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Bíblia completa pT.: Provérbios 20.

Cabeçalho

Provérbios 20.

Capítulos
1  a  7
8  a  13
14  a  19
20  a  25
26  a  31   Eclesiastes



1. O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio.
2. Como o bramido do leão é o terror do rei; o que provoca a sua ira peca contra a sua própria alma.
3. Honroso é para o homem o desviar-se de questões, mas todo tolo se entremete nelas.
4. O preguiçoso não lavrará por causa do inverno, pelo que mendigará na sega e nada receberá.
5. Como águas profundas é o conselho no coração do homem; mas o homem de inteligência o tirará para fora.
6. Cada qual entre os homens apregoa a sua bondade; mas o homem fiel, quem o achará?
7. O justo anda na sua sinceridade; bem-aventurados serão os seus filhos depois dele.
8. Assentando-se o rei no trono do juízo, com os seus olhos dissipa todo mal.
9. Quem poderá dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou de meu pecado!
10. Duas espécies de peso e duas espécies de medida são abominação para o Senhor, tanto uma coisa como outra.
11. Até a criança se dará a conhecer pelas suas ações, se a sua obra for pura e reta.
12. O ouvido que ouve e o olho que vê, o Senhor os fez a ambos.
13. Não ames o sono, para que não empobreças; abre os teus olhos e te fartarás de pão.
14. Nada vale, nada vale, dirá o comprador, mas, indo-se, então, se gabará.
15. Há ouro e abundância de rubins, mas os lábios do conhecimento são jóia preciosa.
16. Aquele que fica por fiador do estranho tira a sua roupa e penhora-a por um estranho.
17. Suave é ao homem o pão da mentira, mas, depois, a sua boca se encherá de pedrinhas de areia.
18. Cada pensamento com conselho se confirma; e com conselhos prudentes faz a guerra.
19. O que anda maldizendo descobre o segredo; pelo que, com o que afaga com seus lábios, não te entremetas.
20. O que a seu pai ou a sua mãe amaldiçoar, apagar-se-lhe-á a sua lâmpada e ficará em trevas densas.
21. Entrando-se apressadamente de posse de uma herança no princípio, o seu fim não será bendito.
22. Não digas: Vingar-me-ei do mal; espera pelo Senhor, e ele te livrará.
23. Duas espécies de peso são abomináveis ao Senhor, e balanças enganosas não são boas.
24. Os passos do homem são dirigidos pelo Senhor; o homem, pois, como entenderá o seu caminho?
25. Laço é para o homem dizer precipitadamente: É santo; e, feitos os votos, então, inquirir.
26. O rei sábio dissipa os ímpios e faz girar sobre eles a roda.
27. A alma do homem é a lâmpada do Senhor, a qual esquadrinha todo o mais íntimo do ventre.
28. Benignidade e verdade guardam o rei, e com benignidade sustém ele o seu trono.
29. O ornato dos jovens é a sua força; e a beleza dos velhos, as cãs.
30. Os vergões das feridas são a purificação dos maus, como também as pancadas que penetram até o mais íntimo do ventre.

Capítulo 21.




