1. E, prosseguindo Jó em sua parábola, disse:
2. Ah! Quem me dera ser como eu fui nos meses passados, como nos dias em que Deus me guardava!
3. Quando fazia resplandecer a sua candeia sobre a minha cabeça, e eu, com a sua luz, caminhava pelas trevas;
4. Como era nos dias da minha mocidade, quando o segredo de Deus estava sobre a minha tenda;
5. Quando o Todo-poderoso ainda estava comigo, e os meus meninos, em redor de mim;
6. Quando lavava os meus passos em manteiga, e da rocha me corriam ribeiros de azeite;
7. Quando saía para a porta da cidade e na praça fazia preparar a minha cadeira.
8. Os moços me viam e se escondiam; e os idosos se levantavam e se punham em pé;
9. Os príncipes continham as suas palavras e punham a mão sobre a boca;
10. A voz dos chefes se escondia, e a sua língua se pegava ao seu paladar;
11. Ouvindo-me algum ouvido, me tinha por bem-aventurado; vendo-me algum olho, dava testemunho de mim;
12. Porque eu livrava o miserável, que clamava, como também o órfão que não tinha quem o socorresse.
13. A bênção do que ia perecendo vinha sobre mim, e eu fazia que rejubilasse o coração da viúva.
14. Cobria-me de justiça, e ela me servia de veste; como manto e diadema era o meu juízo.
15. Eu era o olho do cego e os pés do coxo;
16. Dos necessitados era pai e as causas de que não tinha conhecimento inquiria com diligência;
17. E quebrava os queixais do perverso e dos seus dentes tirava a presa.
18. E dizia: no meu ninho expirarei e multiplicarei os meus dias como a areia.
19. A minha raiz se estendia junto às águas, e o orvalho fazia assento sobre os meus ramos;
20. A minha honra se renovava em mim, e o meu arco se reforçava na minha mão.
21. Ouvindo-me, esperavam e em silêncio atendiam ao meu conselho.
22. Acabada a minha palavra, não replicavam, e minhas razões destilavam sobre eles;
23. Porque me esperavam como à chuva; e abriam a boca como à chuva tardia.
24. Se me ria para eles, não o criam e não faziam abater a luz do meu rosto;
25. Se eu escolhia o seu caminho, assentava-me como chefe; e habitava como rei entre as suas tropas, como aquele que consola os que pranteiam.
Capítulo 30.
2. Ah! Quem me dera ser como eu fui nos meses passados, como nos dias em que Deus me guardava!
3. Quando fazia resplandecer a sua candeia sobre a minha cabeça, e eu, com a sua luz, caminhava pelas trevas;
4. Como era nos dias da minha mocidade, quando o segredo de Deus estava sobre a minha tenda;
5. Quando o Todo-poderoso ainda estava comigo, e os meus meninos, em redor de mim;
6. Quando lavava os meus passos em manteiga, e da rocha me corriam ribeiros de azeite;
7. Quando saía para a porta da cidade e na praça fazia preparar a minha cadeira.
8. Os moços me viam e se escondiam; e os idosos se levantavam e se punham em pé;
9. Os príncipes continham as suas palavras e punham a mão sobre a boca;
10. A voz dos chefes se escondia, e a sua língua se pegava ao seu paladar;
11. Ouvindo-me algum ouvido, me tinha por bem-aventurado; vendo-me algum olho, dava testemunho de mim;
12. Porque eu livrava o miserável, que clamava, como também o órfão que não tinha quem o socorresse.
13. A bênção do que ia perecendo vinha sobre mim, e eu fazia que rejubilasse o coração da viúva.
14. Cobria-me de justiça, e ela me servia de veste; como manto e diadema era o meu juízo.
15. Eu era o olho do cego e os pés do coxo;
16. Dos necessitados era pai e as causas de que não tinha conhecimento inquiria com diligência;
17. E quebrava os queixais do perverso e dos seus dentes tirava a presa.
18. E dizia: no meu ninho expirarei e multiplicarei os meus dias como a areia.
19. A minha raiz se estendia junto às águas, e o orvalho fazia assento sobre os meus ramos;
20. A minha honra se renovava em mim, e o meu arco se reforçava na minha mão.
21. Ouvindo-me, esperavam e em silêncio atendiam ao meu conselho.
22. Acabada a minha palavra, não replicavam, e minhas razões destilavam sobre eles;
23. Porque me esperavam como à chuva; e abriam a boca como à chuva tardia.
24. Se me ria para eles, não o criam e não faziam abater a luz do meu rosto;
25. Se eu escolhia o seu caminho, assentava-me como chefe; e habitava como rei entre as suas tropas, como aquele que consola os que pranteiam.
Capítulo 30.
1. Mas agora se riem de mim os de menos idade do que eu, e cujos pais eu teria desdenhado de pôr com os cães do meu rebanho.
