossa maldade, que tendes feito perante o Senhor, pedindo para vós um rei.
18. Então, invocou Samuel ao Senhor, e o Senhor deu trovões e chuva naquele dia; pelo que todo o povo temeu em grande maneira ao Senhor e a Samuel.
19. E todo o povo disse a Samuel: Roga pelos teus servos ao Senhor, teu Deus, para que não venhamos a morrer; porque a todos os nossos pecados temos acrescentado este mal, de pedirmos para nós um rei.
20. Então, disse Samuel ao povo: Não temais; vós tendes cometido todo este mal; porém não vos desvieis de seguir ao Senhor, mas servi ao Senhor com todo o vosso coração.
21. E não vos desvieis; pois seguiríeis as vaidades, que nada aproveitam e tampouco vos livrarão, porque vaidades são.
22. Pois o Senhor não desamparará o seu povo, por causa do seu grande nome, porque aprouve ao Senhor fazer-vos o seu povo.
23. E, quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós; antes, vos ensinarei o caminho bom e direito.
24. Tão-somente temei ao Senhor e servi-o fielmente com todo o vosso coração, porque vede quão grandiosas coisas vos fez.
25. Porém, se perseverardes em fazer o mal, perecereis, assim vós como o vosso rei.
Capítulo 13.
1. Um ano tinha estado Saul em seu reinado e o segundo ano reinou sobre Israel.
2. Então, Saul escolheu para si três mil homens de Israel; e estavam com Saul dois mil em Micmás e na montanha de Betel, e mil estavam com Jónatas em Gibeá de Benjamim; e despediu o resto do povo, cada um para sua casa.
3. E Jónatas feriu a guarnição dos filisteus que estava em Gibeá, o que os filisteus ouviram; pelo que Saul tocou a trombeta por toda a terra, dizendo: Ouçam os hebreus.
4. Então, todo o Israel ouviu dizer: Saul feriu a guarnição dos filisteus, e também Israel se fez abominável aos filisteus. Então, o povo foi convocado após Saul em Gilgal.
5. E os filisteus se ajuntaram para pelejar contra Israel: trinta mil carros, e seis mil cavaleiros, e povo em multidão como a areia que está à borda do mar; e subiram e se acamparam em Micmás, ao oriente de Bete-Áven.
6. Vendo, pois, os homens de Israel que estavam em angústia (porque o povo estava apertado), o povo se escondeu pelas cavernas, e pelos espinhais, e pelos penhascos, e pelas fortificações, e pelas covas,
7. E os hebreus passaram o Jordão para a terra de Gade e Gileade; e, estando Saul ainda em Gilgal, todo o povo veio atrás dele, tremendo.
8. E esperou sete dias, até ao tempo que Samuel determinara; não vindo, porém, Samuel a Gilgal, o povo se espalhava dele.
9. Então, disse Saul: Trazei-me aqui um holocausto e ofertas pacíficas. E ofereceu o holocausto.
10. E sucedeu que, acabando ele de oferecer o holocausto, eis que Samuel chegou; e Saul lhe saiu ao encontro, para o saudar.
11. Então, disse Samuel: Que fizeste? Disse Saul: Porquanto via que o povo se espalhava de mim, e tu não vinhas nos dias aprazados, e os filisteus já se tinham ajuntado em Micmás,
12. Eu disse: Agora, descerão os filisteus sobre mim a Gilgal, e ainda à face do Senhor não orei; e forcei-me e ofereci holocausto.
13. Então, disse Samuel a Saul: Agiste nesciamente e não guardaste o mandamento que o Senhor, teu Deus, te ordenou; porque, agora, o Senhor teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre.
14. Porém, agora, não subsistirá o teu reino; já tem buscado o Senhor para si um homem segundo o seu coração e já lhe tem ordenado o Senhor que seja chefe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o Senhor te ordenou.
15. Então, se levantou Samuel e subiu de Gilgal a Gibeá de Benjamim; e Saul contou o povo que achou com ele, uns seiscentos varões.
16. E Saul, e Jónatas, seu filho, e o povo que se achou com eles ficaram em Gibeá de Benjamim; porém os filisteus se acamparam em Micmás.
17. E os destruidores saíram do campo dos filisteus em três companhias; uma das companhias voltou pelo caminho de Ofra à terra de Sual;
18. Outra companhia voltou pelo caminho de Bete-Horom; e a outra companhia voltou pelo caminho do termo que olha para o vale Zeboim, contra o deserto.
