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Bíblia completa pT.: Provérbios 26.

Cabeçalho

Provérbios 26.

Capítulos
1  a  7
8  a  13
14  a  19
20  a  25
26  a  31   Eclesiastes



1. Como a neve no verão e como a chuva na sega, assim não é conveniente ao louco a honra.
2. Como o pássaro no seu vaguear, e como a andorinha no seu vôo, assim a maldição sem causa não virá.
3. O açoite é para o cavalo, o freio, para o jumento, e a vara, para as costas dos tolos.
4. Não respondas ao tolo segundo a sua estultícia, para que também te não faças semelhante a ele.
5. Responde ao tolo segundo a sua estultícia, para que não seja sábio aos seus olhos.
6. Os pés corta e o dano bebe quem manda mensagens pelas mãos de um tolo.
7. Como as pernas do coxo, que pendem frouxas, assim é o provérbio na boca dos tolos.
8. Como o que prende a pedra preciosa na funda, assim é aquele que dá honra ao tolo.
9. Como o espinho que entra na mão do ébrio, assim é o provérbio na boca dos tolos.
10. Como um besteiro que a todos espanta, assim é o que assalaria os tolos e os transgressores.
11. Como o cão que torna ao seu vómito, assim é o tolo que reitera a sua estultícia.
12. Tens visto um homem que é sábio a seus próprios olhos? Maior esperança há no tolo do que nele.
13. Diz o preguiçoso: Um leão está no caminho; um leão está nas ruas.
14. Como a porta se revolve nos seus gonzos, assim o preguiçoso, na sua cama.
15. O preguiçoso esconde a mão no seio; enfada-se de a levar à sua boca.
16. Mais sábio é o preguiçoso a seus olhos do que sete homens que bem respondem.
17. O que, passando, se mete em questão alheia é como aquele que toma um cão pelas orelhas.
18. Como o louco que lança de si faíscas, flechas e mortandades,
19. Assim é o homem que engana o seu próximo e diz: Fiz isso por brincadeira.
20. Sem lenha, o fogo se apagará; e, não havendo maldizente, cessará a contenda.
21. Como o carvão é para o borralho, e a lenha, para o fogo, assim é o homem contencioso para acender rixas.
22. As palavras do maldizente são como deliciosos bocados, que descem ao íntimo do ventre.
23. Como o caco coberto de escórias de prata, assim são os lábios ardentes e o coração maligno.
24. Aquele que aborrece dissimula com os seus lábios, mas no seu interior encobre o engano.
25. Quando te suplicar com a sua voz, não te fies nele, porque sete abominações há no seu coração.
26. Ainda que o seu ódio se encobre com engano, a sua malícia se descobrirá na congregação.
27. O que faz uma cova nela cairá; e o que revolve a pedra, esta sobre ele rolará.
28. A língua falsa aborrece aquele a quem ela tem maravilhado, e a boca lisonjeira opera a ruína.

Capítulo 27.