2. De que também me serviria a força das suas mãos, força de homens cuja velhice esgotou-lhes o vigor?
3. De míngua e fome se debilitaram; e recolhiam-se para os lugares secos, tenebrosos, assolados e desertos.
4. Apanhavam malvas junto aos arbustos, e o seu mantimento eram raízes dos zimbros.
5. Do meio dos homens eram expulsos (gritava-se contra eles como contra um ladrão),
6. Para habitarem nos barrancos dos vales e nas cavernas da terra e das rochas.
7. Bramavam entre os arbustos e ajuntavam-se debaixo das urtigas.
8. Eram filhos de doidos e filhos de gente sem nome e da terra eram expulsos.
9. Mas agora sou a sua canção e lhes sirvo de provérbio.
10. Abominam-me, e fogem para longe de mim, e no meu rosto não se privam de cuspir.
11. Porque Deus desatou a sua corda e me oprimiu; pelo que sacudiram de si o freio perante o meu rosto.
12. À direita se levantam os moços; empurram os meus pés e preparam contra mim os seus caminhos de destruição.
13. Desbaratam-me o meu caminho; promovem a minha miséria; uma gente que não tem nenhum ajudador.
14. Vêm contra mim como por uma grande brecha e revolvem-se entre a assolação.
15. Sobrevieram-me pavores; como vento perseguem a minha honra, e como nuvem passou a minha felicidade.
16. E agora derrama-se em mim a minha alma; os dias da aflição se apoderaram de mim.
17. De noite, se me trespassam os meus ossos, e o mal que me corrói não descansa.
18. Pela grande força do meu mal se demudou a minha veste, que, como a gola da minha túnica, me cinge.
19. Lançou-me na lama, e fiquei semelhante ao pó e à cinza.
20. Clamo a ti, mas tu não me respondes; estou em pé, mas para mim não atentas.
21. Tornaste-te cruel contra mim; com a força da tua mão resistes violentamente.
22. Levantas-me sobre o vento, fazes-me cavalgar sobre ele e derretes-me o ser.
23. Porque eu sei que me levarás à morte e à casa do ajuntamento destinada a todos os viventes.
24. Mas não estenderás a mão para um montão de terra, se houver clamor nele na sua desventura?
25. Porventura, não chorei sobre aquele que estava aflito, ou não se angustiou a minha alma pelo necessitado?
26. Todavia, aguardando eu o bem, eis que me veio o mal; e, esperando eu a luz, veio a escuridão.
27. O meu íntimo ferve e não está quieto; os dias da aflição me surpreenderam.
28. Denegrido ando, mas não do sol; levantando-me na congregação, clamo por socorro.
29. Irmão me fiz dos dragões, e companheiro dos avestruzes.
30. Enegreceu-se a minha pele sobre mim, e os meus ossos estão queimados do calor.
31. Pelo que se tornou a minha harpa em lamentação, e a minha flauta, em voz dos que choram.
Capítulo 31.
2. De que também me serviria a força das suas mãos, força de homens cuja velhice esgotou-lhes o vigor?
3. De míngua e fome se debilitaram; e recolhiam-se para os lugares secos, tenebrosos, assolados e desertos.
4. Apanhavam malvas junto aos arbustos, e o seu mantimento eram raízes dos zimbros.
5. Do meio dos homens eram expulsos (gritava-se contra eles como contra um ladrão),
6. Para habitarem nos barrancos dos vales e nas cavernas da terra e das rochas.
7. Bramavam entre os arbustos e ajuntavam-se debaixo das urtigas.
8. Eram filhos de doidos e filhos de gente sem nome e da terra eram expulsos.
9. Mas agora sou a sua canção e lhes sirvo de provérbio.
10. Abominam-me, e fogem para longe de mim, e no meu rosto não se privam de cuspir.
11. Porque Deus desatou a sua corda e me oprimiu; pelo que sacudiram de si o freio perante o meu rosto.
12. À direita se levantam os moços; empurram os meus pés e preparam contra mim os seus caminhos de destruição.