19. E em toda a terra de Israel nem um ferreiro se achava, porque os filisteus tinham dito: Para que os hebreus não façam espada nem lança.
20. Pelo que todo o Israel tinha que descer aos filisteus para amolar cada um a sua relha, e a sua enxada, e o seu machado, e o seu sacho.
21. Tinham, porém, limas adentadas para os seus sachos, e para as suas enxadas, e para as forquinhas de três dentes, e para os machados, e para consertar as aguilhadas.
22. E sucedeu que, no dia da peleja, se não achou nem espada, nem lança na mão de todo o povo que estava com Saul e com Jónatas; porém acharam-se com Saul e com Jónatas, seu filho.
23. E saiu a guarnição dos filisteus ao caminho de Micmás.
2. Então, Saul escolheu para si três mil homens de Israel; e estavam com Saul dois mil em Micmás e na montanha de Betel, e mil estavam com Jónatas em Gibeá de Benjamim; e despediu o resto do povo, cada um para sua casa.
3. E Jónatas feriu a guarnição dos filisteus que estava em Gibeá, o que os filisteus ouviram; pelo que Saul tocou a trombeta por toda a terra, dizendo: Ouçam os hebreus.
4. Então, todo o Israel ouviu dizer: Saul feriu a guarnição dos filisteus, e também Israel se fez abominável aos filisteus. Então, o povo foi convocado após Saul em Gilgal.
5. E os filisteus se ajuntaram para pelejar contra Israel: trinta mil carros, e seis mil cavaleiros, e povo em multidão como a areia que está à borda do mar; e subiram e se acamparam em Micmás, ao oriente de Bete-Áven.
6. Vendo, pois, os homens de Israel que estavam em angústia (porque o povo estava apertado), o povo se escondeu pelas cavernas, e pelos espinhais, e pelos penhascos, e pelas fortificações, e pelas covas,
7. E os hebreus passaram o Jordão para a terra de Gade e Gileade; e, estando Saul ainda em Gilgal, todo o povo veio atrás dele, tremendo.
8. E esperou sete dias, até ao tempo que Samuel determinara; não vindo, porém, Samuel a Gilgal, o povo se espalhava dele.
9. Então, disse Saul: Trazei-me aqui um holocausto e ofertas pacíficas. E ofereceu o holocausto.
10. E sucedeu que, acabando ele de oferecer o holocausto, eis que Samuel chegou; e Saul lhe saiu ao encontro, para o saudar.
11. Então, disse Samuel: Que fizeste? Disse Saul: Porquanto via que o povo se espalhava de mim, e tu não vinhas nos dias aprazados, e os filisteus já se tinham ajuntado em Micmás,
12. Eu disse: Agora, descerão os filisteus sobre mim a Gilgal, e ainda à face do Senhor não orei; e forcei-me e ofereci holocausto.
13. Então, disse Samuel a Saul: Agiste nesciamente e não guardaste o mandamento que o Senhor, teu Deus, te ordenou; porque, agora, o Senhor teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre.
14. Porém, agora, não subsistirá o teu reino; já tem buscado o Senhor para si um homem segundo o seu coração e já lhe tem ordenado o Senhor que seja chefe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o Senhor te ordenou.
15. Então, se levantou Samuel e subiu de Gilgal a Gibeá de Benjamim; e Saul contou o povo que achou com ele, uns seiscentos varões.
16. E Saul, e Jónatas, seu filho, e o povo que se achou com eles ficaram em Gibeá de Benjamim; porém os filisteus se acamparam em Micmás.
17. E os destruidores saíram do campo dos filisteus em três companhias; uma das companhias voltou pelo caminho de Ofra à terra de Sual;
18. Outra companhia voltou pelo caminho de Bete-Horom; e a outra companhia voltou pelo caminho do termo que olha para o vale Zeboim, contra o deserto.
19. E em toda a terra de Israel nem um ferreiro se achava, porque os filisteus tinham dito: Para que os hebreus não façam espada nem lança.
20. Pelo que todo o Israel tinha que descer aos filisteus para amolar cada um a sua relha, e a sua enxada, e o seu machado, e o seu sacho.
21. Tinham, porém, limas adentadas para os seus sachos, e para as suas enxadas, e para as forquinhas de três dentes, e para os machados, e para consertar as aguilhadas.
22. E sucedeu que, no dia da peleja, se não achou nem espada, nem lança na mão de todo o povo que estava com Saul e com Jónatas; porém acharam-se com Saul e com Jónatas, seu filho.
23. E saiu a guarnição dos filisteus ao caminho de Micmás.
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