1. Não presumas do dia de amanhã, porque não sabes o que produzirá o dia.
2. Louve-te o estranho, e não a tua boca, o estrangeiro, e não os teus lábios.
3. Pesada é a pedra, e a areia também; mas a ira do insensato é mais pesada do que elas ambas.
4. Cruel é o furor e a impetuosa ira, mas quem parará perante a inveja?
5. Melhor é a repreensão aberta do que o amor encoberto.
6. Fiéis são as feridas feitas pelo que ama, mas os beijos do que aborrece são enganosos.
7. A alma farta pisa o favo de mel, mas à alma faminta todo amargo é doce.
8. Qual ave que vagueia longe do seu ninho, tal é o homem que anda vagueando longe do seu lugar.
9. O óleo e o perfume alegram o coração; assim a doença do amigo, com o conselho cordial.
10. Não abandones o teu amigo, nem o amigo de teu pai, nem entres na casa de teu irmão no dia da tua adversidade; melhor é o vizinho perto do que o irmão longe.
11. Sê sábio, filho meu, e alegra o meu coração, para que tenha alguma coisa que responder àquele que me desprezar.
12. O avisado vê o mal e esconde-se; mas os simples passam e sofrem a pena.
13. Quando alguém fica por fiador do estranho, toma-lhe tu a sua roupa e penhora-o pela estranha.
14. O que bendiz ao seu amigo em alta voz, madrugando pela manhã, por maldição se lhe contará.
15. O gotejar contínuo no dia de grande chuva e a mulher rixosa, um e outro são semelhantes.
16. Aquele que a contivesse, conteria o vento; e a sua destra acomete o óleo.
17. Como o ferro com o ferro se aguça, assim o homem afia o rosto do seu amigo.
18. O que guarda a figueira comerá do seu fruto; e o que vela pelo seu senhor será honrado.
19. Como na água o rosto corresponde ao rosto, assim o coração do homem ao homem.
20. O inferno e a perdição nunca se fartam, e os olhos do homem nunca se satisfazem.
21. O crisol é para a prata, e o forno, para o ouro, e o homem é provado pelos louvores.
22. Ainda que pisasses o tolo com uma mão de gral entre grãos de cevada pilada, não se iria dele a sua estultícia.
23. Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; põe o teu coração sobre o gado.
24. Porque as riquezas não duram para sempre; e duraria a coroa de geração em geração?
25. Quando se mostrar a erva, e aparecerem os renovos, então, ajunta as ervas dos montes.
26. Os cordeiros serão para te vestires, e os bodes, para o preço do campo.
27. E haverá bastante leite de cabras para o teu sustento, para sustento da tua casa e para sustento das tuas criadas.

Capítulo 28.




1. Fogem os ímpios, sem que ninguém os persiga; mas qualquer justo está confiado como o filho do leão.
2. Por causa da transgressão da terra, muitos são os seus príncipes, mas, por virtude de homens prudentes e sábios, ela continuará.
3. O homem pobre que oprime os pobres é como chuva impetuosa, que não deixa nenhum trigo.
4. Os que deixam a lei louvam o ímpio; mas os que guardam a lei pelejam contra eles.
5. Os homens maus não entendem o juízo, mas os que buscam o Senhor entendem tudo.
6. Melhor é o pobre que anda na sua sinceridade do que o de caminhos perversos, ainda que seja rico.
7. O que guarda a lei é filho sábio, mas o companheiro dos comilões envergonha a seu pai.
8. O que aumenta a sua fazenda com usura e onzena ajunta-a para o que se compadece do pobre.
9. O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.
10. O que faz com que os retos se desviem para um mau caminho, ele mesmo cairá na sua cova; mas os sinceros herdarão o bem.
11. O homem rico é sábio aos seus próprios olhos; mas o pobre que é sábio o examina.
12. Quando os justos triunfam, há grande alegria; mas, quando os ímpios sobem, os homens escondem-se.
13. O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.
14. Bem-aventurado o homem que continuamente teme; mas o que endurece o seu coração virá a cair no mal.
15. Como leão bramidor e urso faminto, assim é o ímpio que domina sobre um povo pobre.
16. O príncipe falto de inteligência também multiplica as opressões, mas o que aborrece a avareza prolongará os seus dias.
17. O homem carregado do sangue de qualquer pessoa fugirá até à cova; ninguém o detenha.
18. O que anda sinceramente salvar-se-á, mas o perverso em seus caminhos cairá logo.
19. O que lavrar a sua terra virá a fartar-se de pão, mas o que segue a ociosos se fartará de pobreza.
20. O homem fiel abundará em bênçãos, mas o que se apressa a enriquecer não ficará sem castigo.
21. Ter respeito à aparência de pessoas não é bom, porque até por um bocado de pão o homem prevaricará.
22. Aquele que tem um olho mau corre atrás das riquezas, mas não sabe que há de vir sobre ele a pobreza.
23. O que repreende ao homem achará depois mais favor do que aquele que lisonjeia com a língua.
24. O que rouba a seu pai ou a sua mãe e diz: Não há transgressão, companheiro é do destruidor.
25. O altivo de ânimo levanta contendas, mas o que confia no Senhor engordará.
26. O que confia no seu próprio coração é insensato, mas o que anda sabiamente escapará.
27. O que dá ao pobre não terá necessidade, mas o que esconde os olhos terá muitas maldições.
28. Quando os ímpios sobem, os homens se escondem, mas, quando eles perecem, os justos se multiplicam.