13. Desbaratam-me o meu caminho; promovem a minha miséria; uma gente que não tem nenhum ajudador.
14. Vêm contra mim como por uma grande brecha e revolvem-se entre a assolação.
15. Sobrevieram-me pavores; como vento perseguem a minha honra, e como nuvem passou a minha felicidade.
16. E agora derrama-se em mim a minha alma; os dias da aflição se apoderaram de mim.
17. De noite, se me trespassam os meus ossos, e o mal que me corrói não descansa.
18. Pela grande força do meu mal se demudou a minha veste, que, como a gola da minha túnica, me cinge.
19. Lançou-me na lama, e fiquei semelhante ao pó e à cinza.
20. Clamo a ti, mas tu não me respondes; estou em pé, mas para mim não atentas.
21. Tornaste-te cruel contra mim; com a força da tua mão resistes violentamente.
22. Levantas-me sobre o vento, fazes-me cavalgar sobre ele e derretes-me o ser.
23. Porque eu sei que me levarás à morte e à casa do ajuntamento destinada a todos os viventes.
24. Mas não estenderás a mão para um montão de terra, se houver clamor nele na sua desventura?
25. Porventura, não chorei sobre aquele que estava aflito, ou não se angustiou a minha alma pelo necessitado?
26. Todavia, aguardando eu o bem, eis que me veio o mal; e, esperando eu a luz, veio a escuridão.
27. O meu íntimo ferve e não está quieto; os dias da aflição me surpreenderam.
28. Denegrido ando, mas não do sol; levantando-me na congregação, clamo por socorro.
29. Irmão me fiz dos dragões, e companheiro dos avestruzes.
30. Enegreceu-se a minha pele sobre mim, e os meus ossos estão queimados do calor.
31. Pelo que se tornou a minha harpa em lamentação, e a minha flauta, em voz dos que choram.
Capítulo 31.
1. Fiz concerto com os meus olhos; como, pois, os fixaria numa virgem?
2. Porque qual seria a parte de Deus vinda de cima, ou a herança do Todo-poderoso desde as alturas?
3. Porventura, não é a perdição para o perverso, e o desastre, para os que praticam iniquidade?
4. Ou não vê ele os meus caminhos e não conta todos os meus passos?
5. Se andei com vaidade, e se o meu pé se apressou para o engano
6. Pese-me em balanças fiéis, e saberá Deus a minha sinceridade;
7. Se os meus passos se desviaram do caminho, e se o meu coração segue os meus olhos, e se às minhas mãos se apegou alguma coisa,
8. Então, semeie eu, e outro coma, e seja a minha descendência arrancada até à raiz.
9. Se o meu coração se deixou seduzir por uma mulher, ou se eu andei rondando à porta do meu próximo,
10. Então, moa minha mulher para outro, e outros se encurvem sobre ela.
11. Porque isso seria uma infâmia e delito, pertencente aos juízes.
12. Porque é fogo que consome até à perdição e desarraigaria toda a minha renda.
13. Se desprezei o direito do meu servo ou da minha serva, quando eles contendiam comigo,
14. Então, que faria eu quando Deus se levantasse? E, inquirindo a causa, que lhe responderia?
15. Aquele que me formou no ventre não o fez também a ele? Ou não nos formou do mesmo modo na madre?
16. Se retive o que os pobres desejavam ou fiz desfalecer os olhos da viúva;
17. Ou sozinho comi o meu bocado, e o órfão não comeu dele
18. Porque desde a minha mocidade cresceu comigo como com seu pai, e o guiei desde o ventre da minha mãe;
19. Se a alguém vi perecer por falta de veste e, ao necessitado, por não ter coberta;
20. Se os seus lombos me não abençoaram, se ele não se aquentava com as peles dos meus cordeiros;
21. Se eu levantei a mão contra o órfão, porque na porta via a minha ajuda,
22. Então, caia do ombro a minha espádua, e quebre-se o meu braço desde o osso.
23. Porque o castigo de Deus era para mim um assombro, e eu não podia suportar a sua grandeza.
24. Se no ouro pus a minha esperança ou disse ao ouro fino: Tu és a minha confiança;
25. Se me alegrei de que era muita a minha fazenda e de que a minha mão tinha alcançado muito;
26. Se olhei para o sol, quando resplandecia, ou para a lua, caminhando gloriosa;
27. E o meu coração se deixou enganar em oculto, e a minha boca beijou a minha mão,
28. Também isto seria delito pertencente ao juiz; pois assim negaria a Deus, que está em cima.
29. Se me alegrei da desgraça do que me tem ódio, e se eu exultei quando o mal o achou
30. Também não deixei pecar o meu paladar, desejando a sua morte com maldição;
31. Se a gente da minha tenda não disse: Ah! Quem se não terá saciado com a sua carne!
32. O estrangeiro não passava a noite na rua; as minhas portas abria ao viandante.
33. Se, como Adão, encobri as minhas transgressões, ocultando o meu delito no meu seio,
34. Trema eu perante uma grande multidão, e o desprezo das famílias me apavore, e eu me cale, e não saia da porta.
35. Ah! Quem me dera um que me ouvisse! Eis que o meu intento é que o Todo-poderoso me responda e que o meu adversário escreva um livro.
36. Por certo que o levaria sobre o meu ombro, sobre mim o ataria como coroa.
37. O número dos meus passos lhe mostraria; como príncipe me chegaria a ele.
38. Se a minha terra clamar contra mim, e se os seus regos juntamente chorarem;
39. Se comi a sua novidade sem dinheiro e sufoquei a alma dos seus donos,
40. Por trigo me produza cardos, e por cevada, joio. Acabaram-se as palavras de Jó.
Capítulo 32.