1. Como ribeiros de águas, assim é o coração do rei na mão do Senhor; a tudo quanto quer o inclina.
2. Todo caminho do homem é reto aos seus olhos, mas o Senhor sonda os corações.
3. Fazer justiça e julgar com retidão é mais aceitável ao Senhor do que oferecer-lhe sacrifício.
4. Olhar altivo, coração orgulhoso e até a lavoura dos ímpios são pecado.
5. Os pensamentos do diligente tendem à abundância, mas os de todo apressado, tão-somente à pobreza.
6. Trabalhar por ajuntar tesouro com língua falsa é uma vaidade, e aqueles que a isso são impelidos buscam a morte.
7. As rapinas dos ímpios virão a destruí-los, porquanto eles recusam praticar a justiça.
8. O caminho do homem perverso é inteiramente tortuoso, mas a obra do puro é reta.
9. Melhor é morar num canto de umas águas-furtadas do que com a mulher rixosa numa casa ampla.
10. A alma do ímpio deseja o mal; o seu próximo não agrada aos seus olhos.
11. Quando o escarnecedor é castigado, o simples torna-se sábio; e, quando o sábio é instruído, recebe o conhecimento.
12. Prudentemente considera o justo a casa do ímpio, quando os ímpios são arrastados para o mal.
13. O que tapa o seu ouvido ao clamor do pobre também clamará e não será ouvido.
14. O presente que se dá em segredo abate a ira, e a dádiva no seio, uma forte indignação.
15. Praticar a justiça é alegria para o justo, mas espanto para os que praticam a iniquidade.
16. O homem que anda desviado do caminho do entendimento na congregação dos mortos repousará.
17. Necessidade padecerá o que ama os prazeres; o que ama o vinho e o azeite nunca enriquecerá.
18. O resgate do justo é o ímpio; o do reto, o iníquo.
19. Melhor é morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa e iracunda.
20. Tesouro desejável e azeite há na casa do sábio, mas o homem insensato o devora.
21. O que segue a justiça e a bondade achará a vida, a justiça e a honra.
22. À cidade dos fortes sobe o sábio e derruba a força em que confiaram.
23. O que guarda a boca e a língua guarda das angústias a sua alma.
24. Quanto ao soberbo e presumido, zombador é seu nome; trata com indignação e soberba.
25. O desejo do preguiçoso o mata, porque as suas mãos recusam-se a trabalhar.
26. Todo o dia avidamente cobiça, mas o justo dá e nada retém.
27. O sacrifício dos ímpios é abominação; quanto mais oferecendo-o com intenção maligna!
28. A testemunha mentirosa perecerá, mas o homem que ouve falará sem imputação.
29. O homem ímpio endurece o seu rosto, mas o reto considera o seu caminho.
30. Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor.
31. O cavalo prepara-se para o dia da batalha, mas do Senhor vem a vitória.

Capítulo 22.




1. Mais digno de ser escolhido é o bom nome do que as muitas riquezas; e a graça é melhor do que a riqueza e o ouro.
2. O rico e o pobre se encontraram; a todos os fez o Senhor.
3. O avisado vê o mal e esconde-se; mas os simples passam e sofrem a pena.
4. O galardão da humildade e o temor do Senhor são riquezas, e honra, e vida.
5. Espinhos e laços há no caminho do perverso; o que guarda a sua alma retira-se para longe dele.
6. Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele.
7. O rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta.
8. O que semear a perversidade segará males; e a vara da sua indignação falhará.
9. O que é de bons olhos será abençoado, porque deu do seu pão ao pobre.
10. Lança fora ao escarnecedor, e se irá a contenda; e cessará a questão e a vergonha.
11. O que ama a pureza do coração e tem graça nos seus lábios terá por seu amigo o rei.
12. Os olhos do Senhor conservam o que tem conhecimento, mas as palavras do iníquo ele transtornará.
13. Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora; serei morto no meio das ruas.
14. Cova profunda é a boca das mulheres estranhas; aquele contra quem o Senhor se irar cairá nela.
15. A estultícia está ligada ao coração do menino, mas a vara da correção a afugentará dele.
16. O que oprime o pobre para se engrandecer a si ou o que dá ao rico, certamente, empobrecerá.
17. Inclina o teu ouvido, e ouve as palavras dos sábios, e aplica o teu coração à minha ciência.
18. Porque é coisa suave, se as guardares no teu coração, se as aplicares todas aos teus lábios.
19. Para que a tua confiança esteja no Senhor, a ti tas faço saber hoje, sim, a ti mesmo.
20. Porventura, não te escrevi excelentes coisas acerca de todo conselho e conhecimento,
21. Para te fazer saber a certeza das palavras de verdade, para que possas responder palavras de verdade aos que te enviarem?
22. Não roubes ao pobre, porque é pobre, nem atropeles, na porta, o aflito.
23. Porque o Senhor defenderá a sua causa em juízo, e aos que os roubam lhes tirará a vida.
24. Não acompanhes o iracundo, nem andes com o homem colérico,
25. Para que não aprendas as suas veredas e tomes um laço para a tua alma.
26. Não estejas entre os que dão as mãos e entre os que ficam por fiadores de dívidas.
27. Se não tens com que pagar, por que tirariam a tua cama de debaixo de ti?
28. Não removas os limites antigos que fizeram teus pais.
29. Viste um homem diligente na sua obra? Perante reis será posto; não será posto perante os de baixa sorte.

Capítulo 23.