Capítulo 29.




1. O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz será quebrantado de repente sem que haja cura.
2. Quando os justos se engrandecem, o povo se alegra, mas, quando o ímpio domina, o povo suspira.
3. O homem que ama a sabedoria alegra a seu pai, mas o companheiro de prostitutas desperdiça a fazenda.
4. O rei com juízo sustém a terra, mas o amigo de subornos a transtorna.
5. O homem que lisonjeia a seu próximo arma uma rede aos seus passos.
6. Na transgressão do homem mau há laço, mas o justo canta e regozija-se.
7. Informa-se o justo da causa dos pobres, mas o ímpio não compreende isso.
8. Os homens escarnecedores abrasam a cidade, mas os sábios desviam a ira.
9. O homem sábio que pleiteia com o tolo, quer se perturbe quer se ria, não terá descanso.
10. Os homens sanguinários aborrecem aquele que é sincero, mas os retos procuram o seu bem.
11. Um tolo expande toda a sua ira, mas o sábio a encobre e reprime.
12. O governador que dá atenção às palavras mentirosas achará que todos os seus servos são ímpios.
13. O pobre e o usurário se encontram, e o Senhor alumia os olhos de ambos.
14. O rei, que julga os pobres conforme a verdade, firmará o seu trono para sempre.
15. A vara e a repreensão dão sabedoria, mas o rapaz entregue a si mesmo envergonha a sua mãe.
16. Quando os ímpios se multiplicam, multiplicam-se as transgressões, mas os justos verão a sua queda.
17. Castiga o teu filho, e te fará descansar e dará delícias à tua alma.
18. Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado.
19. O servo não se emendará com palavras, porque, ainda que te entenda, não te atenderá.
20. Tens visto um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há de um tolo do que dele.
21. Quando alguém cria delicadamente o seu servo desde a mocidade, por derradeiro ele quererá ser seu filho.
22. O homem iracundo levanta contendas; e o furioso multiplica as transgressões.
23. A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra.
24. O que tem parte com o ladrão aborrece a sua própria alma; ouve maldições e não o denuncia.
25. O receio do homem armará laços, mas o que confia no Senhor será posto em alto retiro.
26. Muitos buscam a face do príncipe, mas o juízo de cada um vem do Senhor.
27. Abominação é para os justos o homem iníquo, e abominação é para o ímpio o de retos caminhos.

Capítulo 30.