2. Porque qual seria a parte de Deus vinda de cima, ou a herança do Todo-poderoso desde as alturas?
3. Porventura, não é a perdição para o perverso, e o desastre, para os que praticam iniquidade?
4. Ou não vê ele os meus caminhos e não conta todos os meus passos?
5. Se andei com vaidade, e se o meu pé se apressou para o engano
6. Pese-me em balanças fiéis, e saberá Deus a minha sinceridade;
7. Se os meus passos se desviaram do caminho, e se o meu coração segue os meus olhos, e se às minhas mãos se apegou alguma coisa,
8. Então, semeie eu, e outro coma, e seja a minha descendência arrancada até à raiz.
9. Se o meu coração se deixou seduzir por uma mulher, ou se eu andei rondando à porta do meu próximo,
10. Então, moa minha mulher para outro, e outros se encurvem sobre ela.
11. Porque isso seria uma infâmia e delito, pertencente aos juízes.
12. Porque é fogo que consome até à perdição e desarraigaria toda a minha renda.
13. Se desprezei o direito do meu servo ou da minha serva, quando eles contendiam comigo,
14. Então, que faria eu quando Deus se levantasse? E, inquirindo a causa, que lhe responderia?
15. Aquele que me formou no ventre não o fez também a ele? Ou não nos formou do mesmo modo na madre?
16. Se retive o que os pobres desejavam ou fiz desfalecer os olhos da viúva;
17. Ou sozinho comi o meu bocado, e o órfão não comeu dele
18. Porque desde a minha mocidade cresceu comigo como com seu pai, e o guiei desde o ventre da minha mãe;
19. Se a alguém vi perecer por falta de veste e, ao necessitado, por não ter coberta;
20. Se os seus lombos me não abençoaram, se ele não se aquentava com as peles dos meus cordeiros;
21. Se eu levantei a mão contra o órfão, porque na porta via a minha ajuda,
22. Então, caia do ombro a minha espádua, e quebre-se o meu braço desde o osso.
23. Porque o castigo de Deus era para mim um assombro, e eu não podia suportar a sua grandeza.
24. Se no ouro pus a minha esperança ou disse ao ouro fino: Tu és a minha confiança;
25. Se me alegrei de que era muita a minha fazenda e de que a minha mão tinha alcançado muito;
26. Se olhei para o sol, quando resplandecia, ou para a lua, caminhando gloriosa;
27. E o meu coração se deixou enganar em oculto, e a minha boca beijou a minha mão,
28. Também isto seria delito pertencente ao juiz; pois assim negaria a Deus, que está em cima.
29. Se me alegrei da desgraça do que me tem ódio, e se eu exultei quando o mal o achou
30. Também não deixei pecar o meu paladar, desejando a sua morte com maldição;
31. Se a gente da minha tenda não disse: Ah! Quem se não terá saciado com a sua carne!
32. O estrangeiro não passava a noite na rua; as minhas portas abria ao viandante.
33. Se, como Adão, encobri as minhas transgressões, ocultando o meu delito no meu seio,
34. Trema eu perante uma grande multidão, e o desprezo das famílias me apavore, e eu me cale, e não saia da porta.
35. Ah! Quem me dera um que me ouvisse! Eis que o meu intento é que o Todo-poderoso me responda e que o meu adversário escreva um livro.
36. Por certo que o levaria sobre o meu ombro, sobre mim o ataria como coroa.
37. O número dos meus passos lhe mostraria; como príncipe me chegaria a ele.
38. Se a minha terra clamar contra mim, e se os seus regos juntamente chorarem;
39. Se comi a sua novidade sem dinheiro e sufoquei a alma dos seus donos,
40. Por trigo me produza cardos, e por cevada, joio. Acabaram-se as palavras de Jó.
Capítulo 32.
1. Então, aqueles três homens cessaram de responder a Jó; porque era justo aos seus próprios olhos.
2. E acendeu-se a ira de Eliú, filho de Baraquel, o buzita, da família de Rão; contra Jó se acendeu a sua ira, porque se justificava a si mesmo, mais do que a Deus.
3. Também a sua ira se acendeu contra os seus três amigos; porque, não achando que responder, todavia, condenavam a Jó.
4. Eliú, porém, esperou para falar a Jó, porquanto tinham mais idade do que ele.
5. Vendo, pois, Eliú que já não havia resposta na boca daqueles três homens, a sua ira se acendeu.
6. E respondeu Eliú, filho de Baraquel, o buzita, e disse: Eu sou de menos idade, e vós sois idosos; arreceei-me e temi de vos declarar a minha opinião.