1. Quando te assentares a comer com um governador, atenta bem para o que se te pôs diante;
2. E põe uma faca à tua garganta, se és homem glutão.
3. Não cobices os seus manjares gostosos, porque são pão de mentiras.
4. Não te canses para enriqueceres; dá de mão à tua própria sabedoria.
5. Porventura, fitarás os olhos naquilo que não é nada? Porque, certamente, isso se fará asas e voará ao céu como a águia.
6. Não comas o pão daquele que tem os olhos malignos, nem cobices os seus manjares gostosos.
7. Porque, como imaginou na sua alma, assim é; ele te dirá: Come e bebe; mas o seu coração não estará contigo.
8. Vomitarias o bocado que comeste e perderias as tuas suaves palavras.
9. Não fales aos ouvidos do tolo, porque desprezará a sabedoria das tuas palavras.
10. Não removas os limites antigos, nem entres nas herdades dos órfãos,
11. Porque o seu Redentor é forte; ele pleiteará a sua causa contra ti.
12. Aplica à disciplina o teu coração e os teus ouvidos, às palavras do conhecimento.
13. Não retires a disciplina da criança, porque, fustigando-a com a vara, nem por isso morrerá.
14. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno.
15. Filho meu, se o teu coração for sábio, alegrar-se-á o meu coração, sim, o meu próprio.
16. E exultará o meu íntimo, quando os teus lábios falarem coisas retas.
17. Não tenha o teu coração inveja dos pecadores; antes, sê no temor do Senhor todo o dia.
18. Porque deveras há um fim bom; não será malograda a tua esperança.
19. Ouve tu, filho meu, e sê sábio e dirige no caminho o teu coração.
20. Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne.
21. Porque o beberrão e o comilão cairão em pobreza; e a sonolência faz trazer as vestes rotas.
22. Ouve a teu pai, que te gerou, e não desprezes a tua mãe, quando vier a envelhecer.
23. Compra a verdade e não a vendas; sim, a sabedoria, e a disciplina, e a prudência.
24. Grandemente se regozijará o pai do justo, e o que gerar a um sábio se alegrará nele.
25. Alegrem-se teu pai e tua mãe, e regozije-se a que te gerou.
26. Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos.
27. Porque cova profunda é a prostituta, e poço estreito, a estranha.
28. Também ela, como um salteador, se põe a espreitar e multiplica entre os homens os iníquos.
29. Para quem são os ais? Para quem, os pesares? Para quem, as pelejas? Para quem, as queixas? Para quem, as feridas sem causa? E para quem, os olhos vermelhos?
30. Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando bebida misturada.
31. Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente.
32. No seu fim, morderá como a cobra e, como o basilisco, picará.
33. Os teus olhos olharão para as mulheres estranhas, e o teu coração falará perversidades.
34. E serás como o que dorme no meio do mar e como o que dorme no topo do mastro
35. E dirás: Espancaram-me, e não me doeu; bateram-me, e não o senti; quando virei a despertar? Ainda tornarei a buscá-la outra vez.

Capítulo 24.