1. Palavras de Agur, filho de Jaque, o oráculo. Disse este varão a Itiel, a Itiel e a Ucal:
2. Na verdade, que eu sou mais bruto do que ninguém; não tenho o entendimento do homem,
3. Nem aprendi a sabedoria, nem tenho o conhecimento do Santo.
4. Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos? Quem amarrou as águas na sua roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é o seu nome, e qual é o nome de seu filho, se é que o sabes?
5. Toda palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele.
6. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda, e sejas achado mentiroso.
7. Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra:
8. Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada;
9. Para que, porventura, de farto te não negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecendo, venha a furtar e lance mão do nome de Deus.
10. Não calunies o servo diante de seu senhor, para que te não amaldiçoe e fiques culpado.
11. Há uma geração que amaldiçoa a seu pai e que não bendiz a sua mãe.
12. Há uma geração que é pura aos seus olhos e que nunca foi lavada da sua imundícia.
13. Há uma geração cujos olhos são altivos e cujas pálpebras são levantadas para cima.
14. Há uma geração cujos dentes são espadas e cujos queixais são facas, para consumirem na terra os aflitos e os necessitados entre os homens.
15. A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá. Estas três coisas nunca se fartam; e quatro nunca dizem: Basta:
16. A sepultura, a madre estéril, a terra, que se não farta de água, e o fogo, que nunca diz: Basta.
17. Os olhos que zombam do pai ou desprezam a obediência da mãe, corvos do ribeiro os arrancarão, e os pintãos da águia os comerão.
18. Há três coisas que me maravilham, e a quarta não a conheço:
19. O caminho da águia no céu, o caminho da cobra na penha, o caminho do navio no meio do mar e o caminho do homem com uma virgem.
20. Tal é o caminho da mulher adúltera: ela come, e limpa a sua boca, e diz: Não cometi maldade.
21. Por três coisas se alvoroça a terra, e a quarta não a pode suportar:
22 .Pelo servo, quando reina; e pelo tolo, quando anda farto de pão;
23. Pela mulher aborrecida, quando se casa; e pela serva, quando fica herdeira da sua senhora.
24. Estas quatro coisas são das mais pequenas da terra, mas sábias, bem providas de sabedoria:
25. As formigas são um povo impotente; todavia, no verão preparam a sua comida;
26. Os coelhos são um povo débil; e, contudo, fazem a sua casa nas rochas;
27. Os gafanhotos não têm rei; e, contudo, todos saem e em bandos se repartem;
28. A aranha, que se apanha com as mãos e está nos paços dos reis.
29. Há três que têm um bom andar, e o quarto passeia muito bem:
30. O leão, o mais forte entre os animais, que por ninguém torna atrás;
31. O cavalo de guerra, bem cingido pelos lombos; o bode também; e o rei, a quem se não pode resistir.
32. Se procedeste loucamente, elevando-te, e se imaginaste o mal, põe a mão na boca.
33. Porque o espremer do leite produz manteiga, e o espremer do nariz produz sangue, e o espremer da ira produz contenda.

Capítulo 31.




1. Palavras do rei Lemuel, a profecia que lhe ensinou sua mãe.
2. Como, filho meu? E como, ó filho do meu ventre? E como, ó filho das minhas promessas?
3. Não dês às mulheres a tua força, nem os teus caminhos, ao que destrói os reis.
4. Não é próprio dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte.
5. Para que não bebam, e se esqueçam do estatuto, e pervertam o juízo de todos os aflitos.
6. Dai bebida forte aos que perecem, e o vinho, aos amargosos de espírito;
7. Para que bebam, e se esqueçam da sua pobreza, e do seu trabalho não se lembrem mais.
8. Abre a tua boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham em desolação.
9. Abre a tua boca, julga retamente e faze justiça aos pobres e aos necessitados.
10. Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de rubins.
11. O coração do seu marido está nela confiado, e a ela nenhuma fazenda faltará.
12. Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida.
13. Busca lã e linho e trabalha de boa vontade com as suas mãos.
14. É como o navio mercante: de longe traz o seu pão.
15. Ainda de noite, se levanta e dá mantimento à sua casa e a tarefa às suas servas.
16. Examina uma herdade e adquire-a; planta uma vinha com o fruto de suas mãos.
17. Cinge os lombos de força e fortalece os braços.
18. Prova e vê que é boa sua mercadoria; e a sua lâmpada não se apaga de noite.
19. Estende as mãos ao fuso, e as palmas das suas mãos pegam na roca.
20. Abre a mão ao aflito; e ao necessitado estende as mãos.
21. Não temerá, por causa da neve, porque toda a sua casa anda forrada de roupa dobrada.
22. Faz para si tapeçaria; de linho fino e de púrpura é a sua veste.
23. Conhece-se o seu marido nas portas, quando se assenta com os anciãos da terra.
24. Faz panos de linho fino, e vende-os, e dá cintas aos mercadores.
25. A força e a glória são as suas vestes, e ri-se do dia futuro.
26. Abre a boca com sabedoria, e a lei da beneficência está na sua língua.
27. Olha pelo governo de sua casa e não come o pão da preguiça.
28. Levantam-se seus filhos, e chamam-na bem-aventurada; como também seu marido, que a louva, dizendo:
29. Muitas filhas agiram virtuosamente, mas tu a todas és superior.
30. Enganosa é a graça, e vaidade, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada.
31. Dai-lhe do fruto das suas mãos, e louvem-na nas portas as suas obras.


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