7. Dizia eu: Falem os dias, e a multidão dos anos ensine a sabedoria.
8. Na verdade, há um espírito no homem, e a inspiração do Todo-poderoso os faz sábios.
9. Os grandes não são os sábios, nem os velhos entendem o que é recto.
10. Pelo que digo: Dai-me ouvidos, e também eu declararei a minha opinião.
11. Eis que aguardei as vossas palavras, e dei ouvidos às vossas considerações, até que buscásseis razões.
12. Atentando, pois, para vós, eis que nenhum de vós há que possa convencer a Jó, nem que responda às suas razões.
13. Pelo que não digais: Achamos a sabedoria, Deus o derrubou, e não homem algum.
14. Ora, ele não dirigiu contra mim palavra alguma, nem lhe responderei com as vossas palavras.
15. Estais pasmados, não respondeis mais, faltam-vos as palavras.
16. Esperei, pois, mas não falais; porque já parastes, e não respondeis mais.
17. Também eu responderei pela minha parte; também eu declararei a minha opinião.
18. Porque estou cheio de palavras; o meu espírito me constrange.
19. Eis que o meu ventre é como o mosto, sem respiradouro, e virá a arrebentar como odres novos.
20. Falarei e respirarei; abrirei os meus lábios e responderei.
21. Queira Deus que eu não faça acepção de pessoas, nem use de lisonjas com o homem!
22. Porque não sei usar de lisonjas; em breve me levaria o meu Criador.
Capítulo 33.
2. E acendeu-se a ira de Eliú, filho de Baraquel, o buzita, da família de Rão; contra Jó se acendeu a sua ira, porque se justificava a si mesmo, mais do que a Deus.
3. Também a sua ira se acendeu contra os seus três amigos; porque, não achando que responder, todavia, condenavam a Jó.
4. Eliú, porém, esperou para falar a Jó, porquanto tinham mais idade do que ele.
5. Vendo, pois, Eliú que já não havia resposta na boca daqueles três homens, a sua ira se acendeu.
6. E respondeu Eliú, filho de Baraquel, o buzita, e disse: Eu sou de menos idade, e vós sois idosos; arreceei-me e temi de vos declarar a minha opinião.
7. Dizia eu: Falem os dias, e a multidão dos anos ensine a sabedoria.
8. Na verdade, há um espírito no homem, e a inspiração do Todo-poderoso os faz sábios.
9. Os grandes não são os sábios, nem os velhos entendem o que é recto.
10. Pelo que digo: Dai-me ouvidos, e também eu declararei a minha opinião.
11. Eis que aguardei as vossas palavras, e dei ouvidos às vossas considerações, até que buscásseis razões.
12. Atentando, pois, para vós, eis que nenhum de vós há que possa convencer a Jó, nem que responda às suas razões.
13. Pelo que não digais: Achamos a sabedoria, Deus o derrubou, e não homem algum.
14. Ora, ele não dirigiu contra mim palavra alguma, nem lhe responderei com as vossas palavras.
15. Estais pasmados, não respondeis mais, faltam-vos as palavras.
16. Esperei, pois, mas não falais; porque já parastes, e não respondeis mais.
17. Também eu responderei pela minha parte; também eu declararei a minha opinião.
18. Porque estou cheio de palavras; o meu espírito me constrange.
19. Eis que o meu ventre é como o mosto, sem respiradouro, e virá a arrebentar como odres novos.
20. Falarei e respirarei; abrirei os meus lábios e responderei.
21. Queira Deus que eu não faça acepção de pessoas, nem use de lisonjas com o homem!
22. Porque não sei usar de lisonjas; em breve me levaria o meu Criador.
Capítulo 33.