1. Não tenhas inveja dos homens malignos, nem desejes estar com eles,
2. Porque o seu coração medita a rapina, e os seus lábios falam maliciosamente.
3. Com a sabedoria se edifica a casa, e com a inteligência ela se firma;
4. E pelo conhecimento se encherão as câmaras de todas as substâncias preciosas e deleitáveis.
5. Um varão sábio é forte, e o varão de conhecimento consolida a força.
6. Porque com conselhos prudentes tu farás a guerra; e há vitória na multidão dos conselheiros.
7. É demasiadamente alta para o tolo toda a sabedoria; na porta não abrirá a boca.
8. Aquele que cuida em fazer mal, mestre de maus intentos o chamarão.
9. O pensamento do tolo é pecado, e é abominável aos homens o escarnecedor.
10. Se te mostrares frouxo no dia da angústia, a tua força será pequena.
11. Livra os que estão destinados à morte e salva os que são levados para a matança, se os puderes retirar.
12. Se disseres: Eis que o não sabemos; porventura, aquele que pondera os corações não o considerará? E aquele que atenta para a tua alma não o saberá? Não pagará ele ao homem conforme a sua obra?
13. Come mel, meu filho, porque é bom, e o favo de mel, que é doce ao teu paladar.
14. Tal será o conhecimento da sabedoria para a tua alma; se a achares, haverá para ti galardão, e não será cortada a tua expectação.
15. Não espies a habitação do justo, ó ímpio, nem assoles a sua câmara.
16. Porque sete vezes cairá o justo e se levantará; mas os ímpios tropeçarão no mal.
17. Quando cair o teu inimigo, não te alegres, nem quando tropeçar se regozije o teu coração;
18. Para que o Senhor isso não veja, e seja mau aos seus olhos, e desvie dele a sua ira.
19. Não te aflijas por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos ímpios.
20. Porque o maligno não terá galardão algum, e a lâmpada dos ímpios se apagará.
21. Teme ao Senhor, filho meu, e ao rei, e não te entremetas com os que buscam mudanças.
22. Porque, de repente, se levantará a sua perdição, e a ruína deles, quem a conhecerá?
23. Também estes são provérbios dos sábios. Ter respeito a pessoas no juízo não é bom.
24. O que disser ao ímpio: Justo és, os povos o amaldiçoarão, as nações o detestarão.
25. Mas, para os que o repreenderem, haverá delícias, e sobre eles virá a bênção do bem.
26. Beija com os lábios o que responde com palavras retas.
27. Prepara fora a tua obra, e apronta-a no campo, e então edifica a tua casa.
28. Não sejas testemunha sem causa contra o teu próximo; por que enganarias com os teus lábios?
29. Não digas: Como ele me fez a mim, assim lhe farei a ele; pagarei a cada um segundo a sua obra.
30. Passei pelo campo do preguiçoso e junto à vinha do homem falto de entendimento;
31. E eis que toda estava cheia de cardos, e a sua superfície, coberta de urtigas, e a sua parede de pedra estava derribada.
32. O que tendo eu visto, o considerei; e, vendo-o, recebi instrução.
33. Um pouco de sono, adormecendo um pouco, encruzando as mãos outro pouco, para estar deitado,
34. Assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um homem armado.

Capítulo 25.




1. Também estes são provérbios de Salomão, os quais transcreveram os homens de Ezequias, rei de Judá.
2. A glória de Deus é encobrir o negócio, mas a glória dos reis é tudo investigar.
3. Para a altura dos céus, e para a profundeza da terra, e para o coração dos reis, não há investigação alguma.
4. Tira da prata as escórias, e sairá vaso para o fundidor.
5. Tira o ímpio da presença do rei, e o seu trono se firmará na justiça.
6. Não te glories na presença do rei, nem te ponhas no lugar dos grandes;
7. Porque melhor é que te digam: Sobe para aqui, do que seres humilhado diante do príncipe a quem já os teus olhos viram.
8. Não te apresses a litigar, para depois, ao fim, não saberes o que hás de fazer, podendo-te confundir o teu próximo.
9. Pleiteia a tua causa com o teu próximo mesmo e não descubras o segredo de outro;
10. Para que não te desonre o que o ouvir, não se apartando de ti a infâmia.
11. Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.
12. Como pendentes de ouro e gargantilhas de ouro fino, assim é o sábio repreensor para o ouvido ouvinte.
13. Como frieza de neve no tempo da sega, assim é o mensageiro fiel para com os que o enviam; porque alegra a alma dos seus senhores.
14. Como nuvens e ventos que não trazem chuva, assim é o homem que se gaba falsamente de dádivas.
15. Pela longanimidade se persuade o príncipe, e a língua branda quebranta os ossos.
16. Achaste mel? Come o que te basta; para que, porventura, não te fartes dele e o venhas a vomitar.
17. Retira o pé da casa do teu próximo, para que se não enfade de ti e te aborreça.
18. Martelo, e espada, e flecha aguda é o homem que levanta falso testemunho contra o seu próximo.
19. Como dente quebrado e pé deslocado, assim é a confiança no desleal, no tempo da angústia.
20. O que entoa canções junto ao coração aflito é como aquele que se despe num dia de frio e como vinagre sobre salitre.
21. Se o que te aborrece tiver fome, dá-lhe pão para comer; e, se tiver sede, dá-lhe água para beber,
22. Porque, assim, brasas lhe amontoarás sobre a cabeça; e o Senhor to pagará.
23. O vento norte afugenta a chuva, e a língua fingida, a face irada.
24. Melhor é morar num canto de umas águas-furtadas do que com a mulher rixosa numa casa ampla.
25. Como água fria para uma alma cansada, assim são as boas-novas de terra remota.
26. Como fonte turva e manancial corruto, assim é o justo que cai diante do ímpio.
27. Comer muito mel não é bom; assim, a investigação da própria glória não é glória.
28. Como a cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não pode conter o seu espírito.


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