1. Assim, na verdade, ó Jó, ouve as minhas razões e dá ouvidos a todas as minhas palavras.
2. Eis que já abri a minha boca; já falou a minha língua debaixo do meu paladar.
3. As minhas razões sairão da sinceridade do meu coração; e a pura ciência, dos meus lábios.
4. O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida.
5. Se podes, responde-me; dispõe bem as tuas razões e levanta-te.
6. Eis que vim de Deus, como tu; do lodo também eu fui formado.
7. Eis que não te perturbará o meu terror, nem será pesada sobre ti a minha mão.
8. Na verdade, tu falaste aos meus ouvidos; e eu ouvi a voz das tuas palavras; dizias:
9. Limpo estou, sem transgressão; puro sou; e não tenho culpa.
10. Eis que ele acha contra mim ocasiões e me considerou como seu inimigo.
11. Põe no tronco os meus pés e observa todas as minhas veredas.
12. Eis que nisto te respondo: Não foste justo; porque maior é Deus do que o homem.
13. Por que razão contendes com ele? Porque ele não dá contas de nenhum dos seus feitos.
14. Antes, Deus fala uma e duas vezes; porém ninguém atenta para isso.
15. Em sonho ou em visão de noite, quando cai sono profundo sobre os homens, e adormecem na cama,
16. Então, abre os ouvidos dos homens, e lhes sela a sua instrução,
17. Para apartar o homem do seu desígnio e esconder do homem a soberba;
18. Para desviar a sua alma da cova e a sua vida, de passar pela espada.
19. Também na sua cama é com dores castigado, e com a incessante contenda dos seus ossos;
20. De modo que a sua vida abomina até o pão; e a sua alma, a comida apetecível.
21. Desaparece a sua carne a olhos vistos; e os seus ossos, que se não viam, agora aparecem;
22. E a sua alma se vai chegando à cova; e a sua vida, ao que traz morte.
23. Se com ele, pois, houver um mensageiro, um intérprete, um entre milhares para declarar ao homem a sua retidão,
24. Então, terá misericórdia dele e lhe dirá: Livra-o, que não desça à cova; já achei resgate.
25. Sua carne se reverdecerá mais do que na sua infância e tornará aos dias da sua juventude.
26. Deveras, orará a Deus, que se agradará dele, e verá a sua face com júbilo, e restituirá ao homem a sua justiça.
27. Olhará para os homens e dirá: Pequei e perverti o direito, o que de nada me aproveitou.
28. Mas Deus livrou a minha alma de ir para a cova; e a minha vida verá a luz.
29. Eis que tudo isto é obra de Deus, duas e três vezes para com o homem,
30. Para desviar a sua alma da perdição e o alumiar com a luz dos viventes.
31. Escuta, pois, ó Jó, ouve-me; cala-te, e eu falarei.
32. Se tens alguma coisa que dizer, responde-me; fala, porque desejo justificar-te.
33. Se não, escuta-me tu; cala-te, e ensinar-te-ei a sabedoria.
Capítulo 34.
2. Eis que já abri a minha boca; já falou a minha língua debaixo do meu paladar.
3. As minhas razões sairão da sinceridade do meu coração; e a pura ciência, dos meus lábios.
4. O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida.
5. Se podes, responde-me; dispõe bem as tuas razões e levanta-te.
6. Eis que vim de Deus, como tu; do lodo também eu fui formado.
7. Eis que não te perturbará o meu terror, nem será pesada sobre ti a minha mão.
8. Na verdade, tu falaste aos meus ouvidos; e eu ouvi a voz das tuas palavras; dizias:
9. Limpo estou, sem transgressão; puro sou; e não tenho culpa.
10. Eis que ele acha contra mim ocasiões e me considerou como seu inimigo.
11. Põe no tronco os meus pés e observa todas as minhas veredas.
12. Eis que nisto te respondo: Não foste justo; porque maior é Deus do que o homem.
13. Por que razão contendes com ele? Porque ele não dá contas de nenhum dos seus feitos.
14. Antes, Deus fala uma e duas vezes; porém ninguém atenta para isso.
15. Em sonho ou em visão de noite, quando cai sono profundo sobre os homens, e adormecem na cama,
16. Então, abre os ouvidos dos homens, e lhes sela a sua instrução,
17. Para apartar o homem do seu desígnio e esconder do homem a soberba;
18. Para desviar a sua alma da cova e a sua vida, de passar pela espada.
19. Também na sua cama é com dores castigado, e com a incessante contenda dos seus ossos;
20. De modo que a sua vida abomina até o pão; e a sua alma, a comida apetecível.
21. Desaparece a sua carne a olhos vistos; e os seus ossos, que se não viam, agora aparecem;
22. E a sua alma se vai chegando à cova; e a sua vida, ao que traz morte.
23. Se com ele, pois, houver um mensageiro, um intérprete, um entre milhares para declarar ao homem a sua retidão,
24. Então, terá misericórdia dele e lhe dirá: Livra-o, que não desça à cova; já achei resgate.
25. Sua carne se reverdecerá mais do que na sua infância e tornará aos dias da sua juventude.
26. Deveras, orará a Deus, que se agradará dele, e verá a sua face com júbilo, e restituirá ao homem a sua justiça.
27. Olhará para os homens e dirá: Pequei e perverti o direito, o que de nada me aproveitou.
28. Mas Deus livrou a minha alma de ir para a cova; e a minha vida verá a luz.
29. Eis que tudo isto é obra de Deus, duas e três vezes para com o homem,
30. Para desviar a sua alma da perdição e o alumiar com a luz dos viventes.
31. Escuta, pois, ó Jó, ouve-me; cala-te, e eu falarei.
32. Se tens alguma coisa que dizer, responde-me; fala, porque desejo justificar-te.
33. Se não, escuta-me tu; cala-te, e ensinar-te-ei a sabedoria.
Capítulo 34.
1. Respondeu mais Eliú e disse:
2. Ouvi vós, sábios, as minhas razões; e vós, instruídos, inclinai os ouvidos para mim.
3. Porque o ouvido prova as palavras como o paladar prova a comida.
4. O que é direito escolhamos para nós; e conheçamos entre nós o que é bom.
5. Porque Jó disse: Sou justo, e Deus tirou o meu direito.
6. Apesar do meu direito, sou considerado mentiroso; a minha ferida é incurável, embora eu esteja sem transgressão.
7. Que homem há como Jó, que bebe a zombaria como água?
8. E caminha em companhia dos que praticam a iniquidade, e anda com homens ímpios?
9. Porque disse: De nada aproveita ao homem o comprazer-se em Deus.
10. Pelo que vós, homens de entendimento, escutai-me: longe de Deus a impiedade, e do Todo-poderoso, a perversidade!
11. Porque, segundo a obra do homem, ele lhe paga; e faz que cada um ache segundo o seu caminho.
12. Também, na verdade, Deus não procede impiamente; nem o Todo-poderoso perverte o juízo.
13. Quem lhe entregou o governo da terra? E quem dispôs a todo o mundo?
14. Se ele pusesse o seu coração contra o homem, e recolhesse para si o seu espírito e o seu fôlego,
15. Toda a carne juntamente expiraria, e o homem voltaria para o pó.
16. Se, pois, há em ti entendimento, ouve isto; inclina os ouvidos à voz do meu discurso.
17. Porventura, o que aborrecesse o direito governaria? E quererás tu condenar aquele que é justo e poderoso?
18. Ou dir-se-á a um rei: Oh! Belial? Ou, aos príncipes: Oh! Ímpios?
19. Quanto menos àquele que não faz acepção da pessoa de príncipes, nem estima o rico mais do que o pobre; porque todos são obra de suas mãos.
20. Eles, num momento, morrem; e, até à meia-noite, os povos são perturbados e passam, e os poderosos são tomados sem mão.
21. Porque os olhos de Deus estão sobre os caminhos de cada um, e ele vê todos os seus passos.
22. Não há trevas nem sombra de morte onde se escondam os que praticam a iniquidade.
23. Porque não precisa considerar muito no homem para o fazer ir a juízo diante de Deus.
24. Ele quebranta os fortes, sem que se possa inquirir, e põe outros em seu lugar.
25. Ele conhece, pois, as suas obras; de noite, os transtorna, e ficam moídos.
26. Ele bate-lhes como ímpios que são à vista de quem os contempla;
27. Porquanto se desviaram dele, e não compreenderam nenhum de seus caminhos,
28. Para fazer que o clamor do pobre subisse até ele, e que ouvisse o clamor dos aflitos.
29. Se ele aquietar, quem, então, inquietará? Se encobrir o rosto, quem, então, o poderá contemplar, seja para com um povo, seja para com um homem só?
30. Para que o homem hipócrita nunca mais reine, e não haja laços no povo.
31. Na verdade, quem disse a Deus: Sofri, não pecarei mais;
32. O que não vejo, ensina-mo tu; se fiz alguma maldade, nunca mais a hei de fazer?
33. Virá de ti como há de ser a recompensa, para que tu a desprezes? Faze tu, pois, e não eu, a escolha; que é, logo, o que sabes? Fala!
34. Os homens de entendimento dirão comigo, e o varão sábio, que me ouvir:
35. Jó falou sem ciência; e às suas palavras falta prudência.
36. Pai meu! Provado seja Jó até ao fim, pelas suas respostas próprias de homens malignos.
37. Porque ao seu pecado acrescenta a transgressão; entre nós bate as palmas e multiplica contra Deus as suas razões.
Capítulo 35.
2. Ouvi vós, sábios, as minhas razões; e vós, instruídos, inclinai os ouvidos para mim.
3. Porque o ouvido prova as palavras como o paladar prova a comida.
4. O que é direito escolhamos para nós; e conheçamos entre nós o que é bom.
5. Porque Jó disse: Sou justo, e Deus tirou o meu direito.
6. Apesar do meu direito, sou considerado mentiroso; a minha ferida é incurável, embora eu esteja sem transgressão.
7. Que homem há como Jó, que bebe a zombaria como água?
8. E caminha em companhia dos que praticam a iniquidade, e anda com homens ímpios?
9. Porque disse: De nada aproveita ao homem o comprazer-se em Deus.
10. Pelo que vós, homens de entendimento, escutai-me: longe de Deus a impiedade, e do Todo-poderoso, a perversidade!
11. Porque, segundo a obra do homem, ele lhe paga; e faz que cada um ache segundo o seu caminho.
12. Também, na verdade, Deus não procede impiamente; nem o Todo-poderoso perverte o juízo.
13. Quem lhe entregou o governo da terra? E quem dispôs a todo o mundo?
14. Se ele pusesse o seu coração contra o homem, e recolhesse para si o seu espírito e o seu fôlego,
15. Toda a carne juntamente expiraria, e o homem voltaria para o pó.
16. Se, pois, há em ti entendimento, ouve isto; inclina os ouvidos à voz do meu discurso.
17. Porventura, o que aborrecesse o direito governaria? E quererás tu condenar aquele que é justo e poderoso?
18. Ou dir-se-á a um rei: Oh! Belial? Ou, aos príncipes: Oh! Ímpios?
19. Quanto menos àquele que não faz acepção da pessoa de príncipes, nem estima o rico mais do que o pobre; porque todos são obra de suas mãos.
20. Eles, num momento, morrem; e, até à meia-noite, os povos são perturbados e passam, e os poderosos são tomados sem mão.
21. Porque os olhos de Deus estão sobre os caminhos de cada um, e ele vê todos os seus passos.
22. Não há trevas nem sombra de morte onde se escondam os que praticam a iniquidade.
23. Porque não precisa considerar muito no homem para o fazer ir a juízo diante de Deus.
24. Ele quebranta os fortes, sem que se possa inquirir, e põe outros em seu lugar.
25. Ele conhece, pois, as suas obras; de noite, os transtorna, e ficam moídos.
26. Ele bate-lhes como ímpios que são à vista de quem os contempla;
27. Porquanto se desviaram dele, e não compreenderam nenhum de seus caminhos,
28. Para fazer que o clamor do pobre subisse até ele, e que ouvisse o clamor dos aflitos.
29. Se ele aquietar, quem, então, inquietará? Se encobrir o rosto, quem, então, o poderá contemplar, seja para com um povo, seja para com um homem só?
30. Para que o homem hipócrita nunca mais reine, e não haja laços no povo.
31. Na verdade, quem disse a Deus: Sofri, não pecarei mais;
32. O que não vejo, ensina-mo tu; se fiz alguma maldade, nunca mais a hei de fazer?
33. Virá de ti como há de ser a recompensa, para que tu a desprezes? Faze tu, pois, e não eu, a escolha; que é, logo, o que sabes? Fala!
34. Os homens de entendimento dirão comigo, e o varão sábio, que me ouvir:
35. Jó falou sem ciência; e às suas palavras falta prudência.
36. Pai meu! Provado seja Jó até ao fim, pelas suas respostas próprias de homens malignos.
37. Porque ao seu pecado acrescenta a transgressão; entre nós bate as palmas e multiplica contra Deus as suas razões.
Capítulo 35.
1. Respondeu mais Eliú e disse:
2. Tens por direito dizeres: Maior é a minha justiça do que a de Deus?
3. Porque disseste: De que te serviria? Que proveito tiraria mais do que do meu pecado?
4. Eu te darei resposta, a ti e aos teus amigos contigo.
5. Atenta para os céus e vê; e contempla as mais altas nuvens, que estão mais altas do que tu.
6. Se pecares, que efectuarás contra ele? Se as tuas transgressões se multiplicarem, que lhe farás?
7. Se fores justo, que lhe darás, ou que receberá da tua mão?
8. A tua impiedade faria mal a outro tal como tu; e a tua justiça aproveitaria a um filho do homem.
9. Por causa da grandeza da opressão eles clamam; eles clamam por causa do braço dos grandes.
10. Mas ninguém diz: Onde está Deus, que me fez? Que dá salmos entre a noite?
11. Que nos faz mais doutos do que os animais da terra e nos faz mais sábios do que as aves dos céus?
12. Clamam, porém ele não responde, por causa da arrogância dos maus.
13. Certo é que Deus não ouvirá a vaidade, nem atentará para ela o Todo-poderoso.
14. E quanto ao que disseste, que o não verás, juízo há perante ele; por isso, espera nele.
15. Mas agora, porque a sua ira ainda se não exerce, nem grandemente considera a arrogância,
16. Logo, Jó em vão abre a sua boca e sem ciência multiplica palavras.
2. Tens por direito dizeres: Maior é a minha justiça do que a de Deus?
3. Porque disseste: De que te serviria? Que proveito tiraria mais do que do meu pecado?
4. Eu te darei resposta, a ti e aos teus amigos contigo.
5. Atenta para os céus e vê; e contempla as mais altas nuvens, que estão mais altas do que tu.
6. Se pecares, que efectuarás contra ele? Se as tuas transgressões se multiplicarem, que lhe farás?
7. Se fores justo, que lhe darás, ou que receberá da tua mão?
8. A tua impiedade faria mal a outro tal como tu; e a tua justiça aproveitaria a um filho do homem.
9. Por causa da grandeza da opressão eles clamam; eles clamam por causa do braço dos grandes.
10. Mas ninguém diz: Onde está Deus, que me fez? Que dá salmos entre a noite?
11. Que nos faz mais doutos do que os animais da terra e nos faz mais sábios do que as aves dos céus?
12. Clamam, porém ele não responde, por causa da arrogância dos maus.
13. Certo é que Deus não ouvirá a vaidade, nem atentará para ela o Todo-poderoso.
14. E quanto ao que disseste, que o não verás, juízo há perante ele; por isso, espera nele.
15. Mas agora, porque a sua ira ainda se não exerce, nem grandemente considera a arrogância,
16. Logo, Jó em vão abre a sua boca e sem ciência multiplica palavras.
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